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domingo, 15 de dezembro de 2019

Os Integralistas estão chegando






Movimento criado pelo escritor e político Plínio Salgado nos anos 1930 se reorganiza e deve realizar congresso nacional e lançar candidatos próprios em 2020

No dia 9 de novembro, às 8h, um grupo ligado ao movimento integralista realizou uma pequena manifestação, com apenas 15 pessoas, na esquina da avenida São João e do Vale do Anhangabaú, no centro de São Paulo. O ato passou quase em branco e só chamou a atenção dos raros pedestres que passavam pela região – cercada pelos tapumes das obras de reurbanização executadas pela Prefeitura – naquela tranquila manhã de sábado.

A manifestação teria servido apenas para demonstrar o desvario da iniciativa e o fraco engajamento despertado pelo movimento no atual cenário político do País. Mas, ao ressuscitar velhas práticas do integralismo, que marcaram tempos sombrios da vida política nacional, acabou por ganhar um significado que transcende a frieza dos números.

Promovida pela Frente Integralista Brasileira (FIB), principal organização de defesa do integralismo hoje, com o objetivo de homenagear três representantes da velha guarda mortos recentemente e celebrar os 87 anos do chamado Manifesto de Outubro, que selou a fundação do movimento em 1932, a manifestação parecia uma viagem no tempo.

Como nas marchas da Ação Integralista Brasileira (AIB) na década de 1930, os participantes vestiam, pela primeira vez na nova fase, o tradicional uniforme do grupo, composto por camisas verdes de mangas longas, com o colarinho e os punhos abotoados, e calças pretas. Alinhados em formação militar e em posição de sentido, de frente para os dois líderes que comandavam o ato, agitavam bandeiras azuis com o símbolo do sigma, a letra grega que identifica o integralismo, e do Brasil.

Com o braço direito levantado, eles respondiam em coro ao chamado dos dirigentes da FIB, bradando o lema e a saudação do movimento, de origem tupi, que quer dizer “olá”, “salve”, “você é meu irmão”.

Deus, pátria e família!”, disse um dos líderes em tom solene.

Deus, pátria e família!”, replicou o grupo.

A todos os que estão dispostos a lutar ou mesmo a dar sua vida por “Deus, pela pátria e pela família, anauê!”, reforçou o dirigente.

Anauê!”, exclamaram os participantes em júbilo.

Nós sempre cultivamos essas tradições. Continuamos nos saudando com ‘anauê’ em todo o lugar”, afirma o filósofo Moisés Lima, de 29 anos, secretário nacional de Doutrina da FIB. “O uniforme já foi camiseta verde e agora estamos voltando a adotar o antigo modelo, mas sem a dragona e a gravata preta. O uniforme nivela a classe social de quem participa do movimento e ninguém fica preocupado com o que vestir para ir numa reunião.” A quem enxerga no braço levantado dos militantes uma referência à saudação dos alemães ao Führer, ele diz: “O braço é erguido para o céu, na vertical e não na horizontal, como faziam os fascistas na Itália e os nazistas na Alemanha”.

Em 2020, os neointegralistas pretendem participar das eleições municipais com o lançamento de candidatos em várias cidades”

Fonte: "estadao"

Observação: 
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  • Armando J S Filho Os Libertários também!
    #VemPraInternet
  • Anderson Laia Os comunas piram!
    🤣🤣🤣
    A isentosfera tb!