sábado, 23 de julho de 2016

MPRJ requer afastamento do prefeito do Município de Cabo Frio


Foto do blog rafaelpecanha
O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) ajuizou ação civil pública, com pedido de liminar, que requer à Justiça o afastamento do prefeito de Cabo Frio, Alair Francisco Corrêa, e a suspensão da nomeação dos secretários de Fazenda e Assistência Social, cargos ocupados pelo irmão e filha do prefeito, respectivamente. A medida foi tomada pela 2ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva do Núcleo Cabo Frio em razão das diversas irregularidades verificadas na gestão de Alair Corrêa, que vai responder por improbidade administrativa.

Subscrito por seis promotores de Justiça, o documento narra que o prefeito violou a independência entre os poderes ao não submeter à Câmara dos Vereadores o julgamento das contas municipais de 2012, que tiveram parecer contrário do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro.  De acordo com ação, o prefeito subjugou o Poder Legislativo Municipal, cujo presidente é seu filho, ao fazer a seguinte declaração à imprensa:

 “até as contas dele, que estão rejeitadas pelo Tribunal de Contas... eu tenho um filho presidente, e eu tinha maioria, não coloquei em votação até hoje”.

A ação também acusa Alair de nepotismo. Ele nomeou o irmão, Axiles Francisco Corrêa, para o cargo de Secretário Municipal de Fazenda e a filha, Carolina Trindade Corrêa, para a pasta da Assistência Social do município.

Entre as irregularidades verificadas pelo MPRJ na atual gestão estão também a desordem e completo caos na saúde, assistência social, educação e saneamento básico da cidade. Inúmeras denúncias chegam diariamente à Ouvidoria do MPRJ dando conta da ausência de prestação de serviços essenciais. “Greves, protestos e tumultos tornaram-se frequentes em Cabo Frio nos últimos meses”, ressaltam os promotores.
Atraso nos vencimentos de servidores, ausência de prestação de contas ao TCE-RJ, falta de publicidade dos atos oficiais e descumprimento reiterado de decisões judiciais e TAC’s firmados com o MPRJ são, ainda, irregularidades apontadas na ação.

Meu comentário: 
Um prefeito que diz que  “até as contas dele, que estão rejeitadas pelo Tribunal de Contas... eu tenho um filho presidente, e eu tinha maioria, não coloquei em votação até hoje”, acha que as coisas vão ficar por isso mesmo? Só mesmo um coronelzinho do interior não viu que os tempos são outros!

Fonte: "mprj"  

sexta-feira, 22 de julho de 2016

Eles já divulgaram pesquisas fakes em 2012



Pesquisa Ibope 2012


Um dia antes das eleições de 2012 (4), esse mesmo pessoal que divulgou ontem a pesquisa Fake apontando o ficha-suja e pré-candidato Mirinho Braga em primeiro lugar em sondagens de opinião do "IBOPE", colou adesivos nos carros dos cabos eleitorais da campanha dele em que o candidato supostamente aparecia com 54% de intenções de voto. A empresa de pesquisa  era o mesma: o IBOPE. No dia seguinte, o derrotado Mirinho conseguiu apenas 44%, 10% a menos que a pesquisa fake indicava. A Juíza Eleitoral de Búzios à época, Drª Alessandra de Souza Araújo, prontamente determinou o recolhimento de todos os adesivos. 

Veja o post de 4/10/2012. Fica provado que esse pessoal é reincidente na prática de crime eleitoral.       

"Alerta de crime eleitoral!


O pessoal do 12 está cometendo crime eleitoral ao adesivar carro informando que Mirinho está com 54%, passando a ideia que esse número seja referente à pesquisa estimulada. É mentira! O resultado da pesquisa estimulada (pergunta 04) dá 41 a 32. Na espontânea (pergunta 03), dá 38 a 28. É desespero puro !
Ver página 3 e 4: "A pesquisa que o governo de Búzios censurou no PH - parte 1"


Esse número 54 eles tiraram da pergunta 06 da pesquisa: "independente de sua intenção de voto, na sua opinião, quem será o´próximo prefeito de Búzios?"
Não esquecer que a pesquisa é do dia 24 e 25 de setembro.

O pessoal da coordenação do Dr. André já foi avisado. A justiça eleitoral tem que ser avisada".



quinta-feira, 21 de julho de 2016

TSE divulga limites de gastos de campanha para eleições deste ano


Foto TSE


Em Armação dos Búzios candidatos a prefeito poderão gastar até $ 467.148,25 reais. Vereadores, apenas 51.651,26 reais.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) divulgou hoje (20) os limites de gastos de campanha que poderão ser feitos por candidatos a prefeito e a vereador nas eleições deste ano. A informação foi publicada no Diário de Justiça Eletrônico.

Confira os limites nos municípios da Região dos Lagos:

ARARUAMA - Eleitores: 92.990 
Prefeito: R$ 939.719,02 
Vereador: R$ - R$ 120.666,63
ARMAÇÃO DOS BÚZIOS - Eleitores: 25.868
Prefeito: R$ 467.148,25
Vereador: R$ R$ 51.651,26
ARRAIAL DO CABO - Eleitores: 28.879
Prefeito: R$ 108.039,06 
Vereador:R$ R$ 35.615,13
CABO FRIO - Eleitores: 146.434 
Prefeito: R$ 1.392.880,29 
Vereador:R$ R$ 74.554,71
IGUABA GRANDE - Eleitores: 21.857 
Prefeito: R$ 325.023,66 
Vereador:R$ R$ 45.237,18
RIO DAS OSTRAS - Eleitores: 84.956 
Prefeito: R$ 1.150.995,24 
Vereador:R$ R$ 173.975,76
SÃO PEDRO DA ALDEIA - Eleitores: 62.903 
Prefeito: R$ 428.089,46 
Vereador:R$ R$ 10.803,91

 

Foram publicadas no Diário de Justiça Eletrônico do Tribunal Superior Eleitoral (DJe/TSE) as tabelas atualizadas com os limites de gastos de campanha e de contratação de pessoal nas Eleições Municipais de 2016, conforme previsto na Lei das Eleições (Lei nº 9.504/97). Os valores divulgados pela Justiça Eleitoral foram apurados considerando aqueles efetivamente declarados na prestação de contas da campanha eleitoral de 2012. Cabe ao TSE fazer o cruzamento de dados das informações e divulgar os valores.

Após a publicação dos valores preliminares de gastos de campanha, o TSE atualizou os valores de acordo com a variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) da Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de acordo com o parágrafo 2º, art. 2º, da Resolução TSE nº 23.459/2015.
O índice de atualização dos limites máximos de gastos foi de 33,7612367688657%, que corresponde ao INPC acumulado de outubro de 2012 a junho de 2016. Para os municípios de até 10 mil eleitores e com valores fixos de gastos de R$ 100 mil para prefeito e R$ 10 mil para vereador, o índice de atualização aplicado foi de 8,03905753097063%, que corresponde ao INPC acumulado de outubro de 2015 a junho de 2016, visto que esses valores fixos foram criados com a promulgação da Lei nº 13.165/2015 (Reforma Eleitoral 2015).

A respeito da fixação dos limites de gastos, o presidente do TSE, ministro Gilmar Mendes, destaca que a Justiça Eleitoral e a sociedade terão importante papel na fiscalização da aplicação dos recursos eleitorais. "Nós não dispomos de fiscais na Justiça Eleitoral para dar atenção a todos eles [gastos]. A própria sociedade terá que fiscalizar. E como a disputa é muito acirrada, já que as disputas em municípios são, às vezes, mais acirradas que as nacionais, então é provável que haja ânimo de violar a legislação, especialmente na ausência de uma fiscalização mais visível. Por isso, a própria comunidade terá que se incumbir dessa tarefa”, afirma.

O presidente do TSE também faz um alerta sobre a possibilidade de crescimento no número de casos de caixa 2 nas Eleições 2016, uma vez que, em muitos municípios, os valores que poderão ser gastos serão bem menores do que no último pleito. “Se de fato houver apropriação de recursos ilícitos em montantes significativos, pode ser que esses recursos venham para a eleição na forma de caixa 2, ou mesmo disfarçada na forma de caixa 1, porque o que vamos ter? Vamos ter doações de pessoas físicas. Pode ser que recursos sejam dados a essas pessoas para que elas façam doações aos partidos políticos, ou aos candidatos. Isso precisa ser olhado com muita cautela”, pontua o ministro Gilmar Mendes.

Limites para contratação de pessoal

A Reforma Eleitoral 2015 também estipulou limites quantitativos para a contratação direta ou terceirizada de pessoal para prestação de serviços referentes a atividades de militância e mobilização de rua nas campanhas eleitorais, em consonância com o art. 36 da Resolução TSE nº 23.463/1995.

Segundo a Lei das Eleições (Lei n° 9.504/1997), em seu art. 100-A, parágrafo 6º, para fins de verificação dos limites quantitativos de contratação de pessoal não são incluídos: a militância não remunerada; pessoal contratado para apoio administrativo e operacional; fiscais e delegados credenciados para trabalhar nas eleições; e advogados dos candidatos ou dos partidos e das coligações.


LC/TC




Pesquisa eleitoral fraudulenta circula nas redes sociais em Búzios

Uma pesquisa eleitoral fake do "IBOPE" circulou esses dias pelo WhatsApp" em Búzios. O resultado mentiroso apresentado, por si só denuncia os possíveis falsificadores da sondagem. Nela, o ex-prefeito e ficha-suja Mirinho Braga aparece disparado em primeiro lugar. Seus autores não tiveram o mínimo cuidado em avaliar os dados apresentados. Nesta etapa do processo eleitoral é inconcebível que o número de indecisos somados aos que não opinaram seja de apenas 7,3%, como apontado pela pesquisa. Ao apresentar os nomes dos prefeitáveis com seus percentuais, a ordem decrescente- do 1º para o último colocado- não é obedecida. 

Pesquisa fake do IBOPE que circulou pelo Whatsapp


A jornalista Beth Prata- mostrando que o jornalismo investigativo está bem vivo em Búzios- desvendou o caso-crime ao entrar em contato com o Ibope. Em seu blog Redação Final Búzios, Beth relata que Taís, responsável pelas pesquisas regionais do Instituto de pesquisa, lhe garantiu que a pesquisa é "grosseiramente fraudulenta". O constrangimento causado aos dirigentes do órgão foi tanto que foi necessária a emissão de um nota sobre o assunto na página do IBOPE na internet.

Nota do IBOPE nega ter feito pesquisa em Búzios em julho de 2016

A fiscalização da Justiça eleitoral já está a par da ocorrência. Não é difícil rastrear o percurso pelo WhatsApp, desde o seu nascedouro. Muitos compartilhamentos foram feitos.

Sabe-se muito bem que a divulgação de pesquisas falsas tem como principal objetivo seduzir os financiadores de campanha. Além disso, neste caso, especificamente, se pretendia, com a divulgação da pesquisa mentirosa, engabelar dirigentes partidários estaduais para alugar suas legendas em Búzios, principalmente aquelas que hoje estão em mãos de adversários políticos. Golpe sujo!


quarta-feira, 20 de julho de 2016

Vereador Henrique Gomes retorna à Presidência da Câmara de Búzios por ter foro privilegiado

 A DES. ADRIANA LOPES MOUTINHO DAUDT D'OLIVEIRA do QUARTO GRUPO DE CÂMARAS CRIMINAIS do TJ do Rio de Janeiro decidiu ontem (19) conceder liminar para:


a) "suspender os efeitos da decisão que determinou o afastamento cautelar do paciente da função pública de Presidente da Câmara dos Vereadores de Armação dos Búzios até o julgamento deste writ";
b) "suspender a tramitação da Ação Penal nº 0000211-35.2016.8.19.0078 até o julgamento deste writ
".

O estado do Rio de Janeiro é um dos poucos estados brasileiros  que confere foro por prerrogativa de função (foro privilegiado) para vereadores. Um excrescência em uma democracia moderna, onde não se admite mais privilégios desse tipo. É o mesmo que estabelecer que os vereadores não serão julgados nunca durante seus mandatos, pois seus crimes prescreverão devido à morosidade do TJ-RJ. Imaginem que cada um dos 92 municípios do estado do Rio de Janeiro tenha 12 vereadores em média. Serão 1.104 vereadores que só poderão ser julgados pelo Tribunal. Se 30% deles cometerem pelo menos um crime durante determinada legislatura, teremos 331 processos a mais no TJ, já entupido de processos ordinários. 


Veja como se elege vereador em Búzios

Republico texto  ("Como se eleger vereador em Búzios") do blog, de 14/11/2011, readaptando-o à conjuntura atual do município, por considerá-lo um exame bem acurado de nossa realidade política-eleitoral. Faço pequenas alterações, até porque a legislação eleitoral mudou. Por exemplo, não é mais permitido o financiamento por empresas e a duração da campanha eleitoral diminuiu, entre outras coisas.

A procura pelo cargo de vereador vem crescendo muito em Búzios desde a emancipação há 20 anos atrás. Na primeira eleição, em 1996, tivemos 90 candidatos às 9 vagas de nossa Câmara de Vereadores. Dez candidatos por vaga. No último ano, em 2012, 155, quase dobrando o número de candidatos por vaga. Quase um vestibular, demonstrando que o cargo deve ter muitos atrativos. Parafraseando Darcy Ribeiro, quando se referiu ao Senado, sentar em uma cadeira em nosso Legislativo deve ser como morrer e ir para o paraíso.  
 
"Se você é um dos duzentos candidatos a ocupar no próximo pleito uma das nove vagas na câmara de vereadores de Armação dos Búzios, saiba como sempre se elegeu vereador no município. Não falo de como deveria ser, mas do que é. Que fique claro que não estou colocando neste post nenhum julgamento de valor (dever ser). Falo simplesmente daquilo que é (ser): como os vereadores sempre foram eleitos em Búzios. É óbvio que uma fiscalização eleitoral atuante vai dificultar muito as pretensões dos candidatos que façam campanha nos moldes das que descrevo aqui. E, claro, o blog fará campanha ferrenha para que se erradiquem de uma vez por todas essas práticas políticas-eleitorais de nossa cidade. 
  
Em primeiro lugar, o candidato a vereador em Búzios sempre precisou de muito dinheiro. Mas muito dinheiro mesmo. Acredito que cada vereador eleito em 2008/2012 tenha gasto algo em torno de R$ 400.000,00 (com exceções, é claro). Falo em gasto real, não o declarado. Em geral, a prestação de contas à justiça eleitoral não passa de ficção.  Aqui, no TRE-RJ e no TSE. Tanto que os corruptos do PT repetem o refrão: a doação da propina foi legal e declarada à Justiça Eleitoral, que aprovou as contas do partido. A justiça Eleitoral, infelizmente, verifica se as contas batem, mas não investiga a origem do dinheiro.

Este ano, parece, teremos mudança, com a Justiça Eleitoral sendo mais rigorosa na análise das contas. Para as majoritárias (Prefeito), calculo o gasto entre 3 e 5 milhões de reais. Claro que têm raríssimas exceções (friso isto por dois motivos: por presumidamente ser a  verdade e para evitar possíveis processos movido por algum candidato nervosinho).

Em geral, sempre se gastou, nas eleições para vereador, este montante de 400 mil reais pagando uns 100 cabos eleitorais a R$ 500,00 cada um durante o período eleitoral (três meses). Como o período eleitoral diminuiu, acredito que o valor do cabo eleitoral deva dobrar, mantendo-se, portanto, o mesmo gasto.   Só aí já se vão R$ 150.000,00. Mais R$ 100,00 por cabeça para boca de urna no dia da eleição- o que não passa de compra de voto disfarçado-, totalizando, em média, mais R$ 50.000,00 de gasto. Sobram R$ 200.000,00 para transportar eleitores e prestar “serviços eleitorais” extras de todo tipo como compra de dentaduras, material de construção, pagamento de contas de luz, telefone, gás, farmácia, viagem ao Rio para tratamento de saúde (isto quando não se tem a máquina pública municipal da Saúde nas mãos) ou para visitar parentes que não se vê há muito tempo, etc. Existe também o investimento feito em "kit invasão". Já ajudou a eleger alguns vereadores no passado. Ou compra de votos pura e simples mesmo.  Muitos deles não se esqueciam da ligadura de trompa. Esta é uma das ações mais valorizadas pelo eleitor durante a campanha eleitoral. Ele fica eternamente grato a qualquer "investimento" feito em sua saúde ou na de algum parente próximo. Não é sem razão que candidatos médicos levem vantagem em Búzios.

Para os candidatos por algum partido da coligação de apoio ao prefeito, as coisas ficam facilitadas porque se pode usar a máquina pública à vontade, principalmente a Saúde, a mais requisitada pela população. À vontade é modo de dizer, porque o uso depende da autorização do "homem", do "chefe". São poucos os escolhidos para entrar no Reino dos Céus do Legislativo buziano, nos quais o prefeito coloca as mãos. Como o prefeito anterior morria de medo de ver surgir novas lideranças políticas na cidade que pudessem ameaçar sua majestade, os "seus" vereadores, que disputavam a reeleição, sempre colocavam suas barbas de molho. Apanharam muito, mas aprenderam. Tanto que apenas um dos sete vereadores eleitos pelos partidos coligados em apoio a Mirinho em 2012 está com ele hoje: o vereador Leandro, mesmo assim pleiteando a vice. Quatro estão com  André (Messias, Lorram, Joice e Henrique Gomes), um é pré-candidato a Prefeito (Felipe) e outro está com Alexandre Martins (Gugu).

Voltando ao financiamento de campanha. E de onde vem essa dinheirama toda? Claro que em Búzios, com as terras valorizadíssimas como estão, esse dinheiro só podia vir, e vem, em grande parte, da especulação imobiliária (grandes proprietários de terras, construtoras e imobiliárias da península). Estes são os grandes financiadores das campanhas eleitorais em Búzios, tanto de  vereadores quanto de prefeitos. Tudo feito por baixo dos panos, por caixa dois. Temos também financiamento por parte empresas terceirizadas da Prefeitura, como empresas de lixo, ou de concessionárias de serviços públicos estaduais que atuem no município.

Uma outra forma de fazer caixa de campanha é montar uma empresa pra prestar serviço à Prefeitura pondo um laranja no comando ou fechar um acordo com o Prefeito viabilizando um mensalinho, modalidades que, dizem (e eu acredito),  inexistem em Búzios, mas que é muito comum em municípios vizinhos. Falam que prefeitos vizinhos já terceirizaram alguns serviços públicos para empresas de laranjas de vereadores como serviços de poda de árvores, de manutenção de parques e jardins, e de escolas. Dizem também que nesses municípios alguns vereadores preferem receber dinheiro vivo em forma de mensalinho. Em uma forma ou outra, dá um bom fundo de campanha. Imaginando-se um mensalinho de 15 paus por mês, teremos em quatro anos 720.000 reais. Uma outra forma de vereador fazer fundo de campanha é se apropriar de uma parte dos salários dos funcionários públicos indicados por eles na Câmara ou na Prefeitura- a chamada cotização. Dizem que tal prática inexiste (e eu acredito) em Búzios. Mas, com certeza, é um hábito muito arraigado nos municípios vizinhos.           

Como vão fazer para driblar a legislação atual que proíbe financiamento por parte de empresas não se sabe. Caixa dois? Não é por outro motivo que esses especuladores fazem o que querem com a nossa Lei do Uso do Solo e que tenham sempre dado a última palavra na escolha de todos os secretários de planejamento que tivemos até hoje. São espertos, não jogam pra perder: se dividem no apoio aos que têm chances reais de ganhar. Por isso, sempre estiveram no poder. Os prefeitos da cidade não passam de meros representantes políticos deles, verdadeiros serviçais mesmo.
 
Se algum candidato a vereador em Búzios teve alguma ideologia, a esqueceu durante o período eleitoral. Nunca tivemos um vereador de opinião, um vereador que se destacasse por empunhar uma bandeira qualquer. Uma grande causa.  Uma cidade que poderia ter se tornado um APA inteira, nunca elegeu um ambientalista como vereador. Isto porque o eleitorado de Búzios não está nem aí para ideologias. Até às últimas eleições de 2012, era formado, majoritariamente, por quem não tinha o ensino fundamental completo, ganhava até um (1) salário mínimo e estava desempregado ou subempregado. Hoje as coisas melhoraram um pouquinho. O eleitorado atual é constituído em sua maioria por moradores que não têm o ensino médio completo, ganham até três salários mínimos e estão desempregados ou subempregados.  
 
Essas condições são a principal razão de termos o prefeito e a câmara de vereadores que temos. Esses eleitores sempre estiveram preocupados mesmo é com a satisfação de suas necessidades básicas. E o momento eleitoral é uma excelente oportunidade de tirarem algum proveito pessoal, mesmo que momentaneamente. São carentes de tudo, mas emprego é o que mais necessitam. Reparem como o prefeito anterior se garantiu, e o atual também está se garantindo, dando emprego pra todo mundo na prefeitura. Apesar de estar mais difícil encontrar empregos públicos pra oferecer- graças à realização do recente concurso público e às ações da Justiça e do MP- muito provavelmente, continuaremos a ver candidatos prometendo empregos. Mesmo sabendo que não vão cumprir, apostam na falta de memória do eleitorado buziano. 

Nunca tivemos vereador de opinião no município, porque quase todos os vereadores eleitos o foram por famílias tradicionais da cidade, com apoio de membros de famílias numerosas. Não é por acaso que dos 9 vereadores que temos atualmente, sete são nativos. Dos eleitos que não nasceram aqui, o que menos tempo tinha de residência em Búzios ultrapassava 20 anos, tempo suficiente para ser conhecido e poder cooptar membros de uma ou duas grandes famílias da cidade para apoiá-lo. É por isso que todos os vereadores que tivemos até hoje não passam de vereadores de famílias. Ou seja, estão ali para atender aos interesses dessas famílias por emprego, privilégios na Saúde como furar fila de consultas e exames, e na Educação como vagas em creches, escolas perto de casa, etc. Enfim, uso da máquina pública com exclusividade em interesse próprio.

Além de ser escolhido por uma família nativa numerosa, outro fator decisivo na eleições em Búzios é o apoio religioso. Não importa que o candidato não seja cristão. Em geral, o candidato agarra-se ao apoio de um pastor ou padre qualquer, passa a frequentar os cultos assiduamente, e dá uma de puritano, pelo menos durante o período eleitoral. Tais atitudes sempre ajudaram na eleição. Hipocrisia por aqui, sempre deu excelentes resultados.

Para finalizar, nossos vereadores eleitos sempre ficaram atentos às pesquisas eleitorais. Como o povão, nunca apoiaram quem não tem chance de ganhar. Sempre esqueceram a ética, programa de governo, etc. Para eles, o importante é estar dentro. Afinal, eleger-se vereador em Búzios, além de ser como ingressar no paraíso, é a melhor forma de ascensão social. Mire-se no exemplo dos que já se elegeram (com exceções, é claro): antes de eleitos, levavam uma vidinha simples, depois de eleitos passaram a frequentar restaurantes caros, compraram carrões, barcos e lanchas, demonstrar possuir muito dinheiro e quase todos adquiriram casas novas, alguns até mansões. Dizem as más línguas que a primeira coisa que um vereador eleito faz é comprar um carrão novo e arrumar uma amante. Mentira, esse povo é muito maldoso! 

Comentários no Facebook:

Muito boa a analise do Professor Luiz Carlos Gomes.


 

terça-feira, 19 de julho de 2016

Aí gente, vamos curtir a página do nosso BIMBA!



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