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quinta-feira, 15 de março de 2012

Quem quer vida financeira privada nã​o receba dos cofres públicos



Miltinho discursando na solenidade de posse da nova diretoria da ASFAB
“Quem trabalha no Serviço Público precisa de ter discernimento no sentido de que sua vida, em algum momento, pode ser alvo de questionamentos quanto a aumento demasiado de patrimônio, se o ganho é realmente de ponto batido, se também não é mais uma boquinha arrumada, nos conchavos.Em Búzios é público, que existem muitas boquinhas magras e gordas.São as chamadas ilegitimidades na máquina pública. Mas são legais. Diriam os defensores.E daí?Nem tudo que é legal é ético.Citemos por exemplo o seguinte: o prefeito,o vereador pode nomear sua esposa para cargos em comissão. É legal, é. Insisto mas não é ético. 

Tomei conhecimento que um ex-vereador, sentiu-se ofendido porque o nome de sua filha saíra num blog como sendo remunerada da PMAB. O que há de errado, se ela consta do rol de funcionários? Também não podemos afirmar que sua contratação é ilegal.Pode não ser ética. Mas também juízo de valores são coisas muito pessoais.

Mas quero me reportar para o tema que nos move. Quem é remunerado pelos cofres públicos de qualquer ente da Federação está sujeito a ter seus ganhos publicados em qualquer lugar. Nós que somos Servidores não temos nenhum medo de devassa em nossos ganhos. Aliás é lícito que seja público, se há compatibilidade entre o que possuímos e os ganhos. É dever do Servidor não privar os cidadãos que lhes paga, de quanto ele recebe. Agora se o cidadão quer privacidade quanto a remuneração. Então deve seguir os passos da iniciativa privada.Porque aí ele  só deve obediência dependendo dos ganhos a Receita Federal.Vamos deixar claro, límpida esta questão.Quem quer privacidade não seja funcionário público porque funcionário público é servo da sociedade. E o servo é quem optou pela vida pública”.

Milton da Silva P Filho (Miltinho)