Foto histórica da campanha da Ativa Búzios |
Deu na coluna observatório (JPH, 26/10/2012):
"SEM GPS
A propósito Salazar entrou na sociedade acreditando que
poderia influenciar governo e opinião pública a favor de sua ideia de construir um condomínio de casas da
praia Azeda, adquirida na década passada. Não logrou êxito naquela
empreitada, como também na subsequente, quando tentou vender a área para o
grupo Orient Expresss, empresa de capital inglês, proprietária do Capacabana
Palace, interessada em construir um hotel onde antes Salazar imaginara um
condomínio de casas.
ORIENT EXPRESS
Em recente encontro
com o colunista, ocorrido num almoço numa mansão da Ferradura, a CEO do grupo
Orient Express no Brasil, a elegante e competente Andrea Natal, revelou ao PH
que o grupo não desistiu de ter um
hotel na Cidade e estaria analisando a possibilidade de alteração nos limites definidos pelo decreto que
incluiu a Azeda dentro do Parque Estadual da Costa do Sol. Andrea
contou que, a exemplo do que aconteceu em Foz do Iguaçu, onde a empresa mantém
um hotel dentro de área legalmente protegida, Búzios seria um modelo de negócio
com características da arquitetura e cultura
local e que cerca de 95% da mão de obra seria formada no próprio
balneário, com pessoas da Cidade. Nos
planos para a Azeda apenas 5% da área
seriam utilizados entre complexo hoteleiro e acessos.
COMPROMISSO COM O
ACERTO, OU COM O ERRO?
Fontes da Coluna
informaram que desde que o novo governo e a população de Búzios se manifestem
favoravelmente a implantação de um hotel na Azeda, o governo estadual não teria
dificuldades de rever os limites estipulados para o parque da Costa do Sol. A
cidade já esnobou uma vez a vinda de um empreendimento com a marca do Orient
Express. Será que, irá esnobar uma segunda vez?"
A partir de uma postagem minha, a blogueira Camila Raup postou em seu facebook uma foto sobre a questão da Azeda que gerou os comentários abaixo:
1) "Em 1997
transformei a Azeda e Azedinha em APA e recentemente trabalhei para que ficasse
dentro do Parque Estadual Costa do Sol. Tenho certeza que meu amigo Carlos Minc
estará nessa briga pela preservação desse patrimônio ambiental" (Mirinho Braga).
Meu comentário:
O problema, prefeito, é que não basta "decretar" e largar de lado. Isso é puro marketing. É preciso que se delimite a área, que ela seja cercada e muito bem sinalizada com placas indicando tratar-se de uma área de preservação ambiental. Além disso, era preciso fazer concurso público para contratar guardar ambientais para tomar conta da área. Quem ama, cuida! E, finalmente- como não se ia expropriar a propriedade- indenizar os donos. Nada disso foi feito. Incompetente para arrumar recursos para comprar a área, o prefeito Mirinho tratou logo de jogar o "pepino" para o Parque Estadual Costa do Sol do Governo do Estado.
2)"Quero examinar
antes um estudo sobre as qualidades ambientais da área, já que cercada por uma
ocupação consolidada. Deve-se examinar tb essa questão a partir da mobilidade
urbana. Portanto, devemos nos afastar das emoções fugidias da ocasião, e
encararmos esses estudos antes. Já me manifestei antes. afirmando que o
'ambientalismo' não deve servir para a apropriação dos recursos naturais por
grupos, que no 'backstage' manipulam as opiniões, refletidas pela voz do
rebanho" (Ruy Borba)
Meu comentário:
Esse discurso do ex-secretário Ruy Borba é o discurso da especulação imobiliária. "Vamos ocupar pra preservar", é o seu lema. Contudo, o importante a sublinhar é a comunhão de ideias, não de bens, entre o ex-secretário e ex-dono do jornal Primeira Hora, com o atual editor responsável pela coluna Observatório. Ou seja, o ex-jornal do ex-secretário está em campanha declarada pela ocupação da Azeda - Azedinha. Isso não preocupa, porque ambos estão muito desacreditados na cidade. O que preocupa é a aproximação de gente importante do novo governo do Dr. André com gente desse tipo. Ainda bem que o vice-prefeito é um ambientalista!
Observação: é por isso que o povo não acredita que o jornal foi vendido!
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