segunda-feira, 21 de dezembro de 2020

Prefeitura de Búzios não publica mais em seu site oficial a taxa de ocupação hospitalar por Covid-19


Painel Covid-19 da prefeitura de Búzios do dia 5/12/2020. Do facebook de Olívia Santos


Entre as principais razões que levaram o Juiz de Búzios Rafael Baddini a determinar o fim da flexibilização em Búzios no dia 16 de dezembro, e a conseuqente instauração de novo lockdown na cidade, está a não ampliação no número de leitos hospitalares em UTI por parte da prefeitura, conforme fora acordado no TAC firmado entre ela e o Ministério Público/Defensoria Pública em 29/06/2020.

Apesar do aumento expressivo do número de casos confirmados de COVID-19 neste mês de dezembro, o município permanece com os mesmos onze leitos de UTI alegadamente disponíveis quando da celebração do T.A.C”. 

Antes da decisão pelo lockdown, o juiz Rafael Baddini decidiu realizar inspeção judicial no dia 14/12/2020 no HMRP (Hospital Municipal Rodolfo Perisseé). Constatou-se que o município possui  onze leitos UTI´versus´ os dezessete pactuados, não atingindo nem os doze leitos de U.T.I. esperados. E que esses 11 (onze) leitos disponíveis no hospital não estão adequados à RDC nº 07 da ANVISA´. Ou seja, não são propriamente leitos UTI. Veja matéria da CNN de hoje (21/12/2020):



Nos dias iniciais do mês em curso, a prefeitura publicava em seu Boletim Diário de COVID-19 a "taxa de ocupação de enfermaria Covid-19". No dia 5, a taxa era de 99% (ver Boletim acima). Uma das cláusulas do TAC estabelece que a prefeitura deverá "MANTER EM SEU SÍTIO ELETRÔNICO o painel com ocupação dos leitos (inclusive os leitos de estabilização – leitos com suporte de respiração). Mas o Painel Covid-19 da Prefeitura da Cidade de Armação dos Búzios  ficou indisponível a partir de determinado dia do mês e assim está até os dias de hoje.  A denúncia foi feita por Marcos Silva em sua página do Facebook. 

O Boletim da taxa de ocupação hospitalar foi substituída pelo informativo abaixo: 


 

Como explicar que uma taxa de ocupação de 99% no dia 5 de dezembro, passou para 25% ( 3 leitos ocupados em 12) em menos de 15 dias, se os casos de Covid-19 vem aumentando no mês? E se assim for, porque não dar destaque a esta redução tão drástica da taxa (de 99% para 25%)? 


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