Continuamos analisando a entrevista dada pelo prefeito Mirinho Braga ao Jornal Primeira Hora do dia 17/09/2010. Na primeira parte, abordamos a questão da imprensa, herança maldita, contas públicas e funcionalismo público. Na segunda parte, falamos da questão da educação, saúde, moralidade, planejamento e plano de governo. Na terceira parte, comentamos as questões de renda e emprego, licitação de transporte público, rodoviária, eleição de presidente da câmara de vereadores e projeto Minha Casa Minha Vida.
15) A questão das obras públicas.
O prefeito disse: "estamos construindo uma bela sede da secretaria de saúde, do meio ambiente, desenvolvimento social, de planejamento e de obras. Isso para termos melhores serviços. Estamos criando mecanismos para o cidadão ser bem atendido, e para que o funcionário trabalhe bem, tranquilamente."
Em junho de 2010, o Jornal O Perú Molhado (OPM) noticiou que a prefeitura já possuía um projeto para a construção de todo Centro Administrativo em um único local, na Estrada da Usina, onde hoje já existe construído o 1º bloco e o próprio Gabinete do Prefeito. Esse projeto foi elaborado pela Associação de Engenheiros e Arquitetos de Búzios (ENARQ) e custou R$ 70.000,00. Está pronto desde o segundo mandato do atual prefeito.
Não seria muito mais racional concentrar todas as secretarias em um único centro Administrativo? O cidadão buziano não seria melhor atendido se todas as secretarias ficassem próximas umas das outras? Por que então espalhar vários puxadinhos em diferentes pontos da cidade? Qual a explicação técnica para os puxadinhos? Por que jogar no lixo 70 mil reais gasto no projeto?
O jornal OPM, de 19/06/2010, deu uma explicação. Como não foi contestada pelo governo, a consideramos como verdadeira: "os puxadinhos estão nascendo da necessidade do prefeito de atender aos anseios de seus amigos que precisam de obras, mesmo que não tenham as mínimas condições para fazê-las. Construir o Centro Administrativo em um só local... (requereria) uma concorrência pública a nível nacional... (o que não daria para) direcionar para os amigos, pois as empresas (precisariam) atender à critérios técnicos que certamente os amigos do prefeito não possuem". Eles, os puxadinhos, não passam de "parcelamento descarado de obra pública, visando aquinhoar amigos".
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