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"São infelizes os países ou lugares que precisam ou estão sempre à procura de alguns heróis para idolatrá-los, tanto faz se forem do bem ou se são do mal, escreveu o dramaturgo alemão Bertold Brecht em sua peça “A vida de Galileu” .
A frase resume uma das concepções central do marxismo. Segundo a qual a luta de classe é mais importante para a história que a trajetória dos indivíduos que procuram sempre estar em evidência ou protagonizar os fatos. Brecht sobrevive até hoje como autor teatral mas essa idéia se revelou um engano.
Hoje é consenso entre historiadores, ou críticos de comportamento que os indivíduos tem sim um peso excessivo na vida das pessoas ou em certos lugares.
Os Estados Unidos, veja o exemplo: Não teriam uma grande indústria automobilística em Chicago se não tivessem eliminado e colocado atrás das grades as quadrilhas de gangster e o próprio líder Alcapone. Hoje Chicago é um exemplo de respeito à lei em todos os sentidos.
No caso brasileiro celebrar os heróis considerados do bem para algumas pessoas e para a lei elementos do mal, é uma oportunidade de avivar a memória para exemplo daqueles que trazem lições para o presente.
Os indivíduos considerados heróis do mal que fizeram história e mantiveram um certo equilíbrio por várias décadas foram os bicheiros, mantinha um certo equilíbrio social fora da legalidade, ou seja, para ser legal tinha muita sujeira por trás.
Patrocinavam políticos, escolas de samba, times de futebol, eventos religiosos, show de grandes artistas, mas tinham seus códigos, sua ética de respeito na comunidade, não compactuavam com traficantes.
O vazio deixado pelos barões da zoologia a medida que eram eliminados passou a ser ocupado pelo tráfico em geral.
Seus principais heróis Fernandinho Beira-mar, que encolheu depois de ser transferido dá lugar ao P.C.C organização criminosa comandada por seu líder (herói das periferias) Marcos Camacho (Marcola). Uma organização com uma eficiente estrutura à serviço de todo o tipo de delito previsto no código penal. Apesar de estarem presos mantém capacidade de comandar e coordenar qualquer delito, continuam a lançar seus repto mortal às autoridades do país.
A escalada do crime organizado se irradia para todo o interior do Brasil, contamina outros estados e municípios. As causas são múltiplas e complexas, a começar pelas políticas dos dirigentes que ainda governam com cestas básicas ou assistencialismo.
Eternos problemas muito conhecidos de estruturas no campo econômico e social.
Um principal fator da ascensão destes heróis é a covardia do cidadão. O medo faz com que o cidadão se sinta acuado, a cidade passa a viver acuada, razões morais para frear a insegurança que gera a corrupção e a violência.
O medo, esse é com certeza o maior estimulador do atraso. E o medo por exemplo, que impede muitos cidadãos a ter um comportamento consciente em denunciar a delinqüência e o descalabro público imposto por autoridades constituídas. Por causa de pretensos sumiços os heróis do crime e os governantes ao serviço do mal fazem e dizem o que querem desacreditam qualquer elemento da sociedade, que logo passa a ser um refém de uma crise sem saída. Os cidadãos submissos e medrosos preferem fofocar a emitir uma crise de comportamento ou desvio de conduta. Estão sempre à procura que alguém o faça por eles como uma ponta de lança, um boi de piranha ou mais um São João Batista.
Volto a citar o quanto estava equivocado o dramaturgo B. Brecht, que pregava as lutas das classes como dogma marxista. É o exemplo mais primário, mais destrutivo para a civilização. Karl Max compreendeu mal o capitalismo. Foi desonesto com as evidências sua contribuição para a sociedade foi totalmente negativa. Graças a ele e outros pensadores por mais de século muitos países e cidadãos perderam a chance de crescer, viveram de assistencialismo demagogo. Cidadãos deixaram de ter acesso a informação e a liberdade. Peça fundamental para o processo criativo. Muitos foram mortos injustamente, muito dinheiro foi jogado fora, em vez de ser usado para melhoria de qualidade de vida.
O legado marxista primitivo foi exportado para os governantes que vivem do assistencialismo, populismo que exploram uma mão-de-obra escrava e profissionais mal remunerados. Políticos rapinando os cofres públicos para campanhas eleitoreiras em nome do social, um assistencialismo vulgar.
Os heróis da ilegalidade são cultuados à medida que a miséria se alastra. Estes heróis inspiram e motivam. Eles proíbem de distinguir o que é certo ou errado aos indivíduos que os idolatram.
O Oriente tem seu herói Osama Bin Laden, que inspira muitos jovens a se explodirem por sua causa, e os transformam em heróis. O Ocidente procura ter seu herói em cada canto. Já aqui no município de Armação dos Búzios, há uma lista enorme de heróis breve serão anunciados pela Receita Federal e o Judiciário. Esperamos que a Orla Bardot não fique entupida de estátuas destes futuros heróis".
Thomas Sastre
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