sábado, 19 de julho de 2014

Cabo Frio é a segunda cidade mais violenta do Estado do Rio de Janeiro

"No ano em que o Brasil registrou recorde de 56 mil assassinatos, Caracaraí, em Roraima, foi a cidade mais violenta do país. Ela passou a baiana Simões Filho, na região metropolitana de Salvador, no ranking das cidades brasileiras com maior taxa de homicídios. No município roraimense de 19 mil habitantes, o índice atingiu 210 para cada 100 mil habitantes, um recorde, segundo o relatório Mapa da Violência, que vem sendo feito anualmente desde 1998. A versão 2014 do mapa ("Os Jovens no Brasil") foi divulgada recentemente.

Em Caracaraí, houve uma explosão de assassinatos no ano em questão. Os sete registros de 2011 viraram 40 em 2012.

Com o recorde de 56,3 mil assassinatos em um único ano, a taxa do Brasil ficou em 29 casos/100 mil habitantes, um crescimento sobre os 27,1 de 2011. O país é hoje a 7º nação mais violenta do mundo, de acordo com o relatório. O país mais violento do mundo é El Salvador com taxa de 62,4 (dado de 2009) e o menos violento é Omã com taxa 0,1. As democracias europeias ostentam taxas abaixo de 1,0.  

Os dados do Mapa da Violência foram retirados do Sistema de Informações de Mortalidade do Ministério da Saúde. Ainda são números de 2012 justamente porque é preciso consolidar os registros dos 5,5 mil municípios do país para fazer a comparação. Vale ressaltar que a taxa – a melhor maneira de comparar cidades dos mais diversos tamanhos – só foi calculada para aquelas com mais de 10 mil habitantes, para “neutralizar oscilações em municípios de pequeno porte”.

Veja abaixo a lista dos lugares que puxam a média brasileira – e muito – para cima. Dezoito têm taxas acima de 100 (sendo que qualquer coisa maior que 10 já é considerado nível epidêmico):


As cidades mais violentas do país:


Cidade
População
Homicídios (2012)
Taxa (por 100 mil hab.)
Caracaraí - RR
19.019
40
210,3
Mata de São João - BA
41.527
62
149,3
Simões Filho - BA
121.416
159
131,0
Pilar - AL
33.623
43
127,9
Ananindeua - PA
483.821
608
125,7
Ibirapitanga - BA
22.683
28
123,4
Satuba - AL
15.020
18
119,8
Itaparica - BA
20.994
25
119,1
Paranhos - MS
12.673
15
118,4
10º
Porto Seguro - BA
131.642
152
115,5

As cidades mais violentas do Estado do Rio de Janeiro:

Município
UF
Popul. 2012
Homicídios
Taxa 2012
Nacio-nal
2008
2009
2010
2011
2012










Mangaratiba
RJ
38.201
17
14
18
12
33
86,4
40º
Cabo Frio
RJ
195.197
129
142
92
103
123
63,0
124º
Paraty
RJ
38.740
22
29
16
18
24
62,0
137º
Armação dos Búzios
RJ
28.973
26
21
12
15
16
55,2
209º
Duque de Caxias
RJ
867.067
606
582
576
519
472
54,4
215º
Itaguaí
RJ
113.182
61
31
58
50
60
53,0
236º
Nova Iguaçu
RJ
801.746
337
277
411
374
409
51,0
264º
Japeri
RJ
97.337
24
8
56
40
47
48,3
299º
São João da Barra
RJ
33.512
7
17
15
6
16
47,7
303º
Campos dos Goytacazes
RJ
472.300
205
241
196
188
222
47,0
317º

Taxas de homícidios das outras cidades da Região dos Lagos:

Rio das Ostras
RJ
116.134
37
45
35
23
52
44,8
357º

Araruama
RJ
116.418
40
44
37
44
48
41,2
429º

São Pedro da Aldeia
RJ
91.542
39
31
27
37
33
36,0
540º

Iguaba Grande
RJ
24.079
7
6
11
2
5
20,8
1123º

Arraial do Cabo
RJ
28.295
4
19
6
4
4
14,1
1652º

As cidades menos violentas do Estado do Rio de Janeiro:

Laje do Muriaé
RJ
7.424
0
0
1
0
1


Macuco
RJ
5.327
1
1
0
0
1


Rio das Flores
RJ
8.703
1
0
1
0
1


São José de Ubá
RJ
7.093
0
1
0
0
0


São Sebastião do Alto
RJ
8.970
0
2
0
2
0


Varre-Sai
RJ
9.720
0
1
0
1
0




Fonte: Mapa de Violência 2014

Comentários no Facebook:

É UMA SITUAÇÃO MULTIFATORIAL, MAS O DESCASO DURANTE CERCA DE 20 ANOS NA APLICAÇÃO EFETIVA DE POLÍTICAS PÚBLICAS NA PERIFERIA TEM UM PAPEL PREPONDERANTE PARA OCUPARMOS ESTE TRISTE LUGAR.

Vai vendo...
Governo Cabral/Pezão... dando ERRADO há 8 anos...


TUDO PELO BEM DE BÚZIOS

Thomas Sastre
Quem poderia imaginar que nos anos 70 em plena ditadura, um vilarejo de pescadores, praias desertas, paraíso para todos, uma pequena comunidade de poucas famílias, poucas casas de veraneio, e com um acesso difícil de se chegar do Rio de Janeiro:- sem nenhuma infraestrutura... Ricos brincando de pobre, pequenos aviões que desciam numa pastagem perto da praia de Geribá e que onde hoje é a Marina, se poderia viver e desfrutar de harmoniosa convivência entre nativos e visitantes.

E era uma alegria se viver com simplicidade.

Estou me referindo à Aldeia de Armação dos Búzios...Virar assim rapidamente um caldeirão político em plena Democracia, apenas por um néscio e contraditório poder.

Escrever certos pensamentos, evita estar em depressão constante, acalma o medo de que as pessoas se cansem da democracia, joguem tudo de vez num buraco: e o último a sair que apague a fogueira...

Um estado deficiente, partidos políticos que não se entendem. Toda esta deficiência dá origem a um poder paralelo: que nem sempre é dentro da lei.

Sem nenhuma perspectiva, por falta de assessoria e de cultura política transparente, incentivados por políticos que na maioria das vezes, ou por não saber exercer sua função ou pouco se importando com as críticas dos opositores, prefeito e vereadores acreditam que podem criar um poder paralelo que lhes dê segurança, sem medo algum, e que com estas atitudes se cria uma sociedade catatônica, paralisada, lesada.

Na maioria das vezes a sociedade recorre ao judiciário para questionar licitações aprovadas em beneficio próprio, mas são distorcidas em defesa, como um ¨Bem¨ para a população, alegando seu status e respeito de autoridade.

A partir da emancipação, Armação dos Búzios carregou em seu curriculum político, uma lista de vereadores, prefeitos, secretários, condenados pela justiça.

Em sua defesa a mesma estória: tentam provar que agiram assim pelo ¨Bem¨ da cidade.

Fazendo uma análise mais profunda sobre o sentido do Bem, o escritor russo Fedor M. Dostoievski descreve em sua obra literária ¨Crime e Castigo¨ o questionamento do que será o Bem e o que será o Mal!
Não tinham muitos daqueles condenados a cárcere revelado que haviam agido por mal; não tinham mostrado a necessidade imperiosa em que se sentiram de praticar determinado ato, considerado delituoso pela urgência de remover certos obstáculos imprescindíveis à própria existência.  E não se mostravam criaturas tão superiores e compreensivas, e, foram julgados como tal. Poderia ter sido um ¨Bem¨ concorrendo para o equilibro da ordem humana....

A história se repete ao querer estar sempre removendo certos entraves, deturpando a interpretação da lei.
O desentendimento entre o prefeito e seu vice que tomou conta dos noticiários policiais do País é bem sugestivo para entender como se interpreta politicamente o Bem da cidade.

O prefeito viaja e não quer o vice ocupando sua cadeira, recorre aos vereadores de sua bancada que lhe dão plenos poderes a ponto de atropelar a constituição, em sua defesa pelo ¨Bem¨ da cidade.

Assessores e vereadores a serviço do prefeito com suas mentes cheias de leitura mal digerida, vendo-se em situação precária, raciocinam da seguinte forma: o vice não pode assumir, apesar do judiciário ter dado parecer a seu favor, o que fazer? A população, jornais e o judiciário a favor da Democracia querem que se cumpra a lei.
Já que não podemos tirar proveito desta situação, só nos resta desacreditá-lo, tudo depende de um gesto; uma pedra no caminho, a justiça, mas nós somos mais fortes, temos o poder em nossas mãos.

Confundiremos a justiça, atacaremos sua integridade desacreditando-o e estará o fato consumado. Agimos como os fortes, como os conquistadores. Pois, enquanto não está dando certo, a lei está do seu lado.

Começa o suplício, o remorso, o arrependimento? NÃO, ninguém se arrepende, eles acreditam que estão fazendo para o ¨Bem ¨da cidade.

O que os afligem é a ideia e a incerteza dos motivos pelo qual agiram assim, a ponto de querer mudar a constituição vigente no País.

Seria mesmo visando o Bem que praticaram o Mal para experimentar a própria força?

O governo não consegue mais justificar-se perante a sua consciência. Teoricamente estava tudo certo mas a teoria falhou na prática.

Quando o propósito é destruir a reputação foram obrigados a mudar de tática. Procurar na secretaria de Meio Ambiente algum crime relacionado ao vice prefeito e encontrar alguma prova para acabar de vez com sua credibilidade.

Nesta luta contra o tempo se está vendo que o plano pode dar errado de novo. Acabam se desconcertando, e quem presumia ser um super-homem, está se transformando em joguete das situações.
A vida no seu curso vertiginoso e inconsciente escapa à toda logica.

Quando se pretende fazer o Bem, vem-se a fazer o Mal, e um crime determina outro, num desencadear incorrigível de forças.

Não teria acontecido o mesmo com tantos conquistadores e governantes que perderam seu poder pela avalanche que eles mesmos provocaram.

Assim o governo vai ter que compreender que na verdade não há super-homens, todos são mesquinhas criaturas escravas da condição humana.

Se quiseram valer-se arbitrariamente, como se não bastasse este desgaste político, e recentemente apresentaram proposta para mudar o gabarito da lei do uso do solo, para beneficiar um sujeito inescrupuloso. A Câmara retirou de pauta esta aleivosia.

Está se perdendo a partida, esforçam-se para abafar por meio do raciocínio a revolta da consciência.
Insistem na certeza de que afastando o vice prefeito não estão cometendo crime algum. Mas isto não lhes basta para libertá-los do sentimento de culpa.

Atraídos por uma espécie de imã irresistível, até suscitar a desconfiança do judiciário.

O Juiz, senhor da situação, prevê matematicamente que aqueles tristes seres humanos acossados pela consciência, se retratarão perante a opinião pública, quiçá motivados pelo evangelho à procura de paz e aí entenderão que quando pecamos contra a lei moral destruímos as nossas vidas.

É preciso sofrer e curvar-se ao castigo. Só a penitencia resgata a culpa e poderá salvar os que se encontraram com Deus.

Viria o prefeito, a ter a revelação de seu destino cristão, convencendo-se afinal que na sua derrota estava sua vitória.

O romance terminou, o debate filosófico ficou em suspenso; tentar afastar o vice prefeito com intrigas de romance policial, tentar mudar leis municipais para beneficiar a vaidade de gente que visa seus próprios interesses; querer caçar o mandato de vereador, me parece que é uma forma primária de uma ingenuidade terrível.

Aqueles eleitores que apostaram em mudanças, continuam assistindo os mesmos vícios dos governos que passaram.


Como diz Rita Lee em sua música, jocosamente falando, TUDO VIRA BOSTA.

Thomas Sastre

quinta-feira, 17 de julho de 2014

Escolas de Búzios sem aula

 "Nós que trabalhamos em alguma das três escolas que ainda não tiveram aula após o recesso estamos passando por situações difíceis, bem como os alunos. A ordem dada pela SEME é que sejamos transportados diariamente para o INEF. Assim como meus alunos e alguns pais, imaginei que ao chegar lá teria um espaço onde fosse possível haver aula. Mas foi só imaginação mesmo! a realidade é que tal ação é feita simplesmente para iludir os responsáveis, já que ficamos lá assistindo filmes ou observando as crianças brincarem nas quadras esportivas. Ou seja, só parece que as aulas começaram pois nenhuma atividade tem objetivo didático.

O local também é desconfortável para os profissionais que para lá são levados. Quando não se está no cine-teatro, todos ficam a céu aberto e sem, ao menos, lugar para se sentar. Para os que trabalham nos dois turnos, o sufoco é ainda maior: ficar de pé ao sol quase o dia todo é quase tortura. Infelizmente, não pude registrar os absurdos que tenho testemunhado com fotos, pois ainda não sou efetiva. 

a informação que temos é que na segunda-feira já estaremos de volta às escolas, ainda que algumas situações sejam improvisadas. Mas, será que obras como do Alípio e Eulina ficarão prontas a tempo de que as aulas se iniciem com segurança para todos? a quem os funcionários podem recorrer para que alguma providência seja tomada em relação a forma em que estão trabalhando esta semana? Asfab? SEPE? MP? Ministério do Trabalho? 

Outra informação é de que teremos que compensar os dias sem aula  (que deveriam ser registrados como atividade extraclasse ou aula-passeio) trabalhando uma semana a mais em dezembro do que as outras escolas. como assim? essa nossa primeira semana de trabalho é só para que cumpramos horário? se tem aluno e professor fazendo alguma atividade, é aula! O Doutor deveria tomar conhecimento disso! Não se pode punir os profissionais por uma falha de cronograma de obras que é do governo.

Desculpem o desabafo, mas depois de trabalhar com escola alagada, esgoto no pátio, teto com rachaduras, merenda de qualidade duvidosa, falta de material e outros problemas, não esperava ser "recepcionada" no retorno das aulas com esses absurdos". 

Atenciosamente,

X

Observação: o nome da professora foi omitido a pedido pois a mesma teme perder o cargo.

Meu comentário:


Acredito que a professora deva recorrer à ASFAB, ao SEPE e ao MP.


Entrevista com o vereador Gugu de Nair




Observação: participação especial de Zilma Cabral do Jornal Folha de Búzios.

Meu comentário:

Com muito orgulho posto a entrevista do Vereador Gugu de Nair. Esse me representa!