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domingo, 25 de novembro de 2018

Deputado e vereador como despachantes


O deputado Paulo Melo, preso desde novembro do ano passado, declarou certa vez em Búzios se considerar um "despachante". 

"Terei a honra de ser o despachante de Búzios na ALERJ e no governo do estado, acrescentando  que já ajudava o município de Búzios fazendo indicações ao governo de estado para viabilizar a realização de obras rodoviárias" (Jornal O Fala Sério, 9/6/2006). 

A Operação Cadeia Velha confirmou que o Deputado Paulo Melo era realmente um despachante e que cobrava caro pelos seus "serviços". Entre seus clientes estavam as empresas de ônibus reunidas na (FETRANSPOR) e grandes empreiteiras como a Odebrecht. 

Em Búzios já tivemos também dois vereadores acusados de também serem despachantes. O ex-vereador Adilson da Rasa acusou o vereador Valmir da Rasa de ser "despachante de Mirinho e dos empresários que constroem irregularmente" na cidade (Jornal Hoje, 2/10/2002). 

A acusação de Adilson foi confirmada por George Clark, então secretário de planejamento do segundo governo Mirinho (2001-2004), que acrescentou o nome de mais um vereador como despachante: os vereadores Valmir e Aziel "já estiveram muitas vezes na Secretaria de Planejamento, pedindo pela aprovação de projeto de pessoas e arquitetos importantes da cidade, inclusive de alguns que estão em oposição política ao atual prefeito" (Jornal O Peru Molhado, 28/05/2004).

George Clark acusara os dois vereadores porque eles, no dia 20/04/2004, haviam usado o Plenário da Câmara para  acusar o secretário de estar protegendo certos empresários e perseguindo outros. Os "empresários protegidos" seriam os proprietários do novo hotel que estava sendo construído no lugar do Shopping Via Mar, o dono do Esplêndida Armação e o proprietário do condomínio que estava sendo construído na Estrada da Rasa, ao lado do Camurupim 

O próprio vereador Valmir reconheceu que realmente ajudou o deputado estadual Sérgio Soares (PSDC) a "resolver o problema" do embargo da obra da pousada dele - a Pousada Aquarius  (Jornal O Peru Molhado, 21/10/2005). Logicamente, sem cobrar nada pelo trabalho. Apenas, depois disso, teria virado assessor dele.

Um outro vereador, construtor e filho de construtor, teria despachado alteração na Lei do Uso do Solo, que ficou conhecida como a Lei da Trompa, dobrando o número de casas que podia ser construída em antigo terreno de Canto Direito de Geribá- bairro já altamente adensado-, atendendo pedido de seu proprietário ou proprietários. Como era alteração de Lei Complementar- Plano Diretor- contou no estupro da lei antiga com o apoio de 6 vereadores, em votação em dois turnos. Como repercutiu muito mal na cidade a alteração, um dos vereadores alegou que assinou a modificação na lei sem ler. Sua frase "No mais tudo bem!" ficou famosa na cidade.

Nas poucas vezes que estive na sede da Prefeitura de Búzios sempre fiquei intrigado ao ver alguns vereadores de Búzios entrando e saindo da Secretaria de Urbanismo. Sempre ficava imaginando se o que eles estariam fazendo ali era o mesmo que o Deputado Paulo Melo fazia na ALERJ. Será?

Outra grande interrogação que me fazia era saber o que um vereador e ex-vereador eleitos pela periferia (Rasa) abandonavam completamente o bairro para não sair mais da península! O que eles despachavam por lá?

sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Parceria Público-Privada 3

Na última reunião do FECAB interpelei o secretário de Ordem Pública Geraldinho a respeito da reservas de vagas de estacionamento no final da Orla Bardot , próximo à Praça dos Ossos. Hábito antigo dos comerciantes e moradores do bairro, sempre foi tolerado pelos prefeitos anteriores, por acaso prefeitos nativos. A tolerância, objetivamente, produz o mesmo efeito de uma parceria. Nesta época do ano, com a cidade entupida de gente e, consequentemente de carros, uma vaguinha dessas vale uma fortuna. O secretário prometeu que neste verão a privatização do espaço público não ocorreria, que o governo da mudança mudaria a atitude em relação à esta ilegalidade. E aí secretário, tudo continua como dantes no quartel de Abrantes!!!


O dono do estacionamento anula 4 vagas públicas pra faturar no privado
A presença do cone "oficial" indica que a "vaga" estava reservada
Não tem cone, serve latão de lixo
Restaurante reserva toda sua frente para clientes
A placa ao fundo informa que a vaga está reservada para embarque e desembarque, mas não estipula horário 

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Parceria Público-Privada 2

Servidão do canto direito de Geribá 1 
Empresa se instalou em área pública (canto direito de Geribá)  
Sempre que ia a Geribá, canto esquerdo, procurava por uma das duas vagas de estacionamento que este caminhão do "Depósito de Gelo"  ocupou. Tinha que chegar cedinho porque as vagas são muito disputadas porque nos oferecem uma bela sombra. Já repararam que esta cidade quase não tem árvores que deem sombra nas ruas! Não é que o cidadão empresário do "Gelo" resolveu transferir sua empresa para a sombrinha pública. Esperto, vendeu gelo como ninguém! Do lado dele, eu compreendo. Oportunismo de mercado. O que eu não compreendo são as razões do outro lado. Afinal aquela servidão estratégica deve ter sido muito frequentada por autoridades municipais da Ordem Pública, durante o período de festas de fim de ano. E ninguém se incomodou! Ou teria havido uma outra parceria público-privada? Vai até quendo esta parceria? Parece que o cara vai estender a ocupação até o carnaval. É mole! O governo ainda diz que é governo da mudança!

Antes de fazer esta postagem passei por lá e o caminhão permanecia no local como previra! Vai ficar até o carnaval?   
 

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

O Público e o Privado

Na maior cara de pau governo "come" metade da Avenida pública José Bento Ribeiro Dantas, nas imediações do Supermercado Princesa, para aumentar a área do estacionamento do empreendimento privado. E ainda se dá ao desplante de fornecer um guarda municipal para organizar o trânsito no estacionamento particular. É muita cara de pau!