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quarta-feira, 12 de outubro de 2016

Brasil é o 4º país mais corrupto do mundo, segundo Fórum Econômico Mundial

O ex-ministro Guido Mantega durante prisão no âmbito da Lava Jato. REUTERS N. DOCE

O país está atrás apenas do Chade, da Bolívia e da Venezuela, que lidera o ranking do índice de corrupção da organização suíça

O Brasil é a quarta nação mais corrupta do mundo, segundo o índice de corrupção do Fórum Econômico Mundial. O país está atrás apenas do Chade, da Bolívia e da Venezuela, que lidera o ranking. A corrupção é um dos elementos que a organização suíça inclui em seu índice anual de competitividade, baseado em uma pesquisa com 15.000 líderes empresariais de 141 economias do mundo.

As três perguntas feitas a esses executivos foram: “O quanto é comum o desvio de fundos públicos para empresas ou grupos?”; “Como qualifica a ética dos políticos?”; e “O quanto é comum o suborno por parte das empresas?”. Em uma escala de um a sete, em que, quanto maior a nota, maior é a transparência, o Brasil recebeu 2,1, segundo análise publicada pela Business Insider. Em um estudo divulgado pela Transparência Internacional, no início do ano, o país ficou em 76º colocado em uma lista sobre a percepção de corrupção do mundo entre 168 países.

Entre as 10 nações mais corruptas do ranking do Fórum Econômico Mundial, cinco são latino-americanas: Venezuela, à frente, com nota 1,7; Bolívia, com 2; Brasil e Paraguai, ambos com 2,1; e República Dominicana, com 2,2--, mas que não são membros da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), o think tank a cujo pertencimento define a fronteira entre os países industrializados ou não.

Um relatório do Fórum publicado em junho assinalava a corrupção como o maior problema que a América Latina precisa enfrentar, segundo seus líderes políticos e empresariais. Escândalos como o da Petrobras, no Brasil, as acusações contra a ex-presidenta da Argentina Cristina Kirchner e o suborno de que é acusado o ex-governante guatemalteco Otto Pérez-Molina mantiveram a região estagnada, nesse aspecto, em relação aos índices de 2014 e 2015.
O México aparece entre os primeiros lugares do mundo desenvolvido com o mais complexo e abrangente de seus problemas: a corrupção. O Fórum Econômico Mundial coloca o país como a décima-terceira nação mais corrupta do mundo. Mas, excluindo-se da lista os países menos industrializados, o México fica com a liderança. Segundo o Fórum, o fator que o eleva ao primeiro lugar é o crime organizado.

O caso do México, no entanto, parece ser o mais alarmante, por se tratar de uma economia mais avançada do que a dos demais países da região. No índice global de competitividade, ele ocupa o 51º lugar de um total de 138, tendo subido seis pontos graças a uma eficiência maior de seus mercados, e mantém uma longa série de fatores que assustam os investidores: a corrupção, o mais grave, é seguida pelo crime organizado e outros fatores administrativos como a ineficiência da burocracia e a política fiscal.

A educação básica continua a ser uma fragilidade significativa para a sua competitividade se comparada a outros líderes regionais e mundiais, além do fato de que a qualidade institucional recuou. A economia mexicana foi atingida pela queda dos preços do petróleo, um comércio internacional fraco e a consequente queda na produção industrial”, assinala o Foro em seu texto sobre o México.

Crise ambiental urbana

A corrupção nesse país latino-americano não apenas afeta negativamente a possibilidade de realização de negócios, de acordo com o índice, mas também atinge o seu meio ambiente. Em março, a capital mexicana passou pela sua pior crise ambiental em 14 anos: a poluição do ar subiu a níveis perigosos para a saúde da população e o Governo local aplicou um polêmico programa para reduzir imediatamente o nível de partículas tóxicas.

Em relatório publicado em maio, o próprio Fórum relatava uma série de práticas que frustram as tentativas realizadas de melhorar a qualidade do ar: subornos nos centros de verificação veicular; transportes públicos sob controle privado, o que fragiliza a fiscalização; e “malversação de fundos na nova linha do metrô da Cidade do México, inaugurada em 2012 e fechada pouco depois devido a falhas estruturais.



segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

A riqueza dos 85 mais ricos é igual à dos 3,5 bilhões de mais pobres!

Página de Russell McLendon 


"A riqueza das 85 pessoas mais ricas é igual à da metade da população do mundo". A afirmação foi feita pela instituição de caridade Oxfam. Segundo relatório divulgado pela organização, a "desigualdade global tem aumentado na medida em que a riqueza dos 85 mais ricos é igual à dos 3,5 bilhões pessoas mais pobres (metade da população do mundo)".

O relatório tem o sugestivo título "Trabalhar para poucos". Apesar do título, ingenuamente a organização de caridade acredita que a "desigualdade crescente tem sido impulsionado por uma "tomada de poder" pelas elites ricas, que cooptaram o processo político para fraudar as regras do sistema econômico em seu favor". 

O "mal"- a desigualdade- não seria intrínseco ao próprio desenvolvimento do capitalismo, mas causado pelos governos que estariam atendendo às demandas dos mais ricos. Por isso, a Oxfam pediu que os participantes nesta semana do Fórum Econômico Mundial (WEF) , que reúne políticos e líderes empresariais na Suíça, na estância de esqui de Davos, firmassem "um compromisso pessoal para resolver o problema, aceitando a criação de novos impostos e evitando usar a riqueza para buscar favores políticos".

Pesquisas feitas para embasar o relatório constataram que as pessoas em países ao redor do mundo - incluindo dois terços dos inquiridos na Grã-Bretanha - acreditam que os ricos têm muita influência sobre a os governantes de seus países.

O presidente-executivo da Oxfam Winnie Byanyima disse: "É impressionante que, no século 21, metade da população do mundo - que é três e meio bilhões de pessoas - possuam o mesmo que uma pequena elite cujo número de membros cabe confortavelmente em um ônibus de dois andares.

"Nós não podemos ganhar a luta contra a pobreza sem combater a desigualdade. O alargamento da desigualdade está criando um círculo vicioso em que a riqueza e o poder estão cada vez mais concentrados nas mãos de poucos, deixando para o resto de nós lutar por migalhas da mesa superior".

"Nos países desenvolvidos e em desenvolvimento, estamos cada vez mais vivendo em um mundo onde as taxas de imposto mais baixas, a melhor saúde e educação e a oportunidade de influência está sendo dada não só para os ricos, mas também para os seus filhos.

"Sem um esforço concertado para combater a desigualdade, a cascata de privilégio e de desvantagem continuará ao longo das gerações. Em breve, viveremos em um mundo onde a igualdade de oportunidades será apenas um sonho. Em muitos países, pode-se dizer que os mais ricos estão levando todo o resultado do crescimento econômico. Os ricos estão tendo "lucros extraordinários", como se o "vencedor pudesse levar tudo". 

O relatório da Oxfam revelou que ao longo dos últimas décadas, os ricos têm exercido com sucesso influência política para distorcer políticas em seu favor em questões que vão desde a desregulamentação financeira, os paraísos fiscais, práticas comerciais anti-competitivas para reduzir as taxas de imposto sobre os rendimentos elevados e cortes dos gastos em serviços públicos para a maioria da população. Desde o final de 1970, as taxas de impostos para os mais ricos caíram em 29 dos 30 países para os quais existem dados disponíveis, segundo o relatório.

Este "captura de oportunidades" pelos ricos à custa dos pobres e das classes médias levou a uma situação em que 70% da população mundial vive em países onde a desigualdade aumentou desde a década de 1980 e 1% das famílias possuem 46% da mundial riqueza.

As pesquisas de opinião na Espanha, Brasil, Índia , África do Sul, os EUA, Reino Unido e Holanda descobriram que uma maioria em cada país acredita que as pessoas ricas exercem muita influência. A preocupação foi mais forte na Espanha, seguido por Brasil e Índia e menos marcante na Holanda.

No Reino Unido, cerca de 67% concordaram que "os ricos têm muita influência sobre o lugar para onde o país está caminhando" - 37% dizem que eles concordaram "fortemente" com a afirmação - contra apenas 10% que discordaram, 2% deles fortemente.

Estudos de Riscos Globais fez o WEF reportar recentemente que o aumento das disparidades de renda é uma das maiores ameaças para a comunidade mundial.

Oxfam está convocando todos os participantes do WEF a se comprometerem em apoiar a "tributação progressiva", impedir os ricos de usarem sua riqueza para buscar favores políticos minando a vontade democrática dos seus concidadãos, direcionar todos os investimentos para empresas e fundos, beneficiando a maioria da população de cada país, fazer com os governos utilizem as receitas fiscais para fornecer cuidados de saúde universal, educação e proteção social, exigir um salário digno em todas as empresas em que detenha ou controle e convocar outros membros da elite econômica para se juntar a eles nessas promessas.

Fonte: http://www.belfasttelegraph.co.uk/news/local-national/uk/oxfam-combined-wealth-of-the-85-richest-people-is-equal-to-that-of-poorest-35-billion-29931690.html


Meu comentário:

Não é difícil provar que os governos da Região dos Lagos governam para 1% da população. Em Búzios, esse número corresponde a 275 beneficiários dos governos que tivemos. E na sua cidade (Cabo Frio, São Pedro da Aldeia, Araruama, Iguaba Grande e Arraial do Cabo)? Em nenhuma delas a população discute como vão ser alocados os recursos orçamentários. Se não discute, quem decide onde os impostos arrecadados vão ser aplicados? A resposta só pode ser uma: a elite política-econômica local (1% da população).