terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Desgoverno digital

.     Você sabia que Búzios tem um Telecentro do Ministério das Comunicações (MC) para promover a inclusão digital? Tem, só não funciona. Está instalado na Secretaria de Desenvolvimento Trabalho e Renda, na Estrada da Ferradura, desde o início deste governo, mas não está funcionando há mais de 60 dias.. O próprio MC nos fornece uma ferramenta para a verificação da atividade do Telecentro. Quem quiser confirmar é só acessar o link: http://www.gesac.gov.br/administracao-de-pontos/localizacao-dos-pontos-de-presenca-em-operacao?uf=RJ&municipio=3300233

Acessando o link o leitor vai ficar sabendo que a instituição responsável pelo nosso Telecentro é a Coordenção Especial de Projetos do MC. O contato é (22)7835-5663 (Gugu). O telefone da secretaria é 2623-6575/6497.

O programa, criado pelo governo federal em 2002, com o objetivo de promover a inclusão digital oferecendo conexão de internet via satélite e terrestre à telecentros, é desvirtuado pelo nosso desgoverno muncipal. Em vez de instalar o Telecentro em praça pública, possibilitando o acesso a ele a centenas de buzianos, nosso desgoverno o "esconde" dentro de uma secretaria. Mesmo assim, nem lá funciona. É o que eu venho dizendo: parece até uma política deliberada de criar dificuldades para o povo pobre e excluído de Búzios.

Por do Sol visto da ponte da Marina

sábado, 3 de dezembro de 2011

"Política barata" na Assistência Social

A Secretária de Desenvolvimento Social, Trabalho e Renda, Cristina Braga, esteve no programa da Iva Maria na rádio Estação 104, no dia 25 de novembro, onde denunciou que vereadores estariam fazendo "política barata" na área da assistência social municipal. Não citou nomes mas disse que as ações deles se dão no fornecimento de caixões e cestas básicas.

Afirmou que a prestação de serviços funerários feitos à revelia de sua secretaria foi descoberta quando seu pai esteve internato no Hospital Rodolpho Perisssé. Um  vereador ficaria sabendo quando ocorresse algum falecimento no hospital por alguém do plantão. "A gente achava muito estranho" que, mal morria alguém, o vereador "rapidinho estava la".

Quanto às cestas básicas, o vereador (ou vereadores) não vai, mas "manda o seu assessor no carrinho para pegar cesta na secretaria para levar para Dona Maria e Seu José".

Na semana passada, o órgão oficial do governo- Jornal Primeira Hora- fez críticas contundentes à atuação dos vereadores da base governamental  na área da saúde. Botou todos no mesmo saco de políticos sujos, só livrando a cara do vereador Messias. Como cínicos, nenhum teve a dignidade de responder ao Pravda municipal. Agora, a secretária faz críticas ao  comportamento de alguns vereadores- sem nominá-los- na Assistência Social. Neste caso, sobra fogo tanto amigo como inimigo, porque é difícil achar um vereador no município que não faça assistencialismo.

Surpreendentemente, a secretária tenta desqualificar o vereador que "não procurou estudar". Reconhece que não é uma profissional da área. Mas não reconhece que só é secretária por ser esposa do prefeito. Quer fazer crer que está habilitada para o cargo porque "está há muito tempo na área". Entenda-se: a área a que a secretária se refere é a assistência social. Acontece que a Secretaria agora é de Desenvolvimento Social, Trabalho e Renda. Mesmo na sua área deixa a desejar. Só agora, no finalzinho do governo, e depois de 12 anos de experiência, diz que "vai fazer um trabalho contínuo de visita" para levantar a necessidade de assistência social do município. Sobre a área crucial para o desenvolvimento social  da cidade- trabalho e renda- a secretária nada falou. "Enquanto profissional da área de educação" parece não entender nada de políticas públicas de trabalho e renda. Nesta área, até a experiência lhe falta. 

Resultado: temos uma secretaria que só cuida da assistência social. Políticas públicas de trabalho e renda, nada. Nem mesmo um balcão de emprego a secretaria cria. Chega a ser desumano deixar milhares  de jovens e chefes de famílias desempregados ou subempregados. Parece ser uma política deliberada do prefeito: só assim se pode manter seu curral eleitoral via empregos públicos. Ninguém melhor que sua esposa -nepotismo descarado- para colocar em prática esta política cruel. E a secretária repete a prática nepotista nomeando sua irmã Rita como subsecretária. Não é meigo (créditos para o professor Chicão). Quer trabalho, vai pedir ao prefeito, este é o lema do desgoverno municipal e da secretaria de desenvolvimento social trabalho e renda.

  Comentários:


Flor disse...
 
As únicas palavras que me chegam à mente sobre o assunto são as de sempre:...filhos da p... e ainda mais porque sinto como cruéis, porque atingem os mais sofridos. Eu entendo, mas não compreendo, por que ninguém grita!? Quando essa situação local e também mundial vai acabar??? Foraaa! Como diz nossa bloggueira Márcia....

O PDT de Mirinho

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Desgoverno VI

Esta é a Avenida dos Tangarás, na Marina. A foto foi tirada no dia 28 de novembro último. É uma rua muito conhecida dos leitores do blog. Desde que este desgoverno começou, em 2009, ela não é consertada. Já fiz várias postagens sobre o problema. Mais de dez intervenções paliativas já foram tentadas. Já se jogou areia nos buracos, brita, brita com cimento, massa de concreto e, por último, asfalto. 



Parece que a Construtora Zadar Ltda, dona do contrato 71/2010, no valor de R$ 2.753.300,64, não faz manutenção nenhuma das vias pavimentadas. Atenção vereadores, esta dinheirama jogada fora daria para construir 9 creches na cidade (a única creche que temos custou 300 mil reais). Nossas crianças agradeceriam.

Ver: "Desgoverno I"
Ver: "Desgoverno II"
Ver: "Desgoverno III"
Ver: "Desgoverno IV"
Ver: "Desgoverno V"
Ver: "Virou bagunça 1"
Ver: "Virou bagunça 2"
Ver: "Virou bagunça 3"


  Comentários:

Flor disse... 
 
Ué, os contratos são apenas contratos. Os serviços são apenas serviços. Precisa haver uma ponte ligando os contratos aos serviços. Estou sendo didática para ser compreendida. A ponte é feita de honestidade e vergonha na cara. Simples assim.
Reporter Cidadão disse...
 
Caro Luiz, no ultimo B.O saiu tambem um Contrato de 78.000,00 da Prefeitura com a FORTSEG, empresa que suspeita ser do Comando da Guarda Municipal, um tal de Luiz. Esta empresa pode estar em nome da mulher do mesmo, que é assessora de vereador, ou parece que tem um sócio, que é servidor na saúde - vigilancia sanitaria, conhecido como "mineirinho". O mais agravante é que, consta instalação e manuntenção de Câmeras nas unidades PSF e Policlinica, porem na Policlinica dizem que nada funcionando, exceto a parte de informatica que é outro contrato de empresa diferente. Resumindo, em qualquer hipotese é proibido pelo estatuto do servidor, ser gerente , dono ou socio majoritario de empresa. E é mais um ato de imoralidade, carta convite a "cabo" eleitoral e amigo do prefeito.
Reporter Cidadão disse...
 
Luiz, lembra de um post que vc menciona o aluguel da residencia de um tal de Marcio Luiz? Veja ae, um processo de pagamento em favorecimento do mesmo, Processo: 12548 / 2011 Nome do Interessado: MARCIO LUIZ DE SOUZA FERREIRA Data de Abertura: 10/11/2011 Situação: EM ANDAMENTO Tipo de processo: ADMINISTRATIVO-PROTOCOLO ADMINISTRATIVO Assunto: PAGAMENTO Local Atual SECFI - SEC. MUN. DE FINANCAS . Talvez seja empenho de aluguel em atraso. Lembrando que este cidadão é servidor do municipio, ja começa a ser imoral, este ato administrativo, de alugar justamente a casa deste, com tantos imoveis no municipio.
Reporter Cidadão disse... 
 
Descobri hoje, que a tal suposta empresa do comandante da Guarda, entrou com processo solicitando alteração de Razão Social. Será que ele ja mudou para nome de algum socio-laranja? Vide processo: Processo: 13306 / 2011 Nome do Interessado: FORTSEG SERVICOS E EQUIPAMENTOS DE SEGURANCA LTDA Data de Abertura: 02/12/2011 Situação: EM ANDAMENTO Tipo de processo: ADMINISTRATIVO-PROTOCOLO ADMINISTRATIVO Assunto: ALTERACAO (RAZAO SOCIAL) Local Atual GEFIS - GERENTE DE FISCALIZACAO .

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Desgoverno Ambiental 1


Este "cartão postal" está bem perto da entrada da cidade. Localizado às margens do único trecho construído da Via Azul, entre a Vila Caranga e a entrada para a Ferradura. Minha consultora para assuntos de meio ambiente e urbanismo me informou que:

"A Lagoa fica verde porque tem esgoto. O esgoto serve de "comida" para as plantas que se reproduzem rapidamente sem nenhum obstáculo. Por outro lado os bichos que poderiam exercer algum controle sobre esse crescimento alucinado ficam sem oxigênio na água porque as plantas também consomem o oxigênio.

É o impacto do esgoto ao vivo e à cores (esverdeadas)

Este esgoto vem da Vila Caranga e para se ligar à rede coletora deverá ser bombeado, porque o bairro fica bem abaixo do nível da rede."

Denise Morand
 

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Órgão Especial do TJ começa a julgar juiz de Búzios alvo de denúncias

RIO - O juiz João Carlos de Sousa Correa, da 1ª Vara de Búzios, na Região dos Lagos, começou a ser julgado na segunda-feira no Órgão Especial do Tribunal de Justiça do Rio por uma série de denúncias — como ameaças a turistas e a um agente da Operação Lei Seca — que estavam sendo investigadas pela Corregedoria do TJ. O processo corre em sigilo e, durante os debates de segunda-feira, o corregedor-geral Antônio José Azevedo Pinto expôs as denúncias para os outros 24 desembargadores. Nos próximos dias, testemunhas de defesa e acusação serão ouvidas. Depois, o Órgão Especial decidirá o futuro do juiz. Alguns desembargadores chegaram a discutir se a melhor medida seria afastá-lo da comarca de Búzios.

Discussão com casal por causa de festa barulhenta

Um dos casos investigados é a confusão em que João Carlos teria se envolvido com dois turistas em Búzios, hospedados num hotel perto da Orla Bardot. O casal, um francês e uma alemã, reclamou de uma festa promovida pelo magistrado até de madrugada num dos quartos. Na época, um gerente do estabelecimento confirmou que alguns clientes se queixaram do barulho e que, depois de a direção ter chamado a atenção do juiz, tudo voltou à normalidade. Um dos hóspedes era o empresário e advogado Marcelo Bianchi. Segundo ele, João Carlos teria ofendido e ameaçado o casal.

Outra denúncia que chegou à corregedoria foi a de uma confusão ocorrida numa blitz da Operação Lei Seca, na Lagoa. O magistrado e uma fiscal discutiram, e ele deu ordem de prisão à mulher. Na ocasião, João Carlos dirigia um Land Rover sem placa, com prazo de emplacamento vencido, e estava sem a carteira de habilitação. Ele alegou ter esquecido o documento dentro da bolsa de sua mulher. O carro foi rebocado e o juiz, multado por dirigir sem carteira. A agente disse ter sido ameaçada por João Carlos.

Outra denúncia, mais antiga, é de julho de 2009, quando o juiz teria discutido com um policial rodoviário federal, em Rio Bonito. Ele havia passado por um posto da Polícia Rodoviária Federal (PRF) de madrugada em alta velocidade e com um giroflex azul (luz de emergência giratória, usada por carros da polícia) no teto. A legislação de trânsito proíbe o dispositivo. Na versão do agente rodoviário Anderson Caldeira, logo que desceu do carro, o magistrado teria dito, aos berros, que "era juiz de direito, que botaria o policial na rua e que sua carreira no serviço público estava acabada". Acusado pelo juiz de desacato e exposição a perigo, o agente da PRF respondeu a uma sindicância, que terminou arquivada.

Bem antes disso, em 2006, um funcionário da concessionária Ampla disse que também foi ameaçado de prisão pelo juiz, caso não religasse a luz de sua casa, cortada por falta de pagamento. A Ampla, através de sua assessoria de imprensa, confirmou o caso, mas não quis entrar em detalhes sobre o valor que era devido pelo juiz, limitando-se a informar que "era bem alto". A polícia foi chamada e a luz, religada.

CNJ investiga decisões tomadas por juiz em Búzios

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) deve concluir até o fim do mês as investigações sobre o juiz que estão correndo em segredo de Justiça. O titular da Vara de Búzios vem sendo investigado pelo CNJ desde fevereiro de 2010, devido a uma série de decisões polêmicas, tomadas em processos sobre disputas fundiárias no balneário.


Fonte: "O Globo"

Ver: "Corregedoria abre procedimento contra juiz da 1ª Vara de Búzios"

Ver também: http://anjovadio.blogspot.com/2011/02/o-libelo-e-suas-loucuras.html

Ver vídeo: http://videos.r7.com/juiz-da-voz-de-prisao-a-fiscal-em-blitz-da-lei-seca-na-zona-sul-do-rio/idmedia/800032fc03bab26b942c7109c54d77f3-1.html

Leia mais sobre o juiz de Búzios em: http://faizakhalida.blogspot.com/2010/03/o-juiz-de-buzios-joao-carlos-de-souza.html

Hoje tem I.P. Búzios na rádio 2


Iniciativa Popular na Rádio Nova Búzios Online 4

Todos os leitores do blog estão convidados. Rádio Nova Búzios Online, terça-feira às 16:00 horas, no site www.clickbuzios.com .

Estaremos discutindo, nesta terça-feira, dia 29/11, de 16:00 às 17:00 horas, as postagens feitas no blog durante a semana.

domingo, 27 de novembro de 2011

A cidade do medo

Quando passei o abaixo-assinado pedindo o impeachment do prefeito Mirinho Braga fiquei impressionado com o medo demonstrado pela população de Búzios de colocar uma simples assinatura numa folha de papel. Era demais para mim: estava diante do medo de um povo de exercer um direito de cidadania!

Antes de pedir para a pessoa assinar, perguntava o que ela estava achando da administração atual, e se estava a par da nova situação político-eleitoral do prefeito, a partir do julgamento do mérito da ação anulatória impetrada pelo prefeito contra decisão da câmara que havia cassado os seus direitos políticos por cinco anos.  Ação perdida, direitos políticos perdidos. Era óbvio.

Quase todos afirmavam que o governo Mirinho Braga estava péssimo, que não estava fazendo nada, que havia fortes indícios de que muitos recursos públicos estariam sendo desviados e coisa e tal. Mas quando pedia para assinar o abaixo-assinado muitos recusavam, mesmo tendo explicado que o prefeito não poderia permanecer no cargo após a decisão do juiz de Búzios. Como é que uma pessoa inelegível pode continuar governando uma cidade? Não é que as pessoas não concordassem com os argumentos. Não é que não quisessem. Não é que faltassem razões para assinar. O que sobrava era medo. Muito medo de represálias. E isso era verbalizado como se fosse a coisa mais natural do mundo, sem nenhum constrangimento.

Alguns me disseram que não podiam assinar porque poderiam perder o emprego (contratado, comissionado, ou empregado em alguma terceirizada) ou fazer algum parente perder o dele. Mesmo alguns funcionários concursados alegavam que poderiam sofrer retaliações tais como serem transferidos para locais distantes de suas residências ou para setores que nada tivessem a ver com suas carreiras. Setor de arquivo, almoxarifado, por exemplo. É como se tivessem medo de serem colocados de castigo pelo pai/patrão/prefeito cruel. Sabiam que não podiam ser demitidos mas temiam, e como, ser castigados.

Até mesmo lideranças do movimento sindical dos trabalhadores do setor público (ASFAB) que diziam concordar com o teor do abaixo-assinado, disfarçavam, mas não assinavam. Chegavam a pegar folhas para passar entre a categoria mas nunca as devolviam . Dissimulados, disfarçavam o quanto podiam. Chegavam a aparentar que torciam para que se conseguisse o número necessário de assinaturas, mas na verdade estavam preocupados unicamente em não queimar a possibilidade de aquisição de uma comissão qualquer que o prefeito poderia lhes presentear no futuro. Quem sabe?

O fato de não assinar podia representar o ganho futuro de uma comissão de mais de R$ 2.000,00 reais para uma pessoa que só conseguiu passar em um concurso de R$ 700,00. Já imaginou o que é isso?

Teve um morador que toda vez que me encontrava vibrava com o abaixo-assinado. Perguntava sempre quantas assinaturas já tinham, quantas faltavam, etc. Diante de tanta euforia pedi que ele passasse algumas folhas. Meio sem jeito, me disse que tinha assinado mas que não gostaria de passar o abaixo-assinado. Não lhe cobrei o motivo, pois sabia qual era o seu medo: seu pai tinha cargo comissionado na prefeitura. Deve estar até hoje arrependido de ter assinado.

Alguém pode pensar que somente o trabalhador de Búzios tem medo de exercer a sua cidadania porque pode perder o emprego, por pura dependência econômica. Não há nada mais falso. Grande parte do empresariado da cidade também tem medo. Muito medo. Um empresário, a quem me dirigi com o abaixo-assinado, teve a cara de pau de me dizer: não posso assinar porque sou empresário!  Deu vontade de dizer que ele era um empresário de merda, que estava todo ilegal, sem alvará, que sonegava impostos, que não assinava carteira,  que roubava horas extras e gorjetas de seus funcionários. Não disse, mas entendi os motivos da existência de tanta ilegalidade em Búzios.

Não é a toa que a  ilegalidade é consentida pela administração municipal. Quanto mais ilegal estiver o empresário melhor para o prefeito. O rabo preso fará com que ele não participe de protesto nenhum. Diante de qualquer rebeldia como assinar um abaixo-assinado pedindo o seu impeachment é só o prefeito mandar a fiscalização sanitária fazer uma visitinha em sua cozinha. Ou mandar a fiscalização do ISS dar uma olhadinha em seus livros-caixas.  Ou a fiscalização urbanística ver se ele construiu algum puxadinho sem licença. Ou a fiscalização da postura ver se tem alguma mesinha a mais do lado de fora. Isso quando fiscalizações estaduais (ICMS) e federais (trabalhista) não dão uma forcinha extra. 
    
Da mesma forma que domina grande parcela das famílias buzianas com os empregos públicos- como se esses empregos fossem seus-, com as ilegalidades empresariais consentidas- que não são poucas- o nosso prefeito domina o patronato também. É o governo do Terror!

É. Está tudo dominado pelo medo!

Búzios precisa urgentemente de uma Primavera como a Primavera Árabe. Os moradores de Búzios precisam sair às ruas, desatar seus grilhões, vencer seus receios e mostrar que somos cidadãos de verdade, conscientes de seus direitos e que não aceitam, de forma alguma, viver sob o domínio do medo.

Observação 1: depois de conseguir algumas centenas de assinaturas resolvi desistir do abaixo-assinado. As dificuldades relatadas acima nos mostraram que levaríamos muito mais tempo do que pensávamos inicialmente. Agradeço a todos os cidadãos buzianos que o assinaram, cidadãos no verdadeiro sentido da palavra, com os quais tenho orgulho de me relacionar. Outros projetos de lei de iniciativa popular virão porque esta é a razão de ser deste blog. 

Observação 2: realmente, por não ter conseguido passar o abaixo-assinado, reconheço que o prefeito saiu vitorioso. Mas parafraseando o grande pedetista Darcy Ribeiro quando reconheceu que perdeu ao tentar fazer uma universidade de primeiro mundo, que perdeu ao tentar implantar o ensino integral nos CIEPs, que perdeu ao tentar impedir a matança dos  índios brasileiros, mas que não gostaria de forma alguma estar no lugar daqueles que o venceram, digo o mesmo: Prefeito Mirinho Braga, não gostaria nem um pouco de estar no seu lugar! 

Comentários:



Reporter Cidadão disse...
 
Boa esta nobre Luiz! Porém sem novidade alguma sobre o tema. É sabido a muito tempo, que pessoas nesta cidade, tem receio por vezes de se quer dar uma opinião, contrária a administração atual, ou seja lá a que estiver no comando. Muitos tem um certo "rabo preso", mesmo que indireto. Muitos cidadãos tem receio de se expressar publicamente por receio de um parente que esteja contratado pela PMAB ou o próprio, venha a perder a "boquinha" do emprego. Por isto estes governantes não tem a menor pressa em realizar concurso publico, uma vez que perderam um pouco mais de suas forças de domínio neste sentido. Tambem infelizmente tem servidor concursado que tem receio de perder posto (local) de trabalho onde ele possa estar bem acomodado, sem comentar detalhes daqueles que recebem "gordas" horas extras sem que trabalhem para isto. Em diversos setores da Prefeitura tem servidores nestas situações, gabinetes, secretarias, coordenadorias, etc... Até em gabinete de vereadores existe isto, pessoas que recebem horas extras bem GORDAS, sem fazer. Existem duas modalidades, a que os administradores da grana chamam de " PLUS " a mais, pago a pessoas que dizem ser de confiança, e outras que são pagas para simples lavagem, onde o servidor parece repassar parte do que recebeu sem fazer, mesmo que o referido servidor se quer cumpra os dias normais de trabalho. Peça vistas dos contra-cheques e verás! Os vereadores volta e meia solicitam isto. Ouvi burburinhos que existem no MP - tutela de Cabo Frio, diversas ocorrencias de denuncia sobre isto, mas sem providencias ainda.
Marcia Bispo disse...
 
Acho interessante a colocação do medo. Creio que temos nesta cidade duas situações explicitas: MEDO e COVARDIA. Sim, o medo colocado por nosso querido Luiz, tão óbvio e claro como água, tange nos interesses daqueles que não ´so trabalham e dependem do leitinho da administração local, assim como os seus, digo, a familia interia quando não. Porém, existe tambem a COVARDIA. Esta, pior ainda. Sim, pior porque, além das questões colocadas acima, são pessoas que não abrem novos caminhos na vida, sequer investe suas forças para novas empreitadas pessoas. E assim se renova a cultura do povo local de se deixar levar por promessas de pseudos " politicos " achando que o seu está garantido, não sabendo este imbecil que está alimento a corrupção e corja que depende da ignorancia, medo e covardia dessas mesmas pessoas. É triste, mas é verdade. beijos Luiz♥
Dura verdade! Terrível necessidade!
Pobre homem pobre que pensa que tem garantia de alguma coisa!
Mas garanto, não sou pastora, não sou empresária, não sou ninguém como dizem por aí...e eu concordo.
 Apenas garanto a quem desenvolveu esse medo que tudo tem limite.
Vento forte derruba castelo de areia ou de cartas... E aqui tem muito vento.
Poder baseado no medo e na corrupção pode permanecer por um tempo, mas não para sempre...
É uma questão de paciência, precisamos observar e utilizar esse aprendizado no futuro.
Se informarmos o que corre nos bastidores da política, de forma didática, com exemplos claros, as pessoas acordariam e intuitivamente reagiriam.
Por mais simples que sejam, compreenderiam.
É preciso que seja dito: quem colocou o Rei?
Como ele obteve esse poder?
Por que ninguém fala qual a origem do mal?
Como o prefeito atual conseguiu ser candidato?
Será que existe uma eminência parda?
Um cidadão comum, não político, não tem como chegar ao poder sem uma “ajudinha”.
É hora de dizer quem é, tem que vir à tona para que o povo saiba e veja que nada acontece por acaso, sempre há alguém ou alguma coisa que determina o fato.
Se o Rei não existisse, o Conselho de Meio Ambiente estaria funcionando bem, todos estariam defendendo o plano diretor. A cidade estaria protegida da barbárie corporativista.
Se o Rei não existisse, as diversas correntes, mesmo sendo duvidosas, se auto-regulariam, pois um lado controlaria o outro.
A população não está feliz, mas mostra um fatalismo estranho.
Tudo é porque é.
Tenho um exemplo da inércia dos moradores e da aceitação automática.
Na esquina de minha casa, iniciaram a construção de uma praça que poderia custar uns vinte a trinta mil, pois é uma quadra de areia com uma calçada em volta com quatro postes, três bancos e três mesinhas, mas na placa mostra o custo de cento e nove mil.
Comentei com o pessoal e soube que nem sequer houve unanimidade sobre onde deveria ser construída a praça.  Muitos falaram que havia outro local mais adequado, mas que foi uma ordem do Rei em troca de algumas declarações duvidosas...
Os que foram beneficiados, os do entorno, declararam que não interessa o preço se essa é a única forma de ter a praça.
O mentor do projeto, residente na tal rua, deu permissão ao Rei para publicar que eu não tinha poder para sair do conselho, incluindo carta branca sobre assuntos pertinentes (vide JPH – observatório)... Mas em troca teria a rua asfaltada e a construção imediata dessa praça como demonstração de sua força política.
Nem pediu que eu não divulgasse a afirmação.
Ainda declarou que diria tudo que precisasse para que a praça saísse do papel, já!
Tudo pela praça. Tudo pelas criancinhas. Alguém acredita em papai Noel?!?
Pelo menos foi honesto ao revelar o motivo de seu testemunho em meu desfavor.
Agora tenho um dilema filosófico: será que quando a maioria pensa da mesma forma e a minoria não consegue demonstrar que isso é um erro, essa maioria, em hipótese, estaria certa neste momento e precisaria percorrer um caminho mais longo para acabar chegando a um mesmo ponto no futuro? Isso também é desperdício... deve ser improbidade moral...

Comentários no Facebook:






    • Aide Ramos parabéns Luiz Gomes,parabéns Maria Do Horto Moriconi e parabéns Búzios por ter pessoas como vocês.
      domingo às 19:26 · 

    • Marcia Bispo Do Nascimento Luiz, acabei de comentar lá. Falei da limitrofe diferença do MEDO para a COVARDIA
      segunda às 18:55 ·

    • Eduardo Torrely Luiz Gomes, parabéns pelo artigo “A CIDADE DO MEDO”. Você conseguiu digitar com poucos caracteres, como é o comportamento do morador de Búzios, quando o assunto é a “Política da cidade”.
      Está de parabéns!






  • Monica Werkhauser voce tem toda razão, infelizmente numa cidade, onde o emprego é díficil e o governo não faz nada, sempre será dificil excercer a cidadania
    segunda às 18:38 ·


  • Camila Viana Realmente as pessoas tem muito medo dos governantes nessa cidade. Incrível que até quem não deve nada tem medo de botar a cara. Isso tem que acabar!
    segunda às 22:00 ·



  • A lenda do vice

    Agora que se aproxima o fim do campeonato brasileiro, alguns amigos famenguistas- com despeito por não estarem disputando o título- espalham a lenda que diz que o Vasco é o time que tem mais vices-campeonatos. A lenda teria origem no fato de o time da cruz de malta ter perdido, segundo eles, mais decisões de títulos do campeonato carioca que Flamengo, Fluminense e Botafogo. Para por fim ao mito criado por alguma mente doentia rubronegra fiz uma visitinha pelo site da Federação Carioca de Futebol e eis o que encontrei: 




    Flamengo -    32 títulos e  30 vices
    Fluminense -  30   "       e  21  "
    Vasco -          22   "        e  23  "
    Botafogo -     19   "        e  17  "

    Observação: é bom que fique registrado que o Vasco só começou a disputar o campeonato carioca de futebol em 1923. Era um Clube só de regatas até esse ano. Os outros três grandes disputam o campeonato desde 1906 (Flu e Bota) e 1912 (Flamengo).

    Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Campeonato_Carioca_de_Futebol