Pau
que nasce torto não tem conserto. Morre torto mesmo. Depois de
conseguir que a Câmara de Vereadores de Búzios aprovasse, com
atuação decisiva do seu “companheiro” vereador Zé Márcio,
através de Lei, a constituição de um Conselho de Política
Cultural anti-democrático e chapa branca, em desacordo com a
legislação estadual e federal, o SUB da Cultura de Búzios Sr.
Mário Paz impede que o movimento negro de Búzios passe a ocupar uma
cadeira no Conselho de Política Cultural de Búzios, apesar do
segmento ter recebido a maioria dos votos em recente eleição promovida pela Secretaria de Cultura para a escolha dos
representantes da sociedade civil do órgão.
A
manobra do SUB da Cultura Buziana consistiu em considerar a eleição
por cabeça (individual) e não por segmento cultural, apesar do
Edital estabelecer em seu artigo 6.1 que os seis representantes da
Sociedade Civil seriam “eleitos por critério majoritário em seus
segmentos de atuação”. A coisa foi tão escandalosa que até
mesmo um subalterno seu, de nome Fábio, o alertou publicamente que o
Edital estabelecia a escolha por segmento. Mesmo assim o SUB, em sua
prepotência bem característica dos hermanos, como se fosse o dono
da Cultura de Búzios, prosseguiu em sua sanha discriminatória.
Racismo? Não se sabe. Mas, objetivamente, aconteceu o inimaginável
em Búzios: o importantíssimo Movimento Negro buziano ficou de fora
do Conselho de Política Cultural!!! Só podia dar nisso, quando um
Prefeito irresponsável entrega a Cultura Buziana a um estrangeiro
que não entende nada da Cultura Afro-Brasileira-Buziana.
Mais
inimaginável ainda porque o Movimento Negro buziano obteve a maior votação, como se pode ver
abaixo:
VOTAÇÃO
POR SEGMENTO:
1º)
Cultura Afro Brasileira – 37 votos
2º)
Artes Plásticas – 32 votos
3º)
Dança – 30 votos
4º)
Cultura Popular – 29 votos
5º)
Patrimônio Imaterial – 26 votos
6º)
Circo – 26 votos
7º)
Artesanato – 22 votos
8º)
Teatro – 17 votos
9º)
Audivisual – 9 votos
Segmentos
com cadeira no Conselho de Cultura:
5º)
Patrimônio Imaterial – 26 votos
6º)
Circo – 26 votos
7º)
Artesanato – 22 votos
3º)
Dança – 30 votos
2º)
Artes Plásticas – 32 votos
4º) Cultura Popular – 29 votos
VOTAÇÃO
INDIVIDUAL:
Conselheiros Titulares:
1º) Chita (Patrimônio imaterial) – 26 votos
2º) Pap (Circo) – 26 votos
3º) Luciana Passos (Artesanato) – 22 votos
4º) Maria Odília Cuiabano (Dança) – 21 votos
5º) Flory Côrtes (Artes Plásticas) – 20 votos
6º) Rafael Jorge (Cultura Popular) – 18 votos
A escolha do critério por cabeça (individual)
contrariando o Edital, deliberadamente para impedir a participação
do movimento negro, leva a outros absurdos. Se não bastasse a
segregação racial, ainda se estrutura um Conselho onde o Suplente
não é do mesmo segmento que o Titular. O Suplente do titular Pap,
do segmento Circo, é Luciana Fajardo, do segmento Artes Plásticas.
Poder-se-ia até mesmo termos um Conselho onde as seis vagas fossem
ocupadas por 6 representantes de um único segmento. Bastaria que
cada um dos 6 candidatos de um mesmo segmento recebesse a maior parte
dos votos.
Mas o SUBSecretário de Cultura de Búzios não está preocupado com nada disso. Ele está de olho mesmo é no dinheiro do Fundo Municipal de Cultura. Para poder usá-lo tem que fazer essas coisas trabalhosas e chatas que é criar Conselho e elaborar um Plano de Cultura.
Observação: eu, particularmente, sou contra que
entidades que recebam verbas públicas participem de Conselhos.
Neste, em pauta, o Circo, que recebe quase R$ 500.000,00 anuais por
contrato de prestação de serviços, tem uma cadeira de titular no
Conselho. Como garantir sua independência como representante da
sociedade civil?
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