O desgoverno Mirinho Braga está cometendo o mesmo erro do Prefeito Toninho Branco em 2008, acreditando que se reelege entupindo a prefeitura de gente. Já ultrapassou o limite prudencial estabelecido pela Lei de Responsabilidade Fiscal. Encontra-se agora próximo do limite da irresponsabilidade absoluta. Parece que o desgoverno atual não aprendeu com o desgoverno anterior que com altos índices de rejeição de nada adianta massivas contratações. A emenda é pior que o soneto porque o prefeito fica sem recursos para investimentos no que a população realmente necessita. Como consequência dessa política míope temos o aumento dos índices de reprovação do governo. Essa política por si só já faz com que o governo perca votos entre os concursados. Se não tem dinheiro para repor as perdas salariais do funcionalismo público como tem para contratar mais gente? E a investida nos quadros da oposição, como o governo tem feito agora, cria ressentimentos entre os "históricos" seguidores do prefeito, o que também significa perda de votos. Entre essas novas "aquisições" duas chamaram bastante a atenção: as reaproximação com o ex-vereador e ex-secretário de serviços públicos Isaías da Silveira e o ex-secretário de esportes Anderson Chaves.
Em Búzios- e em toda Região dos Lagos- temos pessoas que sempre conseguem empregos na prefeitura seja qual governo for. Se fossemos fazer uma lista, ela seria enorme. Fazem campanhas, ás vezes ferozes, contra um determinado candidato mas, logo depois, com o adversário eleito, na maior cara de pau estão no governo dele. Esse tipo de "político profissional" não é formado só de pessoas sem escolaridade. Tem também os doutores de colarinho branco que, oportunisticamente, bandeiam-se de um lado para outro por não conseguirem viver sem o padrão de vida que a prefeitura oferece.
O desgoverno sabe muito bem disso. Quanto menos empregos forem gerados na iniciativa privada melhor para o prefeito manter seu domínio sobre este imenso curral eleitoral. Como alguém já disse, isso é feito de propósito. E é diabólico. O desgoverno para se manter tem que impedir o desenvolvimento da cidade. O desgoverno só se sustenta com o atraso, criando dificuldades para a melhoria das condições de vida do povo trabalhador da cidade. O desgoverno para sobreviver precisa oferecer educação e saúde de péssima qualidade, transporte precário e, principalmente, não gerar trabalho e renda na economia de modo algum. A sua secretaria de desenvolvimento, trabalho e renda tem que cuidar só de assistencialismo e cursos breves de capacitação que não capacita ninguém.
Eis o que já falou sobre as novas "aquisições" de Mirinho o então jornalista Ruy Borba, hoje chefe de gabinete de planejamento e orçamento, na coluna Observatório que tinha no Jornal Primeira Hora:
Sobre Isaías:
"O ex-vereador, ex-presidente da Câmara, ex-candidato da `Búzios para Todos' pelo PDT, liderada pela então candidata Maria Alice, agora como secretário municipal de Finanças, Administração e mais alguma coisa, o Isaias da Silveira, subiu no palanque da `Consciência e Trabalho' ...para então se equilibrar entre números e assacadilhas contra o ex-prefeito Mirinho Braga. Segundo o equilibrista de números e de condutas, `o ex-prefeito não é bom pai, nem bom tio, nem bom sobrinho, nem tão família', como apregoa, e que tudo não passava de um jogo de cena. Foi mais além, ao dizer que o `ex-prefeito tem contas a acertar com a Justiça, antes de assumir novamente a Prefeitura'. Isso tudo muito `turbinado e inflamado', e não só pela poesia da letra. Por tudo isso, serão longas as madrugadas, em que o ex-exIsaias da Silveira se dependurará nos telefones, para chorar as mágoas, como se fosse o bêbado `chupando manchas torturadas' (vide e letra da música), nos ombros do ex-prefeito, para quem liga, logo depois de uma traquinagem dessa (a última coincidiu quando Toninho convidou Miguel Pereira para substituí-lo na sinecura)." (JPH, 09/09/2008).
Sobre Anderson Chaves:
"Anderson, para A; Mirele, para Mir; e Ronaldo, para Ron são os felizardos da AMIRON Bazar e Papelaria Ltda. Todos Chaves, que têm a chave para o sucesso, e, por isso, fornecem agora para a Prefeitura de Búzios material de expediente. Por R$ 294 mil, por nove meses. Anderson Chaves foi aquele secretário de Esporte do governo Mirinho Braga, que atualmente responde por um ‘cartório’, ou ‘departamento’, na mesma Secretaria de Esporte. O dinheiro de fato tem um poder dissolvente. No caso, R$ 294 mil em nove meses, para gerar papelada. Não estou falando de cartuchos ainda". (Observatório, JPH, 03/05/2007).
"A Amiron é aquela sortuda, que fornece papel à Prefeitura. Papel de expediente, por enquanto. Dia desses, no almoxarifado, um funcionário cansado da labuta, resolveu sentar sobre uma das caixas da Amiron. Afundou na caixa de papelão. Era só a casca. Nada de papel. Caso tivesse havido, o papel já estaria todo no uso. A conferir. O almoxarifado fica na casa da mãe do Gurgel, que é chefe de Gabinete na Secretaria de Finanças de Búzios. É tudo uma ação entre amigos e família. O povo que se dane". (observatório, JPH, 22/05/2007).
Sem comentários!
Observação: o prefeito Mirinho Braga, no programa da Iva Maria, na rádio Estação 104, no dia 1º de agosto, disse que uma pessoa do PT, aposentada, que acessa muito a internet, só lhe faz oposição porque não conseguiu emprego com ele. Diz o nome, prefeito! Como é que o senhor acha que as pessoas vão qualificar um prefeito que vai a um programa de rádio e fala isso de uma pessoa da oposição (e logo do meu partido) sem dizer o nome dela?
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