O site Prensa de Dedé publicou "entrevista" com o prefeito de Búzios André Granado e o secretário de saúde Fábio Waknin na qual meu blog é citado por Victor Viana (ver a entrevista em "Prensa de Dedé"). O "jornalista" parece ter ficado muito incomodado com o fato de eu ter creditado aos vereadores do G-6 grande parte do mérito pela reabertura do hospital. Também não gostou nem um pouco do fato de eu ter afirmado- não fazendo coro com o governo como ele- que o hospital fora fechado pelo prefeito. Para ele, esse termo é "inexato", já que as internações, a emergência e maternidade "aconteceram". Como "nossa equipe (?) caiu dentro na apuração" da questão hospital fechado/não fechado, o "jornalista" mete o sarrafo neste blogueiro que vos escreve. Diz que o prensa de dedé, que se propõe ser um portal de notícias regional, procura dar um "tom jornalístico" à notícia, enquanto o blog IPBUZIOS apenas emite opiniões subjetivas. E que estou condenado à uma narrativa opinativa pelo resto da vida, já que, segundo ele, essa é a "característica natural" de todos os blogs. Ou seja, blog é coisa menor.
Para o "jornalista", "cair dentro da apuração" consiste em buscar "o prefeito e o secretário de saúde para através da indagação (?), tentar ir mais fundo em todo o teor que envolve (?) o processo de retorno do setor de urgência para o hospital". Entenderam? Narrativa jornalística mais clara é impossível. Mesmo assim, vamos de indagação em indagação ver se chegamos ao âmago da questão. Depois de oito indagações, tudo estará apurado.
Primeira indagação: Prensa de Dedé- Sendo direto: o Hospital estava fechado ou não? Prefeito André Granado- O Hospital nunca fechou.
Meu comentário: então tá. O Prefeito falou, tá falado.
Segunda indagação: Prensa de Dedé- E então a decisão é mesmo técnica? Se é, o que foi determinante para o retorno do setor de Urgência para o prédio do Hospital? Prefeito- A decisão foi técnica.
Meu comentário: o prefeito disse que retornou com a Urgência para o hospital porque os municípios vizinhos conseguiram resolver os problemas deles. Guarde bem esta resposta. Contradições à frente.
Terceira indagação: Prensa de Dedé- E na opinião do senhor, funcionou a estratégia de levar a Urgência para um outro local? Prefeito- Funcionou.
Meu comentário: segundo o prefeito, quem vinha pra cá, encontrando nosso hospital fechado, passou a procurar solução em seus próprios municípios. Guarde bem esta resposta também. Contradições à frente.
Quarta indagação: Prensa de Dedé- Dá pra afirmar que houve economia com esse ato? Prefeito- Muita economia.
Meu comentário: o vereador Dida, do G-6, da tribuna da Câmara cobrou a apresentação de um estudo impacto financeiro que justificasse o fechamento do hospital. A coisa é muito séria para falar de boca que economizou. E o "jornalista" nem se lembrou de perguntar de quanto foi a economia. Não custa lembrar que a vereadora Gladys, do G-6, cansou de denunciar que, mesmo com o hospital fechado, o preço da alimentação servida por terceirizada continuava o mesmo e que nenhum contrato de prestação de serviço do hospital teve redução do valor pago.
O secretário espera que "a maior parte das pessoas agora atendidas no hospital sejam da cidade", passando a ideia de que antes a maior parte era de fora.
Quinta indagação: Prensa de Dedé- O Hospital está em condições de receber as pessoas? Prefeito- O essencial está funcionando. Secretário- O elevador, infelizmente é a única coisa que não está funcionando.
Sexta indagação: Prensa de Dedé: De verdade a pressão dos vereadores de oposição não influenciou em nenhum momento? Secretário- Não houve pressão, nem politica. Prefeito: Foi técnica, já estava nos planos.
Meu comentário: pergunta singela do "jornalista". Para o secretário "a população absorveu e entendeu bem o que estava acontecendo", mas reconhece que a Câmara chegou a esboçar a ameaça de trancar a pauta. Para o prefeito, diferentemente do que afirmou o secretário, a população não entendeu o que aconteceu, achando que o hospital estava fechado". Sutilezas que o "jornalista" não percebe.
Sétima indagação: Prensa de Dedé- E não houve também pressão do Ministério Público como se pode imaginar? Secretário- O MP arguia as condições de atendimento e por que estava fechado, houve recomendações, mas nenhuma ação para que se reabrisse o Hospital.
Meu comentário: aqui o "jornalista" come mosca e não percebe que o secretário reconhece com todas as letras que o hospital estava fechado.
Oitava indagação: Prensa de Dedé- Houve acusações de óbitos por negligência. O que realmente aconteceu? Prefeito- Quando não tínhamos hospital e CTI as pessoas que eram internadas não morriam em Búzios.
Meu comentário: novamente o prefeito vem com a ladainha de sobrecarga na saúde de Búzios provocada por moradores de municípios vizinhos, esquecendo o que afirmara na segunda e terceira indagação. Quando fechou o hospital, as pessoas tiveram que se virar em seus municípios. E só reabriu o hospital, porque os municípios vizinhos haviam resolvido seus problemas na Saúde. Como então justificar a sobrecarga?
Na resposta, o prefeito aproveita para zombar do povo buziano: a alta taxa de mortalidade hospitalar se deve, ora pois pois, ao fato de termos hospital. E um público maior de idosos que morre mais, ora pois pois. E joga a responsabilidade pelas mortes nas costas dos pacientes, pois as pessoas optam por maus hábitos de saúde. Se é assim, elas se comportam como suicidas, ora pois pois.
Mas isso o "jornalista" não viu ou não quis ver.
Algumas observações outras:
-O apelido do presidente da Câmara é Cacalho e não Cacado. Jornalista deverias saber disso.
-Não foi só o G-5 que foi contra a convocação dos concursados. Os outros quatro vereadores ,que o "jornalista" chama de "membros do governo" (boa sacada jornalística), também não são muito chegados a concursados não. Gostam mesmo é de portarias pra distribuir pra sua turminha. Pelos meus cálculos devem "possuir" uns trinta ou quarenta cargos no governo. Fora outras benesses impublicáveis. E ainda, nepotistas, empregam alguns parentes, como Miguel Pereira (o filho) e Niltinho (o irmão). Disso, o "jornalista" não fala.
Como dizia o grande Millor Fernandes, jornalismo é oposição. Jornalismo chapa branca é armazém de secos e molhados.
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Para o "jornalista", "cair dentro da apuração" consiste em buscar "o prefeito e o secretário de saúde para através da indagação (?), tentar ir mais fundo em todo o teor que envolve (?) o processo de retorno do setor de urgência para o hospital". Entenderam? Narrativa jornalística mais clara é impossível. Mesmo assim, vamos de indagação em indagação ver se chegamos ao âmago da questão. Depois de oito indagações, tudo estará apurado.
Primeira indagação: Prensa de Dedé- Sendo direto: o Hospital estava fechado ou não? Prefeito André Granado- O Hospital nunca fechou.
Meu comentário: então tá. O Prefeito falou, tá falado.
Segunda indagação: Prensa de Dedé- E então a decisão é mesmo técnica? Se é, o que foi determinante para o retorno do setor de Urgência para o prédio do Hospital? Prefeito- A decisão foi técnica.
Meu comentário: o prefeito disse que retornou com a Urgência para o hospital porque os municípios vizinhos conseguiram resolver os problemas deles. Guarde bem esta resposta. Contradições à frente.
Terceira indagação: Prensa de Dedé- E na opinião do senhor, funcionou a estratégia de levar a Urgência para um outro local? Prefeito- Funcionou.
Meu comentário: segundo o prefeito, quem vinha pra cá, encontrando nosso hospital fechado, passou a procurar solução em seus próprios municípios. Guarde bem esta resposta também. Contradições à frente.
Quarta indagação: Prensa de Dedé- Dá pra afirmar que houve economia com esse ato? Prefeito- Muita economia.
Meu comentário: o vereador Dida, do G-6, da tribuna da Câmara cobrou a apresentação de um estudo impacto financeiro que justificasse o fechamento do hospital. A coisa é muito séria para falar de boca que economizou. E o "jornalista" nem se lembrou de perguntar de quanto foi a economia. Não custa lembrar que a vereadora Gladys, do G-6, cansou de denunciar que, mesmo com o hospital fechado, o preço da alimentação servida por terceirizada continuava o mesmo e que nenhum contrato de prestação de serviço do hospital teve redução do valor pago.
O secretário espera que "a maior parte das pessoas agora atendidas no hospital sejam da cidade", passando a ideia de que antes a maior parte era de fora.
Quinta indagação: Prensa de Dedé- O Hospital está em condições de receber as pessoas? Prefeito- O essencial está funcionando. Secretário- O elevador, infelizmente é a única coisa que não está funcionando.
Sexta indagação: Prensa de Dedé: De verdade a pressão dos vereadores de oposição não influenciou em nenhum momento? Secretário- Não houve pressão, nem politica. Prefeito: Foi técnica, já estava nos planos.
Meu comentário: pergunta singela do "jornalista". Para o secretário "a população absorveu e entendeu bem o que estava acontecendo", mas reconhece que a Câmara chegou a esboçar a ameaça de trancar a pauta. Para o prefeito, diferentemente do que afirmou o secretário, a população não entendeu o que aconteceu, achando que o hospital estava fechado". Sutilezas que o "jornalista" não percebe.
Sétima indagação: Prensa de Dedé- E não houve também pressão do Ministério Público como se pode imaginar? Secretário- O MP arguia as condições de atendimento e por que estava fechado, houve recomendações, mas nenhuma ação para que se reabrisse o Hospital.
Meu comentário: aqui o "jornalista" come mosca e não percebe que o secretário reconhece com todas as letras que o hospital estava fechado.
Oitava indagação: Prensa de Dedé- Houve acusações de óbitos por negligência. O que realmente aconteceu? Prefeito- Quando não tínhamos hospital e CTI as pessoas que eram internadas não morriam em Búzios.
Meu comentário: novamente o prefeito vem com a ladainha de sobrecarga na saúde de Búzios provocada por moradores de municípios vizinhos, esquecendo o que afirmara na segunda e terceira indagação. Quando fechou o hospital, as pessoas tiveram que se virar em seus municípios. E só reabriu o hospital, porque os municípios vizinhos haviam resolvido seus problemas na Saúde. Como então justificar a sobrecarga?
Na resposta, o prefeito aproveita para zombar do povo buziano: a alta taxa de mortalidade hospitalar se deve, ora pois pois, ao fato de termos hospital. E um público maior de idosos que morre mais, ora pois pois. E joga a responsabilidade pelas mortes nas costas dos pacientes, pois as pessoas optam por maus hábitos de saúde. Se é assim, elas se comportam como suicidas, ora pois pois.
Mas isso o "jornalista" não viu ou não quis ver.
Algumas observações outras:
-O apelido do presidente da Câmara é Cacalho e não Cacado. Jornalista deverias saber disso.
-Não foi só o G-5 que foi contra a convocação dos concursados. Os outros quatro vereadores ,que o "jornalista" chama de "membros do governo" (boa sacada jornalística), também não são muito chegados a concursados não. Gostam mesmo é de portarias pra distribuir pra sua turminha. Pelos meus cálculos devem "possuir" uns trinta ou quarenta cargos no governo. Fora outras benesses impublicáveis. E ainda, nepotistas, empregam alguns parentes, como Miguel Pereira (o filho) e Niltinho (o irmão). Disso, o "jornalista" não fala.
Como dizia o grande Millor Fernandes, jornalismo é oposição. Jornalismo chapa branca é armazém de secos e molhados.
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