Segundo o TSE, o eleitorado de Búzios que elegeu, em 2008, o prefeito Mirinho Braga e os nove vereadores, é formado por 54,66 % (10.972 eleitores) sem o 1º grau completo: 689 (3,43%) declararam-se analfabetos; 2.580 (12,85%) declararam saber ler e escrever; e 7.703 (38,38%) declararam ter o 1º grau incompleto.
Segundo a Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) tínhamos, em 2008, 8.808 trabalhadores com vínculos ativos. Destes, 5.436 (61,71%) ganhavam até 2 salários mínimos. Não estamos computando o grande contigente de trabalhadores informais que não aparecem na estatística do MTE.
Considerando a baixa escolaridade e remuneração do trabalhador-eleitor buziano não é difícil explicar porque temos o prefeito e os vereadores, com raríssimas exceções, que temos. Quanto menos instruída e dependente economicamente for a população melhor para manter o controle de seus currais eleitorais. Só se reelegem se este quadro não for modificado. Fazem de tudo para não termos uma educação de qualidade e políticas públicas de trabalho e renda. São os verdadeiros representantes do atraso.
É inadmissível que Búzios não tenha um vereador de opinião. Um vereador que empunhe a bandeira da preservação ambiental, ou que tenha um projeto de educação para a cidade, ou que represente o movimento comunitário das associações de moradores, ou que represente o funcionalismo público municipal. Já é hora de começar a mudar este quadro. Abaixo o empreguismo, o assistencialismo e o clientelismo.
Marcia Bispo disse... É o famoso " curral eleitoral ", a política do " toma lá, dá cá ". Fazer uso da ignorância alheia deveria ser crime no código penal brasileiro. Temos na ALERJ a Comissão de Direitos Humanos, mas essas pessoas não sabem nem que isso existe. País de dois pesos e duas medidas. Eu tenho VERGONHA!!!
Comentários:
- TUCUNS A VERDADE disse...
- Tenho vergonha dessa realidade.
Observei nas eleições a festa igual a ida ao shopping. Não havia nada de compromisso com a cidade. Ouvi de um menino de 16 anos dizer que fez seu título para ajudar o pai a colocar um desses que estão por aí.
Que pena, parecia ser engajamento estudantil.
Os analfabetos são comprados e os alfabetizados são "bem encaminhados". Precisamos mudar este quadro.
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