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quinta-feira, 21 de maio de 2020

Paulo Melo "ganhou" de empresários corruptos duas coberturas em Miami, EUA, diz MPF

Cobertura de Paulo Melo em Miami 1. Foto: reprodução internet


Investigações da força-tarefa da Lava-Jato no Rio, que serviram de elementos para a prisão do empresário Mário Peixoto, encontraram indícios de que o ex-presidente da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) Paulo Melo seria o real proprietário de duas coberturas em Miami, nos Estados Unidos, uma das quais vale cerca de US$ 1 milhão (cerca de R$ 6 milhões), num esquema envolvendo o pagamento de propinas.


Cobertura de Paulo Melo em Miami  2. Foto: reprodução internet


Os imóveis, segundo a PF, teriam sido comprados numa operação que envolveu offshores como uma forma de compensar o ex-deputado de “forma dissimulada”. Isso evitaria que ele impedisse contratos que a Organização Social (OSs) Instituto Data Rio de Administração Pública (IDR) manteve, entre 2012 e 2019, nas gestações dos ex-governadores Sérgio Cabral e Luiz Fernando Pezão para operar dez Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) na capital e na Baixada Fluminense. Por esses contratos, a IDR recebeu R$ 763 milhões.


Cobertura de Paulo Melo em Miami 3. Foto: reprodução internet

Os apartamentos de Miami foram comprados pela offshore MCK Holdings Ltda, com sede nas Ilhas Virgens Britânicas, em 2016. A empresa foi fundada em janeiro de 2015 por Mário Peixoto, mas atualmente tem como principal controlador Vinícius Ferreira Peixoto, filho de Mário, com 90% das ações. Ainda em 2015, a MCK Holdings fundou duas empresas na Flórida, a MCK USA 1 LLC e MCK USA 2 LLC, que tinham como administrador o vereador de Saquarema Eduardo Pinto Veiga, cidade que é reduto eleitoral de Paulo Melo.  


Cobertura de Paulo Melo em Miami 4. Foto: reprodução internet


A investigação da PF afirma que, na realidade, o vereador é um homem de confiança de Paulo Melo. Em outubro de 2017, Yuri Motta de Melo de Sá, filho de Paulo Melo, assumiu o pagamento de prestações de uma das unidades. Trata-se do apartamento que está à venda por US$ 1 milhão com opção de aluguel mensal de US$ 6 mil por mês. A investigação aponta indícios que corroboram a tese de que os imóveis foram comprados como forma de pagamento de propinas por Paulo Melo.


Cobertura de Paulo Melo em Miami 5. Foto: reprodução internet

Vários envolvidos viajaram em datas semelhantes para Miami, “possivelmente para ajustar a documentação relativa aos imóveis adquiridos indevidamente”, segundo trecho da representação do Ministério Público Federal. Eduardo Veiga, Paulo Melo, Mário Peixoto e Yuri Melo fizeram viagens para cidade americana separadamente ou juntos nos meses de março e abril de 2016. Eles prosseguiram mesmo depois da deflagração da operação Unfair Play em outubro de 2017, quando o dono da Facillity teve a prisão preventiva decretada.

Os investigadores da Lava-Jato mostraram nesse episódio dos apartamentos uma conexão entre esquemas montados por Mário Peixoto e o empresário Arhtur Cezar de Menezes Soares Filho, o “Rei Arthur”. Arthur, que chegou a ser preso e hoje está foragido, é dono do Grupo Facillity, cujas empresas acumularam até R$ 2 bilhões por ano em contratos durante os governos de Sergio Cabral e Luiz Fernando Pezão. A offshore Matlock Cap Capital Group Limited, que financiou a compra de um dos apartamentos em Miami — que agora está disponível para venda\aluguel —, é a mesma que Arthur Soares empregou para pagar propinas a Cabral. Ainda de acordo com as investigações da operação Unfair Play, essa é a mesma offshore usada em um esquema de propinas garantir em 2009 que o Rio fosse escolhido como sede dos Jogos Olímpicos de 2016, em reunião do Comitê Olímpico Internacional (COI) em Copenhague, na Dinamarca.

Na época, o Rio disputava a indicação com Tóquio, Madri e Chicago. Deste total, foram depositados pela offshore cerca de US$ 2 milhões (quase R$ 12 milhões na cotação atual) ligadas ao integrante do comitê executivo do COI e então presidente da Federação Internacional de Atletismo, o senegalês Lamine Diack, e de seu filho, Papa Massata Diack.

Cerca de um mês depois, a PF deflagrou a operação Cadeia Velha que investigava um esquema de pagamento de propinas de empresários de ônibus a deputados em troca de medidas que favorecessem o setor. Entre os detidos estavam Paulo Mello e o então presidente da Alerj, Jorge Picciani. A lista de detidos incluía ainda empresários de transportes, como Jacob Barata Filho e o ex-presidente da Federação das Empresas de Transporte do Estado (Fetranspor), Lelis Marcos Teixeira.

Fonte: "O GLOBO"


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domingo, 17 de maio de 2020

Corrupto preso na Operação Favorito torrou dinheiro público em casamento milionário em castelo da Itália

Castelo Orsini-Odescalchi. Foto: AP


O castelo Orsini-Odescalchi é uma imponente construção medieval do século XV que se destaca na paisagem da pequena Bracciano, cidade a 30 quilômetros de Roma. É um cenário cinematográfico, onde se casaram, em 2006, Tom Cruise e Katie Holmes. Noivas de todo o mundo sonham trocar alianças ali. No dia 24 de maio de 2014, o empresário Mario Peixoto, de 56 anos, ao mesmo tempo um dos mais poderosos e obscuros homens de negócios do Rio de Janeiro, concretizou nos jardins do castelo o desejo de sua bela noiva, Carla Verônica de Medeiros, de 44, numa festa para 50 convidados seletos. No altar, abençoando a união, dois caciques do governo estadual: o presidente da Assembléia Legislativa, deputado Paulo Melo (PMDB), e o presidente do PMDB fluminense, Jorge Picciani.

Veja o vídeo do casamento: 



Fonte: BLOG DO GAROTINHO

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Mário Peixoto, o empresário preso na Operação Favorito, e o ex-presidente da ALERJ, Jorge Picciani, lavaram dinheiro da corrupção em Búzios, diz MPF

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A empresa criada pelos dois em Búzios é a Villa Toscana Incorporação Imobiliária. O MPF suspeita que a empresa tenha sido usada como fachada para efetuar pagamentos a Picciani.

No site "numeroscnpj" consta como endereço da empresa a Avenida José Bento Ribeiro Dantas s/n, Rasa (Gleba C-2, inscrito no município sob o nº 03.02.001.0011.0001), Armação dos Búzios, RJ. Telefones: (22) 2620-8958 (22) 2623-3913. CNPJ: 09.245.048/0001-34. Capital social: R$2.000.000,00 (Dois milhões de reais). Data de Fundação: 30/11/2007.

MARIO PEIXOTO é sócio, por meio da empresa MVC GESTÃO DE ATIVOS EMPRESARIAIS, e PICCIANI, por meio da AGROBILARA, holding de criação de gado da família.

O relatório do MPF aponta que MARIO, seu filho VINICIUS e a MVC repassaram para o referido empreendimento o valor de R$ 523.009,065, durante os anos de 2010 a 2017; sem, contudo, receberem qualquer transferência em retorno. Destaca-se que até entre os anos de 2011 a 2017, a empresa VILA TOSCANA contava com apenas dois empregados registrados e declarou “zero construções em andamento”, em 2017, apesar do valor do empreendimento ter evoluído nesse período.

Sócios da empresa:
Mvc Gestao de Ativos Empresariais, Consultoria e Participações Ltda
Representante Legal: Mario Peixoto (preso em 14/05/2020 na Operação Favorito)
Sócio-Administrador: Jorge Luiz Ribeiro (preso em 14/05/2020 na Operação Favorito)
Sócio: Nivaldo Pereira
Administrador: Vinicius Ferreira Peixoto (Filho de Mário Peixoto, preso em 14/05/2020 na Operação Favorito) 
Sócio: Agrobilara Comercio E Participacoes Ltda
Representante Legal: Felipe Carneiro Monteiro Picciani (Filho de Jorge Picciani)
Fonte: "cnpjs.rocks"

Jorge Luiz Ribeiro, aquele que se referiu a dois pré-candidatos de Búzios nas próximas eleições (ver em https://"IPBÚZIOS") , tem outra empresa no município: a Brava Beach Houses Incorporaçãocao Imobiliária Ltda, CNPJ: 07.957.416/0001-41, situada na R Um, S/N, Lote 09-Quadra A do Loteamento Área 2, Obra Do Forno, Armação dos Búzios. Cuja atividade econômica principal é a Incorporação de empreendimentos imobiliários.

São sócios de Jorge Luiz na Brava Beach Houses:
Jorge Luiz Ribeiro: Sócio-Administrador
Fabio Rocha Meira: Administrador
Davidson Roberto de Faria Meira Junior: Administrador
Carlos Cesar Da Costa Pereira: Sócio-Administrador.


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