Nosso planeta Terra - o mundo conhecido- tem 7,2 bilhões de habitantes. A soma de toda riqueza produzida no nosso planeta equivale a 72 trilhões de dólares. Se toda essa riqueza fosse distribuída igualitariamente entre cada morador de nosso planeta cada um desfrutaria de 10.000 dólares por ano. Convertendo ao valor do dólar de hoje (1 dólar=3,10 reais) cada habitante da Terra poderia dispor de R$ 2.583,33 por mês. O que significa dizer que todos nós alcançaríamos um padrão de vida digno, sem luxo, mas com acesso a um hospital e escola de qualidade.
É um grande engano acreditar que haja, por parte das populações mais pobres, conformismo com a situação atual. O pessoal está começando a se mexer e não adianta construir muros contra a migração de centro-americanos e mexicanos para os Estados Unidos e de refugiados na Europa.
Em vez dessa distribuição, assistimos uma minoria destruindo nosso planeta, deixando a maioria da população de fora do sistema. Segundo o professor de Economia da PUC-SP Ladislau Dowbor, em entrevista à Revista Diálogos do Sul "nós não temos um problema econômico, temos um problema de organização social e política", porque 62 bilionários têm mais riqueza acumulada do que as 3,6 bilhões de pessoas mais pobres. A maioria dos economistas afirma que essa desigualdade em vez de diminuir vem aumentando ao longo dos últimos anos. Precisamos também de um estudo em Búzios.
Para o professor esse processo só é possível graças ao sistema especulativo, em que o capital fica parado, gerando lucro apenas via especulação, sem produção e sem pagamento de impostos.
“Temos
US$ 30 trilhões
em paraísos fiscais
– enquanto o
PIB mundial é de US$ 72 trilhões –
então essa gente não só não investe, como não paga impostos.
Temos um capitalismo de dinheiro parado, um capitalismo improdutivo
planetário”, afirma o professor. Ele ressalta que esse montante
poderia estar sendo investido para resolver nossos problemas enquanto
humanidade, mas está enriquecendo uma minoria.