Data da publicação: 02/07/2010 21:50
Em 10 de março de 2002 foi lançada a pedra fundamental do Mercado Municipal do Artesão de Búzios com a presença do Ministro do Trabalho, à época, Francisco Dornelles. Preço da obra: R$ 84.000,00. Prazo: 10 meses. (Jornal O Pescador, 15/03/2002).
Para a realização da obra foi assinado um convênio, em outubro de 2001, com o Ministério do Trabalho, através da Fundação Cultural. A empresa licitada pela prefeitura para a execução do projeto não cumpriu o prazo de 10 meses para a conclusão da obra, “fazendo com que a verba da UNIÃO fosse estornada no início do governo Lula”. Mirinho promete retomar a obra em 2004, desta vez com dinheiro municipal (previsão no orçamento de 2004). (Jornal Armação dos Búzios, 16/01/2004).
O mercado foi concebido para atender as cooperativas de artesanato da cidade e tem o objetivo de valorizar a arte local e criar uma marca de produtos buzianos (como em Gramado, Itaipava e Teresópolis). Último projeto do renomado arquiteto Zanini e que respeita o estilo arquitetônico buziano, utilizando muita madeira em ambientes que privilegiam a luminosidade natural. O espaço “vai criar mais uma marca para Búzios e gerar renda e emprego para boa parte da população” (Antônio Marangoni, Diretor Cultural da Fundação de Cultura, Jornal O Perú Molhado, 16/11/2001).
O Mercado Municipal, cuja construção começou na mesma época da construção da nova sede da administração municipal virou uma “ruína abandonada” (Jornal O Perú Molhado, 7/05/04). A ruína está aí como fratura exposta. Dói ver o descaso (são 8 anos) de duas administrações com a arte local e com os trabalhadores em geral. A ruína atravessou os dois governos (farinha do mesmo saco) expondo a mentalidade atrasada tanto de um quanto do outro. E a ruína perdura.
Observação: como se explica uma obra, antes orçada em R$ 84.000,00, passar para R$ 1.086.393,32?
Comentários (1):
1. 05/07/2010 às 10:28
Michael disse:
Luiz,
o empaque desta obra é puro reflexo de incompetência… convênios são assinados, mas ninguém consegue executar!
Comissionados levam quase que o mandato todo pra conseguir entender e atender a tramitação burocrática; depois saem… aí os que entram repetem os antecessores. Uma política de ocupação de cargos que não prioriza os efetivos resulta, muitas vezes, nisto.
Quanto ao excessivo aumento no custo, me parece que agora a obra não contempla somente o mercado mas também o “entorno”, esticando obras de urbanização até a Turíbio.
185 (099)
Nenhum comentário:
Postar um comentário