Seminário sobre segurança da urna eletrônica, foto TSE |
Seminário
no TSE debate mitos e verdades sobre a urna eletrônica
Ministro Luiz
Fux lembrou aprovação da resolução que trata da auditoria dos
dispositivos no dia da votação
O
Tribunal Superior Eleitoral (TSE) promoveu, na manhã desta
quarta-feira (30), o seminário “Segurança da Urna Eletrônica”.
Participaram do evento jornalistas convidados, acadêmicos,
estudantes, juízes eleitorais e profissionais de Tecnologia do setor
público.
Os
debates centraram em torno de mitos e verdades envolvendo a urna
eletrônica. A iniciativa partiu da premissa de que o dispositivo
ainda suscita dúvidas quanto à segurança proporcionada e à
própria forma como se dá seu funcionamento.
Ao
abrir o seminário, o presidente do TSE, ministro Luiz Fux, afirmou
que a Justiça Eleitoral tem procurado nortear sua atuação baseada
nos princípios republicanos da moralidade e da transparência.
Segundo Fux, o cidadão tem maior participação na vida democrática
no momento do voto. Por essa razão, é preciso que o eleitor tenha
certeza de que sua escolha consciente estará retratada de forma
fidedigna na urna.
Após
lembrar que a urna eletrônica foi implantada há mais de 20 anos no
Brasil, sem registros de “equívocos” em seu funcionamento,
o magistrado rememorou episódios da época em que o voto era
exclusivamente impresso e o processo de apuração era mais
vulnerável. “A urna eletrônica, em boa hora, veio trazer meios de
defesa para a sociedade contra essas fraudes”, enfatizou.
Auditoria
antes da votação
O
presidente também informou aos participantes uma novidade que será
adotada a partir das Eleições 2018: a auditoria
feita no dia da votação.
“Faremos essa auditoria nos 27 estados, escolhendo aleatoriamente
as urnas que serão auditadas, sem seleção prévia para que não
haja dúvida da transparência”, disse ele.
A
novidade permitirá que algumas instituições e partidos políticos
interessados participem dessa “inspeção”. As regras para essa
auditoria foram aprovadas pelo Plenário na sessão administrativa
desta terça-feira (29).
Secretário
de TI
Após
a abertura, o secretário de Tecnologia da Informação do TSE,
Giuseppe Janino, fez uma apresentação sobre a evolução da urna,
desde sua concepção inicial. Ao seu lado, participaram dois
especialistas que também estiveram envolvidos na criação do
dispositivo: Osvaldo Catsumi Imamura, do Instituto Tecnológico de
Aeronáutica (ITA), e Antonio Esio Salgado, do Instituto Nacional de
Pesquisas Espaciais (INPE).
Giuseppe
Janino é servidor do TSE desde 1996, ano em que a urna foi adotada
pela primeira vez em todo o país. Segundo ele, o processo de votação
avançou na mesma velocidade da tecnologia e é totalmente seguro e
confiável.
MITO 1
O projeto da urna eletrônica não é, como muitos apregoam, da empresa que constrói a máquina de votação.
Segundo Giuseppe Janino, “colocamos
os requisitos no edital, e a empresa que vence a licitação
materializa um projeto de autoria do TSE. Uma equipe de servidores do
TSE acompanha todos os passos de produção do equipamento. Quando
chega à fase de testes, a empresa não consegue testar [o
equipamento] sem a nossa intervenção”.
MITO 2
Como a urna está conectada à Internet, um hacker facilmente poderia invadir a urna eletrônica.
Ele
destacou, ainda, que a urna não está conectada à Internet, sendo
um dispositivo projetado para não ter nenhuma ligação com a rede.
“Não há nenhum componente que possa ter qualquer ligação com a
Internet. Os dados de votação são transportados para a urna
eletrônica e depois são transferidos para uma mídia digital
criptografada, que então é levada até um ponto de transmissão.
Portanto, é um mito afirmar que um hacker poderia
invadir a urna eletrônica”, garantiu.
Também
compuseram a mesa do seminário o presidente da Câmara dos
Deputados, Rodrigo Maia, e o vice-procurador-geral Eleitoral,
Humberto Jacques de Medeiros.
Fonte: "tse"
Meu comentário:
Eu acredito que a escolha do eleitor está retratada de forma fidedigna na urna eletrônica porque acredito na ciência estatística. Os resultados das pesquisas eleitorais de institutos sérios pela proximidade com os resultados eleitorais para mim confirmam a confiança que deposito nas urnas eletrônicas.