terça-feira, 8 de outubro de 2013

Comparando preços: higienização das unidades de saúde


PREÇO PAGO PELO GOVERNO TONINHO: R$ 1.300.392,96 POR ANO



Jornal Armação dos Búzios, 5/7/2005


A empresa S.C.M.M. ganhadora da licitação, logo em seguida, ganhou um aditivo de R$ 42.298,98, elevando o valor do contrato para R$ 108.366,08. Anualizado: R$ 1.300.392,96. Um aditivo bem superior a 25% do valor contratado originalmente. Pode isso?

PREÇO PAGO PELO GOVERNO MIRINHO: R$ 1.459.892,48 POR ANO



BO 379, de 23/01/2009

Reparem que a publicação não informa o nome da empresa ganhadora da dispensa nem o prazo de vigência do emergencial. Mais a frente (BO 382), ficamos sabendo que foi a Vigo Central de Serviços Ltda a empresa vencedora. O valor mensal de R$ 121.475,09 anualizado dá R$ 1.457.701,08. Em 7 de agosto, no BO 400, o governo anuncia que vai realizar concorrência pública em 16/09/2009 para contratar empresa para prestar serviço de "higienização das unidades de saúde". No BO 402 a concorrência é adiada sem qualquer justificativa, forçando a prorrogação do contrato com a Vigo por mais dois meses. Não se sabe porque o valor do contrato foi reajustado (BO 405) para R$ 128.616,84. Novo adiamento (BO 407) por apresentação de impugnação do Edital. Aí começam a acontecer coisas estranhas.

O contrato é prorrogado mais uma vez (BO 409) mas a empresa muda. Sem mais nem menos a Vigo é substituída pela Facility Central de Serviços Ltda. Nenhuma  informação é dada. O valor do contrato, também sem nenhuma explicação, volta ao valor da dispensa. Nova prorrogação (BO 411) onde, também sem a menor justificativa, o valor do contrato dobra para R$ 242.950,17.

Finalmente, no BO 431, de 9/04/2010, cinco meses depois da licitação (4 de novembro de 2009) e mais de um ano da contratação emergencial, somos informados que a Facility ganhou o contrato 05/2010 que originalmente tinha o número 09/2009. O processo também mudou de numeração, passando de 04/2009 para 6559/2009. Como se fora uma nova licitação o objeto também mudou. Agora, incluindo a limpeza e conservação do Hospital.


BO 431, 9/4/2010

PREÇO PAGO PELO GOVERNO ANDRÉ: R$ 2.280.000,00  POR ANO.

Sem incluir o Hospital. Este tem uma outra empresa cuidando de sua limpeza. Em tempo: para o pregão 30/2013 não foi encontrado Aviso de Licitação. Qual a razão para um sobrepreço de 56% em relação ao valor pago pelo governo Mirinho, mesmo tendo decorrido quatro anos entre as licitações?



BO 600, 12/09/2013

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segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Quanto o governo Mirinho gastou em material de papelaria?

Pesquisando todos os BOs (2009-2012) para minhas postagens "comparando preços" não consegui encontrar o extrato do contrato referente à "aquisição de material de expediente" (papelaria, escritório) que traz o contratante, a contratada, o objeto, a modalidade de licitação, o valor e o prazo. No caso, como não é um serviço mas um bem, não existe prazo. São mais de 18 publicações, entre "Avisos de Edital" e atas de registros de preços", referentes ao objeto em pauta. Mas, sem o extrato, não ficamos sabendo quanto foi gasto. E não são poucos os dispêndios. Só para as necessidades da Secretaria de Educação calculam-se gastos próximos de um milhão de reais. Vejam abaixo um relato do que encontrei. 

Jornal Primeira Hora, 7/05/2009 

Um primeiro "Aviso de Edital" foi publicado no jornal Primeira Hora porque o Boletim Oficial (BO) não estava circulando devido a uma briga interna no governo Mirinho quanto à forma de sua licitação. Reparem que a publicação do dia 4/05/2009 refere-se à Tomada de Preços (TP) nº 14/09 que seria realizada no dia 27 de maio de 2009. Nesse dia, pelo visto, nada foi realizado, porque o BO 393, de 26/06/2009, traz um outro "Aviso de Edital" para o mesmo objeto "aquisição de material de expediente". Vejam abaixo:


BO 393, 26/06/2009

Apesar de o objeto ser o mesmo, a TP 14/09 muda de número e desaparece, passando para TP 24/09. Novamente a licitação não ocorre no dia 5 de julho de 2009 marcado. Neste caso, recebemos uma justificativa para o adiamento da licitação: ela não ocorrera "em virtude da não divulgação em jornal de circulação no estado". Reparem que ocorre uma nova mudança na numeração da TP. Some a TP 24/09 e entra em cena a TP 30/09. Um novo órgão de divulgação também entra em cena: o jornal Folha dos Lagos. Antes, publicara-se editais da licitação no jornal Primeira Hora e no Boletim Oficial.


Folha dos Lagos 28/08/2009

A licitação que ocorreria no dia 15 de setembro é antecipada para o dia 1º (BO 400, de 14/08/2009).  Pelo menos agora a numeração da TP é mantida. Continuamos acompanhando a TP 30/09.

Mais uma vez a licitação TP 30/09 não ocorre e de novo muda de número para TP 41/09. No BO 417, ela é remarcada para o dia 28/12/2009.

Acabou o ano de 2009 e nada de licitação de material de expediente. Como a Prefeitura estava comprando este material? Vamos continuar a história. Novas surpresas nos aguardam.

Em 2010, o governo Mirinho desiste de vez de realizar a TP para aquisição de material de expediente. Para escapar da Tomada de Preços, fraciona o objeto material de expediente  em "material de expediente para uso das unidades de Saúde" e "material de expediente  para atender as necessidades da Prefeitura Municipal". Em vez da TP, opta pelo Pregão Presencial.

Para o primeiro caso, material para a Saúde, publica no BO 435 (14/05/2010) um aviso de licitação para Pregão Presencial (PP) nº 03/10 para o dia 1° de junho de 2010. Processo: 4899/2010. Mais uma vez a licitação não ocorre, agora "em virtude de alteração do edital" ( BO 437-A). Pregão é remarcado para o dia 17 de junho como PP 05/10, apesar do processo ser o mesmo- processo 4899/2010. Uma errata no BO seguinte corrige o erro. 

Para o segundo caso, material para a Prefeitura,  é montado o processo 8516/20. O PP recebe o número 34/10 e a licitação é marcada para o dia 8 de outubro (BO 453). 

Finalmente, no BO 464, somos informados que as empresas L.C. Barbosa e Cia Ltda-ME, Maza Comercial Ltda, Manu Form Papelaria e Informática Ltda, Diboá Comercial Ltda e MJR Porto Velho Comércio e Prestação de Serviço Ltda foram as ganhadoras do PP 34/2010. Como o extrato da ata de registro de preços não foi publicado, não ficamos sabendo quanto foi gasto e quanto cada uma das empresas ganharam desse montante.

Do PP 03/10 não tivemos mais notícias. Não ficamos sabendo nem mesmo se ele ocorreu. Fica a pergunta: como o governo Mirinho estava comprando material de expediente para a Secretaria de Educação?   


 

domingo, 6 de outubro de 2013

Comparando preços: capina e varrição

PREÇO PAGO PELO GOVERNO TONINHO: 


Não foi possível fazer a comparação com os mesmos gastos feitos pelos governos Mirinho e André, porque o contrato feito com a Locanty previa, além da capina e varrição, a coleta de lixo. Para dificultar mais ainda, uma outra empresa- a Arq Plan Ltda-, fazia capina e varrição na área Centro da cidade.

BO 380, 30/01/2009, Setor 01, 02,03,05

BO 382, 9/02/2009, setor 04

Somando-se todos os valores mensais pagos pelas empresas dos cinco setores em que foi fracionado o serviço, teremos o gasto de R$ 434.262,84 mensal.
PREÇO PAGO PELO GOVERNO MIRINHO: R$ 5.211.154,08  POR ANO.


BO 585, 6/06/2013, lotes 1, 2 e 3

O governo André, como o governo anterior, também fracionou o serviço em três lotes. A Ônix ficou com o lote 01, e a NP com os lotes 2 e 3. Somando-se os dois valores mensais e, multiplicando-se por 12, chegamos ao valor de R$ 6.400.648,56 por ano.


PREÇO PAGO PELO GOVERNO ANDRÉ: R$ 6.400.648,56  POR ANO.


Meu comentário: 

Terceirizar pra quê? Se fosse para poupar recursos para investir na melhora da qualidade de vida do povo de Búzios, tudo bem. Sabe-se que a maioria dos prefeitos é eleita com o financiamento de empresas de lixo. Não é o caso do nosso prefeito atual. Como azarão, quase ninguém apostava nele, nem os empresários do lixo. Livre de compromissos, pelo menos com este setor, repete a mania de terceirizar tudo. Virou uma praga.

Poderíamos muito bem assumir o serviço de capina e varrição, gerando emprego e renda para trabalhadores cooperativados dos vários bairros da cidade. Caminhões, equipamentos, e o que fosse necessário seriam comprados pela Prefeitura. Com certeza, não gastaríamos nem a metade dessa fortuna jogada no lixo. Então por que terceirizar? Talvez nosso Prefeito já esteja pensando na reeleição!

  

sábado, 5 de outubro de 2013

Comparando preços: confecção de títulos, medalhas, moções e plaquetas


PRESIDENTE DA CÂMARA DE VEREADORES - MESSIAS
Ano 2010 - R$ 15.215,00



BO 459, 5/11/2010


PRESIDENTE DA CÂMARA DE VEREADORES - JOÃOZINHO CARRILHO
ANO 2011 - R$ 23.680,00



BO 508, 4/11/11


PRESIDENTE DA CÂMARA DE VEREADORES - JOÃOZINHO CARRILHO
ANO 2012 - R$ 54.990,00



BO 551, 28/09/2012

Meu comentário:

Não aumentou o número de vereadores! Não aumentou o número de honrarias! Como explicar a variação de um ano pra outro em 132%? Como sempre, o blog está aberto para publicar as explicações que os citados acharem necessárias.


Comparando preços: material de papelaria para a secretaria de educação

BO nº 24, 12/08/2005

Toninho pagou R$ 263.500,00 pelo "fornecimento de material de escritório e papelaria para a Secretaria de Educação". 
PREÇO PAGO PELO GOVERNO TONINHO: R$ 527.000,00 POR ANO.

Não consegui encontrar, durante o governo Mirinho, nos BOs (2009-2012), nenhum extrato de contrato referente ao pregão presencial para este objeto. Muito estranho. Eu encontrei vários avisos de licitação mas elas sempre eram adiadas e nunca aconteciam. Pelo menos, com certeza, por três vezes.


BO 595 
  
O preço pago pelo governo André por seis meses: R$ 465.676,89. 
PREÇO PAGO PELO GOVERNO ANDRÉ: R$ 931.353,78 POR ANO.


O fato do governo Toninho ter gasto mais de meio milhão de reais nesta rubrica, para mim, já é muito estranho. Quase dobrar este valor, chegando próximo de um milhão de reais é muito mais. Partindo-se da premissa de que o valor gasto pelo governo Toninho corresponda à realidade dos preços, é muito difícil aceitar que em 8 anos esse valor tenha crescido 76%, ainda mais porque suspeita-se que esta contratação tenha sido realizada sem a publicação do AVISO de LICITAÇÃO. Sabemos que o número de alunos cresceu e que os preços também cresceram, mas não a uma taxa anual de mais de 9%. Se tivéssemos os dados do governo Mirinho poderíamos fazer uma comparação melhor.

Comentários no Facebook:


  • Ulisses Martins Nossa cada lugar que se olha o charco de lama é maior... Meu Deus onde vamos parar, esse cara vai acabar sem dinheiro pra pagar básico, estão embolsando tudo! Já falta remédios, profissionais, merenda nas escolas... que mais tem pra acontecer e para o povo ir pra rua? No 2º ano de governo vai começar a vender as esculturas da Cristina Motta pra fazer dinheiro... SOCORRO!!!


  • TIPO DE CONTRATAÇÃO  BO VALOR
    Higienização hospitalar             379 121.475,09
    Limpeza e retirada de lixo por equipamento pesado 379 128.025,80
    Retirada de lixo em locais de difícil acesso 379 39.952,80
    Empresa especializada na deposição de resíduos sólidos 379 4
    2.930,00
    Varrição, capina.roça. Manual e mecânica (setor 1) 380 102.352,01
    Varrição, capina.roça, manual e mecânica (setor 2) 380 130.251,70
    Varrição, capina, roça, manual e mecânica (setor 3) 380 70.751,10
    Varrição, capina, roça, manual e mecânica (setor 5) 380 78.515,78
    Limpeza e retirada de lixo por equipamento pesado 380 768.154,80
    Lagoconst. Construções ltda. * 380 239.716,80
    Coleta de resíduos sólidos domiciliares e dos serviços de saúde 380 237.732,00
    Coleta de resíduos sólidos domiciliares e dos serviços de saúde 380 1.426.392,00
    Varrição área 2- V.Cranga ao Pórtico 381 390.755,10
    Varrição área5- Ponte da Marina/Arpoador da Rasa/Vila Verde 381 235.547,34
    Varrição área 3- Pórtico a Baía formosa 381 212.353,30
    Varrição área 1-V.Caranga/J.Fernandes/Ferradura 381 307.056,03
    Varrição manual/ capina setor 4 382 52.392,25
    Limpeza e retirada de lixo 382 515.160,00
    Limpeza do hospital e unidades de saúde 382 728.850,54
    Serv. Limpeza doméstica e manutenção sec.públicas 384 113.773,26
    Varrição/capina/roça 384 14.233,48
    Serviços de limpeza de fossas nas unidades escolares 390 43.862,50
    Serv. De limpeza de unidades escolares ( prorrogação) 397 439.181,55
    Varrição capina área 1 398 307.065,03
    Varrição área 2 398 390.755,10
    Varrição área 3 398 212.253,30
    TIPO DE CONTRATAÇÃO BO VALOR
    Varrição área 5 398 235.547,34
    Manutenção diária do banheiro público JPH - 09/04/09 120.200,00
    Serv. limpeza das unidades escolares JPH - 09/04/09 439.181,55
    Coleta de resíduos sólidos domiciliares e dos serviços de saúde 400 4.703.138,60
    Varrição, capina, roçada e remoção de foco na área 1 402 603.589,20
    Varrição, capina, roçada e remoção de foco na área 2 402 629.869,20
    Varrição, capina. Roçada e remoção de foco na área 3 402 425.179,60
    Varrição, capina. Roçada e remoção de foco na área 4 402 257.426,40
    Varrição, capina. Roçada e remoção de foco na área 5 402 432.162,54
    Serviços de limpeza conservação das unidades escolares 405 290.855,70
    Higienização das unidades de saúde e do hospital municipal 405 128.616,84
    Serviço de limpeza do hospital municipal 407 121.475,09
    Servço de limpeza do hospital municipal 411 242.950,17
    Serviço de Limpeza e Conservação de unidades Escolares. 418 193.903,80
    Serviços de varrição, catação e remoção do lixo das praias. 427 557.061,60
    Contratação de empresa para serviço de limpeza das unidades escolares 429 1.189.390,44
    Contratação de empresa para serviço de desobstrução das vias públicas. 430 143.397,00
    Serviços de Limpeza e conservação do Hospital e nas Unidades de
    Saúde.
    431 1.459.492,48
    Serviço de limpeza de fossas das unidades escolares. 439 48.125,00
    Serviços de Coleta de resíduos sólidos (lixo) Domiciliar, Comercial. 443 4.703.138,60
    Serv. de Locação de Caçambas p/ remoção sólidos das ruas e avenidas. 448 256.437,60
    Serv. de Varrição, Catação e Remoção diária do lixo das praias. 449 111.412,32
    Serv. de varrição manual, capina/roçada, manual e mecânica. Remoção
    de resíduos sólidos das ruas e avenidas. Setorização.
    451 2.338.226,94
    TOTAL GERAL
    26.836.869,67
  • Monica Werkhauser ESTE FOI O TOTAL DO GOVERNO mIRINHO EM UM ANO, VEJA MATERIA NO bOLETIM 3 DA aTIVA
  • Zilma Cabral Eu estou com o cabelo em pé com tantos cifrões$$$ aff ' Professor Luiz a caba lida que dou em seu blog eu fico mais descrente que a justiça é cega, muda e surda e que o crime compensa para eles rsrs. $$$
  • Luiz Carlos Gomes Não fica assim não Zilma. Logo agora que as coisas estão começando a mudar. Devagarinho, mas estão. O ritmo quem dita é o povo, não somos nós não. Paciência. E nunca deixar de esclarecer as pessoas que estão desinformadas. O primeiro mundo não era como é hoje há 500 anos atrás. Beijos.
   

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Comparando preços: coleta de lixo

O serviço de coleta de lixo- por ser o must das administrações municipais tupiniquins- é o mais difícil para se estabelecer comparações entre governos. Eles adoram esconder valores e prazos. Até mesmo o objeto do contrato assinado varia de um governo para outro. No governo Toninho,  pagava-se à Locanty pela coleta do lixo e também pela varrição e capina. Já no governo Mirinho, o pagamento era feito à empresa Sellix apenas para "serviços de coleta de resíduos sólidos". Empresas diferentes prestavam serviços de capina e varrição. Chegamos a ter cinco empresas responsáveis pelo serviço nas cinco áreas fracionadas da cidade pelo governo Mirinho.


Jornal Armação dos Búzios, 12/02/2005

Como eu disse acima, este é um caso em que o prazo de vigência do contrato não consta do extrato publicado. Considerando que seja de 12 meses, teremos R$ 281.872,86 por mês. Como o processo 0003/05A também diz respeito a "limpeza urbana", vamos considerá-lo para efeito de cálculo. Este contrato foi firmado com a Arq Plan Construtora Ltda pelo prazo de 6 meses com o valor total de R$ 780.000,00. O que resulta em 130.000,00 mensais.  

Teremos então no governo Toninho um gasto mensal de R$ 411.872,86. Anualizado: R$ 4.942.474,32.
PREÇO PAGO PELO GOVERNO TONINHO: R$ 4.942.474,32 POR ANO.


BO 380, 30/01/2009

No governo Mirinho temos três contratos. Contrato 01/09: R$ 237.732,00 mensais

BO 380, 30/01/2009
Contrato 02/09:  R$ 128.025,80 por mês.

BO 380, 30/01/2009
Contrato 03/09: R$ 39.952,80 mensais.


Total do governo Mirinho (três contratos) : R$  405.710,60. Anualizado: R$ 4.868.527,20.
PREÇO PAGO PELO GOVERNO MIRINHO: R$ 4.868.527,20  POR ANO.


BO 591,18/07/2013

Reparem que o extrato do contrato firmado com a Sellix pelo novo governo André não especifica o total gasto com a prestação do serviço de coleta. Informa-nos apenas o valor por tonelada dos resíduos sólidos domiciliares e da saúde. Mas uma pequena pesquisa no site da transparência pode revelar o segredo. Claro, se não tiver havido erratas e aditivos.  Veja abaixo: 

"29/05/2013 000/04062/09 000336 SELLIX AMBIENTAL LTDA. - 3686 127.261,78 VALOR  REFERENTE A PRORROGACAO  DO CONTRATO No. 47/09 DOS SERVICOS DE COLETA DE RESIDUOS SOLIDOS DOMICILIAR, COMER-CIAL E DE SAUDE PARA O EXERCICIO DE 2013.

07/02/2013 000/04062/09 000081 SELLIX AMBIENTAL LTDA. - 3686 1.892.000,00 VALOR REFERENTE A PRORROGACAO DO CONTRATO No.47/09 DOS SERVICOS DE COLETA  DE RESIDUOS SOLIDOS DOMICILIAR, COMERCIAL E DE SAUDEPARA O EXERCICIO DE 2013". 

Foram feitos dois pagamentos. Em 7/2/2013 pagou-se R$ 1.892.000,00 e em 29/05/2013, acredita-se que se tenha pago o que restava do contrato, R$ 127.261,78. Tudo indica que em cinco meses, de janeiro a maio, gastou-se R$ 2.019.261,78. Anualizado: R$ 4.846.228,27
PREÇO PAGO PELO GOVERNO ANDRÉ: R$ 4.846.228,27 POR ANO.

Esses valores referem-se apenas a coleta de lixo. O gasto com limpeza urbana ainda abrange a varrição e capina, limpeza de escolas, de praias, de prédios públicos e  do hospital, e destinação final do lixo, onde também são gastas quantias astronômicas. Acredito que estejamos gastando 14 milhões de reais com limpeza pública. Não se justifica terceirizar serviço para se pagar mais do que se a própria Prefeitura fizesse o serviço. Por sinal, limpeza pública é uma de suas atividades fins. Quase com certeza, se a própria Prefeitura cuidasse do lixo, esse gasto poderia ser reduzido à metade. 


Comparando preços: combustível 2

Antes de contratar a empresa Sol Búzios Comércio e Distribuidora Ltda para "fornecimento de combustível para abastecer a frota de veículos do município" em agosto, o governo André a contratara pelo prazo de três meses em janeiro. Chama a atenção o valor pago, muito próximo do que pagava o governo anterior, de Mirinho. Nesta contratação, foi estipulado o preço de R$ 268.576,17 por três meses, o que dá R$ 89.525,39 por mês. Enquanto Toninho pagava R$ 76.262,66 em 2005 e Mirinho, R$ 82.680,00 em 2009, André, R$ 89.523,39 em janeiro de 2013. Como justificar passar a pagar, 7 meses depois, R$ 122.717,01?


BO 567, 31/01/2013


A diferença fica muito mais nítida se anualizarmos os valores. Toninho pagava R$ 915.151,92 por ano, Mirinho R$ 992.160,00 e André R$ 1.472.604,12. Ou seja, estamos pagando R$ 480.444,12 a mais pelo combustível que nossos carros oficiais consomem! 

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Comparando preços: combustível

A partir deste post publicaremos uma série a respeito dos preços pagos pela compra de produtos e  contratação de serviços e obras por parte de nossos governos municipais. Com a publicação, poderemos comparar os preços pagos pelo governo Toninho (2005-2008), governo Mirinho (2009-2012) e governo André (2013-2016). Como atualmente já temos muitos sites de prefeituras de municípios do Estado do Rio de Janeiro com Portal da Transparência e Boletim Oficial online, sempre que possível vamos também comparar esses preços como os preços pagos por essas prefeituras, claro que levando-se em conta o tamanho do município e o número de habitantes.


PREÇO PAGO PELO GOVERNO TONINHO: R$ 76.262,66 POR MÊS


Boletim Oficial nº 24, de 12/08/2005


PREÇO PAGO PELO GOVERNO MIRINHO: R$ 82.680,00 POR MÊS



BO 380, de 30/01/2009


PREÇO PAGO PELO GOVERNO ANDRÉ: R$ 122.717,01 POR MÊS 


BO 595, de 15/08/2013

Meu comentário:

Estamos pagando combustível com acréscimo de 48% em relação ao que pagávamos no governo Mirinho. Houve aumento da frota de veículos? A gasolina sofreu aumento nesse percentual em 4 anos?


terça-feira, 1 de outubro de 2013

Incompetência administrativa

Na audiência pública realizada ontem na Câmara de Vereadores o governo municipal apresentou o Relatório Resumido da Execução Orçamentária (RREO) relativo ao 4º bimestre de 2013. Como já era de se esperar, o quadro econômico-financeiro apresentado no relatório não é nada bom. Houve queda geral das receitas, mas chama atenção a queda na arrecadação de IPTU e ISS, dois dos principais impostos constituintes de nossas receitas próprias. Dos R$ 23.299.399,63 previstos de arrecadação de IPTU, foram arrecadados apenas R$ 20.059.729,74. O tombo na arrecadação de ISS foi muito maior. Só foram arrecadados R$ 371.574,81 dos R$ 1.123.180,12 previstos. 

Todos os municípios da Região dos Lagos procuram alternativas ao modelo econômico baseado no tripé royalties-construção civil- turismo predatório. Rio das Ostras criou a Zona Especial de Negócios (ZEN); São Pedro da Aldeia, o Polo de Distribuição; Cabo Frio, a Moda Praia; e Saquarema, o Distrito Industrial. Búzios continua insistindo no turismo como única atividade econômica do município, como se fosse possível que a "indústria" do turismo ainda pudesse gerar trabalho e renda para todos os trabalhadores em uma Cidade com 30 mil habitantes. Essa busca pela ampliação da arrecadação de recursos próprios se faz necessária para sairmos da dependência dos royalties do petróleo, recurso do qual não disporemos por muito tempo por ser finito. 

Búzios, além de não criar uma alternativa, ainda diminui a sua arrecadação de recursos próprios. É muita incompetência administrativa!

Essa é uma ponta. A da receita. Na outra ponta, a da despesa, também há muita incompetência. Incompetência não, melhor dizendo, irresponsabilidade. O governo da mudança não mudou nada e continua irresponsavelmente pondo em prática a velha política do empreguismo. Já gastamos até agosto R$ 104.619.211,50 (56,08%) com a folha de pagamento, quando a Lei de Responsabilidade Fiscal só permite 54%. A Lei fala em limite de alerta em R$ 89.214.987,50. Alerta para o qual o governo não deu a mínima. Reage Búzios não reagiu.

Conclusão: o governo "Reage Búzios" André arrecada mal e gasta mal. Corremos o risco de até o final do ano não termos dinheiro disponível para fazer frente a despesas essenciais, tal como o 13º do funcionalismo. Como o cobertor ficou mais curto, pode ser que o governo tenha que, para cobrir o rombo com a folha,  remanejar vebas da saúde e/ou da educação, precarizando ainda mais o serviço público nessas áreas essenciais. Não é a toa que estão faltando medicamentos básicos, uniformes escolares , etc...

É triste, muito triste, constatar mais uma vez que teremos muito pouco recurso para "investimento" na Cidade. Historicamente, nossos incompetentes desgovernos anteriores, adeptos dessa mesma política atual, dispunham de míseros 7% da receita total municipal para "investimentos". Agora, o governo André conseguiu a proeza de reduzir pela metade o que já era miserável. Em um orçamento de 200 milhões, esses 3% representam apenas 6 milhões de reais. Menos do que isso, porque temos que considerar também como "despesa de capital' possíveis amortizações de dívidas. É a falência municipal.

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