Agentes da UPAM, Secretaria de Meio Ambiente e Guarda Ambiental, foto do site Prensa de Babel |
O site Prensa de Babel (ver em "prensadebabel") noticiou hoje (15) que a Unidade de Polícia Ambiental (UPAM) e a Secretaria de Meio Ambiente de Búzios, por determinação do Ministério Público, estiveram hoje na área do entorno do Mangue de Pedras para combater construções irregulares que estavam sendo realizadas no local. Na operação, uma obra foi paralisada, cercas foram retiradas e material de construção foi recolhido. O site também informou que “duas pessoas foram detidas e encaminhadas à delegacia de Búzios (127ª DP)”. Elas são acusadas de “loteamentos ilegais, parcelamentos de lotes, descumprimento de embargos de obras, supressão de vegetação em ZCVS-5, como também envolvimento com crime de incêndio e construções irregulares”.
Agentes durante a operação, foto do site Prensa de babel |
Segundo
o agente ambiental, Marcelo Morel, com a ação do dia de hoje, ficou
elucidada a origem do incêndio do dia 25 de agosto, registrado por alunos da UFRJ que faziam pesquisa no local. “Após
uma contenda entre dois grupos que revindicavam a area, um deles
teria ganho na Justiça o direito de posse, e em seguida fez um
lotamento irregular, que foi embargado. No entanto, a ordem foi
descumprida, o que resultou na operação desta manhã na condução
dos envolvidos à delegacia. Uma casa foi construída no
local, no entanto, não pode ser demolida por haver pessoas
morando nela”, disse.
O site Prensa de Babel vem noticiando ao longo do ano denúncias dos ambientalistas de Búzios de grandes desmatamentos na área do entorno do Mangue de Pedra. “Além do incêndio do dia 25 de agosto, outras infrações, como a abertura de uma rua (continuação da Rua Sapoti) sem licenças estadual e municipal, foram denunciadas”.
A construção irregular, foto do site Prensa de Babel |
O site Prensa de Babel vem noticiando ao longo do ano denúncias dos ambientalistas de Búzios de grandes desmatamentos na área do entorno do Mangue de Pedra. “Além do incêndio do dia 25 de agosto, outras infrações, como a abertura de uma rua (continuação da Rua Sapoti) sem licenças estadual e municipal, foram denunciadas”.
Na
verdade tudo isso é resultado do pouco caso da Prefeitura de Búzios
com a área. Ela claramente joga o jogo da especulação imobiliária
buziana, não coibindo as queimadas realizadas no local, que preparam
a seguir as invasões no entorno do mangue, como se o objetivo fosse
permitir que a área se degrade bastante, para justificar a máxima
da especulação imobiliária: “É preciso ocupar para não
favelizar”.
Desde
2013, ainda na gestão de Muniz como secretário de Meio Ambiente, os
ambientalistas de Búzios vêm lutando para que seja criada uma
Unidade de Conservação no local, a Unidade
de Conservação Municipal de Proteção Integral para o Mangue de
Pedra.
Depois o MP abraçou a causa, também recomendando ao município a
criação de uma Unidade de Conservação na área. Em abril deste
ano, a Secretaria Estadual de Ambiente do RJ propôs a inclusão do Mangue de Pedra no Parque Estadual da Costa do Sol (PECSOL).
A
lamentar que nenhum vereador de Búzios tenha abraçado a causa.
Veja a seguir a Carta aberta da professora Katia Mansur, também publicada pelo site Prensa de Babel.
Veja a seguir a Carta aberta da professora Katia Mansur, também publicada pelo site Prensa de Babel.