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domingo, 23 de junho de 2013

Poluição visual na Praia da Armação

Estacas vistas da Igreja de Sant'Anna
Estacas colocadas no mar de Búzios para obra de expansão do Porto Veleiro

Estas estacas estão fincadas no mar de Búzios desde que a obra de expansão do Porto Veleiro foi paralisada pela SPU - Secretaria de Patrimônio da União, a pedido da Prefeitura de Búzios, no governo Mirinho. Já se passaram três anos e até agora ninguém se prontificou a removê-las. Até quando elas vão ficar lá enfeiando nossa paisagem ímpar? Alô prefeito André, vamos exigir que o proprietário do Porto Veleiro as retire de lá imediatamente!

Para entender o caso leiam: 




Comentários no Facebook:

Sérgio Da Conceição Quem poderia resolver isso Luiz?

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Quem manda na cidade?

Tubos cravados no mar da Armação pelo senhor Cadu Bueno
"Não autorizamos a expansão do cais do Porto Veleiro e entendemos ser da competência do município autorizar obras...Os pescadores são contra, a comunidade em geral também, e por isso me posicionei contra" (prefeito Mirinho Braga, JPH, 12/08/2010).

"Os responsáveis pela obra têm 30 dias para retirar todo material, como estacas e tubulações" ( Marina Esteves, Superintendente do Serviço de Patrimônio da União, ídem)

"Esse paliteiro de tubos cravados no solo de Búzios, fazendo o mar de Búzios sangrar" (Ruy Borba, secretário de planejamento, ídem).

Os tubos estão lá até hoje, enfeiando a belíssima paisagem do mar da Armação. Já vai fazer um ano. Quem manda na cidade, Prefeito? Ou será que os poderosos têm tratamento diferenciado? Ou será que o Senhor Cadu espera reabrir negociações para reiniciar as obras de expansão mar adentro de seu Porto?

 Quem manda na cidade, prefeito?

Observação: reparem na insustentável leveza da ave clickada por acaso. Um momento poético- apesar das mazelas das estacas- indicando que nem tudo está perdido. A poesia vencerá.

Comentários:

Cristina Pimentel disse...
A pergunta está correta. Há informação, não oficial, de que a obra do Cadu teria sido liberada. Será???
Depois, nos chamam de radicais. Aquilo lá foi uma permissãozinha. O Cadu foi se apoderando, foi se apoderando e hoje, vejam, o cara quer abocanhar o espaço público de uma forma voraz. Já dizia Flor Bela Espanca: o mar é de quem o sabe amar (não de quem só quer explorar).
Espero que o período eleitoral não faça ter de engolir mais esta. Espero que esta Prefeitura defenda a cidade.

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domingo, 24 de outubro de 2010

Turismo Náutico I, II e III

Post 131 do blig
Data de publicação: 03/08/2010 0:25

Turismo náutico I

Na semana que passou tivemos intensa discussão sobre turismo náutico em Búzios. O jornal O Globo, de sexta-feira, trouxe uma reportagem sobre a paralisação judicial da obra de expansão do cais da praia de Armação. Na sua edição de sábado, o Jornal O Perú Molhado sai em defesa da empresa Marina Porto Veleiro de Búzios Empreendimento Ltda. E na segunda-feira, o presidente da Comissão de Defesa do Meio Ambiente da Alerj, André Lazaroni – ex André do PV- veio à Búzios vistoriar os possíveis prejuízos provocados pelos transatlânticos que atracam em nossa praia. Sua visita foi noticiada pelo Jornal do Brasil Online.

No processo judicial 0002413-92.2010.8.19.0078 que Amarildo de Sá Silva move contra o empreendimento, ficamos sabendo que o Porto Veleiro não tem licença do município autorizando a ampliação das construções na área. O que a empresa tem é um Alvará Municipal que a autoriza apenas a desenvolver suas atividades no local e não a ampliá-lo. A existência de licença do INEA não exclui a necessidade de licença da municipalidade.

Portanto, a matéria de O Globo não contém inverdades, como afirma O Perú Molhado. A vistoria técnica feita pela Comissão de Defesa do Meio Ambiente da Alerj confirmou em imagens a existência de corais no fundo do mar naquele local, desmentindo a afirmação de O Perú Molhado de que ali só tem lama. Confirmou também que as âncoras dos navios deixam buracos no fundo do mar e quebram os corais. Ocorrências também confirmadas pelo INEA. 

Na Ação Popular,  o presidente da Colônia dos Pescadores queria a imediata paralisação das atividades do Porto Veleiro devido ao “caráter personalíssimo da concessão e do suposto desvio de finalidade, consistente na destinação diversa dada ao bem , dentre outras questões”. Não conseguiu. Mas conseguiu liminar parando a obra de expansão porque, segundo a decisão do juiz, a tutela do Meio Ambiente deve se sobrepor aos interesses comerciais do empreendedor. 

Segundo o jornal O Globo, o Porto Veleiro existe no local desde 1983. Na ação judicial se questiona se o local- que seria público-  não estaria sendo usado irregularmente. Já são quase trinta anos de uso. Se o imóvel é propriedade do município, o que a prefeitura ganha com a concessão?
  
Segundo o mesmo jornal, o prefeito Mirinho afirmou que a obra vai prejudicar os pescadores de Búzios. Aí concordamos com o jornal O Perú Molhado: “nesses dez anos em que esteve à frente do cargo mais importante da cidade”, o prefeito nada fez pelos pescadores de Búzios. Não só nada fez fez pelos pescadores (cadê o entreposto pesqueiro?), mas também nada fez pelos agricultores familiares (cadê o mercado municipal?), pelos trabalhadores do setor do turismo (cadê o hotel escola?) e do comércio (também poderiam aprender no hotel escola). Basta fazer um levantamento sério do desemprego e do subemprego na cidade. E não adianta vir falar em ProJovem Trabalhador. Isso é política pública pobre para o povo pobre. Não passa disso.

Comentários (1):

Julio Medeiros disse:

Luiz!
Até hoje eu não vi e nem soube de nenhum Estudo de Impacto Ambiental referente as centenas de atracações anuais feitas por estes navios transatlanticos em Armação dos Búzios. Seja da água do lastro despejada, movimento gigantesco das hélices, possivel despejo de esgoto, assim como tambem não soube de nenhum rEstudo de impacto de vizinhança, já que grande parte da cidade fica obrigada a ouvir o som em altíssimo volume vindo das festa promovidas neste navios.
Volto a afirmar que quem está promovendo esta briga, não está nem um pouco preocupado com pescadores e muito menos o meio ambiente.

Post 133 do blig
Data da publicação: 06/08/2010 23:18

Turismo náutico II

O empresário Cadu Bueno resolveu fazer obras de expansão de seu empreendimento – Porto Veleiro-   na Praia da Armação. Pretende ampliá-lo–  mar adentro- em 80 metros. Contra o seu desejo já se manifestaram o prefeito municipal, o secretário municipal de planejamento, o presidente da Colônia de pescadores Z-23 (de Búzios), quase todos os vereadores da cidade e até mesmo o presidente da Comissão de Defesa do Meio Ambiente da ALERJ, André Lazaroni, que por aqui apareceu e deu sua opinião também contrária às obras. Favoráveis ao empreendimento somente se pronunciaram o Jornal O Peru Molhado (OPM), o diretor  da Associação Comercial (ACEB), Paulo Inácio,  e alguns empresários, principalmente aqueles estabelecidos no entorno,  beneficiados pela atividades náuticas ali realizadas.

Para o prefeito de Búzios, Mirinho Braga, a expansão do cais em 80 metros prejudica os pescadores e pode causar um problema ambiental. O secretário de planejamento, Rui Borba, argumentou para o jornal O Globo que a “expansão seria uma intervenção urbanística na cidade e que, por isso, a prefeitura deveria ter sido ouvida”.  Já na última edição do Jornal Primeira Hora (JPH), o secretário afirmou que “a licença que deveria ser dada pela prefeitura para a ampliação – como está proposta- nunca foi expedida”, deixando margem a dúvidas se alguma licença fora expedida. Segundo o OPM, o presidente da Colônia dos Pescadores, Chita, teria feito, na última reforma do Porto Veleiro, um acordo com o empresário Cadu Bueno para que a Colônia participasse dos lucros do empreendimento. Para o vereador Lorram se o empresário tem alguma licença da prefeitura, ela teria sido concedida no “apagar das luzes da gestão municipal passada” (JPH).

Mesmo com tantas vozes contrárias é muito provável que muito em breve a obra esteja pronta. Tem coisas que só acontecem em Búzios (e em toda a nossa querida Região dos Lagos). Já teve empresário que fez reforma em seu imóvel comercial na Rua das Pedras  invadindo a Praia do Canto. Até entulho de obra ele jogou no mar. Apesar de todas as reclamações  tudo ficou por isso mesmo. A especulação imobiliária e os milionários fazem o que querem da cidade. Eles adoram construir onde não podem: costões rochosos, topos de morro, etc. Quase sempre ganham. O jornal Interpress tem razão quando estampou na capa que  Búzios (acrescento: e toda Região dos Lagos) pertence aos privilegiados.

Post 136 do blig
Data da publicação: 09/08/2010 19:32

Turismo náutico III

Eu não disse que têm certas coisas que só acontecem em Búzios. Cadú Bueno conseguiu no TJ do Rio cassar a liminar dada pelo Juiz de Búzios,Rafael Rezende.  O Desembargador Relator, Paulo Maurício, derrubou o embargo à expansão do cais principalmente porque a obra tinha licença ambiental do INEA, deixando claro que a obra não causaria nenhum dano ambiental ao local. Segundo ele caía por terra o argumento do juiz de Búzios que embasou sua decisão no risco iminente de se  causar danos ao meio ambiente.

Aqui em Búzios precisamos de muito cuidado para fazermos afirmações com base naquilo que é dito. Nem sempre o dito corresponde ao real. Mas parece que não há dúvidas que o INEA deu licença ambiental para a obra do Cadú. O próprio presidente do órgão reconhece isso. Aí o novelo começa a enrolar. O órgão pode dar licença condicionada a outras licenças? Primeiro disse que cancelaria a licença dada se o Porto Veleiro não conseguisse autorização da prefeitura (O Globo, 27/07/2010).  Depois que o SPU entrou em cena, afirmou que só manteria a licença se o SPU confirmasse a autorização (JPH, online, 6/8/2010). A licença da prefeitura é necessária para a área? Ora, se a prefeitura não concede autorização para a obra, de que adianta o empresário ter licença ambiental do INEA? O órgão pode dar licença e depois retirá-la? Se a licença ambiental existe, como é que pode a secretária de meio ambiente e pesca, Adriana Saad, afirmar que “continua notificando e multando o empreendimento, por falta de licenciamento” (idem)

Outro argumento do desembargador para cassar a liminar é que a área é de responsabilidade da Marinha. Portanto, a obra estaria  sujeita somente à fiscalização da União. O município não teria nada a ver com isso. Inclusive, a própria Marinha teria sugerido, tempos atrás, a construção de atracadouros adequados às embarcações de grande porte. Justamente o que o empresário pretende com a expansão do “seu” pier. O argumento do desembargador coincide com os argumentos estampados, dias atrás, nesta pérola escrita no jornal O Perú Molhado: “é pouco provável que a Marinha atracasse seus barcos (fragatas da Capitania dos Portos) num porto ilegal” (OPM, 6/8/2010)!

Cadú teria licença da Marinha para realizar a obra. Mas na reportagem de O Globo, a própria Marinha informa que a ampliação do cais está autorizada somente nos aspectos relativos à segurança da navegação. A “dona” da área diz que o seu parecer – e não licença-  sobre segurança não exime a empresa de exigências de outros pareceres pertinentes, tanto a nível muncipal, quanto estadual e federal.

Na verdade, a área em questão – o espelho dágua-  é patrimônio do povo brasileiro. A fiscalização é responsabilidade do Serviço de Patrimônio da União (SPU). A superintendente do órgão, Marina Esteves, afirmou que a obra “não conta com autorização do SPU” e a classificou como uma “obra irregular”. Disse também que o SPU procura atuar em consonância com os municípios. Sem o consentimento do município “não autorizamos obra alguma”. Aqui o novelo enrola um pouco mais. Ora, Cadu diz ter licença da prefeitura dada pelo governo anterior. Ela teria sido conseguida no apagar das luzes do governo anterior, como sugeriu o vereador Lorram? O SPU foi consultado? Cadú teria mesmo uma licença ou um simples despacho “nada a opor”, como afirma o atual chefe do Gabinete de Planejamento,Orçamento e Gestão, Ruy Borba? (JPH, 29/07/20010). 

Agora o imbróglio maior está no caráter da relação contratual entre o SPU e a empresa Porto Veleiro. A superintendente do SPU disse que o cais do Porto Veleiro tem apenas autorização e assim mesmo precária para 486 m², onde está a instalação atual. “O que o cais tem é uma inscrição para ocupação, e nem RIP se trata no caso, ou seja, não se trata de aforamento” (Jornal Primeira Hora,online, 6/08/2010). O que isso quer dizer? O cais está desde 1983 irregularmente numa área sem nada pagar? A “autorização” vai até quando? O que fazia o SPU nesse tempo todo?


209 (131,133,136)

Chita para obra de ampliação do cais do Porto Veleiro

Post 121 do blig
Data da publicação: 20/07/2010 23:38

Em Ação Popular distribuída em 8 de julho o presidente da Colônia de Pescadores Z-23 (Armação dos Búzios), Amarildo de Sá Silva (Chita), conseguiu liminar “para que seja impedida, por ora, a ampliação do Pier existente no local”. Em sua decisão, o Juiz Rafael Rezende Chagas afirma que “a pretensão do autor baseia-se em dois fundamentos principais: 1) a nulidade do ato administrativo emanado do Município de Armação dos Búzios, principalmente em virtude do caráter personalíssimo da concessão e do suposto desvio de finalidade, consistente na destinação diversa dada ao bem, dentre outras questões; e 2) a lesão ao meio ambiente do local, decorrente das obras de ampliação, do que decorreria a necessidade de anulação da licença concedida pelo INEA, ora 2º réu”.

O Porto Veleiro estaria usando irregularmente o local que seria público. Apesar de contar com alvará do Município e licença ambiental do INEA, não tem licença do Município autorizando a ampliação das construções no local.

Para quem quiser acompanhar: Processo nº – 0002413-92.2010.8.19.0078


203 (121)

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Audiência pública discute ordenamento costeiro de Búzios

O presidente da Comissão de Meio Ambiente da Alerj, André Lazaroni, esteve em Búzios, dia 30,  presidindo a audiência pública que tratou da questão do ordenamento náutico do município. Na verdade, a discussão restringiu-se à polêmica atual na cidade: a ampliação do Cais Porto Veleiro (cais "do" Cadu).

Toda polêmica é boa porque revela claramente as  posições dos atores envolvidos. Nessas condições - quando as posições se radicalizam- não se tem como ficar em cima do muro. Ao meu modo de ver, toda a polêmica consiste em um conflito entre os interesses particulares de um empresário  e os interesses coletivos de uma comunidade. Vamos analizar a participação de cada ator nesse processo e mostrar como cada um se posiciona em relação ao conflito principal.

Em primeiro lugar, o dono do cais achou que podia ampliá-lo 80m mar adentro sem consultar a comunidade do entorno. Só viu seus interesses particulares. De posse de uma licença do INEA e de um "nada a opor" da Prefeitura e da Marinha, achou que poderia começar as obras construindo, na verdade, uma marina de passagem à revelia de todos. Nas palavras do vereador Genilson, Cadu "pegou um espaço do nada, de graça, e criou ali um império". Nem se importou que o "nada a opor" da prefeitura tenha sido dado em 22/12/2008, ou seja, nos estertores de um governo derrotado. Também não se importou que o nada a opor da Marinha fosse quanto a segurança do local. O grande trunfo era a licença ambiental do INEA. Foi a existência desta licença que fez o desembargador do TJ cassar a liminar dada pelo juízo de Búzios paralizando a obra em ação proposta pelo presidente da Colônia dos Pescadores Z-23, Chita. 

O INEA ficou muito mal no imbróglio. O deputado André Lazaroni disse que o órgão cometeu um "grande equívoco". De que adianta conceder uma licença ambiental (até 2012) ao proprietário do cais, se ele não tem licença municipal nem autorização do SPU para a obra. Depois, o órgão ficou procurando condicionantes para suspender a licença. Primeiro, falou que sem a licença da prefeitura suspenderia a licença. Quando o SPU entrou na história, condicionou a licença a uma autorização do órgão.

O SPU é uma história a parte. Na audiência pública, ficamos sabendo que nenhum pier de Búzios está regularizado no SPU. O que faz esse órgão que não fiscaliza nada? Ninguém paga nada a União para usar um espaço que é da União. Todo mundo usa e abusa da "viúva". E o SPU nem aí.

O vereador Evandro  e o vereador Felipe Lopes tentaram ficar em cima do muro, mas não conseguiram. Como eu disse, quando as coisas se radicalizam não tem como não tomar partido. Apesar de repetirem que não estavam defendendo ninguém, se posicionaram claramente em defesa do empresário. O vereador Evandro falou antes o que o advogado do Cadu falou depois. Fez realmente o papel de "advogado do coisa ruim", no sentido de que a destruição do meio ambiente é "coisa ruim" para a cidade. Confessou que foi unilateral pois só esteve com uma das partes - o empresário Cadu. Defendeu a ilegalidade, quando disse que, se somente 1% dos piers no Brasil estão legais, qual é o problema o pier do Cadu estar ilegal também. Colocou em dúvida a existência de coral na área com base em um estudo de uma empresa contratada pelo empresário. 

O vereador Felipe Lopes justificou sua posição de defesa dos interesses do empresário por uma série de motivos: o abaixo-assinado de 1500 assinaturas, a recuperação econômica dos ossos por causa dos navios, o repasse para os pescadores. Chegou ao ponto de dizer que já perdemos tanto no meio ambiente- construções em costões rochosos- que não seria nada perder 100m no mar.

O empresário José Wilson falou que se estava fazendo uma chacina com Cadu, que tudo não passaria de perseguição política. Em seu discurso fez puro terrorismo econômico (falência, desemprego), jogando a população contra aqueles que são contra a ampliação do cais.  O deputado estadual chegou a adverti-lo para que não faça mais isso. É engraçado. Ninguém, nem mesmo o Chita, se manifestou contra a vinda dos navios. As manifestações foram contra a ampliação do cais. Logo, ninguém é contra que José Wilson e outros empresários ganhem dinheiro com os navios. O problema é que eles querem ganhar mais e mais, pouco se importando com o meio ambiente. Só veem o lucro imediato.     

Até então só tinhamos tido a defesa dos interesses particulares do empresário. A defesa dos interesses da comunidade dos Ossos, Armação e da Brava veio nas intervenções dos vereadores Genilson (Centro), Lorram (Ossos) e Messias (Centro). Foi emocionante ver os vereadores nativos falarem da memória real da história vivida por eles. Genilson registrou que já protestara contra a obra anterior que aumentara em mais de 100m² o pier. Lorram, em esclarecimento fundamental, destruiu a importância do abaixo-assinado ao dizer que nem 20% das assinaturas correspondem a moradores daquelas comunidades. Messias ressaltou que a Constituição estabelece como princípio a prevalência dos interesses coletivos sobre os interesses particulares. Que assim seja!
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