Foto Instagram |
O vídeo acima foi postado no Youtube. Mostra detalhes da festa de casamento de Felipe Amorim e Caroline Monteiro, realizada na praia de Jurerê Internacional, no litoral de Santa Catarina, em abril deste ano. Segundo a Polícia Federal (PF), o casamento foi bancado por dinheiro público (meu, teu, nosso) desviado da Lei Rouanet.
Durante a Operação Boca Livre, da PF, 14 pessoas foram presas. Estima-se que 180 milhões de reais tenham sido usado em projetos fraudulentos. O grupo atuava no Ministério da Cultura desde 1991.
O casamento foi celebrado em abril deste ano.
Festa
chique
"Um
vídeo obtido pela Operação Boca Livre, da Polícia Federal, mostra
o casamento bancado com recursos da Lei Rouanet. As imagens mostram
uma festa chique regada a champagne e efeitos de luz. Segundo a
Policia Federal, tudo foi pago com dinheiro que o Ministério da
Cultura liberou para custear uma apresentação pública de uma
orquestra sinfônica".
Prisões
"Ao
todo, a Polícia Federal prendeu 14 pessoas nesta manhã em São
Paulo, Brasília e Rio de Janeiro, durante a operação que apura
desvios em projetos culturais beneficiados com isenção fiscal pela
Lei Rouanet. O noivo Felipe Amorim e seus pais Antonio Belini e Tânia Guertas estão entre os
detidos. A fraude é estimada em R$ 180 milhões".
"O
produtor cultural Fábio Ralston também está entre os presos. Todos
já foram levados para a sede da Polícia Federal de São Paulo, na
Zona Oeste da capital paulista".
"Os
presos devem responder pelos crimes de organização criminosa,
peculato, estelionato contra União, crime contra a ordem tributária
e falsidade ideológica, cujas penas chegam a doze anos de prisão".
Como
ocorria a fraude
"Segundo
as investigações da Operação Boca Livre, um grupo criminoso atuou
por quase 20 anos no Ministério da Cultura e conseguiu aprovação
de R$ 180 milhões em projetos fraudulentos.
O
desvio ocorria por meio de diversas fraudes, como superfaturamento,
apresentação de notas fiscais relativas a serviços e produtos
fictícios, projetos duplicados e contrapartidas ilícitas realizadas
às incentivadoras.
A
Polícia Federal concluiu que diversos projetos de teatro itinerante
voltados para crianças e adolescentes carentes deixaram de ser
executados, assim como livros deixaram de ser doados a escolas e
bibliotecas públicas. Os suspeitos usaram o dinheiro público para
fazer shows com artistas famosos em festas privadas para grandes
empresas e livros institucionais.
O
inquérito policial foi instaurado em 2014, após a PF receber
documentação da Controladoria-Geral da União de desvio de recursos
relacionados a projetos aprovados com o benefício fiscal. Além das
14 prisões temporárias, 124 policiais federais cumpriram 37
mandados de busca e apreensão, em sete cidades".
Fonte: g1