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Natalie
Chagas afirma que definir limites da unidade é outra
prioridade para 2020
Desde
o fim do ano passado, a geógrafa e mestre em Ordenamento Territorial
Ambiental Natalie Chagas responde pela chefia do Parque Estadual da
Costa do Sol (PECS) e, assim como o antecessor, Marcelo Morel,
pretende continuar a política
de repressão aos invasores de terra dentro dos limites da unidade de
conservação.
Para
Natalie, o problema é um dos mais preocupantes e foi herdado de
administrações anteriores à do atual governador, Wilson Witzel
(PSC). A chefe do PECS disse ainda que vai lançar mão das parcerias
firmadas no ano passado para fazer a fiscalização, uma vez que a
unidade
convive com problemas de infraestrutura e de recursos humanos para
realizar o trabalho.
–
O
Parque sofre diariamente com invasões, seus limites são o tempo
todo desrespeitados, estamos enfrentando a herança de um lapso de
atuação governamental, seja nas invasões já promovidas, seja pela
cultura que estas áreas são áreas vazias. Então estamos
enfrentando o que herdamos quando esta equipe assumiu em 2019, bem
como as invasões diárias que ocorrem. Lembrando que são áreas
privadas e que na maioria dos casos não são os proprietários das
terras que estão fazendo ou promovendo as invasões. Também temos a
dificuldade de lidar com a falta
de pessoal e infraestrutura para trabalharmos na fiscalização e
monitoramento das áreas
– comentou para a Folha.
Natalie
conhece há algum tempo a realidade do parque. No ano passado, a
geógrafa assumiu a chefia
da APA (Área de Proteção Ambiental) do Pau-Brasil e da APA da
Serra de Sapiatiba.
Por um tempo, acumulou com a chefia da APA da Massambaba. Para ela, a
experiência será importante para o salto que deu dentro da
hierarquia da administração ambiental estadual.
Mas
não apenas o trabalho repressivo está na pauta da nova chefe do
PECS. Ela espera usar o conhecimento acumulado para dar continuidade
a algumas ações já iniciadas na gestão anterior e começar
outras. Na mira de Natalie está o incentivo
ao uso público das áreas,
como a adoção de trilhas, e às pesquisas
científicas no interior da unidade,
por meio de parcerias, uma vez que, segundo ela, as áreas são
privadas.
A
conclusão do processo de redelimitação
dos limites do PECS é outra prioridade
eleita por Natalie para este ano, mas ela garante que o processo será
feito com ‘total transparência e com estudos técnicos’. Ela
elegeu os locais e espécies que são os maiores motivos de
preocupação.
Atualmente,
as áreas
da restinga da Massambaba,
próximo a lagoa de Jacarepiá e Pernambuca continua sendo objeto de
preocupação em Arraial, Araruama e Saquarema. Em Cabo Frio e
Búzios, são as áreas
de Tucuns, José Gonçalves e Baia Formosa
que sofrem processo de invasão. Atualmente, vejo como preocupante a
perda de habitat do Mico Leão dourado no Núcleo Pau-Brasil, do
Formigueiro do Litoral (um pássaro endêmico da região), e a
vegetação de restinga como um todo, em particular o Cacto de Cabeça
Branca que está ameaçado de extinção – listou.