sexta-feira, 22 de julho de 2011

Mentira oficial


Firmino usa dinheiro público para se promover

            O MP tem que examinar isso. O secretário do meio ambiente tem que examinar isso. O governador tem que examinar isso. A ALERJ tem que examinar isso. Trata-se de uma competição desleal com os jornais mantidos pelo setor privado. Todos eles, sem exceção, têm divulgado matérias denunciando o estado em que se encontra a Lagoa de Araruama, uma situação que se arrasta e piora ano a ano. No entanto, um dos responsáveis pelo desastre que se abateu sobre a Região dos Lagos está usando dinheiro público para se promover e afirmar que a situação é a oposta.

            O Consórcio Intermunicipal Lagos São João (CILSJ) lançou um jornaleco que é financiado e distribuído com dinheiro público, já está no seu terceiro número, e em todas as edições o que se vê é uma foto de Luiz Firmino Martins Pereira anunciando o que não passa de uma mentira. Uma mentira oficial. O que declara agora, julho de 2011, declarou em 2009, quando afirmou que “dentro de dois anos a lagoa estará recuperada”. Passaram-se os dois anos e a situação continua a mesma.

            No jornaleco os textos contêm uma mistura de ficção científica e mentiras e é lamentável que alguns profissionais aceitem participar dessa tentativa de enganar a população. É um acinte, um deboche, uma agressão à inteligência das pessoas, uma vergonha para a engenharia nacional. O CREA tem que examinar isso. A ASAERLA tem que examinar isso.

            Se um engenheiro calculista comete um erro de cálculo e, em consequência, ocorrem danos pessoais e materiais, ele é responsabilizado e punido. Se um médico comete um erro e, em consequência ocorrem danos pessoas e materiais, ele é responsabilizado e punido. Assim é em todas as áreas de atividades, sejam elas de natureza técnica ou não.

Como engenheiro civil este colunista registra seu protesto visto que ninguém, absolutamente ninguém, decidiu tomar a providência para responsabilizar os que vêm causando danos, irreversíveis, ao meio ambiente - com prejuízo para a população - em consequência dos erros de natureza técnica que ocorrem em razão do poder que os cargos que vêm ocupando nos últimos anos lhes aufere.

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