terça-feira, 11 de janeiro de 2011

As loucuras do arquiteto

A entrevista que o arquiteto Octávio Raja Gabaglia deu à repórter Dayane de "O Perú Molhado" (7/1/2011) revela que ele não está em seu juízo perfeito. Apesar da indignação com a situação atual de paralisia vivida pela cidade, Octavinho ainda acredita que Búzios possa voltar a ser o "paraíso" que era há 40 anos. Até aí nada demais. Eu também ainda creio que, apesar das dificuldades, Búzios possa encontrar um rumo.

A loucura aparece quando o arquiteto começa a falar do governo passado. Octavinho precisa, de qualquer forma, apagar da sua mente que participou dele como um figura de grande destaque. Era secretário de Planejamento e de Meio Ambiente, duas secretarias cobiçadíssimas tanto para o bem quanto para o mal. Em Búzios, muito mais para o mal. Deve ter considerado sua experiência no governo tão desastrosa que até mesmo o nome do ex-prefeito Toninho Branco se esforça para esquecer. Toninho é citado indiretamente como um dos  "últimos prefeitos". Como se não tivesse nada a ver com o governo dele, defende que precisamos sair da mesmice dos governos que tivemos. Realmente precisamos sair da mesmice. Mas para mim tem uma grande diferença: sair da mesmice é constituir um governo que não tenha nem Mirinho nem Toninho... nem Octavinho, nem Nani, nem Salviano, etc.

Outra loucura ocorre quando fala dos engarrafamentos. Para ele nenhum turista gosta de levar 2 horas para chegar ao Centro vindo de Manguinhos. Isso é fato. Mas afirmar que na sua Via Azul (com 1km e pouco) não tem engarrafamento é coisa de quem, realmente, não está no pleno gozo de suas faculdades mentais. 

Como narcisista e elitista, considera que os governantes precisam de berço (esplêndido), cultura e humildade. Humildade é coisa que o arquiteto nunca teve. Berço e cultura não são condições necessárias para se fazer um bom governo (aprovação do povo). O ex-presidente Lula é um bom exemplo recente, mesmo que não se concorde com o governo dele.

Finalmente, o arquiteto comete uma última loucura projetando nos outros aquilo que ele é. Afirma que Mirinho quando vira prefeitinho "acha que sabe tudo" e que os puxa-sacos de plantão o consideram um Deus. Pode-se dizer o mesmo de Octavinho: quando virou secretariozinho achou que sabia de tudo e não ouvia mais ninguém, principalmente o povo buziano. Não fica muito distante da "divindade" de Mirinho, pois chegou a afirmar na entrevista que será prefeito de Búzios quando quiser. Não basta a  vontade não, é preciso ter votos desse povo "cego, surdo, mudo, sem memória e que continua votando em analfabetos".

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