sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Ajuda de custo universitária


Foto do blog pedrolopes2010sb
Recebi por E-mail release da Secretaria de Educação sobre a ajuda de custo universitária. Ponto pro pessoal da Comunicação do governo André. No governo Mirinho não se comunicavam com blog de “oposição”. Pobreza de espírito!
  
“Prefeitura de Búzios abre cadastro para Ajuda de Custo Universitária a partir do dia 28

...Os estudantes selecionados receberão uma bolsa-auxílio no valor de R$ 150 mensais. O programa de ajuda de custo atende à Lei Municipal nº 658, de 25 de junho de 2008, e, atualmente, contempla cerca de 300 jovens de baixa renda, residentes no município buziano.

Para participar da seleção, é necessário apresentar os seguintes documentos: cópia da Identidade ou documento de identificação com foto; cópia do CPF; cópia do comprovante de residência; duas fotos 3x4; cópia do título de eleitor; comprovante de renda do responsável financeiro; contrato de prestação de serviço da Instituição que conste o nome do responsável financeiro e comprovante de matrícula no curso superior..

Outras informações sobre o processo seletivo podem ser obtidas pelos números da Secretaria de Educação e Ciência: (22) 2623-2631 e 2623-1284.”

Meu comentário:

Ué! Vão dar a mesma merreca que o Mirinho dava. A coligação Reage Búzios não prometeu em palanque pagamento integral da mensalidade? Ou não? A palavra vale ou não?

Exigir comprovante de renda do responsável pelo universitário carente em um mercado de trabalho onde impera a informalidade é um absurdo. Muitos ficarão sem poder estudar. Afinal de contas trata-se de uma ajuda de custo e não de um empréstimo. Para receber a “ajuda” basta provar a carência e pronto! 

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  • Jose Figueiredo Sena Sena Luiz,eu sinceramente fico com muita tristeza , como pode ter gente que consegue soltar uma " idiotice " , deste tamanho , titulo eleitor sim, onde esta morando sim , em que Faculdade sim ,agora o resto me vale" São BENETITO". Renda familiar em Búzios ?
  • Jose Figueiredo Sena Sena Eu tenho aluno que não tem dinheiro para comprar uma calculadora das mais baratas que esta no mercado , então o material do curso de Tubulação de Plataformas que não é muito barato, eu sempre me viro e conseguimos rodar o curso , em 2012 foi " CARLOS TERRA " deu tudo para o curso, e o mais importante não pediu nada vezes nada em troca.


    • Robson Almeida A Prefeitura poderia utilizar alguns critérios utilizados e aceitos pelo Programa PROUNI - do Governo Federal - Os comprovantes de renda aceitos pelo programa são:
      (Para autônomos e profissionais liberais)
      - Declaração de IRPF acompanhada do recibo de entrega à Receita Federal do Brasil e da respectiva notificação de restituição, quando houver.
      - Quaisquer declarações tributárias referentes a pessoas jurídicas vinculadas ao estudante ou a membros de seu grupo familiar, quando for o caso.
      - Guias de recolhimento ao INSS com comprovante de pagamento do último mês, compatíveis com a renda declarada.
      - Extratos bancários dos últimos três meses, pelo menos.

      Ou também o DECORE - que é a Declaração Comprobatória de Percepção de Rendimentos - emitida por profissionais de contabilidade devidamente habilitados. (servindo como comprovante para autônomos, profissionais liberais, empresários e etc.)

      Meu comentário:

      Valeu Robson. Grande contribuição. Vou falar com alguns vereadores pra ver se eles mudam a Lei. Grato. Grande abraço, Luiz.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

A herança maldita dos INHOS 8 - tampas de bueiros rebaixadas

Próximo ao ponto final de ônibus
Próximo ao shopping da caneta
Próximo ao shopping da caneta 2
Próximo à Lagoa da Usina
Próximo ao posto Esso do Centro

Alô Serviços Públicos! Assim os turistas de qualidade que desfilam de Porsche em Búzios vão desaparecer. Muitos pneus já foram rasgados nessas armadilhas deixadas por Mirinho.

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  • Valéria Céliz Conheço um montão deles daqui do Centro até a Rasa, posso até contar, vamos lá, passando a Vila Caranga, tem um enorme, subindo o alto de Búzios o lado direito na descida tem outro, depois tem os bueiros profundos dos dois lados da pista, caminho para Marina depois da 1ª curva tem 2 buracos em seguida um do outro, depois do Pardal eletrônico o lado direito de quem vai do centro está todo esburacado, do lado de quem vem tem uma cratera, chegando na antiga madereira tem um buracão, e depois entrando na Rasa tem vários, principalmente nos quebra molas. O pior de tudo isso é a falta de iluminação da Marina até o Cruzeiro, os carros do sentido contrário vem com o farol alto, agora os faróis tem 3 andares, é duro ir para casa depois de um dia de trabalho e ter de enfrentar uma maratona, corrida de obstáculos e agora estou de carro, imaginem esse percurso quando eu ia de lambreta?????

Meteram os pés pelas mãos!

BO nº 565
Ufa! Saiu o BO com as tão esperadas nomeações do primeiro escalão do governo André. Dos nomes que adiantei aqui no blog- viu Doutor!- errei um ou outro. Vamos submetê-los a análise. A princípio me parecem- e o parabenizo por isso- nomes melhores dos que os do secretariado     de Mirinho. Búzios merece! 

Mas quando as coisas demoram a vir a luz nós ficamos desconfiados, muito desconfiados. Os governos dos Inhos nos acostumou mal com  práticas desse tipo. Em geral, mal feitos ou incompetência mesmo. Falta de bons quadros partidários. 

Agora me diga que corpo de procuradores é esse que orienta o prefeito a alterar a estrutura administrativa da Prefeitura através de decreto? No caso, o decreto nº 2. Vejamos. 

Acreditam eles que a famigerada Lei 708- de autoria do secretário mais nefasto de Mirinho-  ainda autoriza o Poder Executivo a pintar e bordar com a estrutura administrava através de Decreto. Enquanto ela valia por inteiro, sim. Ao aprová-la os vereadores abriram mão de tantas prerrogativas suas que podemos apelidá-la de Lei do "calção de banho" em homenagem ao vereador Genilson que , na ocasião, alertou seus pares para esse fato: "Aprovando essa Lei é melhor botar um calção e ir à praia. Não teremos mais nada pra fazer na Casa legislativa". Mesmo assim,  os meninos de Mirinho aprovaram-na com goleada: 7 a 2. 

Acontece que o mundo dá voltas. E como dá. Mirinho usurpou tanto as prerrogativas da Câmara que no biênio seguinte surgiu o G-5- movimento de revolta de vereadores insatisfeitos com a perda de suas atribuições constitucionais- que revogou parcialmente a LEI. 

Será que os procuradores atuais do governo André não sabem disso! Parece. Segundo eles, as alterações atuais foram feitas com base em dois artigos da Lei 708: o artigo 51 e o 223. É interessante observar que só se justificam as alterações com os dois artigos conjugados. Vamos lá.

O artigo 51 autoriza o uso do Decreto. Correto. O artigo 223 autoriza a criação de novos cargos. Incorreto. Este artigo- pertencente ao Título VII da Lei 708- foi revogado assim como todo o Título VII. É o que diz a Lei nº 824, de 30/12/2010, de autoria do vereador Evandro. Logo, chega-se à seguinte conclusão: criação de novos cargos só passando pela aprovação da Câmara de Vereadores através de uma nova Lei de Reforma Administrativa enviada pelo Executivo. O que o prefeito ainda pode fazer por decreto (artigo 51) é "dispor sobre a estrutura, organização e funcionamento de cada uma das unidades, elencadas no artigo 45 (estrutura administrativa do governo Mirinho), bem como a relotação de cargos e funções...". Novos cargos, nova estrutura, portanto, é com a Câmara de Vereadores.

Ver:

1) BO 376, de 9/1/09 - Lei 708
2) BO 474, de 18/02/11 - Lei 824
3) BO 565, de 11/1/13 - Decreto nº 2 

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  • Robson Almeida NÃO PODE UM DECRETO DO PREFEITO CRIAR CARGOS, FUNÇÕES OU EMPREGOS PÚBLICOS.

    LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DE BÚZIOS => Art.53, II (São de iniciativa privativa do Prefeito as ((LEIS)) que disponham sobre as seguintes matérias: II - ((CRIAÇÃO DE CARGOS, FUNÇÕES E EMPREGOS)) ...)

    CONSTITUIÇÃO ESTADUAL RJ => Art. 112,§ 1º, II ,"a" (São de iniciativa privativa do Governador as ((LEIS)) que disponham sobre: CRIAÇÃO DE CARGOS, FUNÇÕES E EMPREGOS...

    CONSTITUIÇÃO FEDERAL 1988 => Art. 61,§ 1º,II,"a" (São de iniciativa privativa do Presidente da República as ((LEIS)) disponham sobre: a CRIAÇÃO DE CARGOS, FUNÇÕES E EMPREGOS...

    Em complemento,
    HELY LOPES MEIRELLES explica:
    “A ((CRIAÇÃO))... de ((CARGOS, EMPREGOS E FUNÇÕES)) públicas do Poder Executivo exige ((LEI)) de iniciativa privativa do Presidente da República, dos Governadores dos Estados e do Distrito Federal e dos ((PREFEITOS MUNICIPAIS)), conforme seja federal, estadual
    e municipal a Administração direta, autárquica e fundacional. (...)(Direito Administrativo Brasileiro. São Paulo: Editora Malheiros, 2006, p. 420)”

    Para fechar com chave de ouro::>>

    SEGUNDO O SUPERIOR TRIBUNAL FEDERAL - (INFORMATIVO 515/STF) - CRIAÇÃO DE CARGOS PÚBLICOS É RESERVADO À LEI FORMAL.

    "A Constituição da República não oferece guarida à possibilidade de o Governador do Distrito Federal ((CRIAR CARGOS)) e reestruturar órgãos públicos ((por MEIO de SIMPLES DECRETO.)) Mantida a decisão do Tribunal a quo, que, fundado em dispositivos da Lei Orgânica do DF, entendeu violado, na espécie, o princípio da reserva legal. (RE 577.025, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, julgamento em 11-12-2008, Plenário, DJE de 6-3-2009, com repercussão geral.)

    EM SUMA, CRIAÇÃO DE CARGOS POR DECRETO É VÍCIO FORMAL INSANÁVEL. AFRONTA A DISPOSITIVOS DAS CONSTITUIÇÕES FEDERAL E ESTADUAL (COMO TAMBÉM) A LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DE BÚZIOS.

    Não sou advogado. Apenas um contador, aprovado para Auditor Fiscal de Búzios, aguardando a convocação.

    Meu comentário:

    Obrigado pelo comentário. Parabéns pela aprovação no concurso. Faço votos que você seja chamado logo. 
    Grande abraço,
    Luiz  

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Novo Delegado em Búzios

Delegado Mário Lamblet, foto do blog visãolaflora
"Negativa ao pedido de escolta para magistrado, e falsas alegações de que teria ligações políticas com ex-prefeito, podem ter derrubado Lamblet".

"Após completar dois anos à frente da 127ª Delegacia Legal de Búzios, o delegado Mario Lamblet deixará a função, após sofrer forte pressão do prefeito André Granado e autoridades do Judiciário, ligadas a ele. De acordo com Lamblet, desde que se anunciou o resultado nas urnas de outubro, a cúpula da Policia Civil tem sido persuadida a fazer sua remoção, sob alegação de que teria ligações políticas com o ex-prefeito Mirinho Braga, o que Lamblet nega com veemência. Neste esforço de remoção, autoridades ligadas ao prefeito, além do próprio, e membros do Judiciário local fizeram inúmeras investidas contra a chefia da Policia Civil, no Rio, na tentativa de imputar ao titular da 127ª DP, toda sorte de malfeitos. Para Lamblet, sua remoção, anunciada ontem (21), não afeta a boa imagem que construiu perante a população de Búzios nas duas oportunidades em que comandou a Policia Civil na Cidade, tão pouco afeta um currículo formado ao longo de 26 anos na instituição. – Deixo Búzios, tendo cumprido todas as metas postas pela Chefe de Policia Civil no Estado, Delegada Marta Rocha, sendo bem avaliado pela população – disse Lamblet, que segue para comandar a 110ª Delegacia de Polícia, em Teresópolis".

Fonte: "blog visaolaflora"

Comentário no Facebook:


  • Hector Sirera so gostaria de lembrar que ate a chegada do Del. Mario Lamblet NUNCA tivemos na cidade um delegado que se estabelecera. Todos os anteriores a ele ficavam em Buzios so algum que outro dia infelizmente.

    Meu comentário:

    Tens razão Hector. A postagem não é minha. Só repercuti a informação da Flora. Seria bom se alguém da prefeitura esclarece essa "intervenção" pela saída do delegado. 

Telefones úteis do novo governo


Trabalhadores de Búzios 1: o catador de latinhas Paulo


A Aldeia Maracanã é dos índios, diz antropólogo

www.apublica.org

Olhem o que o inculto ex-prefeito de Búzios Mirinho Braga publicou em seu blog. O cara é filiado ao mesmo partido em que militou o grande Darcy Ribeiro. Claro, que ele não tem nada a ver com o pedetismo histórico. Vincula-se à corrente do bronco fantasma Carlos Lupi. 

Museu do Índio

"O Prédio desabando. A população não o percebia, os políticos o ignorava (sic). Bastou o Governo Estadual resolver transformar as ruínas do antigo Museu do Índio em estacionamento, para atender o maracanã, que apareceram políticos oportunistas criando confusão e transformando o local na maior concentração de índios do Estado do Rio. É bom que se diga que um novo Museu do Índio já funciona no Bairro Botafogo, mas os oportunistas, que se dizem de esquerda não querem sequer tomar conhecimento disso. Necessitam, desesperadamente, de um discurso, mesmo que seja cheio de demagogia" ("blogdomirinhobraga")

Olhem o que diz a Cultura através do antropólogo Marcos Albuquerque da UERJ:

A ocupação do ex-museu do índio dá visibilidade à luta por políticas públicas indígenas em áreas urbanas e permite a governo do Rio dialogar, afirma Marcos Albuquerque, da UERJ

 “Quanto à origem deste prédio, há poucas informações disponíveis e muitas delas se contradizem”, diz o relatório feito em 1997 pelo Instituto Estadual do Patrimônio Cultural, o INEPAC, órgão vinculado à Secretaria de Cultura do estado do Rio de Janeiro, sobre o prédio conhecido como “antigo Museu do Índio”, que o governo do Rio quer demolir para facilitar o trânsito no entorno do estádio Maracanã, em reforma para a Copa 2014.

O que se sabe é que, no início do século XIX, a região era de engenhos de açúcar e, provavelmente, ainda repleta de aves chamadas maracanãs. Em 1889, com a chegada da República, aquelas terras adquiridas pelo Duque de Saxe, genro de D. Pedro II, deixariam de pertencer ao Império do Brasil e passariam a ser propriedade do Ministério da Agricultura, Indústria e Comércio.

O casarão imperial se tornaria conhecido a partir de 1953, como sede do Museu do Índio, chefiado por Darcy Ribeiro. O museu se tornaria referência internacional, servindo de “modelo a diversas instituições, orientando-a quanto à catalogação e classificação de material etnográfico e quanto aos melhores métodos de exposição museográficas”, como aponta o relatório do INEPAC.

Em 1978, o Museu do Índio mudou de endereço e o prédio caiu no abandono. Deteriorado, acabou não merecendo tombamento do Iphan que o avaliou como de baixa relevância nacional do ponto de vista histórico e arquitetônico.

Para o antropólogo Marcos Albuquerque, professor adjunto da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e pesquisador da presença da população indígena nas grandes cidades, não há dúvida que o prédio tem valor histórico pelo que representa para o indigenismo nacional e sua ocupação legitima a construção de “referenciais” indígenas na cidade do Rio de Janeiro, onde a luta por políticas públicas tem maior visibilidade.

Leia a entrevista.

OCUPAÇÃO É LEGÍTIMA E PODE ABRIR DIÁLOGO
O governador Sérgio Cabral, em uma fala veiculada na televisão, deu a entender que a Aldeia Maracanã não teria legitimidade por não estar ali desde o descobrimento, nem no período colonial. Qual a sua visão sobre isso?

O que o governador falou é algo que vai contra preceitos constitucionais e regras jurídicas que determinam o tipo de atenção ao caso. A ocupação dos indígenas naquele espaço é legítima independentemente do ano em que foi feita. Do ponto de vista da política indigenista, o que está em jogo ali é o fato de ser uma comunidade indígena reivindicando um direito constitucional. No mínimo, os indígenas teriam o direito de usucapião, que é um direito coletivo. Além disso, é um espaço que tem valor histórico e que deve ser mantido. A intercessão entre esse valor histórico e a presença da população indígena ali, em um espaço da memória do movimento indigenista, já daria toda a legitimidade ao que eles estão reivindicando, que não é de direito individual. É uma reivindicação de um direito coletivo, claramente legítima do ponto de vista de preceitos constitucionais. Esse tipo de fala que o governador ou o prefeito tem feito às pressas não tem nenhum valor oficial e o que o governo do estado irá fazer com relação a essa questão não pode estar baseado em uma afirmação como essa, feita às pressas.

O tombamento do prédio do antigo Museu do Índio foi recusado na avaliação do Iphan. Mas a questão se resume ao caráter histórico do lugar ou vai além disso?
Pelo que a gente está acompanhando da mobilização em torno do antigo museu por conta da ocupação indígena, a questão é mais complexa, envolve a presença de uma população indígena que já está há pelo menos seis anos ali. É um tipo de ocupação que não está apenas pela preservação da memória do imóvel, que tem a ver com a história do indigenismo nacional, mas também com o projeto de construção de referenciais na cidade do Rio de Janeiro para a cultura indígena e – por que não? – de projetos de implementação de políticas públicas a partir desse epicentro.

Quem são os índios que estão ali, de onde vêm, o que fazem?
A ocupação do local foi uma forma de – na medida do possível, sem recursos – implementar uma política cultural que funcionasse como pólo de visibilidade da questão indígena local e nacional, até porque existem indígenas do país todo lá. O núcleo principal era formado por cerca de seis indígenas, principalmente homens adultos e solteiros, mas há alguns deles que estão há mais de 20 anos morando aqui no Rio de Janeiro. A maior parte vem do norte do país, principalmente do estado do Amazonas, e alguns já tinham uma trajetória de mobilização política pró-indígena em Brasília e em outras capitais. Outros, como os Guajajara, vieram ao Rio de Janeiro com família, estavam morando em residências sem condições de saúde e segurança, mesmo que tivessem formação acadêmica, como é o caso do Arão [da Providência], que é advogado e atua junto à OAB e ao Ministério Público, e o irmão dele, o Zé, que é doutorando em linguística no Museu Nacional, mais as famílias, todas em situação econômica bastante precária. São situações bastante diversas.

Qual é a situação hoje dos índios que vivem em cidades, como o Rio de Janeiro?
Cerca de 40% da população indígena original hoje está dispersa nos grandes centros urbanos do país: Porto Alegre, Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Brasília, Salvador e Manaus, principalmente. E todas as grandes cidades têm políticas de atenção à população indígena, mas que são muito diferentes porque não há uma regulamentação federal de como deve ser feito o atendimento a essa população. E a implementação dessas políticas públicas, em quase 100% dos casos, vêm por conta da mobilização dos próprios indígenas. Principalmente com relação ao atendimento à saúde, educação e moradia. São Paulo e Manaus são centros de referência para esse tipo de política pública.

Por que a população indígena migra para as cidades?
Essa migração tem mais de 50 anos, no mínimo. Os indígenas migram, principalmente os do nordeste brasileiro e, mais recentemente, da região norte, por conta de conflitos fundiários, por conta de violência pela posse da terra, por conta de muitas populações indígenas, principalmente do nordeste, estarem hoje ocupando territórios que não tem viabilidade econômica. Então os migrantes indígenas são migrantes tal como os migrantes do nordeste brasileiro. Mas a Constituição de 1988 regulamenta uma certa autonomia de representação dos povos indígenas através de suas associações, que passam a não depender apenas da Funai e do Ministério Público e aí começam a ter visibilidade. E eles também migram em busca de melhoria na educação, formação na educação básica e universitária e, em menor parte, em busca de atendimento à saúde. O Estado brasileiro tem o papel constitucional de criar políticas públicas para amenizar o impacto da violência imposta aos indígenas durante a construção do país. É uma espécie de compensação histórica feita aos povos indígenas. Mas o que o Estado vem fazendo ao longo do tempo é um tipo de atendimento, feito pela Funai, dentro das aldeias, e não nas cidades. Embora a redação do texto constitucional não faça distinção entre comunidades em aldeias ou centros urbanos. É por conta disso que os povos indígenas estão exigindo que os órgãos públicos implementem, ou regulamentem, o preceito constitucional. Essa é a luta deles.

Como o governo do Rio tem tratado a questão indígena?
Pelo que consegui sondar até o momento, e pelo que informam os próprios indígenas, o estado do Rio de Janeiro não tem nenhuma política pública para os povos indígenas, o que é um fosso bastante significativo no cenário nacional. Até porque a cidade do Rio de Janeiro, oficialmente, pelo Censo, tem mais de 6 mil indígenas. Mas pelas contas dos próprios indígenas e de pessoas envolvidas, esse número é, no mínimo, três vezes maior. Em São Paulo, os indígenas, ao constituírem associações, passaram a ter uma melhor organização e conseguiram montar autonomamente o seu próprio censo. Mas no Rio de Janeiro não tem nenhuma associação institucionalizada ou indígena que já tenha condições de fazer esse tipo de mapeamento. O governo do estado do Rio e a prefeitura do Rio não cedem nenhum funcionário ou espaço institucional para o fortalecimento das associações indígenas. Não promovem nenhum tipo de atendimento diferenciado na saúde ou na educação, nenhum tipo de política pública para os povos indígenas, e não há nem um conselho estadual de povos indígenas, como ocorre em outros estados.

O que significaria, então, o reconhecimento de que é legítima a reivindicação dos índios a um espaço, um centro cultural, que preserve a memória e a história deles, no Rio de Janeiro?
A Aldeia, tal como ela existe, já se configura como espaço de pressão para que o governo do Rio de Janeiro implemente políticas públicas para essa população. Minimamente já se consegue promover algo muito importante que é um impacto de articulação, de encontro – festivo, mas também político. E ao se tornarem visíveis, como é o caso da Aldeia Maracanã, o governo passa a chamá-los para dialogar. E é possível que esse diálogo, nascido da Aldeia Maracanã, possa se desdobrar efetivamente na construção de políticas públicas. E não só para esses que estão na Aldeia, mas para todos que estão no estado do Rio de Janeiro, que são muitos mais. Esse movimento é muito maior do que o número específico de índios que estão na Aldeia.

Como você acha que um evento como a Copa pode definir essa representação que os índios estão tentando conseguir frente ao governo?
A Copa levou a uma grande visibilidade internacional principalmente nesse último ano, em 2012 e agora no começo de 2013, por conta do incremento das reformas no Maracanã e do impacto sobre a Aldeia Maracanã. Isso vem levando os indígenas a ter uma visibilidade internacional muito grande. É evidente o desnível entre o interesse da mídia internacional e o da mídia nacional, que passou a olhar para essa questão muito recentemente e com muito mais reticências do que a mídia internacional. É um pouco ilógica a política do governo do estado de não tornar a ocupação dos índios algo positivo. É um paradoxo no que se refere a um elemento de grande significação internacional, que é a manutenção, o registro, a atualização de um patrimônio em pleno coração da cidade para onde os olhos do mundo estarão voltados.

Fonte: http://www.apublica.org/2013/01/aldeia-maracana-e-dos-indios-diz-antropologo/

Comentários no Facebook:


  • Mehdi Guarani Kayowá Anna Roberta Eram nestas mãos q Buzios estava......tststs....
  • Mehdi Guarani Kayowá Anna Roberta Toda vez q a população age, é um movimento politico oportunista, dizem os politicos no poder. Toda vez q o povo age é um movimento popular, digo. Dizem o mesmo do Mangue de Pedras de Buzios, da Usina de Belo Monte, do Museu do Indio da Aldeia Aldeia Maracana. Há sempre laranjas passadas. Mas não se pode subestimar o poder e a inteligencia do povo. Falta ao poder instituído dar-se o mea culpa. Estes movimentos representam o povo lutando contra o capitalismo desmedido q assola a política em todas as esferas do Brasil.


    Jose Figueiredo Sena Sena Luiz, tu conheceu o grande Darcy Ribeiro ? Eu conheci em 1969 lá em Montes Claros.Tu já leu" MAÍRA" ( tem que ler entendendo para a nossa realidade de hoje ) ( deu pra entender. )

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Concurso algemas de ouro 2012


Lula é eleito por internautas o político mais corrupto de 2012

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi escolhido neste domingo como o político mais corrupto de 2012 em uma enquete online realizada no Facebook. Lula recebeu 65,69% dos votos, totalizando 14.547 pessoas.

 O Troféu Algemas de Ouro - promovido pelo Movimento 31 de Julho, um grupo anticorrupção - chegou este ano à sua segunda edição propondo uma lista de 10 candidatos. A edição anterior foi vencida pelo presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP).

 Em segundo lugar na enquete, com 21,82% dos votos, ficou o senador cassado Demóstenes Torres (sem partido-GO), envolvido no esquema criminoso chefiado pelo bicheiro Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. O terceiro colocado foi o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), com 4,55% dos votos.

 Completam a lista o deputado federal Paulo Maluf (PP-SP) - incluído "pelo conjunto da obra" e por ser fugitivo da Interpol, segundo o movimento -; o deputado Eduardo Azeredo (PSDB-MG), apontado como um dos operadores do chamado mensalão tucano, em Minas Gerais; a ex-ministra da Casa Civil Erenice Guerra; o senador Jader Barbalho (PMDB-PA); o empresário Fernando Cavendish, ex-presidente da Delta, empresa envolvida no escândalo de Cachoeira; o ex-governador do Distrito Federal José Roberto Arruda; e o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel (PT).



Para você quem ganharia as algemas de ouro em Búzios? Emails para a redação do blog. Sigilo absoluto. 

Poder “paralelo”

Foto do Facebook de Messias Carvalho


O vereador Messias Carvalho (PDT) publicou em seu Facebook  (”messias.carvalho”) a postagem abaixo:

Noticiante local, de final de semana, estabelece comparações entre ações dos governos anteriores e do atual, sugerindo “desvios” que agora contariam com a cumplicidade/omissão do MP, do Judiciário e de ONG’s. Em tempos de embargos de obras, não seria mais adequado se sugerir, na intenção do noticiante, o “desvio” do foco? Ora, o cenário atual deixa claro que o atual Prefeito esta cercado, por dentro, pelos interesses de remanescentes de um governo derrotado e, por fora e na atual conjuntura política, via Poder “paralelo”, pelos interesses de “encostados” no outro governo, também derrotado recentemente. Se referindo aos “desvios”, o noticiante afirma que ”MP e Judiciário assistem a tudo, até agora, calados”. Mas, fica a pergunta: porque o noticiante deixou de fora o Poder “paralelo”? Passou da hora de se fazer ecoar as “vozes roucas das ruas”, como diz o Vereador Henrique Gomes. Estas sim, até agora, caladas.”

Não sou amigo do vereador no Facebook. Como a postagem é pública e adquire importância por ser  Messias um membro de um dos Poderes de Búzios, resolvi compartilhá-la, assim como a discussão que se seguiu.

Parte superior do formulário
Ruy Borba Porra! Buzianos! Sejam claros. Parem de tergiversar. Fale logo que é o Poder 'paralelo'. Assumam coragem. Não sejam obliquos. O notificante, que no caso deve ser o Jornal PH mensionou corajosamente os Poderes que interferem nos negócios que não são da sua atribuição. Seja corajoso vereador Messias Carvalho, e dê logo nome.

Ruy Borba Me cansa ver essas notinhas sem mencionar as personagens e os protagonistas.

Messias Carvalho OS BUZIANOS SÃO ESCLARECIDOS E DISCERNEM NAS ENTRELINHAS QUANDO "SE COLOCA O DEDO NA FERIDA".

Ruy Borba Não, negativo. Esse é o estilo dos covardes, ou daqueles que pela história foram dominados, e sentem medo de retaliações Messias Carvalho. Linguagem obliqua é típica dos fracos. Não existe isso no meu glossário de vida. E mais dedo na ferida é coisa de Tomés, de baixa credulidade.

Messias Carvalho Ruy Borba, forçosa e respeitosamente dirijo-me à sua pessoa tão somente para esclarecer que "colocar o dedo na ferida" nada mais é do que "acertar no ponto principal" ou, contextualizando, "acertar no FOCO". E, cabe dizer (utilizando uma expressão que, se não é sua, é por vc muito utilizada), "à partir da vista do ponto e não de um ponto de vista".

Ruy Borba Ainda tergiversas Messias Carvalho. Repito: não mencionar claramente o nome das pessoas, ou entidades, é manifestação típica de covardes.

Kin Hernandez Prazer Tomé, um dia na cadeia ! Aguardando processo ...

Kin Hernandez Vamos aos nomes, Ruy Borba é um cancro na sociedade Buziana, me diga 3 amigos sem contar sua mãe e pai que você realmente diria que te amam e que você ama, que estariam com você até mesmo naquele dia na cadeia, sem influencia do dinheiro.



TODOS, ABSOLUTAMENTE TODOS que eu converso em Búzios falam mal de Ruy Borba, o Câncro !!

Eu teria vergonha de ser você !!! Se orienta ...


Kin Hernandez PS: O Kaue conta como um, me diga mais dois ...

Ruy Borba Kin Hernandes é boca alugada por essa gente do PDT. Boca alugada. Não tem valor a não ser referenciado por outros. O dia dele está guardado.

Kin Hernandez Estou no aguardo, quanto a boca alugada, ninguém coloca nada na minha boca Ruy, não diga que os outros fazem algo só por que você faz !! Por favor !! rsrs

Ruy Borba Boca alugada pela Juventude do PDT, SIM. não vou debater com gente que não se mostra em públco.

Kin Hernandez Eu preciso aparecer na sua frente para você ver que eu sou real ? Me poupe né, não sou obrigado a dar as caras para fazer algo pela sociedade, quando digo algo, digo algo útil, sobre a Juventude do PDT, essa juventude tem futuro, minha boca não é aluga...Veja mais

Ruy Borba nos veremos no Fórum.

Kin Hernandez Estou no aguardo, vai me acusar de que ? De te achar um cancro pra sociedade, de dizer que você já passou um dia na jaula ? De achar você um ser inútil na sociedade Buziana ?



Basófias HA HA HA ...


Kin Hernandez E pelo que citam, agora te pedindo desculpas, mas é só do "ouvi falar", você tenta processar todo mundo ou pelo menos avisa que vai... rsrs cão que ladra não morde e se eu sair de casa por um processo, tenha certeza que tu terá que me pagar muito mais só pelo deslocamento. Meu preço é caro !! rsrs

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Carlos Terra A leitura do conflito que faz com que as fraquezas derrotadas tentem um lugar ao sol destruindo-se mutuamente, acaba se tornando um exercício de autofagia, tanto Messias que, covardemente omite identificar o alvo de suas acusações quanto Ruy Borba que coloca um palavrão horroroso ao arrepio de sua vocação de monge, além de subscrever uma coluna chamada periscópio que é acessório do mais covarde de todos os engenhos de guerra, trocam farpas, sem se aperceberem que ambos foram fragorosamente aniquilados no sufrágio popular. Façam uma autocrítica e se abstenham de emitir opiniões, pois ambos perderam a credibilidade. Messias, ao comandar a ausência de seu trabalho remunerado pelo povo, para covarde e casuisticamente proteger seu amo tal qual faz o mais vil dos servos e Ruy Borba, ao ser recolhido pela justiça ao presídio de Bangu 8. É inacreditável que tenham a coragem de criticar quem quer que seja, desobedecendo o dito popular que diz "macaco olha o seu rabo". Parabéns ao rapaz que teve a coragem de colocar Ruy Borba no seu devido lugar a quem pergunto: qual a sua motivação para se vincular ao partido dos mentirosos, o PDT? Me dê só uma razão, tenho enorme curiosidade de conhecê-lo.


Comentário:


  1. Acho que criticar por criticar, a tal ponto de atingir a pessoa, é algo muito equivocado. Não precisa-se chegar a tanto, numa cidadezinha que a " politicagem " persiste e ainda pode demorar muito para ser deletada da mentalidade de alguns. Ademais, até agora a atual administração não demonstrou ter achado o norte, a que veio, um dos indicios, é o fato de hj termos " Dois " prefeitos, um de fato e outro legitimado pelo povo. Não é muito dificil observar tais coisas, Búzios é um " ovo ", se deres um pum no centro, dependendo dos ventos, chega-se na Rasa em instantes ou mais tardar dia seguinte. Acho ainda, este discurso pessoal meio demagogo, se a pretensão é uma defesa direta ou indireta a nova administração. 

domingo, 20 de janeiro de 2013

Autocríticas


REDES SOCIAIS E O PODER

“Chega a ser patética a forma como alguns seguidores de Mirinho Braga tem se manifestado na internet, Os órfãos do ex-prefeito, ora em perfis verdadeiros, ora em falsos, não poupam ataques a ninguém , mas não são capazes de lançar um olhar para si mesmos e enxergar onde erraram nos últimos quatro anos. Portam-se como se alguma força de fora tivesse chegado aqui e lhes arrancado a força do poder. Enquanto não identificarem em si mesmos a razão para o fracasso nas urnas, pastarão.”  (EduardoBorgerth, Coluna Observatório, JPH 20/01/2013).

Excelente análise, Eduardo! Gostei muito. Muito boa mesmo. Cai como uma luva nos seguidores de Mirinho. Nos Carlinhos, Alanzinhos, Ruyzinhos, Vitinhos, Camilinhas, etc. Claro que se tem que, necessariamente, fazer uma transição de uma posição à outra, através de uma autocrítica séria, senão fica-se pastando mesmo, como eles estão. Não fica bem criticar nos outros aquilo que não se critica em você mesmo, ou no governo que defendeu. É pura hipocrisia. Ou será aquela lógica que aceita que quem tá no Poder faça o que quiser, assim como aceita que os que estão de fora critiquem à vontade, aguardando a vez de voltar para fazer a mesma coisa. Não se precisa mudar nada, né?

Mas tem um detalhezinho. Não fica chateado não. Vou juntar também o teu nome à lista dos inhos lá de cima, porque também é patético ver você- também considerado por mim como mais um órfão do prefeito Mirinho- dizer no Editorial do JPH desta semana que o lixo de Mirinho era “ruim e caro”. Perdoe-me, Eduardo, mas você durante quatro anos nunca disse isso. Poderíamos ter economizado uma graninha. Nem uma palavrinha sobre a questão. Também não dá pra aceitar que o senhor reclame da publicação de atos oficiais da prefeitura em órgão de imprensa de outro município. Quando Mirinho publicava edital de licitação no Jornal O Povo, da baixada fluminense, o senhor ficava caladinho. Né? Mirinho, como Toninho, também era fantoche (“fraco e sem pulso”)? Fantoche de quem? Do Ruy? Porque não disse isso antes pra gente. É muito triste ter um prefeito fantoche. Imagina. Um banana nos governando. É isso?   Que tristeza!

Grave mesmo é ficar sabendo que “havia uma relação incestuosa entre os Poderes”. É mesmo Eduardo? Coisas incestuosas são sem-vergonhices graves. Você sabia e ficava calado. Não acredito Eduardo!  Quer dizer que nunca tivemos uma ‘justiça competente, imparcial e impessoal (que fosse) exercida por agentes públicos avessos a holofotes que se (portassem) com prudência e comedimento dentro, e fora do Fórum”. Você tá falando do Dr. João Carlos? Não acredito. Por que não falou nada pra gente antes. Quem lia o jornal achava o Doutor um excelente Juiz. Por que Eduardo?

Observação: os grifos acima são meus.

Comentários:

Já dizia um ditado árabe: " Deus me livre dos meus amigos, pois meus inimigos eu conheço muito bem ". Mirinho hoje deve estar entendendo este ditado ao pé da letra. Acabou a bajulação, puxação de saco e ...Ao que parece, o JPH esta sofrendo a falta de quem bajular, postar coisas mentirosas, tais como feitos " maravilhosos " da antiga gestão. Nadou, nadou e morreu na praia (Márcia Bispo)