Doca Street, Revista Veja, 17/10/1979 |
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domingo, 30 de novembro de 2014
sábado, 6 de setembro de 2014
O delator fala
Capa da Revista Veja desta semana |
"Segundo a revista Veja, Paulo Roberto entregou, ao todo, os nomes de três governadores (considerando-se aí a atual governadora Roseana Sarney e os ex-governadores Sergio Cabral e Eduardo Campos), um ministro (Edison Lobão), um ex-ministro (Mário Negromonte), seis senadores e 25 deputados, além do secretário de finanças do PT. O ex-diretor da Petrobras também confirma que houve pagamento de propina no negócio que resultou na polêmica compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos. O prejuízo bilionário para a empresa brasileira com a compra da unidade norte-americana motivou a instalação da CPI da Petrobras.
O esquema partia de grandes empresas – a maior citada por ele é a Camargo Corrêa – que, para fechar contratos milionários com a Petrobras, transferiam parte do lucro a funcionários da estatal, a partidos da base do governo e a políticos. Estes, antes de receber, tinham o dinheiro lavado por doleiros.
De acordo com Paulo Roberto, relata Veja, algumas das maiores empreiteiras do país, como a Camargo Corrêa, participavam do esquema. Segundo o ex-diretor contou, elas transferiam parte do lucro a funcionários da estatal, a partidos e políticos da base aliada para fechar contratos milionários com a Petrobras. Antes de chegar ao destino final, o dinheiro era lavado por doleiro, diz a revista".
Edison Lobão (PMDB) – ministro das Minas e Energia
João Vaccari Neto (PT) – secretário nacional de finanças do
partido
Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), presidente da Câmara
Renan Calheiros (PMDB-AL), presidente do Senado
Ciro Nogueira (PP-PI), senador e presidente nacional do
partido
Romero Jucá (PMDB-RR), senador e ex-líder dos governos FHC,
Lula e Dilma
Cândido Vaccarezza (PT-SP), deputado federal
João Pizzolatti (PP-SC), deputado federal
Mario Negromonte (PP), ex-ministro das Cidades, ex-deputado
e atual conselheiro do TCM-BA
Sergio Cabral (PMDB), ex-governador do Rio de Janeiro
Roseana Sarney (PMDB), governadora do Maranhão
Eduardo Campos (PSB), ex-governador de Pernambuco e
ex-candidato à Presidência, morto no dia 13 de agosto em um desastre aéreo
"Os números dos envolvidos pelo ex-diretor no esquema operado
e, agora, delatado por ele variam conforme a apuração. Segundo o jornal O
Estado de S. Paulo, Paulo Roberto disse que 32 parlamentares, um governador e
cinco partidos políticos recebiam 3% de comissão sobre o valor de cada contrato
da estatal no período em que ele comandava a diretoria de Abastecimento. O
único nome mencionado na reportagem do Estadão é o do presidente do Senado,
Renan Calheiros (PMDB-AL).
De acordo com a Folha de S. Paulo, 61 congressistas e pelo
menos um governador receberam dinheiro desviado da empresa. A exemplo de Veja, a Folha cita o envolvimento
direto de três partidos da base de Dilma: PT, PMDB e PP.
Por envolverem parlamentares e ministro de Estado, os
depoimentos serão remetidos ao Supremo Tribunal Federal (STF), responsável por
andar andamento e julgar processos contra autoridades federais. Réu em duas
ações penais – uma sobre ocultação e destruição de documentos e outra sobre corrupção
–, o ex-diretor da Petrobras aceitou a delação premiada para escapar de uma
pena que poderia chegar a 50 anos.
Um dos principais alvos da Operação Lava Jato, da Polícia
Federal, Paulo Roberto é acusado de ter recebido propina e de participar de um esquema
de lavagem de dinheiro e evasão de divisas que teria movimentado cerca de R$ 10
bilhões. Ele está preso em Curitiba, mas, pelo acordo firmado, deverá ser posto
em liberdade com uma tornozeleira assim que concluir a série de depoimentos".
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domingo, 22 de junho de 2014
Um desgaste incomensurável
O governo André não deve imaginar o imenso desgaste político que sofreu com a censura ao show de Gustavo Mendes em Búzios. Se imaginasse, teria vindo a público pedir desculpas ao ator e à maioria das pessoas que estava presente no show. Com seu gesto, através de assessores, por tabela, atingiu também a internacional cidade de Armação dos Búzios naquilo que ela sempre teve como seu maior atrativo, além de suas belezas naturais: o respeito e a tolerância com as diversas manifestações culturais dos estrangeiros que escolheram a cidade para morar. Gustavo Mendes era um "estrangeiro", estava na cidade de passagem para realizar apenas um show. No mínimo, o que fizeram com ele foi falta de educação e deselegância. Muita deselegância.
A beleza natural de Búzios é indiscutível. Mas o charme da cidade já não o é. Como ser charmosa e intolerante ao mesmo tempo? Perde-se o brilho quando um artista- goste-se dele ou não- é retirado à força do palco, contra a sua vontade e da maioria dos presentes e, aos pontapés, é colocado dentro de um carro para ser largado aos prantos em um município vizinho. A deselegância do gesto não combina com a Cidade internacional que sempre soube receber bem seus visitantes. É triste. É feio. Muito feio. Como morador da cidade fiquei envergonhado!
E a feiúra do gesto tresloucado de assessores completamente despreparados repercutiu na mídia nacional e internacional. Portais G1, R7, UOL, IG, Terra, Yahoo, noticiaram o fato. Todos, absolutamente todos, posicionaram-se a favor do artista. A gloriosa OAB, como não podia deixar de fazê-lo, condenou a censura. Quem haveria de defendê-la?
Publico abaixo o texto do jornalista Reinaldo Azevedo, da revista Veja- apesar das imensas diferenças políticas que tenho com ele- por considerá-lo aquele que foi ao cerne da questão: a Prefeitura de Búzios foi condescendente com a CENSURA e a VIOLÊNCIA.
"É inegável que a Prefeitura de Búzios, sob o pretexto de
“respeitar as famílias”, está compactuando com a violência. Eu, por exemplo,
sou católico. Tenho todo o direito de não gostar da piada. E tenho, também,
todo o direito de ir embora do espetáculo, ora essa!!! Não gostou? Caia fora!
Partir para a porrada? É crime!
Se o prefeito concordou com a contratação de Gustavo Mendes,
deve conhecer seu trabalho. Não tem o direito de alegar surpresa. Pedir a um
artista que mude o seu show para “respeitar as famílias” é pretexto de censor,
senhor prefeito André Granado (PSC)...
...Reitero: todo mundo tem o direito de detestar o que quer
que seja. E tem como se manifestar. Porrada não é argumento. Espero que Gustavo
processe seus agressores e que evoque a responsabilidade legal também da
Prefeitura, com a sua conversinha mole, condescendente com a censura e com a
violência".
Fonte: "veja.abril"
Meu comentário:
Meus vídeos bateram recordes de acessos. O principal, com a apresentação do ator, teve (até as 18:20 de domingo) 531.219 acessos, 1.446 manifestações favoráveis ao ator e 172 contra, com 351 comentários. O segundo vídeo com a manifestação dos populares teve 178.234 acessos, 338 favoráveis, 10 desfavoráveis, e 104 comentários. O último vídeo, com Robinho justificando a censura ao show, teve 115.760 acessos, com 295 manifestações desfavoráveis a ele, 96 favoráveis e 220 comentários. Quem sabe da importância da Internet no momento atual deve imaginar o que isso representa de desgaste para o Prefeito de Búzios.
Estou preparando um texto sobre os comentários que acredito retrate bem a situação atual do nível de consciência política do povo brasileiro.
Comentários no Facebook:
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- Paulo Inacio Schwarzkopf Caro Luiz, parabéns pela colocação que você expõe em seu blog. Várias pessoas no calor da questão se manifestaram colocando uma visão míope dos fatos a favor do Prefeito, contra o Prefeito, contra o povo, contra o secretário ou de apoio. Alguns meros puxa-sacos de plantão postaram verdadeiras barbaridades, até falaram num tal de Robinho e mais alguém que cometeu atos de violência contra o ator. Que o ator em seu show ou Xou! Ofendeu a comunidade, o padre, a rua, a Igreja sabe se lá mais o que. Somos um país de democracia recente, instituições fracas, mas temos um judiciário, um executivo e legislativo que funcionam, ainda mais se temos a manifestação popular. O foco da questão é aparecer um indivíduo que se proclama censor e juiz de causas populares determinando o encerramento de uma atividade teatral (stand up commedy) e expulsão do indivíduo para fora do município. Três crimes seguidos previstos em Lei
- Paulo Inacio Schwarzkopf Continuando censura ao encerrar a obra teatral, violência física ao ser agredido, expulsão do município, tudo isso resolvido em aproximadamente 15 minutos. Eu acho que o nosso Excelentíssimo Sr. juiz deverá e acho que vai fazê-lo verificar esta questão gravíssima que foi na verdade um atentado. Se as questões colocadas pelo ator não foram bem recebidas, se não gostaram do conteúdo, se o local era inadequado são assuntos de produção e podem ser corrigidos nos próximos eventos, daí alguém se achar imbuído do espírito da inquisição (idade média) julgar, censurar, expulsar pergunto eu Caras- pálidas quem te deu este direito?
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