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sábado, 23 de novembro de 2019

Moradores da Região dos Lagos preparem-se: fragmentos de óleo chegam a praia em São João da Barra, no Rio de Janeiro, diz Marinha

Fragmentos de óleo recolhidos em praia de São João da Barra, no RJ, — Foto: Divulgação/Marinha do Brasil


Força-tarefa do governo federal diz que cerca de 300 gramas do material foram recolhidos na Praia do Grussaí, no Norte Fluminense, na sexta-feira (22).

Fragmentos de óleo chegaram à Praia de Grussaí, em São João da Barra, no Rio de Janeiro, de acordo com os órgãos do governo federal que acompanham o desastre ambiental. A força-tarefa informou que o material, detectado na sexta-feira (22), é compatível com o que já foi encontrado na costa do Nordeste e do Espírito Santo.




De acordo com o Grupo de Acompanhamento e Avaliação (GAA), foram encontrados 300 gramas do óleo. Toda a área da praia, que é a principal da cidade, foi vistoriada e somente esta porção foi achada. Um grupo de militares da Marinha está no local e servidores do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) se reunirão ao grupo ainda neste sábado.

A praia de Grussaí é um dos principais destinos dos moradores e turistas de cidades vizinhas, como Campos dos Goytacazes, e sempre há expectativa para a chegada do verão, quando o público aumenta e o comércio local fatura.

Mais de 700 localidades atingidas

As primeiras manchas de óleo foram localizadas na Paraíba em 30 de agosto. Desde então, o óleo já foi localizado em 724 localidades, segundo levantamento do Ibama divulgado na sexta-feira (22). Entre os municípios do litoral nordestino, principal região do Brasil atingida, 72% dos municípios tiveram praias afetadas.

Durante mais de um mês, o óleo ficou concentrado em praias de 8 estados: Alagoas, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe.


Um marco na cronologia da crise ocorreu em 3 de outubro, quando o óleo chegou ao litoral da Bahia. Depois disso, no começo de novembro, no dia 8, a Marinha apontou que fragmentos chegaram ao Espírito Santo. Em quase três meses de desastre, os dados mostraram que a cada 10 locais atingidos, 3 voltaram a apresentar manchas de óleo após limpeza no Nordeste. Nas semanas recentes, o ritmo da reincidência diminuiu e aumentou o número de localidades afetadas por fragmentos classificados como "esparsos" pela força-tarefa.

Investigação federal

O governo federal não concluiu as investigações sobre a origem do óleo. As investigações já apontaram que a substância é a mesma em todos os locais afetados: petróleo cru. Uma investigação da Polícia Federal no Rio Grande do Norte chegou a apontar que o navio grego Bouboulina como o principal suspeito pelo vazamento. A Marinha disse que a embarcação é uma entre as 30 suspeitas.

A empresa Delta Tankers, responsável pelo navio, afirma ter provas de que o Bouboulina não tem relação com o incidente. A Delta foi notificada pela Marinha brasileira junto com responsáveis por outras quatro embarcações de bandeira grega.

Na sexta-feira (15) a consultoria americana SkyTruth publicou um artigo dizendo que não concorda com a análise que aponta suspeitas sobre o Bouboulina.

A organização, especializada em monitorar os oceanos por meio de imagens de satélite, disse que não viu "nenhuma evidência convincente de manchas ou fontes de óleo nas imagens" e que "não concorda" com as análises publicadas "por outras pessoas que alegam ter resolvido o mistério. Em uma nota técnica, o Ibama diz que "não há condições" de encontrar manchas em alto mar com uso de satélites.

Fonte: "g1"

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Na rota do esgoto e do óleo


“O óleo derramado pela Chevron no campo de Frade, na Bacia de Campos, pode chegar às praias do Rio, sobretudo Búzios e Angra, e também do Espírito Santo e São Paulo (Ubatuba) dentro de duas semanas. O alerta foi dado por técnicos do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis, (Ibama) e do Instituto Estadual do Ambiente (Inea) em reunião com o secretário estadual do Ambiente, Carlos Minc”.

É preciso saber se o secretário-executivo desse aborto parido pelo governo do Estado do Rio de Janeiro, o Consórcio Intermunicipal Lagos São João (CILSJ), vai ter coragem de mandar um e-mail para todos os veículos de comunicação, nacionais e internacionais, pedindo ao secretário Carlos Minc para que não “vomite” asneiras. Aqui está o comentário que enviou sobre o artigo “Na rota do esgoto” datado 09/05/2011, publicado na revista CIDADE ONLINE: “Resposta ao Alienado Ernesto Lindgren Ter, 17 de Maio de 2011 21:38 Mario Flavio Moreira Prezado Lindgren, Solicito por gentileza que não "vomite" asneiras numa conceituada revista como essa. Se você tem alguma dúvida em relação ao sistema de captação de esgoto em nossa região, nos procure no Consórcio, estarei a sua disposição para dirimir suas dúvidas. Ou procure alguem que saiba”.

E agora? Não só a praia do Peró está na rota do esgoto como também está na rota das pelotas do óleo que vazou na Bacia de Campos.

Que se imagine o que aconteceria se tivesse sido possível trocar a água da lagoa de Araruama fazendo dragagens no canal Itajuru. Tentaram, não por teimosia, mas por 100% de incompetência.

O secretário deveria ter sido genérico: todas as praias na costa sudeste estão ameaçadas, uma vez que todas recebem parte do esgoto in natura que é despejado pelo emissário submarino em Rio das Ostras. Essa gente do CILSJ e do INEA sempre tratou o oceano Atlântico com se fosse um penico e, não se sabe como chegaram ao ponto de imaginar que água salgada tem o poder de tratar esgoto. Ou que o esgoto não será transportado pelas correntes marítimas.

A Chevron foi multada. E o CILSJ? E o INEA? Não serão punidos pelos crimes ambientais que vem cometendo há mais de dez anos, “vomitando” uma montanha de asneiras em palestras, entrevistas, declarações publicadas na Internet?

Teremos dois novos produtos para fotografar nas praias da Região: “óleo esgotado” e “esgoto oleado”.

Ernesto Lindgren
23/11/2011

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Vazamento está na rota de baleias e golfinhos, alerta secretário

Satélite MODIS/Aqua mostra a mancha de óleo na Bacia de Campos
O secretário do Meio Ambiente do estado do Rio de Janeiro, Carlos Minc, alertou que a região onde ocorreu o vazamento de óleo na Bacia de Campos é rota migratória de baleias-jubarte e golfinhos. Minc disse à Agência Brasil que acompanha com preocupação as notícias sobre o incidente na plataforma de exploração de petróleo de responsabilidade da Chevron Brasil Upstream, no Campo Frade.

O secretário vai sobrevoar a área amanhã (18) e afirmou que três equipes do governo estadual monitoram o litoral norte fluminense. “Estamos realmente preocupados. Nesta época do ano, esses animais vêm do norte para o sul em busca de local para reprodução e de um tipo de camarão, do qual eles se alimentam. Além disso, há um fenômeno natural chamado corrente rotor, que é perto da região do acidente e que, como um liquidificador, leva o que chega ali para perto de Arraial do Cabo e de Búzios [no litoral norte do estado do Rio]”, explicou o secretário.

Minc aproveitou para defender a manutenção das regras atuais de distribuição dos royalties do petróleo, em que o dinheiro é destinado apenas para os estados e municípios produtores. “Se esse óleo chegar à praia não vai chegar a Rondônia ou ao Tocantins, mas a Arraial do Cabo, a Rio das Ostras e a Campos dos Goytacazes”, disse Minc, que participou esta manhã, de uma solenidade do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) na Baixada Fluminense.

No dia 8 de novembro foi detectado um vazamento em poço operado pela petroleira norte-americana Chevron. A empresa estima que o volume total do vazamento é de 400 a 650 barris. No entanto, estudo feito pela ONG SkyTruth, especializada em interpretação de fotos de satélites com fins ambientais, afirma que problema no campo Frade, na bacia de Campos, pode ser dez vezes pior do que o divulgado.
De acordo com cálculo feito pela SkyTruth, a partir de imagens de satélite, concluiu que o poço no Campo Frade já derramou cerca de 15 mil barris de óleo (2.384.809 litros) no mar, estimando que a taxa seja de 3.738 barris por dia (594.294 litros).
Caso de polícia
Hoje (17) a Polícia Federal abriu inquérito para investigar os danos ambientais provocados pelo derramamento de óleo em plataforma do campo Frade. De acordo com a assessoria de imprensa da PF, uma equipe de peritos foi enviada à plataforma para iniciar as investigações. Em nota, a PF informou que os responsáveis pelo incidente poderão ser indiciados por crime de poluição e, se condenados, estão sujeitos a penas que variam de um a cinco anos de prisão (artigo 54, Lei 9.605/98).
Fonte: http://ultimosegundo.ig.com.br/ciencia/meioambiente/vazamento-esta-na-rota-de-baleias-e-golfinhos-alerta-secretario/n1597372483953.html

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Comentários:


Flor disse... 
 
E se? E se? E se? tudo a ver. Nem vou perguntar nada, é tão óbvio. E como sempre o povo continua dormindo...

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

E se acontecer um desastre ambiental em nossas praias?

Na sessão de terça-feira passada, dia 10, o vereador Felipe Lopes fez um alerta sobre essa possibilidade. Se acontecer alguma desgraça, estamos preparados? Alguma parte do dinheiro dos royalties foi gasta em equipamentos de prevenção, tais como boias de contenção? A população (principalmente os pescadores- os guardiões do mar) não deveria ser preparada para uma emergência? 

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