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sexta-feira, 26 de novembro de 2010

O águia político de asa quebrada

Após ficar inelegível por ter suas contas rejeitadas pela câmara de vereadores em 2006, Mirinho Braga conseguiu uma liminar na justiça para disputar as eleições de 2008. Para enfrentar a máquina da prefeitura nas mãos de Toninho Branco e fazer frente às enormes despesas judiciais que sua situação exigia, Mirinho foi obrigado a aceitar uma composição política ampla que abrangeu até mesmo adversários históricos como Alair Corrêa, Ruy Borba, etc. Como consequência  dessas alianças, teve que ceder ao grupo de Alexandre Martins-Ruy Borba (grupo AM-RB), a secretaria de saúde, a procuradoria-geral, a subsecretaria de cultura, a secretaria de ordem pública, a chefia do gabinete de planejamento, orçamento e gestão, e inúmeros cargos menores na prefeitura. 
Passados menos de dois anos, Mirinho vai retomando o controle do leme de seu governo. Na primeira oportunidade, demitiu o procurador geral Adilson. Em menos de um ano, retomou a secretaria de saúde das mãos do seu vice, Alexandre Martins. Deu-lhe a função da gestão de governo mas não acrescentou poder nenhum ao grupo AM-RB, pois a atribuição foi retirada da secretaria do Ruy. Fez o subsecretário Micheângelo voltar para as suas charges, não dando mais nenhum palpite sobre a cultura da cidade. Demitiu todos os coronéis da secretaria de Ordem Pública, deixando um como secretário decorativo, subordinado ao subsecretário Celso (só em Búzios mesmo: o secretário é subordinado ao sub-secretário). Aproveitando o desejo de agasalhar o amigo Jânio Mendes, esvaziou por completo a secretaria do Ruy Borba. Jânio passa a secretário de gestão, com o orçamento como uma subsecretaria. Ruy, que tinha o planejamento, orçamento e gestão, fica só com o planejamento, sem nenhum poder de execução.  
Mesmo tendo entrado no governo com a asa quebrada, parece que o águia político vai recuperando a capacidade de voar. Mesmo que use o dinheiro da viúva para manter essas pessoas em cargos decorativos. O único risco são processos antigos serem julgados por um colegiado. Aí o águia não se sustenta no ar.
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