segunda-feira, 24 de outubro de 2016

Pauta de hoje (24) do TRE-RJ

(4) Embargos de Declaração no Recurso Eleitoral Nº 111-30.2016.6.19.0181
Relator : Desembargadora Eleitoral Jacqueline Lima Montenegro
Assunto : Embargos de Declaração opostos face ao Acórdão que desproveu o recurso para manter o indeferimento do registro de candidatura.
Origem : IGUABA GRANDE - RJ
Pediu vista: LEONARDO GRANDMASSON
EMBARGANTE : ANA GRASIELLA MOREIRA FIGUEIREDO MAGALHÃES (GRASIELLA), candidata ao cargo de Prefeito do Município de Iguaba Grande pela coligação Compromisso e Progresso sob o nº 11

EMBARGADO : COLIGAÇÃO AGORA É PRA MUDAR, formada pelo PHS/PMB
EMBARGADO : MARCO ANTONIO MOTTA RAMOS, candidato ao cargo de Prefeito do Município de Iguaba Grande

EMBARGADO : COLIGAÇÃO REAGE IGUABA, formada pelo PSB/DEM/PRTB/PDT/PROS/PTC/PSDC/PSL/SD/REDE/PTN 

Fonte: TRE-RJ

A Saúde de Búzios tem que atender a todos, cadastrados ou não. É o que diz a Lei!!!

Hospital Municipal de Búzios, foto Folha de Búzios
Hospital hoje, foto do Facebook do Flávio Machado

Para conter despesas o governo municipal de Búzios resolveu acabar com o atendimento de emergência no Hospital Municipal Rodolpho Perissé. Acabar não, na verdade decidiu limitar drasticamente o atendimento, pois tiveram o bom senso de continuar atendendo quem chegar de ambulância. Apenas neste caso serão atendidos moradores de outros municípios que, obviamente, não são cadastrados no Sistema de Saúde do município.     

Em entrevista ao site cliquediário Dr. André, Prefeito de Búzios, justificou a medida pelo fato do município ter passado a atender um percentual muito grande de pacientes constituídos de moradores de outros municípios, o que tem levado "à exaustão da nossa equipe, gerando prejuízos irreparáveis". E que as mudanças tem por intuito "preservar e garantir o atendimento de urgência aos nossos moradores". Estes, devidamente cadastrados no Sistema Municipal, quando necessitarem de atendimento de emergência, deverão se dirigir aos Postos de Urgência de Manguinhos e da Rasa. 

O problema é que o atendimento de qualquer paciente não pode ser condicionado. É inconstitucional condicionar o atendimento de paciente ao cadastro prévio feito pelo município para utilização do SUS. O entendimento é da 5ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Mato Grosso. Os desembargadores modificaram decisão de primeira instância e determinaram que o município de Cuiabá deixe de condicionar o atendimento dos pacientes.

De acordo com o relator do recurso, juiz substituto Mauro Bianchini Fernandes, a saúde é um direito fundamental do ser humano e deve o Estado prover as condições indispensáveis ao seu pleno exercício (artigo 2º, caput, Lei 8080/90).

No recurso, o órgão ministerial afirmou que a Secretaria Municipal de Saúde elaborou a Portaria 42/GAB/FUSC/2003 para cadastrar usuários do SUS nas unidades da rede básica. E que o atendimento à saúde passou a ser vinculado ao cadastro feito, sendo negado atendimento aos usuários não cadastrados.

Em seu voto, o juiz José Mauro Fernandes assinalou que o cadastramento não pode ser utilizado para limitar o atendimento da população ao município que reside e ao bairro mais próximo de onde será feito o atendimento. Alertou que a portaria “dificulta e impossibilita que os cidadãos tenham acesso ao atendimento do SUS, e o Poder Público não pode se negar a prestar obrigação político-constitucional de fornecer atendimento médico, hospitalar, laboratorial e fornecimento de medicamentos gratuitamente”.

Ainda sobre a Portaria, o relator explicou que não pode criar limitação ao atendimento dos usuários do SUS no município de Cuiabá, o que não significa dizer que o cadastramento não possa ser feito. Para o juiz relator, é importante que seja feito o cadastro, mas nunca como forma de limitação ou exclusão no atendimento às necessidades básicas dos cidadãos.

O cadastramento deve ser feito a fim de que se faça um levantamento da quantidade de pessoas de outras áreas de atuação que utilizam o atendimento do município de Cuiabá, para que este município se organize para atender a população, informando ao Governo Federal a necessidade de mais repasses, e seja feita uma compensação com os municípios que estão levando pacientes para a Capital”, completou o relator. Além disso, em caso de inexistir alguma especialidade no município de origem do paciente, ou havendo urgência no atendimento, ele disse que não pode haver recusa no atendimento. O juiz foi seguido pelos demais desembargadores da Turma. Com informações da Assessoria de Imprensa do Tribunal de Justiça de Mato Grosso.

Apelação 71523/2008


Comentários no Facebook:
Douglas Gonçalves · 32 amigos em comum
O recurso diz respeito a limitação de atendimento a população residente no proprio município onde a pessoa reside. E em nenhum momento está sendo negado atendimento a populaçao buziana. Se vc pesquisar vai ver que existe uma coisa chamada territorializaçao. Não é todo mundo atendendo tudo não, senão nao existiria República Federativa e seus entes federados... Cada um cuida do seu território sim, essa é a lei da federação, nenhum juiz pode obrigar que uma pessoa de outro município seja atendida em municipio diferente, existem regras para esse tipo de atendimento acontecer de forma legal...
CurtirResponder55 h
Ernesto Medeiros Olha as fontes dos amigos da côrte, que poderiam cortar : Aluguel de ambulâncias (nem endereço da empresa existe ) R$ 6.800.000,00
JB Alimentos (terceirizada da cozinha do hospital /não paga gás , água ne luz ) R$ 8.000.000,00.
Onix (limpeza do hospital e outros ) R$ 19.000.000,00
Lavanderia hospital (pesa roupa molhada ) R$ 7.000.000,00
`Porto porto aluguel de carros (andar a toa ) R$ 7.600.000,00
Triangular obra de reforma do Hospital (somente pintura ) R$ 800.000,00
Casa do Educador (material de papelaria ) R$ 6.400.000,00
Aluguel de impressoras R$ 4.000.000,00
Empresa software R$ 4.000.000,00 etc ...
Realmente Sr prefeito a culpa é de quem vem de fora para usar a saúde né , NÃO VAMOS CONTINUAR A PAGAR A CONTA DA MÁ ADMINISTRAÇÃO .
ONIX SERVIÇOS LTDA - EPP - 9056 449.981,21
CONTRATAÇÃO DE EMPRESA ESPECIALIZADA PARA OS SERVIÇOS DE CONSERVAÇÃO E HIGIENIZAÇÃO DA
SECRETARIA DE SAÚDE E SUAS UNIDADES,
CASA DO EDUCADOR COMERCIO E SERVIÇOS LTD - 9075 39.915,80
AQUISIÇÃO DE DIVERSOS MATERIAS DE PAPELARIA PARA ATENDER AS UNIDADES DE SAUDE NO EXERCICIO DE
PORTO AUTOMOVEIS LTDA ME - 9027 422.100,00
VALOR REFERENTE A LOCACAO DE 13 VEICULOS PARA ATENDER ASECRETARIA MUNICIPAL DE SAUDE
TEM MUITO MAIS BASTA QUE OS DEFENSORES QUEIRAM ,
Asta Scheyer Se eu moro em Buzios pago meus impostos aqui e natural que eu tenha a preferencia.Se outras cidades nao tem como atender seus moradores o problema e da ma administraçao nao tenho nada a ver com isso !!!!
CurtirResponder11 h
Ronaldo Do Valle Perfeito Asta!!

‘Gigantesco esquema de corrupção’ no Rio teve ‘apadrinhamento’ de Sérgio Cabral, diz Procuradoria

Ministério Público Federal cita ex-governador do Rio em manifestação na Operação Saqueador, que pegou seu ex-aliado e potencial delator, Fernando Cavendish, da Delta Engenharia

Sérgio Cabral – 2013 – Foto: Marcos Arcoverde/Estadão Conteúdo

"A Procuradoria da República afirmou em manifestação na Operação Saqueador que o ‘gigantesco esquema de corrupção de verbas públicas’ instalado no Rio teve o ‘apadrinhamento’ do ex-governador Sérgio Cabral (PMDB) que chefiou o Estado entre 2007 e 2014.
A Saqueador investiga desvios de recursos públicos pela construtora Delta Engenharia, do empresário Fernando Cavendish, antigo aliado de Cabral.
O documento anexado na ação penal da Saqueador é subscrito pelos procuradores da República Rodrigo Timóteo C e Silva, Eduardo Ribeiro El Hage, Lauro Coelho Júnior, Renato Silva de Oliveira, Leonardo Cardoso de Freitas e pelo procurador regional da República José Augusto Vagos.
São réus no processo, além de Cavendish, o contraventor Carlinhos Cachoeira, o lobista Adir Assad e outros 20 investigados.
Tal esquema delituoso, como descreve a denúncia, envolveu desvio de verbas destinadas a importantes obras públicas a exemplo da construção do Parque Aquático Maria Lenk, para os Jogos Panamericanos de 2007 e a reforma e construção de Estádios para a Copa do Mundo de 2014 (Maracanã)”, assinalam os procuradores.
As investigações produziram fortes elementos que apontam para a existência de gigantesco esquema de corrupção de verbas públicas no Rio de Janeiro, que contou, inclusive, com o apadrinhamento do então governador de Estado Sérgio Cabral, conforme se extrai das declarações de colaboradores”, destacam.
Segundo a Saqueador, entre 2007 e 2012, a Delta teve 96,3% do seu faturamento oriundo de verbas públicas em um montante de quase R$ 11 bilhões.
Deste total, R$ 370 milhões teriam sido lavados por meio de 18 ’empresas’ localizadas em endereços onde funcionam consultório de dentista, loja de gesso e onde existe um matagal na beira de estrada. Alguns endereços não existem.
Cavendish, alvo da Saqueador em junho deste ano, negocia acordo de delação premiada sobre supostos pagamentos de propinas a políticos do PMDB e do PSDB relacionados a obras nos governos de São Paulo, Rio e Goiás, além de estatais federais como o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) e Petrobrás.
Em um trecho da proposta de colaboração, o dono da Delta relata seu relacionamento com Sérgio Cabral e desvios praticados para obter contratos de obras, como a reforma do Estádio do Maracanã, do Parque Aquático Maria Lenk, na Barra da Tijuca, realizado com dispensa de licitação, e da transposição do Rio Turvo.
A relação Cabral-Cavendish ganhou holofotes quando o ex-governador do Rio Anthony Garotinho publicou, em 2012, em seu blog fotos do empresário, do ex-governador e de integrantes do governo carioca em momentos de descontração em Paris e Mônaco.
Nas imagens que Garotinho informava serem de 2009, Cavendish aparecia com secretários de Estado em clima de grande confraternização e alegria, todos com lenços brancos na cabeça.
Além de Cavendish, no grupo estavam o então secretário de Saúde, Sergio Cortês, e o de governo, Wilson Carlos".
Julia Affonso, Mateus Coutinho, Ricardo Brandt e Fausto Macedo




domingo, 23 de outubro de 2016

Cadê o acordo pra salvar Cunha?

A esquerda arcaica e sectária teima em não querer enxergar a realidade. Parte de alguns pressupostos alçados a condição de verdades absolutas e força a barra para enquadrar a realidade nesses parâmetros. Desmentido logo a frente pelos fatos, não faz autocrítica de modo algum. Dá de ombro, e segue em frente com suas "verdades". Não aprende nunca.    

No post "Eventos importantes no Brasil expõem a fraude do impeachment de Dilma — e a corrupção de Temer", publicado em seu site em 30 de junho de 2016, o famoso jornalista de esquerda Glenn Greenwald garante que havia um acordo entre Temer e Eduardo Cunha para salvar a pele do ex-deputado. Da articulação teriam participado dois ministros do STF, Serra e Aécio. Cadê o acordo?

"Por mais expressivos que a corrupção de Temer e a fraude do impeachment de Dilma já fossem, dois novos eventos nesta semana vieram reforça-lo. Primeiro, Temer jantou com dois membros do Superior Tribunal Federal – o órgão que preside a investigação sobre a corrupção e o processo do impeachment. Também estiveram presentes o Ministro das Relações Exteriores, Serra, e seu aliado próximo Aécio: ambos alvos da investigação sobre corrupção. Temer está literalmente se reunindo secretamente com os próprios juízes que estão julgando o impeachment e os processos de corrupção (ao mesmo tempo em que políticos brasileiros, preparando a imposição de medidas de austeridade, estão votando por bajular estes juízescom um aumento em seus salários).

Segundo, ao mesmo tempo em que Temer está se reunindo em privado com estes juízes chave, reportagens revelaram que ele está trabalhando duro em um acordo para “salvar a pele” de Cunha, um dos políticos mais corruptos do país. Temer se reuniu com Cunha nesta semana. Um plano sendo ativamente discutido permitiria Cunha renunciar e então ter seu processo criminalatribuído a juízes favoráveis. Outro prevê que Cunha simplesmente renuncie à presidência da Câmara para aumentar as chances de que ele não seja expulso da mesma por completo. Pior ainda, o Globo reportou hoje que Toemer está agora trabalhado ativamente com Aécio para garantir que o sucessor de Cunha seja favorávela ele: alguém que “não trabalhe pela cassação de Eduardo Cunha”.



PGR foi desafiado a dizer o que faz para combater a corrupção.

‘Eu roubo, mas não peço propina’

Ultrapassado nas pesquisas, o candidato do PSDB à prefeitura de Belo Horizonte, João Leite, subiu o tom. Em debate promovido pela Rede TV!, UOL, Veja e Facebook, o tucano insinuou que o rival é corrupto. Ao responder, o novo líder Alexandre Kalil, do PHS, cometeu sincericídio diante das câmeras: ''Eu roubo, mas não peço propina em Furnas''.

Leite ferveu: ''Vai ter que provar.'' E Kalil: ''Veio muito nervoso, veio muito preparado, mas tem o rabo preso, mano. […] Pode ficar pedindo direito de resposta, tá lá, delatado em Furnas com R$ 150 mil.''

Ficou-se com a impressão de que, a julgar pela opinião de um candidato sobre o outro, a capital mineira está condenada a eleger um desqualificado. E imaginar que um dia ambos foram a ambição de suas mães!





sábado, 22 de outubro de 2016

É preciso indignar-se; é preciso alguma sanção social

O ministro da Transparência, Fiscalização e Controle (Controladoria-Geral da União), Torquato Jardim, faz um alerta. Para enfrentar a corrupção é necessário que haja ‘medo da caneta do juiz, do Ministério Público e da investigação administrativa’.

Torquato esteve em São Paulo na sexta-feira, 21, e falou sobre ‘Perspectivas do Marco Legal de Contratações Públicas no Brasil’ na reunião-almoço mensal do Instituto dos Advogados de São Paulo (IASP).

Segundo o ministro, em 240 operações especiais sobre desvios de recursos federais em municípios, nos últimos 13 anos, a Transparência, a Polícia Federal e o Ministério Público Federal identificaram que em 67% das ações houve desvio de merenda escolar, de medicamentos e saneamento básico.

Por que isso acontece? Porque a sanção legal não amedronta. É a velha história de acreditar na impunidade”, afirma. “É preciso ter medo da caneta do juiz, é preciso ter medo da caneta do Ministério Público, é preciso ter medo da caneta da investigação administrativa.”

Torquato Jardim foi taxativo. “Dois terços são desviados de crianças. Nessa altura são três gerações de crianças que não têm alimentação, medicamento e saneamento básico ao seu alcance, porque há desvio de verba federal. Qual é a sanção? A Polícia Federal completa a investigação. O Ministério Público, com seus limites humanos, propõe as ações. Qual é a consequência?”

Durante sua palestra, o ministro citou ‘um município no interior da Paraíba’, onde ‘quatro gerações da família foram autuadas em momentos diferentes da sua administração e continuaram praticando’.

Em determinado município da Paraíba foram presos e autuados a avó, a mãe, o pai e o padrasto de um deputado federal no mesmo município, em sucessivas administrações públicas”, ele relatou a uma plateia eminentemente de advogados e juristas. “Porque ninguém tem medo da sanção legal. Este é o desafio da autoridade pública em qualquer plano, União, Estados e municípios, para conter a corrupção, o desvio de verbas públicas”, observou.

O ministro não disse o nome do parlamentar, mas o parlamentar é o Deputado Hugo Motta (PMDB). Ao menos cinco integrantes de sua família são investigados na Operação Desumanidade, no município de Patos (PB).

Ex-presidente da CPI da Petrobrás, Hugo Motta teve sua mãe, Ilanna Motta, presa em outra investigação, a Veiculação. Na mesma investigação, sua avó, Chica Motta, foi afastada do cargo de prefeita de Patos. O cunhado de Motta, José Willian Segundo Madruga, e o atual marido de sua mãe, Renê Caroca, também foram presos pela Polícia Federal. Nabor Wanderley, pai de Motta, é apontado como líder do grupo criminoso e seria destinatário de 10% do valor dos contratos, segundo proposta de delação premiada dos proprietários da Soconstrói.

Não vai demorar muito tempo para que o mesmo aconteça em Búzios, com gerações de nossos políticos envolvidas em falcatruas as mais diversas, tal a tolerância com os malfeitos cometidos por eles por parte do povo buziano. 

Torquato Jardim sugere ‘uma sanção social’.

A sanção legal claramente não tem sido suficiente. Por mais que se aparelhe a Polícia Federal, o Ministério Público e a Transparência/CGU não é suficiente para causar temor para o corrupto”, admitiu.

Nós temos que encontrar outro tipo de sanção, a sanção social, de alguma forma essa pessoa ser excluída do ambiente social. Uma coisa é o bullying da política em função da Operação Lava Jato. Isso passa. Outra coisa completamente diferente é a sanção social no ambiente do bairro, da cidade. Esses dois terços são municípios pobres, de Estados pobres, comunidades pequenas. Lá tem que começar uma reação social, tem de haver indignação.”

Fonte: "fausto-macedo"

Comentários no Facebook:

Laci Coutinho Bem dito! É só ver aqui, ao invés de cobrarmos prioridade dos gastos na saúde, aceitamos que não temos dinheiro pra manter um hospital! E tá todo mundo feliz com a solução!#pobrecidaderica de conivencia!


Fora Renan!!!

Charge do Paixão, via 'Gazeta do Povo'.


Em decisão de oito páginas, o juiz da 10ª Vara Federal de Brasília Vallisney de Souza Oliveira concordou com pedido da Polícia Federal e manifestação da Procuradoria da República pela prisão temporária de Pedro Ricardo Araújo Carvalho (o diretor da Polícia do Senado), e de três de seus subordinados, Antonio Tavares dos Santos Neto, Everton Elias Ferreira Taborda e Geraldo César de Deus Oliveira.
Eles montaram, segundo a PF, sofisticado esquema de contrainteligência em trama para supostamente blindar os senadores Fernando Collor (PTC/AL), Gleisi Hoffmann (PT/PR) e os ex-senadores Lobão Filho (PMDB/MA) e José Sarney (PMDB/AP).
Ao avaliar que ‘os fatos são gravíssimos’, o juiz Vallisney de Souza Oliveira assinalou. “Há, pois, a imprescindibilidade de uma atuação estatal mais repressiva, no intuito de viabilizar o sucesso da investigação policial, bem como melhor formar o acervo probante para a deflagração de uma eventual ação penal, estando presentes os requisitos do pericuium in mora e do pericuium libertatis necessários para o deferimento das medidas cautelares requeridas pela autoridade policial.”
Como ressaltado pela autoridade policial, não se podem esquecer as evidências de formação de associação criminosa”, observou o magistrado. “O objetivo precípuo para a concessão da medida extrema de encarceramento temporário é o resguardo da eficácia das investigações, livrando-as de perturbação e tumulto, precavendo-se de eventual desaparecimento de provas outras, havendo fundadas razões de que, soltos, os referidos investigados poderão nesse início de coleta de prova in loco criar embaraços, porquanto treinados para detectar, identificar, avaliar, analisar e neutralizar as ações adversas, nelas contemplando, por óbvio, aquelas que os alcançam de maneira direta.”

A Operação Métis revelou que a Polícia Legislativa é a polícia mais cara do país. Cooptada pelo poder político é usada como 'guarda pretoriana' dos senadores. Segundo o site antagonista "cada um dos 120 policiais do Senado ganha, em média, R$ 17 mil, além de gratificações, auxílios e comissões. É mais que o dobro de um policial federal.
Eis os salários de cada um dos presos na Operação Métis, com base levantamento do Contas Abertas:
- Pedro Ricardo Araújo Carvalho, diretor da Secretaria de Polícia Legislativa, descrito pela Polícia Federal como líder da “organização criminosa”: R$ 23,3 mil;
- Geraldo Cesar de Deus Oliveira, chefe do Serviço de Suporte Judiciário e Correcional: R$ 17 mil;
- Everton Taborda, chefe de serviço na Coordenação de Polícia de Investigação: R$ 15,5 mil;
- Antonio Tavares, da Coordenação de Polícia de Investigação: R$ 13,5 mil.
Dois dos policiais do Senado presos hoje -- Geraldo Cesar de Deus e Antonio Tavares dos Santos Neto -- foram aos Estados Unidos para um "treinamento contra medidas de vigilância externa". A viagem custou aos cofres públicos mais de R$ 48 mil em diárias entre 30 de outubro e 22 de novembro de 2015.
Além disso, os agentes legislativos não estão expostos a risco e tampouco precisam cuidar de portarias e corredores - trabalho feito pela segurança terceirizada. Possuem viaturas, portam armas letais e pistolas de choque, podem fazer revistas e deter quem ameaça a ordem. Dispõem também de equipamentos para detecção de grampos e autonomia para rastrear e-mails - um poder, obviamente, desmesurado".
Se os policiais do Senado obstruíam a Justiça, retirando escutas ambientais autorizadas, seus mandantes (senadores) também cometeram o mesmo crime. A senadora Gleisi Hoffmann, em nota, admitiu ter pedido aos capangas do Senado a varredura de seus telefones. É ré confessa. 
Gleisi Hoffmann apresentou o documento em que solicitou a varredura em sua residência de Curitiba - o documento foi endereçado a Renan Calheiros. Mesmo que o pedido tivesse sido feito à Polícia Legislativa ou à Secretaria Geral da Mesa, o presidente do Senado teria de dar o aval. Arapongas cumprem ordens. Renan tem de ser cassado ou renunciar.
Renan Calheiros autorizou a compra e o uso ilegal de maletas anti-grampo para rastrear equipamentos de interceptação da Polícia Federal autorizados judicialmente. É crime gravíssimo de obstrução da Justiça. Por isso deveria ser preso!
A Folha noticia que o Senado gastou pelo menos US$ 127,8 mil -- R$ 403 mil na cotação de hoje -- na compra das maletas usadas pela Polícia Legislativa para detectar escutas e grampos. A aquisição foi em janeiro de 2015, com dispensa de licitação.
A PF levou do Senado 12 maletas de grampos, conhecidas como Guardião, além de documentos e HDs. A compra de boa parte desses aparelhos coincide com o início da Lava Jato.
O site antagonista obteve depoimentos em que foram narradas algumas VARREDURAS REALIZADAS:
1) VARREDURA PARA GENRO DE LOBÃO
O policial legislativo Geraldo César, que já foi liberado pela Polícia Federal, admitiu que fazia frequentes varreduras contra grampos a pedido de parlamentares em gabinetes, residências oficiais e particulares das autoridades.
Disse ainda que, para "proteção pessoal" de Renan Calheiros, sempre faz "varreduras onde quer que ele vá ter reuniões". César revelou que uma das primeiras que fez, a pedido do chefe Pedro Ricardo, foi na casa de Marcos Regada, genro de Edison Lobão.
Regada lhe disse que a varredura era por causa da campanha eleitoral de Edison Lobão Filho. O agente contou ainda que ficou com medo de ser flagrado com a maleta antigrampo no aeroporto.
2) VARREDURA NA 'CASA DA DINDA' para COLLOR APÓS LAVA JATO
No mesmo depoimento, o policial legislativo Geraldo César admite que fez varredura na casa de Fernando Collor, "logo depois da operação da Polícia Federal" que aprendeu seus carros de luxo - usados, segundo a PGR, para lavar propina da BR Distribuidora.
César conta que o "pedido de varredura foi feito para o gabinete, a residência oficial e para a 'Casa da Dinda'. Um assessor de Collor disse que o senador "estava inseguro de retornar para casa pois seus ambientes tinham sido devassados pela Polícia Federal".
Após o episódio, o policial diz que passou a questionar as ordens de Pedro Ricardo, como a que determinou varredura na residência de José Sarney, já sem mandato.
3) VARREDURA NA RESIDÊNCIA GLEISI EM CURITIBA
Gleisi Hoffmann também utilizou os serviços de detecção de grampos da Polícia do Senado, em sua residência, porque "se sentia insegura de voltar para casa", pois "não estava lá no dia da busca e não sabia quem tinha entrado na casa", contou à PF o policial legislativo Geraldo César.
No depoimento ele alega que questionou a ordem, pois temia "dar aparência de que a Polícia do Senado estaria protegendo parlamentar" e que "desconfiava muito do real interesse nas ordens recebidas".
César disse ainda que entrou em contato com o procurador Eduardo Pelella, chefe de gabinete de Rodrigo Janot. Ele teria dito: "Que eu saiba a Polícia Federal não usa esse tipo de dispositivo. Podem ir que vocês não vão achar nada."
4) VARREDURA PARA LOBÃO PAI E LOBÃO FILHO
O primeiro fato investigado no inquérito da Operação Métis trata do uso dos policiais legislativos para a busca de escutas ambientais e interceptações telefônicas em endereços particulares de Lobão Filho e de seu pai Edison Lobão, logo que viraram alvo de operações da Polícia Federal.
5) VARREDURA ATÉ EM ESCRITÓRIO PARTICULAR DE SARNEY
O inquérito registra também pedido de José Sarney para que a Polícia do Senado fizesse varredura até em seu "escritório particular" no Setor Hoteleiro Norte.
"À época, José Sarney já não era mais ocupante do cargo efetivo de senador da República, tampouco desempenhava quaisquer atividades parlamentares."
A PF registra a devoção de Pedro Ricardo por Sarney e sua mulher, dona Marly. "Era apenas um técnico legislativo com formação em contabilidade. Até que, em 2005, foi promovido ao posto de diretor da Polícia do Senado".
Newton Souza Rodrigues, policial do Senado ouvido como testemunha no inquérito da Operação Métis, contou que o "entra e sai" com maletas de varreduras se intensifica sempre que há notícia de investigação da Polícia Federal contra senadores. "Ocorre até hoje", diz.

sexta-feira, 21 de outubro de 2016

A partir de amanhã (22) Hospital de Búzios não atenderá mais emergência

Hospital Municipal Rodolpho Perissé

A Assessoria de Comunicação (ASCOM) de Búzios publicou nota no site oficial da Prefeitura que "a partir das 8h do próximo sábado, dia 22/10/16, o atendimento de urgência do Hospital Municipal Doutor Rodolpho Perissé (HMRP) passará a ser realizado, no centro materno infantil, antigo PU de Manguinhos e no P.U. da Rasa, que terão atendimento 24h por dia para urgências e pronto-atendimento. Para ser atendido, é necessário estar cadastrado no Sistema de Saúde da cidade. 

No Hospital Municipal Rodolpho Perissé será atendido quem chegar de ambulância. Nos postos de urgência de Manguinhos e o P.U da Rasa, terão ambulâncias disponíveis em caso de necessidade de transferências para o Hospital. Além disso, todas as unidades de saúde da família também realizarão pronto-atendimento das 8h às 17h, de segunda à sexta-feira".
Em entrevista ao site cliquediário.com.br, o Prefeito de Búzios, André Granado, justifica a medida pelo fato do município ter passado a atender um percentual de pacientes muito além do planejado devido a procura de moradores de outros municípios. Segundo o prefeito "a administração municipal chegou a recorrer à justiça e a secretaria estadual de saúde para mudar o quadro, sem resultados positivos".
Diante desta situação, ainda segundo Dr. André, o município se viu obrigado a tomar estas medidas para mudar essa situação. “A nossa cidade não tem estrutura para suprir todas as demandas da região, por tanto nos sentimos obrigados a tomarmos estas medidas no intuito de preservar e garantir o atendimento de urgência aos nossos moradores". As mudanças foram tomada "para evitarmos a exaustão da nossa equipe; o que poderia gerar prejuízos irreparáveis".  
Meu comentário:

Não sei se a medida é possível. A princípio acredito que não. Um hospital aberto deixar de atender emergência. Acho a medida temerária. Não se tem como conter despesas dessa forma. Só atender quem chegar de ambulância! Com a palavra o Ministério Público.

quinta-feira, 20 de outubro de 2016

Cunha na prisão



Charge do Samuca, via 'Diário de Pernambuco'.