O
Estado do Rio de Janeiro possuía, no 2º trimestre de 2019, uma
população de aproximadamente 17,3 milhões de pessoas, sendo que
desse total 7,8 milhões se autodeclararam brancas, o que representa
45% da sociedade fluminense. Considerando apenas o grupo
etário de 14 anos ou mais anos de idade, há um total
de 8,8 milhões de pessoas, sendo 3,4 milhões de
brancas, 3,6 milhões de pardas e 1,3
milhões de pretas.
Taxa
de participação
No
caso da taxa de participação da força de trabalho do estado, no 2º
trimestre de 2019, o indicador entre as pessoas pretas foi 65,3%,
enquanto os pardos possuíam taxa de 61,3% e os brancos
de 58,2%. No mesmo período, na faixa etária de 14
anos ou mais, estavam ocupadas 7,5 milhões de pessoas.
Dentre os ocupados, o maior contingente
foi de pessoas que se declararam brancas, e o menor de pessoas
pretas.
População
desocupada
A
população desocupada totalizou 1,3 milhões de pessoas
com idade de 14 anos ou mais. Dessas, há 635 mil de
cor Parda, 476 mil de cor Branca e 220 mil
de pessoas de cor Preta. Estes números são alcançados após uma
trajetória crescente no número de pessoas desocupadas, verificada
desde o 4º trimestre de 2014. Atualmente a taxa de desocupação é
17,6% entre as pessoas pardas, 17,0%
entre as pessoas pretas e 12,2% entre as brancas.
Observa-se que durante todo o período citado as
taxas de desocupação para os pretos e pardos permaneceram acima
daquelas relativas às pessoas brancas.
Média
de horas habitualmente trabalhadas por semana no trabalho principal
O
comportamento da média de horas trabalhadas na atividade principal
demonstrou que as pessoas pretas trabalharam 40,2h por
semana. No mesmo período, as pessoas pardas trabalharam 39,9h
semanal e as brancas, em média, trabalharam 39,5h
semanalmente.
Nível
de Informalidade no setor privado
No
caso do Nível de Informalidade, há uma condição persistente
e estrutural do mercado de trabalho fluminense, independente
do atributo cor ou raça da pessoa. A partir de 2014, o Nível de
informalidade vem apresentando elevação, saindo de um patamar de
44%, no 1º trim. de 2012, para 51% no 2º trim. de
2019. Assim, para cada trabalhador formal
existe um outro informal no Estado do Rio de Janeiro.
Posição
na Ocupação do Trabalho Principal
Considerando
a classificação por Ocupação do Trabalho Principal, 45,4%
das pessoas brancas são empregadas, por outro lado, entre os pretos
48,7% são empregados, enquanto entre os pardos são
48,3%. Entre os trabalhadores pretos, 24,6%
formam a categoria por “Conta Própria”, percentual inferior aos
brancos e aos pardos. Além disso, 12,3% dos pretos e
8,5% dos pardos encontram-se na faixa “Trabalhadores
Domésticos”, enquanto os brancos somam apenas 4,6%.
O percentual de 5,1% de brancos empregadores mostra-se
superior ao observado para os pretos e pardos, com 1,5%
e pardos 2,7%, respectivamente.
Rendimento
médio real do trabalho principal, efetivamente recebido no mês de
referência
Na
trajetória recente do rendimento médio real do trabalho principal,
ocorreu um pequeno crescimento do valor em todos grupos por cor e
raça. No 1º trim. de 2012, o indicador relativo ao total apresentou
rendimento médio de R$2.500. No 2º trim. de 2019 essa
valor passou a R$2.644. Atualmente, as pessoas brancas
passaram a receber, em média, R$3.427, valor superior
aos R$2.040 recebidos pelas pessoas de cor parda e aos R$1.815
relativos às pretas. Há uma diferença
salarial média de R$1.612 entre pessoas brancas e pessoas pretas no
estado.
Rendimento
real do trabalho principal das pessoas ocupadas
Diagrama Boxplot: rendimento real do trabalho principal das pessoas ocupadas |
O
diagrama boxplot é constituído pelas linhas referentes aos 25% das
pessoas ocupadas, da mediana (linha no interior da caixa) e dos 75%
acima da mediana. Os pontos na parte superior do gráfico representam
os valores discrepantes (outliers). O gráfico é utilizado para
comparar concentração e dispersão de dados. Observa-se que o
rendimento mediano das pessoas pretas e pardas encontra-se bem abaixo
da mediana das pessoas brancas. E, da mesma forma, há uma
concentração de pessoas pretas e pardas ganhando rendimentos do
trabalho principal bastante inferiores às pessoas brancas. O
rendimento mediano dos brancos é cerca de R$2.000, enquanto os
pretos apresentam rendimento de R$1.300 e os pardos de R$1.409. No
diagrama observa-se, ainda, que 75% dos pretos e também dos pardos
recebem rendimentos até R$ 2.000. No caso dos brancos, 75% recebem
rendimentos até R$3.500.
Ocupações
mais frequentes
Considerando
os dados por ocupações mais frequentes, há um maior percentual de
trabalhadores de cor preta nos serviços domésticos em geral,
profissão de pedreiros e serviços de limpeza
em edifícios. Em todas as ocupações o rendimento médio de
pretos e pardos é menor que o rendimento das pessoas brancas.
A maior diferença está entre os comerciantes de lojas. Enquanto os
brancos possuem rendimento médio de R$3.477, os negros recebem
apenas R$1.900 reais e os pardos R$2.164.
Fonte:
"proderj"