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sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Do que não sabem falam agora, do que sabem falam depois

Foto Revista Cidade Online


Mistério desvendado. Representantes do INEA, Prolagos, Marinha, CILSJ, Comitê dos Baldes, leia-se "das Bacias", Agrisa, e representantes de diversos setores da sociedade civil organizada estavam lá. Da desorganizada não estavam.

A sociedade civil desorganizada experimentou um extraordinário fenômeno nos dias 09 e 10/12/2013, mas apenas dois estudantes universitários assistiram a chegada de um OVNI carregando um trator e uma imensa máquina para fazer café capuccino. O rapaz comentou, "Está chegando", mas a moça continuou ocupada com seu celular. O OVNI pairou no ar e a máquina de café sugou água do rio Una. A seguir despejou café. Há notícia de que um intrépido voluntário fez um vídeo da foz do Una e o expôs na Internet. Ouve-se-o gritando "É esgoto da ETE no Jardim Esperança. O mau cheiro é terrível". Estava e está redondamente enganado. Fotos foram tiradas na praia da Rasa e no rio, constando-se que o rio ficou inundado de café capuccino e a espuma se acumulou na praia.

O OVNI permaneceu na área e em 30/12/2013, pousou o trator na foz do rio. Mais rápido do que uma andorinha retificou a foz do rio. Os jovens fotografaram o evento e a condição em que ficou a foz, que estava seca. As fotos foram enviadas para Edward Snowden, ex-agente da NSA, refugiado na Rússia.
Ao longo do corrente mês a sociedade civil desorganizada continuou confusa. O Una fedia muito.

 Finalmente, o grupo citado acima se reuniu, distribuindo um relatório que, em resumo, diz o seguinte: "A coloração escura apresentada deve-se, provavelmente, ao escoamento superficial das águas em solos com elevada concentração de ácidos húmicos que são compostos orgânicos naturalmente encontrados em solos". Bingo! Até prova em contrário o grão de café é colhido numa planta que germina no solo e o ácido é transferido para a planta, para o grão, para o pó usado para fazer o café.

Sobre a reunião, fonte segura informa que o grupo não sabia que a foz do rio estava seca e que foi retificada. Por outro lado, talvez o trator e a condição da foz do rio, que aparecem nas fotos enviadas para o Snowden sejam ilusões de ótica.

O OVNI, o trator e a máquina para fazer café sumiram.

Na ilustração, a foto do grupo. Seus rostos foram obliterados para que não passem a vergonha de serem reconhecidos na rua e correrem o riso de serem apedrejados.

Ernesto Lindgren

Fonte: revista Cidade
30/01/2014


terça-feira, 13 de agosto de 2013

Eles não aprendem!

Subsecretário do Ambiente, RJ, Luiz Firmino, foto G1
Em matéria confusa o jornalão O Globo de ontem (12) relaciona os projetos do governo do Estado para o tratamento de esgoto na Região dos Lagos. 

 No vídeo, aparecem o subsecretário de ambiente, Luiz Firmino, e o agente regional do INEA, Túlio, mas a reportagem informa que “agentes da secretaria estadual de Saúde” estiveram em Cabo Frio para “verificar a situação da estação de tratamento do Jardim Esperança (JE)”. Agentes de saúde verificando ETE? Até que seria bom! 
  
Parece que o governo estadual ainda não entendeu o que está acontecendo no país e em Búzios: o povo não aceita mais que decisões importantes para a sua vida sejam tomadas em gabinetes sem a sua participação. Os dirigentes estaduais da área ambiental- SEA e INEA- falam de projetos como se eles pudessem ser implementados na Região sem a mínima discussão com a população diretamente impactada. Limitam-se a discutir com os prefeitos a portas fechadas. Firmino fala em “acordos” com os prefeitos de Iguaba, São Pedro, Cabo Frio e Búzios.  Que acordo cara-pálida? Audiência Pública e Estudos de Impacto Ambiental (EIA-RIMA), pelo visto, não existem no vocabulário dessas “autoridades”.

Gastar 25 milhões de reais para a instalação de rede separativa em Búzios e nas áreas principais de Cabo Frio, São Pedro e Iguaba, e mais 15 milhões para ampliar em 30 hectares e tornar terciária a ETE do JE, tudo bem. Mas afirmar que o efluente resultante do tratamento terciário, por ser “água limpa e tratada”, poderá ser despejado no Rio Una é outra coisa. É preciso que se apresente estudo de impacto ambiental  provando que essa é a melhor alternativa e que nenhum dano será causado ao rio. Estudo que deve ser discutido em Audiência Pública. Pior ainda, se pensarem  em dar o mesmo destino para os efluentes dos tratamentos “terciários” (com quantos coliformes fecais?)  de esgotos de São Pedro da Aldeia e de Iguaba Grande.

http://g1.globo.com/rj/regiao-dos-lagos/noticia/2013/08/agentes-visitam-estacao-de-tratamento-de-esgoto-em-cabo-frio.html

Comentários no Facebook:

  • Maria Do Horto Moriconi A hora de muitos destes "famosos" está chegando... o povo não quer mais isto... O povo quer, ar limpo, água limpa, comida limpa, atividade econômica limpa e muita alegria e solidariedade.

  • Patricia Pardo cheirinho agradável

Comentários no Google:




Denise Morand

Compartilhada publicamente  -  12:39
Isso mesmo Professor Luiz! Queremos saber se essa quantidade de "água limpa" que seriam os efluentes das estações terciárias não vão causar erosão nas margens do rio, se essa quantidade de terra carregada para o mar não vai prejudicar tanto os peixes, tartarugas, toninhas, etc como também as algas que estão por lá e muitos outros detalhes. EIA-RIMA e Audiência Pública é o mínimo.