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quarta-feira, 2 de abril de 2014

Situação da classe trabalhadora da Região dos Lagos em 2013



 
Foto do site lagossaojoao

O número de empregos formais teve uma queda espantosa em todos os municípios da Região dos Lagos no ano passado. O município que teve a menor queda foi Armação dos Búzios com menos 774 (7,5% a menos que em 2012) empregos formais em 31/12/2013 em relação à mesma data de 2012. Búzios fechou 2012 com 10.293 empregos formais e terminou 2013 com 9.519. O município que apresentou a segunda menor queda foi Cabo Frio. Em 31/12/2013 desapareceram 5.069 (13,3% a menos que em 2012) empregos. Os 37.913 empregos de 2012 foram reduzidos para 32.844 neste ano. 

Triste estatística que só vem provar o que falamos todos estes anos. Os desgovernos que temos nos municípios da nossa querida Região dos Lagos governam para uma minoria (1%). Nem têm nenhum política pública de trabalho e renda e nada fazem para melhorar as condições de vida do povo trabalhador. Para ele, apenas as migalhas do assistencialismo.

Mesmo em município governado pelo partido dito dos trabalhadores a situação não é diferente. É até pior. Detém a vergonhosa segunda pior marca da Região, só perdendo para Iguaba Grande. A São Pedro da Aldeia de Chumbinho perdeu em 2013 32,5% (3.723) do estoque de empregos formais que detinha em 2012. Os 11.432 empregos foram reduzidos para 7.709. A perda em Iguaba Grande- a pior de todas-  foi de 38,5%. 

O quadro revela que o patronato da Região deita e rola com a precarização das relações trabalhistas. Como todos os governos municipais, sem exceção, representam politicamente este setor econômico, nada fazem para mudar o quadro. Muito provavelmente houve redução da remuneração média dos empregos formais no ano que passou. 

O panorama é tão grave que em alguns municípios o total de empregos formais existentes hoje é menor do que o que existia em 2000, há 13 anos atrás! Arraial do Cabo tinha 4.174 empregos em 2000. Fechou 2013 com 3.146! Iguaba Grande tinha 1.507. Hoje tem 1.432. E São Pedro da Aldeia, antes 8.917. Hoje, 7.709. Caso de polícia!  

Não temos ainda disponível no site do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) a remuneração média dos empregos formais em 2013. Mas temos as de 2010 e 2012. Reparem que estamos comparando dados de dois anos, em cujo período houve expansão do estoque de empregos formais. Este movimento de expansão apenas não ocorreu em Iguaba Grande e São Pedro da Aldeia. Em Iguaba Grande permaneceu constante e em São Pedro da Aldeia ocorreu uma pequena queda  O que não é o caso do ano passado, em que se verificou queda no estoque de empregos formais em todos os municípios da Região dos Lagos.

No período analisado 2010-2012 houve aumento da remuneração média dos empregos formais em todos os município da Região. Em São Pedro da Aldeia houve aumento de apenas 3% ( de R$ 1.824,00 para 1.879,00). Arraial do Cabo, aumento de 13% (de R$ 1.314,00 para R$ 1.489,00). Armação dos Búzios, 18% (de R$ 1.165,00 para R$ 1.379,00). Araruama, 24% (de R$ 999,00 para R$ 1.242,00). cabo Frio, 25% (de R$ 1.089,00 para R$ 1.368,00). Iguaba Grande, 30% (de R$ 886,00 para R$ 1.156,00). E, confirmando mais uma vez o que venho falando no blog, o município de Rio das Ostras com o maior aumento na remuneração média: 54%. Já era em 2010 a segunda maior remuneração média (R$1.743,00) da Região. Em 2012 assume o primeiro lugar com R$ 2.698,00 de remuneração média de seus trabalhadores. 

Não é difícil explicar as razões do lugar alcançado por Rio das Ostras. Apenas é o único município da região das Baixadas Litorâneas que tem Orçamento Participativo. E uma Zona Especial de Negócios (ZEN). Que os desgovernozinhos que imperam na Região aprendam com exemplo tão próximo.

Fonte: MTE  


sábado, 7 de dezembro de 2013

Cadê o Hotel-Escola doutor?

Programa de governo André 2012, Trabalho e Renda

O prefeito de Búzios André Granado deveria ler a matéria sobre hotel-escola que saiu no jornal O Globo de hoje. Ele está localizado em Águas de São Pedro, município do interior de São Paulo. Em termos de destino turístico não se compara a Búzios. E tem hotel-escola! Búzios não! 

Promessa é dívida, doutor! Tá lá no Plano de Governo. Já passou um ano. Doze meses, 365 dias! Não dá mais pra ficar falando em herança maldita. Mãos à obra doutor! Os trabalhadores do setor (serviços) que mais emprega em Búzios esperam o cumprimento da promessa para poderem se qualificar, melhorar profissionalmente e ganhar melhores salários. 

Promessa é dívida, doutor! Dizem as más línguas que os patrões (a maioria, com certeza; não todos, claro) de Búzios não querem um hotel-escola na Cidade justamente por terem que pagar um salário maior a funcionários melhor qualificados. Mirinho e Toninho, apesar de terem prometido construí-lo, como o senhor, não construíram nenhum pra fazer a vontade do empresariado atrasado e reacionário de Búzios. Aqueles empresários que exploram trabalhadores como se estivessem lidando com mão de obra escrava, não os respeitando como seres humanos, não pagando horas extras, não assinando carteira de trabalho e apropriando-se das suas gorjetas. Aqueles que quando assinam carteira, assinam com valor  a menor pra fugir da tributação, prejudicando a aposentadoria futura de seus empregados.

Promessa é dívida, doutor! Aproveitando, relembro-o que na primeira linha do programa de governo de trabalho e renda está prometido "bolsa de estudo integral para universitários". Que vergonha doutor! O senhor só está pagando, como Mirinho e Toninho, a merreca de R$ 150,00!!! Qual o nome disso doutor? Qual o nome que se dá àquele que promete pagar um valor e não paga, doutor?     

Para mostrar a importância do hotel-escola, transcrevo trechos da matéria com depoimento de alunos-trabalhadores: 

Quando eu cheguei aqui eu vi essas pessoas todas com esse chapéu como estou hoje e isso encheu meus olhos de felicidade. Eu disse ‘é isso que eu quero, é isso que eu vou conseguir pra mim’”, conta Vagner Duarte, confeiteiro.

Em uma cozinha, já dá pra perceber que a gente está num outro nível. Todo mundo usa o chapelão de chef. O curso de formação de cozinheiro chef internacional existe há quase 20 anos, recebe alunos do Brasil inteiro. E uma curiosidade: muita gente vai pra lá quando decide dar uma virada radical na vida.

A Mara é um exemplo. Dois filhos, três netos, moradora de Goiânia. Ela se aposentou no ano passado, mas não se acomodou. Foi se especializar para depois abrir uma escolinha de gastronomia.

Globo Repórter: você tá radiante. Parece uma noiva assim.

Mara Reis: estou, foi muito, muito agradável pra mim. Esse ano foi um aprendizado.

Globo Repórter: que conquista.

Mara Reis: uma conquista. E um aprendizado em todos os sentidos. Eu estou longe da família, estou vivendo aqui no alojamento. Tudo isso é experiência que eu não tinha vivido antes.


Fonte:  "g1.globo"

Comentário no Google+:







Maria Cristina Guimarães Pimentel

Há uma hora  -  Compartilhada publicamente

Luiz, promessa é dívida, sim. Acho muito interessante que Búzios tenha uma Escola-Hotel, além de outras iniciativas, porque investir em educação nunca é demais. Mas, quero lembrar que esse tipo de escola é DEVER do Estado e não do Município.  Acho que seria correto cobrar que o Prefeito e sua equipe façam gestões junto ao Estado para conseguir cumprir o que prometeu.
Segundo a alínea V, artigo 11, da Lei 9394/96, Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, "a atribuição do Município é oferecer a educação infantil em creches e pré-escolas, e, com prioridade, o ensino fundamental, permitida a atuação em outros níveis de ensino somente quando estiverem atendidas plenamente as necessidades de sua área de competência e com recursos acima dos percentuais mínimos vinculados pela Constituição Federal à manutenção e
desenvolvimento do ensino." Portanto, ainda não temos um Ensino Fundamental de qualidade. Basta olhar nossas escolas. O Município, à revelia da legislação, sustenta 3 unidades de Ensino Médio: o Paulo Freire, o Normal e, agora, uma escola profissionalizante na Rasa. Temos grandes desafios em relação à oferta de creches, em relação à gestão da qualidade de Educação Infantil e Ensino Fundamental oferecidos. Em futuro bem próximo, professores terão vínculo em horário integral. Portanto, gestores municipais terão que investir muito em prédios escolares mais confortáveis, com melhores equipamentos, enfim! Existe um esforço nacional para que a base seja garantida e com qualidade, ou seja, creche, educação infantil e ensino fundamental. Como professor, você sabe muito bem que não se vai a lugar nenhum sem base e a base da educação está na infância e na 1ª adolescência. Assim, peço-lhe uma grande ajuda quanto ao esclarecimento da legislação, porque o Município NÃO PODE CONTINUAR INVESTINDO EM SEGMENTOS QUE NÃO SÃO SUA ATRIBUIÇÃO. O MUNICÍPIO TEM QUE INVESTIR NA BASE. Mesmo porque o nosso sistema de ensino é municipalizado. 

Meu comentário:

Cristina, quando falo em hotel-escola não estou pensando em Educação mas em política pública de Trabalho e Renda a ser implementada pela Secretaria de Desenvolvimento Social, Trabalho e Renda.
Observação:

Participe da Enquete da CPI dos Bos respondendo ao questionário do quadro situado no canto superior direito do blog.
Grato.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

O branco e o preto em Búzios com o pardo entre eles

Foto do site fecatolica
Um leitor do blog me pediu que lhe fornecesse dados sobre o desemprego, taxa de homicídios e faixa salarial  da população negra de Búzios. Disse que pesquisou no blog e não encontrou nada sobre esses temas. Realmente, quando começaram a sair os dados do Censo de 2010 publiquei tudo aqui no blog, menos aqueles que se referiam à questão racial, por sinal abundantes. Evitei divulgá-los por não concordar com a distinção entre pretos de pardos feita pelo IBGE. Por outro lado, a compilação dos dados poderia levar a conclusões incorretas porque nem todos os pardos podem ser considerados negros, apesar de sabermos que muitos negros  se declaram pardos por incorporarem o racismo existente no país. Mas seria um absurdo levarmos em consideração que Búzios só tem 2.866 negros, representando apenas 10,4% da população. Mesmo assim acredito que as   diferenças não sejam consideráveis. Então, para o nosso estudo da realidade buziana, vamos considerar todos os pardos como negros e compararemos suas condições de vida com as dos brancos.

O Censo de 2010 do IBGE divulgou que somos 14.003 (50,8%) moradores de "cor ou raça" branca. Pretos, somos 2.872 (10,4%) e pardos, 10.495 (37,9%), que somados alcançam 13.367 (48,5%). O que falta para completar a população de 27.560 habitantes é formado por poucos moradores da "cor ou raça" amarela e indígena Com estes dados cai mais um mito buziano que apregoava que a maioria da população era de cor preta/parda. Mesmo considerando-se todos os pardos negros os brancos ainda são maioria.  

As desigualdades sociais entre brancos e negros em Búzios, assim como no país, são gritantes em todas as áreas que se pesquise. Considerando "pessoas de 10 anos ou mais de idade sem instrução e/ou fundamental incompleto", temos 5.122 (36,5%) brancos. Entre os negros, encontramos mais da metade nessa situação: 1.539 (53,5%). Entre os pardos, 4.596 (44%). Considerando todos os pretos e pardos sem instrução e/ou fundamental incompleto chegamos ao índice de 46%, bem superior ao índice de 36,5% dos brancos.  

Se na base da piramide educacional a situação é tão desigual, no topo não poderia ser diferente. Mil e quinhentos e cinquenta e oito (1.558 ou 11%) brancos têm o curso superior completo. Pretos, apenas 55 (2%), e pardos, 325 (3%).

Ainda na área educacional, o número de "pessoas de 15 anos ou mais de idade que não sabem ler e escrever" é muito maior entre os pretos/pardos do que entre os brancos. Temos 293 (2,7%) de pessoas brancas com mais de 15 anos analfabetas. A taxa dobra entre os pardos (5,4%) e quadruplica entre as pessoas de cor preta (10,2%). Só para registro: temos 423 pardos e 233 pretos analfabetos com mais de 15 anos de idade. O quadro agrava-se se considerarmos apenas as pessoas com "60 anos ou mais": são 106 (7,8%) brancos, 154 (22,3%) pardos e 82 (35,8%) pretos idosos analfabetos.    

As desigualdades sociais entre pretos/pardos e brancos são enormes também nas questões referentes ao trabalho. O "valor do rendimento nominal médio mensal das pessoas de 10 anos ou mais de idade ocupadas" de cor branca é de R$ 1.600,18, enquanto as de cor parda é de R$ 994,90  e as de cor preta, R$ 954,98. Entre os empregadores, 76% (360) são pessoas de cor branca, 2,3% (11) de cor preta e 21% (99) de cor parda. A disparidade dos rendimentos por discriminação de cor ou raça é revelada pela razão entre as "médias do rendimento mensal total nominal". A razão entre as médias dos trabalhadores de cor branca (R$ 1.578,00) e as de cor preta (R$ 854,00) é de 1,9; entre brancos e pardos (R$ 973,00), de 1,6; e entre pardos e pretos, 1,1. 

Quanto às condições de moradia o IBGE recenseou 493 pessoas em Búzios morando em "aglomerados subnormais": 121 de cor preta, 241 pardas e 130 brancas. Constatou ainda que, mesmo em aglomerados normais, as "características do entorno dos domicílios particulares permanentes" de pessoas de "cor ou raça preta" são inferiores em termos urbanísticos aos domicílios das pessoas de cor branca ou parda quanto à pavimentação da rua, existência de calçadas, de meio-fio/guia, de bueiro/boca de lobo e arborização. 

segunda-feira, 9 de julho de 2012

NÃO REELEJA

Se pudéssemos reduzir a população de Búzios a uma pequena aldeia de exatamente 100 habitantes, mantendo as proporções existentes atualmente, seria algo assim:



98  seriam brasileiros,
2 estrangeiros.

Desses brasileiros, 81 seriam naturais do Rio de Janeiro,
19 de outros estados da federação.

42 nativos,
58 não nativos.

50 homens,
50 mulheres.

51 seriam brancos.
49 não seriam brancos.

10 seriam pretos,
38 se declarariam pardos,
1 amarelo.

66 teriam menos de 39 anos,
8 menos de 5 anos,
8 mais de 60 anos,
31 teriam menos de 19 anos.



31 seriam católicos,
40 evangélicos,
2 espíritas,
23 não teriam religião alguma.

Estes dados- o fato de ter nascido no Brasil ou não, em Búzios ou não, homem ou mulher, ser branco ou preto, ter esta ou aquela idade- podem ser obra do acaso, destino ou de algum Deus, como se queira. Já os dados sobre religião é resultado de opção pessoal.

Mas os dados a seguir- sobre condições educacionais, econômicas, de habitação e de trabalho- têm dois grandes responsáveis: Mirinho e Toninho. Mirinho, por ter tido três mandatos, é o maior responsável pelas atuais condições de vida (sócio-econômica-educacionais) da população buziana.

Condições educacionais

87 seriam alfabetizadas,
13 analfabetas.
2 teriam educação universitária.
48 não teriam concluído o ensino fundamental.
8 nunca teriam frequentado uma escola.

Condições econômicas:

10 seriam considerados miseráveis (renda inferior a R$ 140,00),
47 pobres (renda igual ou inferior a 1 salário mínimo).

Condições da habitação:

64 morariam em imóvel próprio,
22 em imóveis alugados,
14 em imóveis cedidos.

21 viveriam em casas sem água encanada,
82 em casas sem rede de esgoto.
Somente 18 teriam seu esgoto tratado.
11 viveriam em casas sem revestimento nas paredes externas.
65 não teriam computador com acesso à internet,
42 máquina de lavar.
45 não receberiam correspondência em casa por não terem identificação de logradouro,
5 viveriam sem iluminação pública no entorno de suas casas.
18 morariam em casas situadas em ruas sem pavimentação,
51 em ruas sem calçadas,
19 em ruas sem meio fio/guia,
44 em ruas sem bueiro/boca de lobo.
35 viveriam em casas situadas em ruas sem arborização alguma.

Condições de trabalho:

Da população economicamente ativa (PEA)

94 estariam ocupadas,
6 desocupadas.

Entre os buzianos ocupados:

60 teriam carteira de trabalho assinada,
27 não teriam carteira de trabalho assinada.
23 trabalhariam por conta própria.
3 seriam empregadores.

21 receberiam até 1 salário mínimo,
44 entre mais de 1 até 2 salários mínimo.
Apenas 2 receberiam mais de 10 até 20 salários mínimo.

1 seria diretor ou gerente,
1 profissional da ciência ou intelectual,
14 seriam trabalhadores qualificados, operários e artesãos da construção, artes mecânicas e outros ofícios,
24 trabalhadores dos serviços, vendedores do comércio e mercados.
2 trabalhariam na agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura.
13 seriam operários da construção civil,
16 comerciários,
14 trabalhariam em alojamento e alimentação,
6 trabalhariam na administração pública,
5 em educação,
3 em saúde.
3 trabalhariam na indústria de transformação,
2 em artes, cultura, esportes e recreação.
17 seriam empregadas (os) domésticas (os).
23 teriam ocupações elementares.
7 trabalhariam em ocupações mal definidas.

Agora pense...Está claro que a distribuição de renda entre 2000 e 2010 piorou em Búzios. Ou seja, as condições de vida pioraram para a maioria da população buziana. Só melhorou- e como- para uma minoria formada por familiares, amigos e correligionários políticos do prefeito Mirinho Braga. Sua turma se deu muito bem. Se você quer mudar esta triste realidade- para ter melhores oportunidades de emprego, de educação e de moradia e salários mais razoáveis-  terá agora em 7 de outubro uma grande oportunidade não reelegendo este prefeito. Pense bem: você poderá ser a próxima vítima de mais um desgoverno!  


Fonte: IBGE


Comentário no Facebook:


Miguel Antonioli o blog do luiz é um torrente de informações...caraca, não dá pra acreditar a que ponto chegamos.



  • Quer saber mais de Búzios de VERDADE? sigam o blog e meu amigo Luiz Gomes


Meu comentário:
Obrigado Miguel e Márcia. É isso que nos estimula a continuar nosso trabalho.
Grande abraço,

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Os fabricantes de miséria - os que vivem com até 2 salários mínimos

Pessoas de 10 anos ou mais de idade, por classes de rendimento nominal mensal:

1º) Araruama
Sem rendimento - 32.232 pessoas (28,7% da população)
Rendimento até 1 Salário Mínimo (SM) - 27.644  (24,6%)
Rendimento maior do que 1 SM até 2 SM - 19.853 (17,7%)
Conclusão: 71,0 % da população vivem com até 2 salários mínimos

2º) Iguaba Grande
Sem rendimento - 7.220 pessoas (31,5% da população)
Rendimento até 1 Salário Mínimo (SM) - 4.796 (20,9%)
Rendimento maior do que 1 SM até 2 SM - 3.710 (16,2%)
Conclusão: 68,6% da população vivem com até 2 salários mínimos

3º) São Pedro da Aldeia
Sem rendimento - 25.277 pessoas (28,7% da população)
Rendimento até 1 Salário Mínimo (SM) - 18.657  (21,2%)
Rendimento maior do que 1 SM até 2 SM - 16.107 (18,3%)
Conclusão: 68,2% da população vivem com até 2 salários mínimos

4º) Arraial do Cabo

Sem rendimento - 7.474 pessoas (26,9% da população)
Rendimento até 1 Salário Mínimo (SM) - 6.000  (21,6%)
Rendimento maior do que 1 SM até 2 SM - 5.270 (19,0%)
Conclusão: 67,6% da população vivem com até 2 salários mínimos

5º) Cabo Frio
Sem rendimento - 50.679 pessoas (27,2% da população)
Rendimento até 1 Salário Mínimo (SM) - 36.026  (19,3%)
Rendimento maior do que 1 SM até 2 SM - 38.071 (20,4%)
Conclusão: 66,9% da população vivem com até 2 salários mínimos

6º) Armação dos Búzios

Sem rendimento - 7.775 pessoas (28,2% da população)
Rendimento até 1 Salário Mínimo (SM) - 3.840 (13,9%)
Rendimento maior do que 1 SM até 2 SM - 6.453 (23,4%)
Conclusão: 65,5% da população vivem com até 2 salários mínimos

7º) Rio das Ostras 

Sem rendimento - 28.367 pessoas (26,8% da população)
Rendimento até 1 Salário Mínimo (SM) - 14.231  (13,4%)
Rendimento maior do que 1 SM até 2 SM - 19.691 (18,6%)
Conclusão: 58,8% da população vivem com até 2 salários mínimos

Fonte: http://www.ibge.gov.br/cidadesat/link.php?uf=rj


sábado, 28 de abril de 2012

Os fabricantes de miséria - vivendo com 1 salário mínimo (2)

'Operários' de Tarsila do Amaral.

No dia 8 de junho de 2011 eu publicava no meu blog anterior (Blog do Luiz do PT) com base dos dados do IBGE: 

Total de Domicílios Particulares Permanentes com rendimento nominal mensal domiciliar per capita até 1 salário mínimo:

1) Araruama - 20.858 (58,25%) de um total de 35.807 domicílios.
2) São Pedro da Aldeia - 15.448 (55,68%) de um total de 27.743.
3) Cabo Frio - 30.869 (51,93%) de 59.443.
4) Iguaba Grande - 3.918 (51,68%) de 7.580.
5) Arraial do Cabo - 4.604 (51,40%) de 8.956.
6) Armação dos Búzios - 4.227 (46,90%) de 9.012.
7) Rio das Ostras - 14.379 (41,47%) de 34.666.


Agora, no dia 27, o IBGE publicou em seu site (http://www.ibge.gov.br/home/) os resultados gerais da amostra do censo de 2010: 

Pessoas de 10 anos ou mais de idade, por classes de rendimento nominal mensal, vivendo sem rendimento e com rendimentos de até 1 salário mínimo

1º) Araruama  
População: 112.008 habitantes.
32.232 (28,7%) sem rendimento e 27.644 ( 24,6%) com rendimento até 1 SM. 
Total: 53,3%

2º) Iguaba Grande 
População: 22.851 habitantes 
7.220 (31,5%) sem rendimento e 4.796 (20,9%) com rendimento até 1 SM.
Total: 52,4% 

3º) São Pedro da Aldeia
População: 87.875 habitantes
25.277 (28,7%) sem rendimentos e 18.657 (21,2%) com rendimentos até 1 SM.
Total: 49,9%

4º) Arraial do Cabo
População: 27.715 habitantes
7.474 (26,9%) sem rendimentos e 6.000 (21,6%) com rendimentos até 1 SM. 
Total: 48,6% 

5º) Cabo Frio
População: 186.227 habitantes
50.679 ( 27,2%) sem rendimentos e 36.026 (19,3%) com rendimentos até 1SM.
Total: 46,5%

6º) Armação dos Búzios
População: 27.560 habitantes
7.775 (28,2%) sem rendimentos e 3.840 (13,9%) com rendimentos até 1SM.
Total: 42,1%  

7º) Rio das Ostras
População: 105.676 habitantes
28.367 (26,8%) sem rendimentos e 14.231 (13,4%) com rendimentos até 1SM.
Total: 40,2%

Meu comentário:

É o que eu venho dizendo: os governantes dos riquíssimos municípios da Região dos Lagos são verdadeiros fabricantes de miséria por incompetência ou por desvio de dinheiro público, ou as duas coisas juntas. Reparem que Rio das Ostras sempre se destaca em relação aos outros. Por que será? Não será porque é o único município da Região que tem orçamento participativo?

Comentários:

  1. Concordo com tudo que disseste professor Luiz Carlos. Aliás, Vou Além, pois os Vereadores da Região, também, e principalmente são, e tem sido responsáveis por toda essa miséria da população.

    Nosso sistema é de freios e contra pesos, aonde legislativo, executivo e judiciário seriam poderes harmônicos, autônomos e independentes entre si.

    Porém, o que vemos são os vereadores do legislativo em conluio com os prefeitos da região, em detrimento, sofrimento e miséria da população.

    E, infelizmente, o pior é que Aquela máxima se cumpre:

    "Tudo o que é necessário para o triunfo do mal, é que os homens de bem nada façam"(Edmund Burke)

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Os fabricantes de miséria - vivendo com 1 salário mínimo (1)

Total de Domicílios Particulares Permanentes com rendimento nominal mensal domiciliar per capita até 1 salário mínimo:

1) Araruama - 20.858 (58,25%) de um total de 35.807 domicílios.
2) São Pedro da Aldeia - 15.448 (55,68%) de um total de 27.743.
3) Cabo Frio - 30.869 (51,93%) de 59.443.
4) Iguaba Grande - 3.918 (51,68%) de 7.580.
5) Arraial do Cabo - 4.604 (51,40%) de 8.956.
6) Armação dos Búzios - 4.227 (46,90%) de 9.012.
7) Rio das Ostras - 14.379 (41,47%) de 34.666.

Fonte: "ibge"  

domingo, 24 de outubro de 2010

Empresários de Búzios

Post 060 do blig
Data da publicação: 25/05/2010 17:14

O Jornal de Sábado, do dia 22 de maio de 2010, traz uma matéria sobre a inauguração, em junho, do controvertido empreendimento Breezes. Mesmo com todos as questões judiciais ainda por resolver, adota-se a tática de ir empurrando para a frente para ver como é que fica. Uma licença aqui. Um habite-se ali. É a política do fato consumado. Depois de pronto e funcionando, fica mais difícil se tomar qualquer medida contra o hotel. No máximo, arruma-se um TAC.

Voltemos à inauguração. Trezentas vagas serão abertas para a região. Como no ramo hoteleiro se trabalha aos sábados, domingos e feriados, a repórter questionou a equipe do hotel sobre o pagamento das horas extras. Não obteve resposta.

Parece que o Breezes adotará o mesmo comportamento dos outros hoteleiros da região: não pagará horas extras. Lindaci Santos, entrevistado pelo jornal, diz que trabalhou duas vezes como recepcionista de hotel em Búzios e não gostou. “As experiências foram terríveis, não recebíamos hora extra nem nos feriados, nem aos sábados e domingos. Essa é uma realidade de Búzios e se você contestar acaba saindo”.

Não são só horas extras que eles não gostam de pagar. Os empresários de Búzios, que vivem reclamando da informalidade dos ambulantes, também não gostam de assinar a carteira de trabalho de seus funcionários. Uma grande parcela não assina. E quando assina, o faz com um salário menor do que o realmente pago, para gastar menos com encargos sociais. Os salários também são muito baixos. O secretário de turismo, Isac Tilinger, reconheceu isso, quando disse que a partir de fevereiro de 2005, iria trabalhar fora de Búzios, “porque por aqui as pessoas não gostam muito de pagar grandes salários” (Isac Tilinger, Jornal Armação dos Búzios, JAB, 3/07/04).

Os empresários de Búzios também não gostam que seus funcionários os questionem na justiça do trabalho. “Um funcionário que provocar na justiça seus direitos, nunca mais conseguirá trabalhar em pousada em Búzios” (Flávio Machado, O Siri na Lata, dezembro de 2000). O que é isso? Lista negra! Isso é coisa de mafioso. Com empresários como esses, sem nenhuma responsabilidade social, a cidade vai mal.

Não é só no ramo hoteleiro que irregularidades acontecem. Nos bares e restaurantes, em sua maioria, as gorjetas são cobradas na conta mas não são repassadas aos garçons. Alguns simplesmente não repassam nada. Outros, repassam de 3 a 5% do valor da gorjeta. Isso é apropriação indébita. Segundo o senador Crivela, com o seu projeto de lei sobre as gorjetas, não repassá-las ao seu verdadeiro dono é crime com pena de 1 a 4 anos (O Perú Molhado, OPM, 22/05/2010).

Comentários (2):

1. 25/05/2010 às 18:05
Calheirom disse:

Os Ministério Publico do Trabalho tem que se movimentar e apurar essas irregularidades aqui ventiladas, para tentar moralizar essa relação obscura e covarde com os trabalhadores de búzios.

Segue o e-mail do MPT para as denuncias:

2. 25/05/2010 às 18:07
Calheirom disse:

E-mail para denunciar: denunciacf@prt1.mpt.gov.br

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