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sexta-feira, 24 de junho de 2011

Bafo de boca



            Hoje em dia se diz que é “papofurado”. Na época da turma que vem se apresentando como “salvadores da pátria”de Cabo Frio e Búzios, os atuais Sassá Mutema, se dizia que era “bafo de boca”.

            Em Búzios um prefeito faz o papel decaseiro, pagando para o ser, o dono do troço do qual deveria cuidar reclamandoque não paga há quatro meses. Lá também se apresentaram uns Sassá Mutema que dizemque seu projeto de uma marina tomou como referência Port Grimaud, França. Oproblema é que Port Grimaud não flutua no esgoto desde que foi criada na décadade 1960. A coisa lá é outra, paga-se para visitar, inclusive para entrar numaigreja, e cães ferozes patrulham o lugar.

            Em Cabo frio, o que provavelmente éo maior conto do vigário na Região dos Lagos, um projeto surgiu do nada, semconhecimento dos proprietários de hotéis que se anunciou que seriamconstruídos. Para dar um toque especial à idiotice incluíram dois campos depolo que ocupariam uma área equivalente a dezesseis campos de futebol. Issonuma APA, os Sassá Mutema jurando de pés juntos que iriam preservar a vegetação.Ou seja, os jogadores montariam cavalos alados.

            Também em Cabo Frio o proponente deum shopping apresentou os cálculos para o estacionamento ao longo de uma ruaque fica submersa em mais de um palmo de água toda vez que chove, “criaturas”boiando pelas imediações, consequência da implantação de um sistema de coletade esgoto que seu idealizador declarou ser um exemplo para as cidadesbrasileiras. Imagine-se o tamanho da encrenca se o sujeito se tornasse ministroe tivesse o poder de espalhar o que resultou de uma revolução intestinal.

            Para fechar com chave de ouro,anunciou-se o projeto de um complexo de prédios residenciais, cada unidadecustando em torno de R$170 mil. Seriam adquiridas por residentes de uma cidade,Cabo Frio, onde 96.704, 52% do total de 186.220, ganharam menos de um saláriomínimo em 2010. Em 2000 eram 55.423, 44% do total de 126.830. O lugar ficoumais pobre, o que o proponente ignorou ou não se deu ao trabalho de verificar.

            Os desenhos dos projetos, pelomenos, podem ter uma utilidade: fazerem parte de um livreto de figuras paraserem coloridas.

Ernesto Lindgren

Ver: "Iniciativa Popular Búzios"

Comentários:


Flor disse...
Que texto!!!
Estou perplexa!
Embora eu não goste de humor negro, porque me deixa deprimida, está muito real. Escandalosamente real!!!
É tudo tão repetitivo, tão óbvio.
Falta o que para acabar com isso?
Gente reajam!

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Com a palavra o censor

            “Cabo Frio se tornou uma enorme “lavanderia” e o poder público deve ser responsabilizado pela situação. Não aconteceria sem a conivência dos poderes executivo, legislativo e judiciário. A Polícia Federal deveria fazer uma varredura e constatar que parte do poder público e parte do setor privado em Cabo Frio apodreceram” foi o último parágrafo do texto com título “Lavagem de dinheiro” que este colunista submeteu para publicação na revista CIDADE ONLINE em 21/02/2011. Foi postado, mas dois depois lhe foi comunicado que havia sido retirado do ar. Um nobre e tradicional membro de setor imobiliário em Cabo Frio telefonou para a revista Cidade online manifestando desagrado. A editora da revista argumentou receio de haver o risco da revista e este colunista serem processados. Este colunista concordou. De fato, não há porque se envolver numa situação desagradável, apesar da ressalva “parte do poder público e parte do setor privado em Cabo Frio apodreceram”. Havia a alternativa de se editar o texto e, imitando Bernardo Shaw, alterar o parágrafo afirmando, no final, que “parte do poder público e parte do poder privado em Cabo NÃO apodreceu”.

Desconhecendo quem seja o cioso membro do setor imobiliário de Cabo Frio, este colunista gostaria de saber se ele fez parte do movimento das “Diretas Já” de 1984. Anunciava-se defensor do “Estado de direito” durante o período militar?

Não é segredo que este colunista foi membro civil do Corpo Permanente da Escola Superior de Guerra entre 1981 e 1996, para lá indo, junto com outros civis, para colaborar no projeto de criação do Ministério da Defesa, ideia original de João Figueiredo e concretizada por FHC em 1998. Durante aquele período não foram poucos os defensores do tal “Estado de direito” que iam à ESG para puxar o saco da milicada apontando as consequências do encerramento do ciclo de governos militares. Eram canalhas, safados e sem-vergonha que se apresentavam como defensores da liberdade de imprensa, e por trás dos panos de tudo faziam para manter as coisas como eram. Este colunista indaga em que banda se coloca o nobre representante do setor imobiliário em Cabo Frio: na banda saudável, que defende o artigo 5º. da Constituição ou na banda podre que o revoga quando lhe convém?

Isso posto, levando em consideração o relatório da CCY, Consultoria de Engenharia Ltda., item 2. O Empreendimento, datado 12/01/2011, folha 17, onde consta “O Estudo Arquitetônico Preliminar prevê, além do shopping, a possibilidade de implantação de torre comercial ao shopping e torre residencial na área contígua, a leste do shopping”, o comentário estando associado ao tal shopping center que foi proposto para ser construído no bairro das Palmeiras, pergunta-se ao nobilíssimo representante do setor imobiliário, censor de textos: Vossa Senhoria acredita que os proponentes do shopping, colegas seus de profissão, foram honestos, éticos, escondendo do público a eventual construção das duas torres, ou se trata de gente de baixíssimo nível, canalha e sem-vergonha?

Com a palavra o censor.

Ernesto Lindgren
          19/02/2011

Ver: "Milagre em cabo Frio: oferta sem demanda"

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