sábado, 19 de fevereiro de 2011

Virou bagunça 1


 O processo 5304/2009 gerou três contratos:





1)- contrato 71/2009, de 28/12/2009, com a empresa "Construtora Zadar Ltda", no valor de R$ 296.858,87 por seis meses, (R$ 593.717,34 por ano) para "serviços de manutençaõ das ruas pavimentadas Lote 1" (BO 435, de 14/05/2010).





2)- contrato 72/2009, de 28/12/2009, com a empresa "Terrapleno Terraplanagem e Construção Ltda", no valor de R$ 730.498,86 por seis meses (R$ 1.460.997,72 por ano) para "serviços de manutenção de vias não pavimentadas Lote 2" (BO 435,14/05/2010).





3)- contrato 73/2009, de 28/12/2009, com a empresa "Higheng Construtora Ltda", no valor de R$ 2.846.945,24 por doze meses (R$ 2.846.945,24 por ano) para "serviços de limpeza de rede de drenagem e recuperação de passeios públicos das vias do município". (BO 431, de 09/04/2010).





Apesar de serem contratos do mesmo processo (5304/2009), eles são publicados em BOs diferentes (BO 431 e BO 435). Os contratos são todos de dezembro de 2009, mas só foram publicados mais de quatro meses depois. O contrato de número maior (73) é publicado antes (em abril) dos outros dois (71 e 72), publicados em maio. Isso parece ter um motivo simples. Quando se separa a publicação do contrato 73 dos outros dois, não dá para perceber que o processo 5304 tem mais um contrato além daqueles dois (71e 72), porque as vias ou são pavimentadas (71, lote 1)  ou são não pavimentadas (72, lote 2). Ou seja, não seria possível mais um lote. 





No BO 473, de 11/02/2011, temos a prorrogação dos três contratos.





1)- o processo 71 com a Zadar, continua sendo para o Lote I, mas agora não é mais para a manutenção das vias pavimentadas e sim para a "manutenção das vias não pavimentadas". Mudaram o objeto de um contrato prorrogado! Essa manobra (malandragem pura) permite que o valor que era de R$ 593.717,34 por ano, pule para R$ 2.753.300, 64 por ano. 





2)- o mesmo acontece com o processo 72 com a Terrapleno. Ela continua cuidando das "vias não pavimentadas", Lote II, mas seu preço sobe de R$ 1.460.997,72 por ano, para R$ 2.068.730,40 por ano. 





3)- a malandragem final é arranjar um terceiro lote, o lote III, para a Higheng, também para cuidar das "vias não pavimentadas". Mesmo mudando a atividade (também de um contrato prorrogado)- pois antes a empresa fora contratada para "serviços de limpeza de rede de drenagem e recuperação de passeios públicos das vias do município" e agora cuida das "vias não pavimentadas, Lote III"-, estranhamente, o valor é o mesmo, até os centavos: R$ 2.846.945,24 por ano. 





Conclusão: ninguém cuida mais das vias pavimentadas e ninguém limpa mais a rede de drenagem porque já não faziam antes. É por isso que a minha querida Avenida dos Tangarás, na Marina, por onde trafego todo dia, está há dois anos sem conserto. O presidente da câmara de vereadores, Joãozinho Carrilho, também a usa diariamente.








Comentários:







monica disse...

 

luiz

pouca vergonha dos serviços publicos prorrogar estes contratos , sendo que 2010 não fizeram nada, aqui na Ferradura só consertaram nem 1.000 paralelos na Av Parque, por isso o Henrique Gomes anda com uma captiva por aí







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Obra de arte 4

Mural de Dilsa Sotinho. A obra pode ser vista na parede de sua birosca situada na Estrada Búzios-Cabo Frio perto da entrada do lixão. Telefone: 2633-0904

Ver: "Obra de arte 1"
Ver: "Obra de arte2"
Ver: "Obra de arte 3"

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"Meu cachorro virou sabão, prefeito?"


Apavorados com o twitaço que seria promovido na cidade pelo jornal O Globo no final de semana passado, o desgoverno que nos tira o sossego resolveu fazer um choque de ordem improvisado. Se nas condições normais de desgoverno não é capaz de gerir a cidade com um mínimo de organização, imagina com a enorme pressão do jornalão. Resultado: fez uma ação desastrosa na frente de todos, turistas e moradores. 

Sem consultar a associação que cuida dos animais há muito tempo na cidade, o desgoverno resolveu retirar todos os cachorros que estavam nas praias. Sabe como é servicinho de porco que varre o lixo para debaixo do tapete. Os meios não importam, o que importa é o fim: O Globo não podia ver os cachorros que vemos todos os dias nas nossas praias. O desgoverno queria fazer de conta que em Búzios tem governo. Mas a emenda saiu pior que o soneto.

Como as associadas da Associação Protetora dos Animais São Francisco de Assis conhecem esses cachorros abandonados na palma da mão, porque os amam e fazem com eles o que o desgoverno devia fazer, vacinando-os, castrando as fêmeas e até lhes dando alimentação, elas querem saber o paradeiro deles. Há um boato muito grande na cidade que diz que os cães foram simplesmente exterminados. Donas de alguns desses cachorros perguntam: meu cachorro virou sabão, prefeito?

Encontrei com a Sônia, baiana do acarajé, conhecida pela sua luta em defesa dos direitos dos animais na cidade, e resolvemos partir à procura dos cachorros no sítio que a prefeitura aluga de Gilson da Silva "para a guarda de animais apreendidos nas vias públicas do município" (BO 455, 8/10/2010). Não encontramos nenhum cachorro ou gato lá, apenas cinco (5) cavalos (foto). Note-se que o contrato fala em guarda de animais em geral, não só cavalos. Os cães retirados das praias tinham que estar ali, pois a prefeitura aluga o sítio para isso. No local, ficamos sabendo que os cavalos apreendidos (?) não estavam marcados e que um seria vendido, em breve, por um funcionário não identificado da prefeitura. Pode isso secretário? O sítio é um hotel para cavalos de amigos do governo? Por que os cavalos estão desmarcados? Pagamos R$ 2.500,00 mensais pela locação do sítio para esse fim?

Não só. Pagamos R$ 3.800,70 mensais à senhora Maria da Penha Costa  para a "locação de 1 (um) veículo automotor, caminhão de carroceria fixa de 3,5 T com gaiola e escada para a realização dos serviços de apreensão de animais soltos no município" (BO 446, 6/8/2010). Em dois anos de desgoverno gastamos uma fortuna com aluguel de caminhão e sítio para apreender (?) 5 cavalos! 

Saindo do sítio, na Baía Formosa, resolvemos passar no governo itinerante em José Gonçalves à procura do secretário de serviços públicos para esclarecer esta situação. Não o encontrando, conversamos com o secretário de Ordem pública, Lírio, que nos garantiu que só foram apreendidos 6 cachorros em uma única praia, a de Geribá, e que dois deles teriam voltado para a praia 8 dias depois de largados em ruas próximas da praia. Quem conhece cachorro sabe que ele volta para o local em que estava. E os outros quatro? Baiana tinha informações que os dois que voltaram pularam do caminhão e que também foram apreendidos cachorros em outras praias. Onde eles estão, é a grande questão para aqueles que amam os animais  em Búzios. Ou será que todos viraram sabão, prefeito?


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Troca de sinais

"Tom Jobim dizia que o mapa do Brasil é de cabeça pra baixo não por acaso. Aqui as coisas estão sempre invertidas, fora do lugar, às avessas. O desvio é a norma.
É o país que chama a raposa para tomar conta do galinheiro. Ou que escolhe para presidir a Comissão de Constituição e Justiça, a mais importante da Câmara, justamente um deputado que é réu no processo do mensalão.
É a terra onde um juiz, que devia ser exemplo de obediência à lei, vive transgredindo-a. Ao ser flagrado dirigindo sem carteira e sem placa no carro, dá ordem de prisão à funcionária que o flagrara na blitz da Lei Seca. Já fizera o mesmo com um policial rodoviário, além de outras condutas indevidas, como comer em restaurantes sem pagar.
A última dele foi desacatar hóspedes que reclamaram da barulhenta festa que ele organizara no quarto de um hotel em Búzios. Há um ano sendo investigado, mas, enquanto isso, continua aprontando impunemente.
O Rio está cheio de casos de inversão de sinais, como ficou demonstrado pela Operação Guilhotina (guilhotina é uma metáfora enganosa, tanto quanto "cortar na própria carne". Trata-se de hipérboles, isto é, exageros. Ela não vai cortar cabeça alguma e nem a carne, ainda que podre).
A gente dorme acreditando que finalmente está sob a proteção de uma polícia honesta e acorda vendo o chefe de uma delas acusado por uma testemunha de receber gordas propinas de bandidos e camelôs. E o subchefe sendo preso por negociar armas com milicianos e traficantes.
Sei que não se deve condenar sem provas, mas nem absolver, como é costume. O homem público tem como ônus não apenas parecer honesto, mas dar provas de que é. Portanto, cabe a Allan Turnowski, já indiciado, convencer a Justiça de que é inocente.
Ele nega também ter vazado informação para um policial preso pela Operação Guilhotina. Curiosamente, outro episódio de vazamento aparece no capítulo XVI do livro "Elite da tropa 2". Ali, sem os nomes, o "superintendente da Polícia Federal" chama o "chefe da Polícia Civil e seu subchefe" para uma reunião em que é anunciada sigilosamente uma operação na Rocinha para prender o traficante Rouxinol (na vida real, Roupinol).
"Ninguém mais além dos senhores deve ser avisado", adverte o diretor da PF. Dez minutos depois, um grampo grava a fala de Roupinol: "A Federal tá em cima. Tá preparando a festa pra cair em cima da gente. Querem me pegar."
Para terminar, mais uma troca de sinais. Turnowski caiu por ter perdido a confiança dos seus superiores, o que não impediu que saísse coberto de elogios do secretário de Segurança e do governador. Antes, ele teria anunciado que, se caísse, cairia atirando."

Zuenir Ventura
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Corregedoria abre procedimento contra juiz da 1ª Vara de Búzios

Publicada em 19/02/2011 às 00h31m
O Globo
RIO - "As denúncias sobre o juiz João Carlos de Souza Correa, da 1ª Vara de Búzios, reveladas pelo GLOBO, começam a ser apuradas. O comportamento do magistrado foi tema de conversa entre o presidente do Tribunal de Justiça, Manoel Alberto Rebêlo dos Santos, e o corregedor-geral, Azevedo Pinto. Segundo o corregedor, já foi instaurado um procedimento contra o juiz para apurar a voz de prisão que ele deu a uma agente da Operação Lei Seca, domingo passado. As outras denúncias contra o juiz também serão investigadas, na medida em que chegarem à corregedoria. Segundo o corregedor, quando a denúncia contra um juiz é confirmada com provas, a sindicância é rápida.
Além de dar voz de prisão a uma agente da Operação Lei Seca após ser flagrado sem habilitação ao volante de um carro sem placa, o juiz é acusado de ter desacatado turistas que reclamaram de uma festa barulhenta que promovia num quarto de hotel; de ter obrigado um funcionário da concessionária Ampla a religar a luz de sua casa, cortada por falta de pagamento; de ter discutido com um policial rodoviário federal após passar por um posto da PRF em alta velocidade e com um giroflex proibido ; de "pendurar" contas em estabelecimentos comerciais; e de ter tentado fazer compras no free shop de um cruzeiro sem ser passageiro.
Por enquanto, a corregedoria investiga apenas o caso da Lei Seca e decisões polêmicas tomadas em processos fundiários em Búzios. Azevedo Pinto esclareceu que ainda não chegou à corregedoria a denúncia sobre a festa no Hotel Atlântico Búzios e as demais.
Para o presidente da OAB-RJ, Wadih Damous, a Lei Orgânica da magistratura exige dos juízes um comportamento discreto:
- Não é aceitável que magistrados dêem carteirada quando são parados em blitzes. Um juiz deve ser exemplo para o cidadão comum.
Procurado nesta sexta-feira por telefone na 1ª Vara de Búzios, o juiz não foi encontrado. Seu secretário informou que ele tinha vindo ao Rio com sua mulher, a ex-deputada Alice Tamborindeguy. Procurado ao longo da semana, o magistrado não quis dar declarações."
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quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Balneabilidade das praias do interior do estado

BOLETIM INDICA SITUAÇÃO DAS PRAIAS EM MUNICÍPIOS DO INTERIOR
11/ 02/ 2011
“Em mais um final de semana com previsão de dias ensolarados, o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) divulgou nesta sexta-feira (11/02) o boletim de balneabilidade com a situação das praias de municípios do interior.

Em Niterói, duas praias estão liberadas: Piratininga e Itacoatiara. Dez praias não estão liberadas: Sossego, Gragoatá, Boa Viagem, Flechas, Icaraí, São Francisco, Charitas, Jurujuba, Eva e Adão. As praias de Camboinhas e Itapu estão recomendadas com restrições (evitar o trecho próximo à saída do canal de Itaipu).

Em Búzios, estão recomendadas para o banho as praias Rasa, Tucuns, Manguinhos, Geribá, Armação, Ossos, Azeda, João Fernandes, Brava, Forno, Ferradura e Tartaruga. Apenas a praia de Canto não está recomendada.

Em Casimiro de Abreu, o Praião está recomendado para o banho e a Prainha não está recomendada. Em Cabo Frio (Unamar), a praia de Unamar está recomendada o a de Pontal não está recomendada. Em Iguaba Grande, a praia do mesmo nome está recomendada.

Estão recomendadas para o banho, em São Pedro da Aldeia, as praias Linda, Centro, Pitória, Sol, Sudoeste, Balneário e Ponta D´Aldeia. Não recomendada está apenas a praia da Aldeia.

Em Magé, todas as praias não estão recomendadas: Ipiranga, Mauá, Anil, Piedade e Luz.

O Inea lembra, no entanto, que em caso de chuva o banho de mar deve ser evitado por 24h. O boletim de balneabilidade das praias pode ser consultado no site do Inea .”

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Quem tem medo do povo? 2

Como prometera, o vereador Lorram apresentou projeto de resolução para alterar o horário da sessão de quinta-feira da câmara de vereadores. Se aprovado o projeto, teremos as duas sessões semanais, de terça e quinta-feira, às 18h:00min. Lorram deu como justificativa para a mudança de horário a busca da participação popular nos trabalhos legislativos, já que os trabalhadores- maioria da população buziana- estariam impossibilitados de comparecer à câmara por estarem trabalhando nesse horário.  Citou pesquisa feita por nosso blog - o que muito nos honra- que mostra que a câmara de Búzios é a única da região que realiza sessões de manhã (10h:00min) (Ver  "Quem tem medo do povo? 1").

Os primeiros vereadores que discutiram o projeto manifestaram-se contrários à mudança. Da base do governo, o vereador Leandro mostrou-se contrário à proposta, defendendo a manutenção dos horários  atuais. Do G-5, o vereador Evandro e a vereadora Joice, defenderam a mesma posição, sob o argumento que os horários alternados possibilitam que quem não possa vir à noite, venha de dia e vice-versa. Genilson justificou a mesma posição com a tese de que a assistência é maior nas sessões da manhã, o que poderia ser provado pelo livro de presença.

Ora bolas, a presença de manhã só é maior do que a da noite porque o salão da câmara fica lotado de assessores dos vereadores e do prefeito. Sei disso porque vou muito à câmara. Quanto ao outro argumento é um absurdo defender que as pessoas não acompanhem o processo legislativo como um todo. É isso que se quer? A pessoa que assiste a uma sessão em que é discutido um assunto de seu interesse pela manhã não poderá acompanhar as outras etapas do processo legislativo que ocorrerem à noite. Já chamei isso de esquizofrenia política. Por esse argumento todas as outras câmaras de nossa região estão erradas. Ou será mera acomodação, medo de mudança? O G-5 não veio para mudar? Não foi esse o discurso? Não quero acreditar- e não acredito- que seja essa a intenção, mas todos sabem que já aconteceram muitas votações estranhas em nosso legislativo. O plenário vazio (ou cheio de assessores) facilita muito nesses casos.

Observação: não poderei estar na sessão diurna desta quinta-feira.

1 comentários:

O Curinga de Buzios disse...
Eu sou um que se passar para as 18 horas irei freqüentemente. Nesse horário que hoje se realiza é impossível do trabalhador comum ir. Eu mesmo não consigo ir nunca. Gostaria de ter estado lá ontem. Mas como? Nesse horário estava travado de tanto trabalho. Não há argumentos que possam justificar a manutenção do horário atual.

349

Juiz é investigado também por festa num quarto de hotel em Búzios

Publicada em 17/02/2011 às 00h08m
Ronaldo Braga
RIO - A Corregedoria do Tribunal de Justiça está investigando, sigilosamente, mais uma denúncia envolvendo o juiz João Carlos de Souza Correa, titular da 1ª Vara de Búzios, na Região dos Lagos. Segundo a denúncia, o juiz teria desacatado dois turistas em Búzios, que estavam hospedados no Hotel Atlântico, no Morro do Humaitá, perto da Orla Bardot. O casal, um francês e uma alemã, tinha reclamado de uma festa promovida pelo juiz, até de madrugada, num dos quartos do hotel.
A denúncia, que chegou à corregedoria semana passada, teria partido de algum hóspede que estava no hotel no último dia 9. Um gerente do estabelecimento confirmou que alguns hóspedes reclamaram do barulho e que, depois de a direção ter chamado a atenção do responsável pela festa, tudo voltou à normalidade.
Funcionário da Ampla obrigado a religar luz
Outro hóspede, o empresário e advogado Marcelo Bianchi, contou que o casal foi desacatado pelo juiz:
- Várias pessoas viram como ele estava alterado - afirmou ao GLOBO.
Bem antes disso, porém, em 2006, um funcionário da concessionária Ampla ameaçado de prisão pelo juiz, caso não religasse a luz de sua casa, cortada por falta de pagamento. A Ampla, através de sua assessoria de imprensa, confirmou o caso nesta quarta-feira, mas não quis entrar em detalhes sobre o valor que era devido pelo juiz, limitando-se a informar que "era bem alto". A polícia foi chamada e a luz, religada.
Na madrugada de domingo passado, ao ser parado numa blitz na Lagoa, o mesmo juiz deu voz de prisão a uma agente da Operação Lei Seca. Ele dirigia um Land Rover sem placa, com prazo de emplacamento vencido, e estava sem a carteira de habilitação - que alegou ter esquecido dentro da bolsa da mulher. O carro foi rebocado e juiz, multado por dirigir sem carteira.
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quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

O Exterminador de Lagoas ? 2

Lagoa, ou ex-Lagoa da Usina (crédito para Sandro Peixoto). Foto tirada ontem (dia 15/02/11).

Lagoa da Ferradura abandonada. O deck feito no governo anterior sendo tomado pelo mato. Realizações da gestão passada não merecem ser cuidadas? É muito pobreza de espírito.


Lagoa de Geribá. Construções e mais construções em seu entorno.
O Parque Lagoa de Geribá prometido pelo prefeito Mirinho em sua gestão passada não foi feito porque talvez "fosse um pesadelo para alguns de seus parentes e amigos, tendo que desapropriá-los de suas terras em volta da Lagoa" (Felipe Lopes, Buziano).
"Vi dois terços de uma Lagoa ser aterrada bem próxima da minha casa" (Sérgio Nogueira Lopes, embaixador da UNICEF, Buziano).


1 comentários:

reynaldo disse...
É aquela velha história: gasta-se dinheiro acabando com uma lagoa natural e depois gasta-se dinheiro criando uma lagoa artificial. Não vou estranhar se no futuro a prefeitura não venha a criar piscinões artificiais como os de Ramos e o de São Gonçalo.
Cadê os ambientalistas, a FEEMA e a Secretaria Estadual de Meio Ambiente?
A intervenção de obras da prefeitura está matando as lagoas e niguém faz nada. Não existe MP Estadual p/ intervir contra esta completa incompetência?
Sorte povo de Búzios.

É um absurdo.

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Juiz que deu voz de prisão a agente da Lei Seca discutiu com policial em 2009

Publicada em 15/02/2011 às 23h38m
Ronaldo Braga
RIO - Envolvido numa confusão, na madrugada de domingo, ao ser parado numa Operação Lei Seca na Lagoa , o juiz João Carlos de Souza Correa, titular da 1ª Vara de Búzios, já teve outro problema no trânsito. Em julho de 2009, o magistrado bateu boca com um policial rodoviário federal em Rio Bonito. O problema aconteceu depois que seu motorista passou por um posto da Polícia Rodoviária Federal (PRF), de madrugada. Além da velocidade do veículo, chamou a atenção dos agentes um giroflex azul (luz de emergência giratória, usada por carros da polícia, por exemplo) no teto. A legislação não prevê a cor azul para o dispositivo. O magistrado não quis dar entrevista ontem.
No domingo passado, João Carlos dirigia um Land Rover sem placa e estava sem a carteira de habilitação. Mas acabou dando ordem de prisão, alegando desacato, a uma agente de trânsito.
Em 2009, o policial rodoviário Anderson Caldeira participou da abordagem do juiz.
- Quando paramos o carro, o motorista desceu armado e o juiz saiu logo depois, também armado. Tentei explicar o que estabelece o Código de Trânsito Brasileiro: que os veículos de polícia e as ambulâncias usem o dispositivo (giroflex) na cor vermelha, enquanto os de prestação de serviço o utilizem na cor amarelo âmbar - contou o agente.
Segundo o policial rodoviário, logo que desceu do veículo, o magistrado, aos berros, disse que era juiz de direito:
- Ele relutou muito em se identificar e em nenhum momento parou de gritar e me ameaçar, dizendo que me colocaria na rua, que a minha carreira no serviço publico estava acabada etc.
De acordo com Anderson, o caso acabou na 119ª DP (Rio Bonito) e o delegado aceitou registrar queixa contra o policial rodoviário, por desacato e exposição a perigo.
- O desacato é o crime cometido contra um servidor público no exercício de suas funções. Mas, eu que sou servidor público, também estava no exercício de minhas funções. E o perigo aconteceu, segundo o juiz, porque eu estava com minha arma em punho, numa posição de segurança. Parece que ele gosta de ameaçar e constranger as pessoas que tentam garantir a paz social. Aconteceu comigo e com a agente da Lei Seca - disse o policial, acrescentando que responde a uma sindicância na corregedoria da Polícia Rodoviária Federal por causa de denúncia formalizada pelo juiz.
Magistrado é investigado desde 2010
Desde 2010, o juiz João Carlos de Souza Correa é investigado pela corregedoria do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), por causa de uma série de decisões polêmicas tomadas em processos sobre disputas fundiárias em Búzios. Em fevereiro do ano passado, três magistrados da corregedoria estiveram na cidade, acompanhados por outros dois da corregedoria do Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ), e recolheram peças de 17 processos. As investigações correm em sigilo no CNJ.
João Carlos foi alvo, na época, de duas denúncias por conduta indevida. Uma delas, por supostamente favorecer um advogado que alegava ser o dono de uma área de mais de cinco milhões de metros quadrados em Tucuns, área nobre de Búzios.

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