Esse causo eu posso contar porque foi divulgado pelos jornais à época. Com nome e sobrenome do personagem.
Em 2002, Búzios sofria com o crescimento do número de assaltos a residências e pousadas. O jornal O Perú Molhado (4/10/2002) registrava que "só em Geribá, no mês de setembro, cinco pousadas foram atacadas e 6 casas arrombadas". Também havia crescido "o número de assaltos à mão armada aos turistas que frequentavam praias afastadas como Foca, Forno, Amores e Azeda". Um caso teve repercussão internacional: um casal de turistas em lua-de-mel foi assaltado na Foca e a mulher violentada.
Diante do alarmante quadro de insegurança, a sociedade civil buziana se mobilizou e lotou o Cine Bardot para debater a questão com as autoridades municipais. Questionado sobre a possibilidade de colocar guardas municipais para fazer ronda na Praia da Foca para evitar possíveis estupros e assaltos, o secretário executivo Carlinhos Gonçalves, responsável pela corporação, veio com uma pérola digna de figurar neste Festival de Besteiras:
"Não posso colocar em risco a integridade física dos meus (sic) guardas. Eles não usam armas e poderiam se tornar as próximas vítimas."
A gargalhada foi demorada e geral! Em um governo minimamente sério a próxima vítima, assim que terminasse o debate, com certeza não seria nenhum guarda municipal, mas o secretário, com a perda do cargo.
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