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sábado, 24 de junho de 2017

CITAÇÕES DO FACEBOOK - 4

Citações do Facebook 4

Observação: dados do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

Desgovernos e desemprego: tudo a ver

Segundo dados do Ministério do Trabalho e Emprego (ver: "mte") nos cinco primeiros meses deste ano (janeiro a maio) o saldo entre admissões e desligamentos foi negativo em todos os municípios da Região dos Lagos, exceto em Arraial do Cabo, que teve um saldo positivo de 28 postos de trabalho.   
Armação dos Búzios -274
Araruama -691
Cabo Frio -797
Iguaba Grande -58
São Pedro da Aldeia - -104

Mesmo considerando que neste período do ano é comum na região a diminuição de contratações e o aumento de desligamentos, o quadro é preocupante porque os trabalhadores já perderam muitos postos de trabalho formais no ano anterior (2016)- o que é incomum- não só devido ao fechamento de empresas, mas também por causa do aumento da informalidade. Vejam o quadro abaixo:
  
                                    Admissão  Desligamento    Saldo
Armação dos Búzios      5.140           5.251             -111 
Arraial do Cabo              1.142          1.313              -171
Araruama                        4.189          5.374           -1.185  
Cabo Frio                      14.988        15.699              -711 
Iguaba Grande                   563              566                  -3
São Pedro da Aldeia        3.304          3.754              -450

Empregos formais: 
                                    Em 1/01/2017  Em 1/01/2016   Saldo
Armação dos Búzios          10.306               10.395            -89
Arraial do Cabo                    3.002                3.002             -35
Araruama                            14.003              15.515        -1.512 
Cabo Frio                            33.114              33.557           -443
Iguaba Grande                      1.535                1.490            +45
São Pedro da Aldeia             9.431                9.468            -37

Em relação ao número de empresas fechadas temos o seguinte quadro: 
                                   Saldo  Nº de empresas 2017   Nº de empresas 2016
Armação dos Búzios   + 3         2.350                                 2.347
Arraial do Cabo           -27            906                                    933
Araruama                    +15         3.452                                 3.437
Cabo Frio                     -98         8.526                                 8,624
Iguaba Grande             +76            621                                    545
São Pedro da Aldeia     -51         2.190                                 2.241 

Observação 1: reparem que em todos os municípios em que o número de empresas cresceu em 2016 (de 1/1/2016 a 1/12017), o saldo entre admissão-desligamento é negativo. Foi o caso de Búzios, Araruama e Iguaba Grande, o que significa que um número maior de trabalhadores deve ter sido contratado sem carteira assinada.  

Observação 2; E ainda tem gente que vive dizendo que "só não trabalha quem não quer. Se quiser trabalhar, tem trabalho". Foi o que disse a vereadora Joice na sessão do dia 20/06 em que o secretário de turismo foi sabatinado. Será que para a vereadora os 14 milhões de brasileiros que estão atualmente desempregados são vagabundos? 
             

      

domingo, 19 de julho de 2015

Desemprego por todos os cantos da Região dos Lagos!

No primeiro semestre deste ano, todos os municípios da Região dos Lagos apresentaram saldo negativo, considerando-se o total de admissões e desligamentos de trabalhadores no mercado formal de trabalho. Enquanto no primeiro semestre do ano passado, o mercado perdeu 156 vagas, neste ano, no mesmo período, perdeu 1.873. 

Como não poderia deixar de ser, por serem cidades turísticas e/ou de veraneio, os setores da economia mais prejudicados foram o Comércio e Serviços. O Comércio foi responsável por 236 das 1.244 vagas perdidas em Rio das Ostras; por 568 das 987 perdidas em Cabo Frio; por 241 das 552 perdidas em Araruama; por 243 das 415 perdidas em Armação dos Búzios; por 73 das 93 perdidas em Arraial do Cabo; e por 25 em Iguaba Grande. Está feia a coisa! 

Em Búzios houve perdas em todos os setores econômicos, exceto na indústria de transformação e na construção civil. O primeiro gerou 3 novos empregos, enquanto o segundo, 19. Registre-se que são empregos de carteira assinada, coisa rara no setor. Agora pergunto: qual a razão da chiadeira do pessoal da construção civil de Búzios em relação à secretária de planejamento Alice Passeri?    

Interessante notar que, diferentemente  de Búzios e Arraial do Cabo, onde a construção civil criou novos postos de trabalho, em todos os outros municípios da região, houve fechamento: em Rio das Ostras a construção civil perdeu 475 empregos; em Cabo Frio, 142; em Araruama, 186; e em Iguaba Grande, 9. 

Os únicos setores que tiveram saldo positivo por município foram: Extração Mineral e Agropecuária, em Rio das Ostras, saldo 35 e 2, respectivamente; Serviços Industriais de Utilidade Pública, em Cabo Frio, saldo 29; Agropecuária, em Araruama, saldo 13; Construção Civil e Indústria de Transformação, em Búzios, saldos 19 e 3, respectivamente; Indústria de Transformação e Construção Civil, em Arraial do Cabo, saldo 5 e 72, respectivamente; e Serviços e Indústria de Transformação, em Iguaba Grande, saldo 18 e 1, respectivamente.  

Fonte: MTE

HÁ CINCO ANOS NO BLOG - 19 de julho de 2010
“Construções de Búzios 1”
Ver em: http://adf.ly/1LGWv5           
   

segunda-feira, 30 de março de 2015

O pior custo da crise: o desemprego

A crise econômica que se instalou no país revela a sua pior face: o desemprego. Na Região dos Lagos, infestadas de desgovernos municipais, tanto nos emirados ricos quanto nos municípios pobres, o quadro do desemprego apresenta uma face ainda mais cruel. Anos de fartura, deitando na sopa dos royalties, não foram suficientes para que governos incompetentes (e preguiçosos) e/ou corruptos criassem alternativas de renda para quando os recursos oriundos do petróleo se esgotassem. 

No Brasil, nos dois primeiros meses do ano corrente, tivemos um saldo negativo (admissões menos desligamentos) de 84.189 empregos com carteira assinada. No segundo estado mais rico da Federação, o Rio de Janeiro, um saldo também negativo de 51.759. Na Região dos Lagos: 1.518. Imagina o que o trabalhador da região pode esperar daqui pra frente quando acabamos de entrar na baixa estação de economias sazonais.  

Em Cabo Frio foram perdidos 583 empregos formais. Nesses dois primeiros meses do ano foram admitidos 2.806 e desligados 3.389 trabalhadores. Em Rio das Ostras: admitidos 2.011 e demitidos 2.426. Saldo: - 415.  Araruama: -276 (admissão: 1.017; desligamento: 1.293). Saquarema: - 247 (1.425-1.672). São Pedro da Aldeia: -159 (762-921). Armação dos Búzios: -147 (868-1.015). Arraial do Cabo: -72  (234-306). Iguaba Grande: -34 (84-118).


sexta-feira, 20 de junho de 2014

Desemprego na Região dos Lagos Janeiro a Abril de 2014

Araruama
Perfil do Município

Movimentação agregada 
Município
%
Micro Região
%
UF
%
Brasil
1) Admissões
2.387
15,75
15.151
0,38
621.058
0,03
7.397.742

2) Desligamentos
2.265
14,86
15.242
0,37
610.175
0,03
6.988.823

Nº Emp. Formais - 1º Jan/2014
15.784
18,57
84.991
0,41
3.856.246
0,04
40.656.491

Total de Estabelecimentos
3.361
13,87
24.234
0,61
550.988
0,04
8.002.044

Variação Absoluta
122

-91

10.883

408.919


Armação dos Búzios
Perfil do Município









1) Admissões
1.598
10,55
15.151
0,26
621.058
0,02
7.397.742

2) Desligamentos
1.848
12,12
15.242
0,30
610.175
0,03
6.988.823

Nº Emp. Formais - 1º Jan/2014
9.519
11,20
84.991
0,25
3.856.246
0,02
40.656.491

Total de Estabelecimentos
2.268
9,36
24.234
0,41
550.988
0,03
8.002.044

Variação Absoluta
-250

-91

10.883

408.919


Arraial do Cabo
Perfil do Município









1) Admissões
527
3,48
15.151
0,08
621.058
0,01
7.397.742

2) Desligamentos
622
4,08
15.242
0,10
610.175
0,01
6.988.823

Nº Emp. Formais - 1º Jan/2014
3.146
3,70
84.991
0,08
3.856.246
0,01
40.656.491

Total de Estabelecimentos
904
3,73
24.234
0,16
550.988
0,01
8.002.044

Variação Absoluta
-95

-91

10.883

408.919


Cabo Frio
Perfil do Município









1) Admissões
5.970
39,40
15.151
0,96
621.058
0,08
7.397.742

2) Desligamentos
6.114
40,11
15.242
1,00
610.175
0,09
6.988.823

Nº Emp. Formais - 1º Jan/2014
32.844
38,64
84.991
0,85
3.856.246
0,08
40.656.491

Total de Estabelecimentos
8.222
33,93
24.234
1,49
550.988
0,10
8.002.044

Variação Absoluta
-144

-91

10.883

408.919


Iguaba Grande
Perfil do Município









1) Admissões
151
1,00
15.151
0,02
621.058
0,00
7.397.742

2) Desligamentos
200
1,31
15.242
0,03
610.175
0,00
6.988.823

Nº Emp. Formais - 1º Jan/2014
1.432
1,68
84.991
0,04
3.856.246
0,00
40.656.491

Total de Estabelecimentos
506
2,09
24.234
0,09
550.988
0,01
8.002.044

Variação Absoluta
-49

-91

10.883

408.919


São Pedro da Aldeia
Perfil do Município









1) Admissões
1.369
9,04
15.151
0,22
621.058
0,02
7.397.742

2) Desligamentos
1.403
9,20
15.242
0,23
610.175
0,02
6.988.823

Nº Emp. Formais - 1º Jan/2014
7.709
9,07
84.991
0,20
3.856.246
0,02
40.656.491

Total de Estabelecimentos
1.990
8,21
24.234
0,36
550.988
0,02
8.002.044

Variação Absoluta
-34

-91

10.883

408.919


Rio das Ostras

Perfil do Município









1) Admissões
3.978
80,38
4.949
0,64
621.058
0,05
7.397.742

2) Desligamentos
3.726
78,41
4.752
0,61
610.175
0,05
6.988.823

Nº Emp. Formais - 1º Jan/2014
20.872
76,47
27.296
0,54
3.856.246
0,05
40.656.491

Total de Estabelecimentos
4.250
67,08
6.336
0,77
550.988
0,05
8.002.044

Variação Absoluta
252

197

10.883

408.919



Meu comentário: 

O desemprego correu solto na maioria dos municípios da Região dos Lagos nos quatro primeiros meses do ano. Contraditoriamente, na contramão do que ocorre no estado do RJ e no Brasil. No Rio de Janeiro tivemos um saldo positivo de 10.883 empregos considerando-se as admissões ( 621.058) e os desligamentos (610.175). Da mesma forma observou-se uma variação positiva de 408.919 empregos no País.

A situação do emprego na Região deve estar atualmente (junho) bem pior, pois estamos no auge da baixa temporada turística.

Em Armação dos Búzios, entre janeiro e abril do corrente ano, foram admitidos 1598 trabalhadores e desligados 1.848, com saldo negativo de 250. Em Arraial do Cabo, menos 95. Cabo Frio, menos 144. Iguaba Grande, menos 49. E São Pedro da Aldeia, menos 34. 

Por que será que Rio das Ostras e Araruama não estão na mesma situação? O primeiro teve um saldo positivo de 252 empregos. O segundo, de 122. 

Rio das Ostras criou há muito tempo atrás uma Zona Especial de Negócios (ZEN) que lhe permitiu sair da sazonalidade típica dos municípios turísticos e, ao mesmo tempo, ocasionou o aumento de suas receitas próprias diminuindo um pouco a dependência dos royalties. 

As ocupações com maiores saldos de emprego em Rio das Ostras no período citado  não tem nada a ver com a atividade turística: Servente de Obras (85); Faxineiro (65); Motorista de Caminhão (Rotas Regionais e Internacionais) (45); Auxiliar de Escritório, em Geral (30); Cobrador de Transportes Coletivos (Exceto Trem) (29); Pedreiro (26); Frentista (23); Eletricista de Instalações (19); Motorista de Carro de Passeio (18) e Mergulhador Profissional (Raso e Profundo) (17).

Não sei o motivo para Araruama estar na mesma situação de Rio das Ostras. Não sei se a política de Chiquinho da Educação "Minha Casa, Meu Trabalho" ainda está em vigor com o novo governo. A pesquisar. 

As ocupações com maiores saldos de emprego em Araruama foram: Alimentador de Linha de Produção  (65); Servente de Obras (33); Auxiliar de Escritório, em Geral (26); Enfermeiro (18); Professor de Nível Médio no Ensino Fundamental (17); Montador de Equipamentos Elétricos (16); Assistente Administrativo : (14); Fisioterapeuta Geral (14); Trabalhador de Serviços de Limpeza e Conservação de Áreas Publicas: (14) e Técnico de Enfermagem :(14)

O caminho está claro. Os municípios da Região dos Lagos precisam criar alternativas ao modelo baseado no tripé turismo predatório- construção civil- royalties. É preciso descobrir um nicho econômico para cada um e criar (mini) distritos industriais como forma de gerar emprego e renda para os trabalhadores que não foram absorvidos pela industria do turismo. É preciso vontade política, equipe capacitada para a escolha e elaboração da alternativa e abandonar a preguiça que os royalties propiciam. Mãos a obra! Depois não vão reclamar da violência!