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quarta-feira, 20 de abril de 2016

GAECO realiza operação para desbaratar quadrilha que fazia lavagem de dinheiro em Cabo Frio

O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), com apoio da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI), realiza uma ação na manhã desta terça-feira (19/04), para cumprir seis mandados de busca e apreensão no Rio, em Cabo Frio, São Pedro da Aldeia e Três Rios.  Batizada de “Percentual do Boi”, a operação tem por objetivo desbaratar uma quadrilha envolvida na cobrança de propina de comerciantes da Região dos Lagos.
Cinco pessoas foram denunciadas: o ex-chefe da Inspetoria da Receita estadual de Cabo Frio César Enéas Marzano; o auditor fiscal aposentado José Michel Farah; o empresário Hugo Cecílio de Carvalho, sócio do Frigorífico Boi Bom; e os funcionários do frigorífico Rogério Lourenço da Silva e Jeane Moreira da Silva. Eles são acusados de fazer parte da quadrilha envolvida em associação criminosa e lavagem de dinheiro.
Durante a operação, foi preso o empresário Hugo Cecílio de Carvalho, dono do frigorífico, por porte ilegal de arma. Ainda foi encontrada uma grande quantidade de dinheiro que está sendo contabilizada pela equipe do GAECO. Também houve apreensão de equipamentos e computadores no local.
Na investigação do GAECO, foi apurada uma planilha com 66 registros de propinas extorquidas de comerciantes do município de Cabo Frio. Nas anotações da planilha, entre 2005 e 2009, foram recolhidas propinas que somam R$ 738.130,87 em cheques.
Ainda de acordo com a investigação, os cheques extorquidos dos comerciantes eram trocados no Frigorífico Boi Bom, que fazia a lavagem do dinheiro. Em troca, ficava com uma comissão entre 4% e 6% do valor dos cheques arrecadados pelos fiscais.
Fonte: "MP-RJ"


sábado, 18 de fevereiro de 2012

Escândalo do Boi Bom – 1º Capítulo

Hugo Cecílio de Carvalho, presidente do PMDB, de Cabo Frio, segundo o MP é o líder da quadrilha que praticou vários crimes
Devido a problemas técnicos atrasamos a publicação do Escândalo Boi Bom. Hoje mostramos uma prévia. Após o carnaval tudo será revelado.

Primeiro vamos situar os leitores que ainda não sabem do caso. O empresário Hugo Cecílio de Carvalho, presidente do PMDB de Cabo Frio usou o nome do tradicional frigorífico Boi Bom, lesando a família proprietária e transformou a empresa num escritório de negócios políticos onde se distribuía dinheiro para campanhas eleitorais, se fraudavam licitações de aluguel de veículos e de ambulâncias, se praticava sonegação fiscal, além de vários outros ilícitos.

Tudo está documentado pelos promotores do GAECO (Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado) e consta do processo, onde aos poucos vamos mostrar o envolvimento no esquema do prefeito de Cabo Frio, Marquinhos Mendes e vários de seus auxiliares diretos, vereadores, além de ex-prefeitos Paulo Lobo (São Pedro da Aldeia), Renato Viana (Arraial do Cabo), Toninho Branco (Búzios). Os prefeitos atuais de São Pedro da Aldeia, Carlindo Soares; de Angra dos Reis, Tuca Jordão e de Três Rios, Vinicius Farah, além de seu antecessor Celso Jacob também são citados.

No período de 2005 a 2009, o presidente do PMDB de Cabo Frio, Hugo Cecílio de Carvalho, usando a empresa Boi Bom, emprestou e trocou cheques de políticos, jornalistas, empresas com negócios com as prefeituras, que somam R$ 18.127.920,39. O documento assinado por um procurador de Hugo Cecílio está nos autos do processo. Segundo o depoimento de Hugo Cecílio era uma política de boa vizinhança.


Documento que consta no processo do Ministério Público


Abaixo reproduzo duas relações de empréstimos e cheques trocados por Hugo Cecílio, que foram encontradas documentadas pelo MP. Segundo o que já foi apurado o esquema de suposta agiotagem, na verdade era para encobrir movimentação de dinheiro para campanhas políticas. O MP está investigando cada caso.




Resumo das trocas de cheques, com base na documentação que está em poder do MP Estadual
Resumo dos empréstimos, de acordo com a documentação que está em poder do MP Estadual
Fonte: "Blog do Garotinho"


sábado, 7 de janeiro de 2012

O caso Boi Bom de Cabo Frio 1

Na agenda apreendida pela Polícia Federal e Ministério Público Estadual na empresa aparecem as seguintes referências ao empresário e político de Búzios Nani Mancini:


Date: Thu, 29 Dec 2011 11:28:50 -0200

30/03/2010 – OK - NANI almoçou comigo (Diene Tb)

13/07/2010 – OK - Encontrar NANI  /  OK - Assinatura Cartorio Buzios

17/07/2010 – OK – Peguei 10 K c/ Nani ref. Venda 2 lojas PIER

10/08/2010 – Recebi:  480 K – HCC e 120 K – NANI = 600 K

13/09/2010 – OK – Dar presente p/ Nani

18/10/2010 – OK – Mandar 50.000 p/ NANI e pagar

Ver as imagens das páginas da agenda:


Para entender o caso:
Em 2009, o blogueiro Dirlei Pereira publicou em seu blog ("sosdirlei") que flagrou ambulâncias com logomarca da prefeitura de Cabo Frio estacionadas no pátio da empresa Boi Bom Carnes Ltda. O Ministério Público local teria sido informado do acontecido mas não deu em nada.
 Em 12 de maio de 2011, MPE faz operação de busca e apreensão no Frigorífico Boi Bom em Cabo Frio. O que motivou a ação foi a denúncia de uso indevido da marca Boi Bom, que pertencia a uma empresa de Campos, não tendo nada a ver com o caso das ambulâncias. Segundo a blogueira Beth Mitchel foi um caso típico de "atirar no que viu e acertar no que não viu" ("bethmichel").  Na operação foram apreendidos, além de computadores e documentos (inclusive a agenda citada), um cofre com R$ 1.600.000,00 em dinheiro e uma grande quantidade de cheques. O MP calcula que o valor sonegado seja da ordem de 4 milhões de reais. Entre as irregularidades já constatadas está o fato de que 6 empresas diferentes funcionavam no mesmo local sem nenhuma separação contábil ou fiscal.     
A ação do MPE deu origem ao processo  criminal 0066024-80.2011.8.19.0014 no dia 22/12/2011.
 Indiciados: Hugo Cecílio de Carvalho, Maria Nilza Pereira Miqeulotti, Luiz Felipe da Conceição Rodrigues, Osnildo Dagoberto Bigli, Carlos Jorge da Silva Francisco, Mariana Neves Peres.
Todos são acusados de "lavagem" ou "ocultação" de bens, direitos ou valores oriundos de corrupção (art 1º, Lei 9613/1988).
Observação: o processo não corre em segredo de justiça. Inclusive o vídeo da operação está disponível (ver: "cartaovermelhotv" ).
Ver também o blog do professor Chicão ("josefranciscoartigos") que traz uma série de posts sobre o caso.

Ver: http://www.ipbuzios.blogspot.com/2011/12/documento-apreendido-na-boi-bom-revela.html