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quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

O medo de Mirinho: as contas de 2004



Entrevista com o ex-sub-procurador de Armação dos Búzios, Sérgio Luiz, à Iva Maria, na rádio Estação 104 FM, no dia 7 de janeiro de 2013, onde ele revela que Mirinho articulou o nome do vereador Henrique Gomes para presidente da Câmara para não correr o risco de ter suas contas novamente reprovadas pela Casa. A 6ª Câmara Cível do TJ RJ determinou que as contas precisam passar por um novo julgamento do Legislativo Municipal. Dos sete vereadores que seu grupo político elegeu, o Vereador Henrique Gomes seria o mais confiável para tal empreitada.

Meu comentário:

Apesar do procurador Sérgio Luiz negar, para mim ele fala por Mirinho, que tem muita dificuldade de se manifestar após sofrer grandes derrotas políticas. Timidez? Má assimilação do revés? Não sei, mas na fala do amigo percebe-se que ficou um grande ressentimento com o vereador Lorram. Os vereadores Leandro e Felipe Lopes são, na prática, perdoados. Leandro, segundo Sérgio, porque avisara antecipadamente Henrique quando viu a chance de se eleger presidente, seduzido pelos outros dois trânsfugas do grupo político de Mirinho, Felipe e Lorram. Apesar de ter fechado questão em relação ao nome de Henrique logo no início das conversações, Leandro teria, segundo Sérgio, jogado limpo ao avisar Henrique que também disputaria o cargo. Sérgio ressalta a "dignidade" do vereador. Felipe, por seu vez, mereceria perdão porque teria tido um comportamento semelhante ao de um traidor arrependido, por nunca ter sido do grupo de Mirinho. Nas palavras de Sérgio: Felipe "já conhece o caminho de volta". Traiu mas voltou.

O grande ressentimento fica mesmo por conta do vereador Lorram. Até porque o grupo político de Mirinho não precisava de Felipe, muito menos de Leandro. Bastava Lorram para confirmar a vitória de Henrique, já que se dispunha de quatro votos: o do próprio Henrique, mais os de Messias, Joice e Gugu. 

Aquele garoto que Sérgio conhecera em 1998, que teve todos os seus caminhos pavimentados por Mirinho, não seria capaz de tamanha ingratidão! Apesar de ter tido ao longo do processo, segundo Sérgio, um comportamento ambíguo, oscilando de um lado para o outro, ninguém acreditava que Lorram fosse capaz de  uma "guinada tão violenta". O que teria acontecido? Esta é a grande questão deixada no ar por Sérgio Luiz-Mirinho?  

Deixa algumas pistas quando cita uma notinha do jornal Primeira Hora- "Guerra em Geribá- onde, segundo ele, fica claro que as intervenções no processo de eleição do presidente da Câmara não foram só políticas. Teria havido também intervenções externas, econômicas, de grupos econômicos, como a participação direta do empresário Fernando Pires, dono da Imobiliária Península, segundo a referida notinha acima.

Mas o mais importante da entrevista acabou sendo a revelação da razão que levou Mirinho a se empenhar tanto para a eleição de Henrique Gomes: as suas contas de 2004. Recentemente, a justiça determinou que elas passem por um novo julgamento na Câmara de Vereadores de Armação dos Búzios. Para não correr nenhum risco, Mirinho precisava: 

1) eleger um presidente da Casa Legislativa confiável, porque é ele quem dita o ritmo de tramitação da questão na Câmara. A experiência recente com um presidente de oposição como Joãozinho Carrilho lhe trouxe muito desgaste político.

2) ter maioria de 2/3 (6 vereadores) na Câmara para derrubar o parecer contrário do TCE-RJ à aprovação de suas contas. Ou ter maioria simples de 5 vereadores para impedir que as contas sejam colocadas em pauta. Ou, o caso 1, um presidente confiável que nunca coloque as contas em julgamento. 

Conclusão: Mirinho corre grande risco de ficar inelegível. E, pelas derrotas acumuladas, de também nunca mais se eleger para nada!  

sábado, 11 de agosto de 2012

O fantasma declarado

O cidadão aí do lado chama-se Sérgio Luiz da Silva Santos. É funcionário comissionado do desgoverno Mirinho, lotado na Procuradoria Geral, portaria 8924, de 13/08/2009, recebendo  salário de R$ 5.088,00 (valores de março de 2011). Na entrevista ao Jornal O Perú  Molhado desta semana (101/08/2012), no maior deboche com o povo trabalhador buziano ele assume que é um dos fantasmas do Governo Mirinho.  O presidente da Câmara de Vereadores, Joãozinho Carrilho, calcula que tenhamos aproximadamente duas centenas deles perambulando pela Região dos Lagos.
     
Eu trabalhei nos dois primeiros governos de Mirinho... Em maio de 2009 voltei para Búzios e assumi a Procuradoria do Município... Acontece que em setembro de 2009, tive (outro) problema de ordem pessoal e tive que ficar mais distante. Procurei  Mirinho e relatei minha situação, pois não poderia ficar de frente no governo” (Sergio Luiz).

Realmente, com a queda do Procurador-Geral  Adilson, Sérgio Luiz assumiu em maio de 2009. Não foi em setembro que ele teve que ficar mais distante. Foi em agosto. Como Mirinho não podia ficar com um Procurador-Geral fantasma, nomeou um substituto de carne e osso, Fábio. E presenteou o amigo, usando nossos recursos públicos, com um carguinho comissionado de mais de R$ 5.000,00. É isso o que este prefeito faz com o meu, o teu, o nosso dinheiro:  agrada parentes e amigos.

Reparem que o senhor Sérgio Luiz se afastou em agosto de 2009. Só no ano passado- segundo suas próprias palavras- ele se colocou à disposição de Mirinho novamente. Recebeu, sem trabalhar, os cinco meses finais de 2009 (R$ 25.000,00) e todo ano de 2010 (R$ 60.000,00). Até o final desse ano já tinha embolsado, frise-se sem trabalhar,  R$ 85.000,00. Mas tem mais. Veja o resto do depoimento:      

Fiquei quase um ano entre Cabo Frio e Niterói, resolvendo problemas. Ano passado consegui resolver alguns problemas e me coloquei a disposição de Mirinho novamente. Ele prontamente falou que estava precisando de uma atuação mais firme de minha parte. Porém, mais uma vez passei a enfrentar outros problemas de saúde ligados a minha esposa. E aí não tem jeito, e são momentos em que a gente tem que estar próximo, tem que ajudar. E mais uma vez não pude estar aqui de frente, muito embora eu sempre auxiliava, contribuía e as vezes vinha a Búzios, fazia muito trabalho em casa e mandava por email, por telefone. Mas eu realmente não queria mostrar uma presença muito forte pois tinha esse comprometimento com as minhas questões particulares. Eu não teria tempo disponível para dar uma entrevista, enfim, atuar organicamente no Município” (idem).

Definitivamente agora retornei as minhas atribuições na Prefeitura... Estou assumindo com empenho total e tomei a decisão de me dedicar integralmente não só ao governo como a própria cidade pois estou me estabelecendo definitivamente aqui” (idem).

Mas definitivamente mesmo só retornou às suas atribuições na prefeitura agora, em agosto. Temos então mais sete meses sem trabalhar,  mas recebendo R 35.000,00. Total do prejuízo que o fantasma e o seu amigo prefeito Mirinho Braga deram aos cofres da prefeitura: R$ 115.000,00.

 E aí povo buziano vais ficar no prejú?