sábado, 14 de agosto de 2021

Blogueiro bolsonarista que pedia o fechamento do STF recorre ao Tribunal para impedir quebra de sigilo imposta pela CPI da Covid

Allan dos Santos. Foto de  Jorge William,  05/11/2019

O blogueiro Allan dos Santos, dono do canal no YouTube de nome Terça Livre, recorreu ontem ao STF contra a ordem da CPI da Covid-19 para a quebra dos seus sigilos telefônico, telemático e bancário. O pedido de quebra foi aprovado em 30 de junho.

Os senadores da CPI suspeitam que Santos recebeu recursos públicos para apoiar o presidente Jair Bolsonaro divulgando notícias falsas a respeito do isolamento social e da vacina no combate à Covid-19.

O blogueiro pede liminar para suspeitar as ordens para quebra dos sigilos. Caso as informações já tenham sido repassada à Comissão, Santos pede que os dados sejam mantidos em segredo.

Allan dos Santos é conhecido por ser um dos investigados no Inquérito das Fake News, que tem como relator o ministro Alexandre de Moraes.

Fonte: "BLOG DO ANCELMO GÓES" 

sexta-feira, 13 de agosto de 2021

Por que o Supremo acerta ao prender Roberto Jefferson?

Roberto Jefferson Foto: site JotaInfo

1. O recorrente tema de que o STF está usurpando poderes

A cada vez que o Supremo Tribunal Federal responde ao Contempt of Court (ataques-desprezos à corte), surge ou se reacende a polêmica acerca da legalidade-constitucionalidade dos atos do Tribunal.

Agora, com a prisão de Roberto Jefferson, tenho feito debates nas mídias e contestado, como sempre, de forma lhana, as posições em contrário de setores que acenam com o garantismo para sustentar suas críticas à Suprema Corte.

Tenho argumentado que garantismo não é textualismo. Aliás, textualismo é positivismo "paleolítico" (a expressão é de Ferrajoli). Logo, é para além do textualismo que vamos.

O que é cumprir a CF ou a lei? Se uma lei diz que é proibido levar cães na plataforma do trem, um textualista dirá que é facultado levar ursos e jacarés. E proibir o cão-guia do cego. Esse é um problema de um certo tipo de positivismo, eivado de criterialismos, como diria Dworkin. Aliás, a dogmática sustentadora desse olhar é criterialista, porque ignora o direito e constrói discursos convencionalistas. Respondendo ao caso dos cães: a interpretação correta é: onde está escrito cães, leia-se animais perigosos. O textualismo pode ser terrível, pois não?

A discussão do papel do STF é uma questão que envolve o conceito de Estado Democrático de Direito. Que sustenta a Constituição. Que depende do Tribunal Constitucional.

Considero, ademais, incorreto dizer que a atitude do STF é "atípica". Atípicos são os ataques do Presidente ao STF e ao TSE. Atípico é Jefferson.

Repito. O princípio do Estado Democrático de Direito é o que assegura a Constituição.  Não existe Constituição sem o que vem antes: a democracia. E quem assegura a Constituição é o Supremo Tribunal Federal.

A solução encontrada pelo STF é legítima. Ele pode, sim, usar o Regimento Interno. Na verdade, tudo começou com a defesa do STF contra os ataques feitos à Corte; e agora a defesa é do próprio regime democrático.  

O 'legalismo' por si mesmo e em abstrato funciona como bandeira. Bonito. Mas, porque em abstrato, se levado às últimas consequências em circunstâncias concretas, pode acabar por se voltar contra os princípios que o justificam em primeiro lugar. Princípios sem os quais a própria ideia de legalidade não faz sentido.

2. Não é curioso que golpistas reivindiquem a legalidade?

Sim, reivindicam quando interessa. Pois é. O Direito deve dar conta de se proteger daqueles que fragilizam suas condições de possibilidade — não pode ser arma na mão de quem faz arma com a mão para criar, com o perdão da expressão, uma patifaria institucional.

Instituições são como limpadores de para-brisa. Funcionam bem se forem colocados do lado de fora do carro e em dia de chuva. Bom, chuva já temos todos os dias. As decisões do STF são passos importantes para colocar o limpador para funcionar.

3. O "perigo do precedente"? Como assim?

Diz-se também que a prisão de Jefferson poderá no futuro ser usada contra democratas e quejandos. E que isso geraria precedentes. Ora, vamos lá. Precedentes (jurisprudência) bem lidos devem sempre levar em conta o distinguishing, isto é, o ponto que diferencia uma coisa de outra coisa. A menos que os juristas brasileiros não tenham aprendido o conceito de precedente.

O precedente desse caso do Inquérito das Fake News serve para casos de Contempt of Court e o que a isso está vinculado. Como não há ninguém acima do STF, ficaria a pergunta: quem defende o STF quando atacado?

Curiosamente, essa é a pergunta que segue sem resposta por parte de determinados setores da crítica jurídica que correm o risco de defender uma espécie de direito fundamental de liquidar com a própria democracia. (Spoiler: não, não há um direito fundamental a pregar golpes e extinção da Suprema Corte, sobretudo quando se trata de patifaria com aquilo que garante... direitos fundamentais). Não, Jefferson nem ninguém têm o direito fundamental de pregar a extinção dos próprios direitos fundamentais. A democracia proíbe discursos suicidas.

Daí que só uma leitura enviesada — e bem enviesada — desse precedente (prisão de Jefferson ou do deputado ou o Inquérito das fake news) é que poderá, no futuro, causar problemas. Porque o precedente serve quando as circunstâncias fáticas são as mesmas. Se não for esse o caso, será um aproveitamento oportunista do que se diz ser um precedente. E aí a culpa é do Supremo, que precisa se defender no entremeio de um tiroteio antidemocrático?

4. E desde quando aqueles que querem acabar com a democracia precisam de "precedentes"?

E há ainda um outro aspecto aqui que deve ser encarado de frente: desde quando aqueles que estão dispostos a avacalhar com a democracia precisam de precedente(s) para alguma ou qualquer coisa? "Ah, cuidado, isso gera um precedente". É mesmo? Quem tem má-fé não precisa de "precedente". Simples assim.

Imagine um governo despótico que quer instrumentalizar o Judiciário para um fim iníquo. Seria um tanto cínico culpar o "precedente" do ministro Alexandre, como se isso fosse causador de eventuais maus-usos do Supremo em sua função de Suprema Corte.

De todo modo, o Parlamento poderia também dar uma resposta aos ataques do Presidente à democracia e ao processo eleitoral. Mas não o faz. O STF age como razão última.

5. A comunidade jurídica e o quadro de Van Gogh

Sendo mais claro: o jurista não pode se comportar como o sujeito que, diante da irrupção do Vesúvio, fica arrumando um quadro valioso na parede. Insisto na pergunta, que direciono aos críticos da decisão do Supremo Tribunal (esta da prisão de Jefferson, a do dep. Daniel, por exemplo): o que esperamos que aconteça quando ninguém faz nada? No "diálogo institucional" que alguns parecem esperar, só há o silêncio.

Outra crítica se relaciona à lava jato e que o STF estaria agindo de forma arbitrária como a citada operação. O STF estaria agindo "tipo Moro". E que eu, na defesa da atuação do STF, estaria incorrendo em contradição.

Essa pergunta já foi indiretamente respondida nas linhas acima. O que está em jogo, aqui, e não há exagero nisso, é a democracia e o Estado de Direito. É a Constituição, o Supremo, o sistema eleitoral e a própria república sob ataque. Ou não é isto que estamos vendo todos os dias?

Não há nisso um paralelo equivalente com um juiz incompetente e parcial grampeando advogados, palpitando em operações policiais, indicando testemunhas à acusação, despachando o que não se havia pedido que se despachasse.

De um lado, você tinha a tese de que "os fins justificam os meios". O que está em jogo agora é a garantia de que haja meios. Esse é o ponto. De mais a mais, o Inquérito nada mais é do que uma decorrência natural da supervisão judicial nos processos de competência originária do Supremo, ainda mais quando as vítimas são todos os seus ministros.

Em uma democracia, aquilo que se pode achar juridicamente errado tem de ser resolvido no âmbito da juridicidade. O Direito resolve o que é do Direito. Se há dispositivos do Regimento Interno e do CPP incompatíveis com a Constituição, devem ser assim declarados no âmbito próprio. Lembremos: vigência e validade. Aula 1 de introdução ao Direito. Aula 2, porém: isso tem de ser declarado pelo órgão competente. De ofício ou por provocação. No caso, há dispositivos vigentes (ainda) válidos que sustentam os atos do STF, utilizados em nítido estado de contempt of court. Positivistas brasileiros até a página 2, convenientemente, por vezes se esquecem disso.

6. As lições da história

Numa palavra final e sempre com o respeito e delicadeza com que escrevo sobre esses temas, sempre é bom lembrar das lições da história. Dois livros podem ajudar: Os juristas do Horror, de Ingo Müller, em que mostra, por exemplo, como a leniência do judiciário para com Hitler no julgamento do golpe de 1923 (Putsch da Cervejaria) acabou gerando frutos amargos, amarguíssimos, trágicos. Weimar precisa se proteger.

O segundo livro é de Bernd Rüthers, que mostra que, tivesse a doutrina realizado os devidos constrangimentos (limitações), talvez o autoritarismo dos anos 30 na Alemanha não tivesse tido o sucesso que teve, cujo efeitos todos conhecemos. Por isso o seu livro, em tradução livre, tem o nome de Uma Interpretação Não Limitada (ou, como prefiro, Não Constrangida).

Eis a questão. Se acharmos que ameaçar, ofender, incitar etc. etc. (há um código penal quase por inteiro, um verdadeiro cardápio de ilícitos) as instituições como STF e TSE, além da honra de seus ministros, é coisa "da democracia", então talvez tenhamos que reler alguns capítulos da história.

Por vezes o garantismo (ou algo que se faça em seu nome) vira um fetiche e trata as instituições como guardas-noturnos. Com isso, fragiliza os próprios fundamentos de um Rule of Law no sentido estrito do tema.

Por isso, a pergunta final: Quem garante as garantias quando as instituições que as garantem não são garantidas?

Lenio Luiz Streck

Lenio Luiz Streck é jurista, professor de Direito Constitucional e pós-doutor em Direito. Sócio do escritório Streck e Trindade Advogados Associados: www.streckadvogados.com.br.

Fonte: "CONJUR" 

quarta-feira, 11 de agosto de 2021

Desgoverno é isso aí 3 - Construção na areia da praia

Praia de Baía Formosa (ou Rasa). Foto 1 tirada em 10/04/2021

 

Praia de Baía Formosa (ou Rasa). Foto 2 tirada em 10/04/2021

Praia de Baía Formosa (ou Rasa). Foto 3 tirada em 19/07/2021

Praia de Baía Formosa (ou Rasa). Foto 4 tirada em 12/07/2021

Observação: a construção está localizada próxima ao Condomínio Camurupim. 

segunda-feira, 9 de agosto de 2021

Desgoverno é isso aí 2 - Vala negra em praia

 

Vala negra no Porto da Barra, Praia de Manguinhos. Foto 1 de 08/07/2021

Vala negra no Porto da Barra, Praia de Manguinhos. Foto 2 de 08/07/2021

Vala negra no Porto da Barra, Praia de Manguinhos. Foto 3 de 08/07/2021

Vala negra no Porto da Barra, point de Búzios mais frequentado depois da Rua das Pedras, sempre encontrada após dias de chuva, resultado da sistema de coleta de tempo seco, adotado pelo primeiro prefeito de Búzios Mirinho Braga, e mantido até os dias de hoje pelos ex-prefeitos Toninho e Dedézinho.  

O crime ambiental é testemunhado por milhares de turistas atraídos pelo mais bonito por do sol de Búzios.  

O prefeito atual, Xandinho, parece que vai na mesma toda, apesar de ter  prometido "solucionar com urgência o problema de esgoto nas Praias e Marina" e  "rever o contrato com a Concessionária Prolagos, buscando solução para o saneamento de toda a cidade". As promessas constam de seu programa de governo. 


Desgoverno é isso aí 1 - Fiação aérea

 

Fiação em poste em frente ao bar do Wando no Cruzeiro, Rasa, foto 1 

Fiação em poste em frente ao bar do Wando no Cruzeiro, Rasa, foto 2

E isso é visualizado na entrada da cidade que é o 5º destino internacional do Brasil. 

terça-feira, 3 de agosto de 2021

Assembleia Online dos trabalhadores da educação municipal de Búzios

 

SEPE LAGOS


ASSEMBLEIA ONLINE DE ARMAÇÃO DOS BÚZIOS — Na quarta-feira, 4 de agosto, às 18h30, teremos uma nova Assembleia Online dos trabalhadores da educação municipal de Búzios para debater as condições de trabalho da categoria na atual situação pandêmica, dentre outros assuntos de interesse da categoria.

INSCREVA-SE — Para participar da Assembleia, preencha todos os campos deste formulário até as 18h30 desta quarta (4/8): https://forms.gle/Lkm9qjAxDE7i345v6. Após a análise dos dados de inscrição, você receberá o link de acesso à reunião no seu email.

APLICATIVO — Para viabilizar a reunião, utilizaremos o ZOOM Cloud Meetings, aplicativo disponível para Windows e também para smartphones com sistema operacional Android ou IOS. Para instalar o aplicativo no dispositivo de sua preferência, acesse: https://zoom.us/Download.

Cinco razões pelas quais não há segurança para aulas presenciais na rede pública

Augusto Rosa

 Desde o ano passado, o Sepe Lagos (Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação do Rio de Janeiro, Núcleo Lagos) tem tentado negociar condições mínimas para um retorno às aulas em segurança.

Os educadores são vítimas de uma guerra de narrativa: governos e partidos patronais buscam jogar a população contra os trabalhadores das escolas, os responsabilizando pelo retumbante fracasso da administração pública em responder à crise sanitária. Fazem isso para esconder que colocam os interesses econômicos de grandes empresários à frente da preservação das vidas da maioria da população.

Para que você entenda a realidade dos fatos, reunimos neste artigo 5 razões pelas quais defendemos que não há segurança para aulas presenciais na rede pública.

1 – A pandemia continua descontrolada

Temos menos de 19% dos brasileiros totalmente imunizados; Houve leve queda nos óbitos, mas a transmissão do vírus continua altíssima. Na última quarta-feira (28), superou-se 550 mil óbitos por COVID-19 e se mantém uma média de mais de mil mortes diárias.

A não implementação de medidas eficientes para conter os contágios, como os “lockdowns”, a vacinação e a testagem em massa, fez do Brasil uma usina para o surgimento e difusão de variantes do vírus.

Tudo isso piora com a chegada da mais preocupante das cepas do vírus, denominada “Delta”, que já ceifa vidas em mais de 111 países, incluído o Brasil, e é 50% mais contagiosa.

2 – Profissionais da educação não estão imunizados

Os trabalhadores da educação, até o momento, só receberam a primeira dose da vacina. Os imunizantes só são eficazes após a aplicação das duas doses. E é preciso aguardar um prazo mínimo de 14 dias para que o organismo vacinado produza anticorpos para combater o vírus.

A maioria da comunidade escolar, incluindo alunos e familiares, não foi vacinada. Isso significa que as salas de aula se tornarão incubadoras de contágios.

3 – Não houve adaptações das escolas

Mesmo após 1 ano e meio em pandemia, os governos municipais e estadual não investiram em obras de adaptação das escolas. Sequer foram levantadas quais intervenções serão necessárias nas unidades de ensino. A maioria delas não têm condições adequadas de ventilação e em muitas falta estrutura até para lavar as mãos.

4 – Não há protocolos rígidos e alinhados à ciência

Apesar de os governos alegarem que estão “cumpridos os protocolos” para o retorno, a realidade é que estes sequer existem! Até hoje o Governo Estadual e as prefeituras de Búzios, Arraial do Cabo e Cabo Frio utilizam recomendações genéricas que, em maioria, só faziam sentido no início da pandemia, quando se acreditava que a principal forma de contágio era o contato com superfícies infectadas e ainda não existiam variantes mais contagiosas do vírus.

Hoje, sabe-se que a doença se propaga, principalmente, pelo ar, em partículas microscópicas que soltamos enquanto respiramos ou conversamos, chamadas aerossóis. Por isso, são necessárias medidas de proteção respiratória, como máscaras PFF2 e a correta ventilação dos ambientes.

5 – Governos não fornecem os EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) apropriados

Apesar de o Sepe Lagos reivindicar isso há cerca de 1 ano, os governos se recusam a fornecer os EPIs apropriados aos trabalhadores. Os profissionais são forçados a trabalhar presencialmente com máscaras artesanais, fora dos parâmetros recomendados pelos cientistas. Não houve praticamente nenhum treinamento para a prevenção de contágios e utilização dos EPIs.

Por tudo isso, o Sepe Lagos afirma que não há condições de segurança para que o retorno às aulas presenciais ocorra sem aumento dos contágios e mortes pela COVID-19. Alertamos às mães, pais e responsáveis por alunos que esta medida colocará suas vidas e de suas crianças e adolescentes em grave risco. Reafirmamos que continuaremos a lutar em defesa da saúde da comunidade.

Retorno presencial, sim! Mas com segurança para alunos, profissionais e toda a comunidade.

Augusto Rosa

Coordenador-geral do SEPE Lagos

Fonte: 5 razões pelas quais não há segurança para aulas presenciais na rede pública - Augusto Rosa - Folha dos Lagos

Deu no New York Times: os pais nos EUA estão preocupados com o retorno seguro de seus filhos às salas de aula

Crianças em salas de aula nos EUA. Foto: NYT

Matéria assinada por Tara Parker-Piper no NYT ("nytimes") de ontem (2) revela que os pais nos EUA estão muito preocupados com o retorno de seus filhos às salas de aula, principalmente agora que uma variante muito mais contagiante da COVID-19 se propaga. Os pais se perguntam como seus filhos poderão retornar com segurança para as escolas enquanto a variante Delta se alastra pelo país? 

O maior fator de preocupação se deve ao fato de que enquanto a variante Delta se propaga, as taxas de vacinação permanecem baixas em muitas partes dos Estados Unidos.

Na próxima semana, vários distritos escolares no Sul, onde os casos de Covid-19 estão aumentando, incluindo vários no Alabama e na Geórgia, iniciarão o ano letivo de 2021-22. Ainda mais em escolas localizadas em áreas com maior incidência de contaminação por COVID  no país, incluindo os distritos no Texas, Louisiana e Flórida.

Os pais estão muito frustrados com a falta de aconselhamento para as famílias, especialmente aquelas com crianças menores de 12 anos, que ainda não são elegíveis para a vacina Covid. Nas redes sociais e nas reuniões do conselho escolar, os pais dizem que enfrentam uma escolha impossível: mandar as crianças para a escola e correr o risco de uma infecção por Covid-19 ou manter as crianças em casa e colocar em risco sua saúde mental e desenvolvimento educacional.

É triste para mim que isso continue a ser um problema para as famílias”, disse Liz Stuart, professora de saúde mental na Escola de Saúde Pública Johns Hopkins Bloomberg, que tem um aluno da 5ª série não vacinado e um aluno da 8ª série vacinado. de volta à escola. “Acho que em muitos lugares as crianças e as famílias não foram priorizadas em termos de reflexão sobre o que é necessário para ajudá-las a voltar à escola”.Embora as autoridades de saúde pública geralmente ofereçam garantias sobre a segurança das crianças que voltam para a escola, o conselho varia dependendo das condições do seu estado.

 A grande questão é: como pode ser seguro para as crianças voltar às salas de aula durante uma pandemia?

Surpreendentemente, as escolas não têm sido uma das principais causas dos eventos de disseminação da Covid, especialmente quando uma série de medidas de prevenção estão em vigor. Uma combinação de precauções - usar máscaras dentro de casamanter os alunos a pelo menos um metro de distância nas salas de aulamanter os alunos em grupos separados ou “pods”encorajar a lavagem das mãos testes regulares quarentena tem sido eficaz.

Plano de Resgate Americano também alocou US $ 122 bilhões para ajudar distritos escolares a pagar por medidas de saúde e segurança, e os Centros de Controle e Prevenção de Doenças alocaram US $ 10 bilhões para testes de triagem para professores, funcionários e alunos.

domingo, 1 de agosto de 2021

A (IM)PARCIALIDADE DO NEW YORK TIMES

 

Tweet NYT 1

O NY Times e emissoras de TV norte-americanas que estão transmitindo a Olimpíada de Tóquio nos EUA, como a NBC, adotam um quadro de medalhas diferente, organizando as delegações pelo número total de medalhas e não pelo número de medalhas de ouro, como sempre fez o Comitê Olímpico Internacional. Os jornais e emissoras locais estão utilizando um ranking próprio desde os Jogos de Pequim, em 2008, quando a China liderou pela primeira vez, pelos critérios do COI, em número de medalhas de ouro, mas os Estados Unidos tiveram mais pódios.

O quadro mentiroso- fake news- não passa de um truque usado por essas mídias para passar a China no quadro de medalhas. Em 2016, a mídia dos EUA voltou a utilizar os critérios do COI para colocar a Grã-Bretanha em 2º lugar à frente da China, apesar desta ter obtido mais medalhas no total.   

Tweet NYT 2


"Após mais um dia na Olimpíada de Tóquio, a China lidera o quadro oficial de medalhas, seguida dos Estados Unidos, com o Japão em terceiro. Para os veículos de comunicação americanos, contudo, os EUA lideram os Jogos Olímpicos".

"Na web, internautas zoaram o quadro falso de medalhas usado pelos americanos, criando seus próprios critérios para colocar seu país no topo do ranking. Um torcedor australiano, por exemplo usou o número de medalhas dividido pela população do país".

"Pelo ranking americano, o Brasil também seria beneficiado e subiria da 17ª colocação geral para a 15ª posição. A maioria dos veículos de comunicação brasileiros utilizam o ranking oficial como contabilizado pelo COI, que organiza as delegações pelo número de medalhas de ouro".

E ainda dizem que existe imprensa "imparcial". Na Região dos Lagos estamos cheio delas. Em Búzios então! Tem um site que nada publicou sobre o mega incêndio que durou três dias próximo ao Aretê. Adivinhe por que? O dono de outro site não tem o mínimo pudor de promover seu irmão político. Búzios é isso aí!   

Fonte: "TERRA"


segunda-feira, 19 de julho de 2021

"Praça Santos Dumont fica descaracterizada após obra e Búzios perde um pouco mais de seu antigo charme”

Praça Santos Dumont antes da obra. Foto José Cícero

Com piso novo de cimento, sem árvores, arbustos e canteiros de flores e sem previsão de lugar pra Feira de Artesanato, a principal praça de Búzios perde seu encanto original.

A poda urbana indiscriminada de árvores era frequente nas gestões anteriores E continua na gestão Alexandre Martins.


Praça Santos Dumont. Foto: Monica Casarin


As árvores da Praça Santos Dumont que, desde sempre, emolduraram a Feira de Artesanato mais antiga da cidade, vêm sendo totalmente cortadas, sem critério, e sem comunicado algum à comunidade.

Em nome da remodelação da Praça e de uma obra que não termina e já gastou dos cofres públicos (403.418,66 + aditivo de R$ 164.917,63), árvores vão sendo suprimidas uma a uma da nossa paisagem cultural. A escolha de materiais inadequados para a obra não levou em conta que a Praça Santos Dumont é um espaço nobre no cenário do Centro da cidade e portanto, merecia um orçamento que suportasse a escolha de materiais mais adequados à estética da Praça. Aliás, a obra já ultrapassou o orçamento previsto.

O chão da praça era composto por placas de pedra. Na obra, foram retiradas as placas inteiras, uma a uma. O novo calçamento da praça é uma versão mal feita do antigo piso com a substituição das placas de pedra por concreto, imitando o mesmo desenho anterior. Além de ter ficado feio, é inadequado, porque substituiu um material de qualidade (as placas de pedra) por outro material mais inferior (o concreto) que, além de tudo, impede a absorção da água da chuva num local que já sofria com alagamentos.


Praça Santos Dumont: piso de placa de pedra. Foto: Internet

Praça Santos Dumont: novo piso cafona. Foto: Internet

O meio fio novo feito em concreto até pode ser lisinho e bem feito, mas não tem a nobreza e a estética da pedra.

Aliás, uma pergunta que não quer calar: aonde foram parar as placas de pedras da praça?

A Praça que já sofria com calor e luminosidade intensos no verão, perdeu a pouca sombra que tinha.

Em vez de propiciar uma praça com sombra para moradores e turistas recobrarem as energias, a gestão municipal decidiu cortar as árvores.

A prefeitura não descobriu ainda o óbvio: que o morador e o turista desejam praças cuidadas com sombra, árvores e bancos. A presença de árvores nativas em áreas urbanas contribui para a qualidade de vida de seus habitantes e fazem parte da paisagem cultural da cidade.

A Feira de Artesanato mais antiga da cidade ficou sem previsão de espaço no projeto.


Praça Santos Dumont. Foto: José Cícero


Em visita na praça, o Secretário de Obras Miguel Pereira não soube dizer onde ficarão as barracas dos artesãos da Feira de Artesanato porque já não há mais energia elétrica e luz nos canteiros para iluminar a feirinha.

A Comissão da Feira, preocupada, está solicitando uma reunião com o Secretário de Obras para saber como e onde a feirinha ficará alocada na praça.

Quem é o responsável pela remodelação da praça que é um dos cartões postais de Búzios? É um arquiteto pouco conhecido e inexperiente que criou uma versão pífia e cafona da praça anterior.


Placa de Obra da reforma da Praça Santos Dumont


A obra realizada e orçada a toque de caixa no último mês da gestão André Granado careceu desde seu início de qualquer participação popular.

E o fiscal do contrato, o que faz? Não é um engenheiro ou arquiteto indicado pelo Secretário de Obras que confere a qualidade dos serviços? O fiscal do contrato fiscalizou a obra, quanto à qualidade e estética do serviço?. E quanto às especificações dos materiais e o orçamento?

A Praça antes tinha um equilíbrio entre luz e sombra.

Vocês lembram?

Tinha uma diagonal, partindo da loja do Mundo Verde até a cabine do Banco 24h, em que a gente tinha de um lado, a sombra onde ficavam os artesãos e do outro lado, o sol, com a inesquecível Mandala do arquiteto Roberto Campolina, desenhada no mosaico do piso, onde se apresentavam o circo, a capoeira e as crianças e adultos podiam pegar um sol...

Hoje, com a supressão das árvores, perdemos este equilíbrio. A poda das árvores e das flores plantadas pelos alunos das escolas de Buzios nos canteiros da praça revolta os moradores de Búzios. A Educação Ambiental promovida por José Cicero, utilizando o espaço da Praça, para ações de replantio com as escolas da cidade foi uma tentativa de criar um vínculo de afeto e pertencimento dos pequenos com a praça e isso também foi perdido com a obra.



Praça Santos Dumont. Foto: José Cícero


Para finalizar, gostaríamos de entender os motivos que levaram o autor do projeto à retirada do coreto e do tradicional quiosque da praça, substituindo por outros de pior qualidade. Outra questão que não se compreende é a construção de um stand de venda de passeios de barcos turísticos com dinheiro público, em um espaço público. As empresas de passeio deveriam alugar uma das inúmeras lojas vazias do centro. Qual o motivo desta preferência? Vai ter stand para comprar passeio no trolley? E para as trilhas? Vamos transformar a praça num shopping?

Nossa Praça Santos Dumont era bonita, parte da paisagem cultural de nosso município, tinha um coreto e um quiosque, e os gestores não entenderam que a praça precisava apenas de manutenção, decidiram fazer uma remodelação total que fez com que a praça ficasse triste e perdesse sua beleza.

Anna Roberta Mehdi e Denise Morand

Atualização:

O texto foi atualizado em 20/07/2021, às 13:26 horas, a pedido de suas autoras.