Mostrando postagens com marcador jornalismo. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador jornalismo. Mostrar todas as postagens

terça-feira, 23 de abril de 2019

Brasil cai 3 posições no Ranking de Liberdade de Imprensa



A organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF) divulgou no dia 18 último o Ranking de Liberdade de Imprensa, que todos os anos categoriza as condições de trabalho dos jornalistas ao redor do mundo. Este ano, as degradações mais fortes foram registradas na América do Norte e na América do Sul, onde a situação do Brasil contribuiu para o resultado negativo.

Em 2018, quando foram registrados assassinatos de quatro jornalistas no Brasil e o cenário piorava para repórteres que cobriam temas relacionados à corrupção, às políticas públicas e ao crime organizado, o país ficou no 102º lugar no ranking. Em 2019, o Brasil caiu três posições (105º) e registrou uma pontuação de 32.79, — a escala vai de 0 a 100, sendo 0 positivo e 100 negativo — se aproximando da zona vermelha, formada por países que tiveram sua realidade classificada como “difícil” pela RSF. A metodologia do estudo e a classificação de todos os países estão disponíveis aqui e aqui, respectivamente.

Segundo o diretor da RSF na América Latina Emmanuel Colombié, a queda do Brasil — que ocupa hoje sua pior posição no Ranking desde 2015 — é explicada pelo crescente discurso de ódio contra profissionais de imprensa, principalmente no contexto político-eleitoral. "A proliferação de estratégias de desinformação, em particular durante o período eleitoral, e o discurso público cada vez mais orientado pela crítica à imprensa, alavancaram um sentimento de desconfiança para com o jornalismo e os jornalistas", comenta. "Uma desconfiança que frequentemente se materializa em discurso de ódio, campanhas de difamação, processos judiciais e acaba estimulando a autocensura.

Daniel Bramatti, presidente da Abraji, afirma que o ódio contra jornalistas prejudica a sociedade como um todo. “Não existe livre circulação de informações - um pressuposto para a democracia - em um ambiente marcado por ameaças e intimidação”, comenta. “Os ataques são condenáveis independentemente de vir do governo ou da oposição. Os que provocam mais dano, porém, são os provenientes de quem exerce o poder.

Colombié também critica a postura de governantes em relação aos jornalistas. "Infelizmente, a postura do presidente Jair Bolsonaro é reveladora de uma tendência cada vez mais atual entre chefes de estado, que parecem não mais enxergar a imprensa como um fundamento essencial da democracia, mas como um adversário contra o qual demonstram abertamente sua aversão", comenta. 

A Repórteres Sem Fronteiras aponta o WhatsApp, principal fonte de informação dos eleitores de Bolsonaro (61%), como o ambiente de compartilhamento de “campanhas de difamação e outras teorias de conspiração” que contribuíram para que jornalistas se tornassem um alvo preferencial de “grupos disseminadores de ódio, especialmente nas redes sociais”. Em 2018, levantamento da Abraji registrou 156 casos de violência a jornalistas e comunicadores em contexto político, partidário e eleitoral, sendo 85 ataques por meios digitais.

O país mais perigoso da América Latina continua sendo o México (144º), que em 2018 registrou pelo menos 10 mortes de jornalistas. Assim como o Brasil, o México passou por um processo eleitoral recentemente, marcado por numerosos ataques a jornalistas. Com a chegada do novo presidente ao poder, as relações entre o poder público e a imprensa acalmaram-se. No Brasil, a ONG Artigo 19 mostra que desde a posse presidencial o comportamento de Jair Bolsonaro e seus apoiadores em relação à imprensa indicam institucionalização de violações à liberdade de imprensa.

A Venezuela perdeu cinco posições desde 2018, ocupando o 148º do ranking. Segundo a RSF, as detenções arbitrárias e casos de violência contra jornalistas por parte de agentes do governo Maduro aproximam “perigosamente” o país do fim da lista.

O ranking da RSF é publicado desde 2002 e mede as situações relativas à liberdade de expressão de 180 países. Este ano, 77% dos territórios analisados apresentam situações problemáticas, — como é o caso do Brasil — difíceis ou muito sérias. Os cinco países com melhores índices de liberdade de imprensa são Noruega, Finlândia, Suécia, Países Baixos e Dinamarca.

Fonte: "abraji"


segunda-feira, 23 de julho de 2018

Blogueiro de Casimiro de Abreu, preso, é acusado de extorsão, estelionato e falsificação de documentos públicos

Logo do blog IPBUZIOS

O blogueiro de Casimiro de Abreu Rodrigo Lins de Barros Ayçar foi preso temporariamente por cinco dias na última sexta-feira (20) pela operação "Os Bastidores" do MPRJ. Na operação, o MPRJ  investiga "a montagem de um esquema de extorsão no município em que os vereadores da oposição chantageavam os vereadores da situação, visando a aprovação de projetos de interesse pessoal na Câmara Municipal".
A participação do blogueiro no esquema era tão importante que a operação do MPRJ recebeu o nome de sua página no Facebook (ver em "rodrigobarros01").
De acordo com a denúncia do MP, cabia a Rodrigo Barros, a mando do ex-prefeito Antonio Marcos de Lemos Machado, que comandou o município nas gestões 2009-2012 e 2013-2016, "averiguar fatos desabonadores utilizados na chantagem contra os políticos da situação, como a da ameaça de que publicaria as informações em seu blog “Os Bastidores”.
Assim, teria acontecido com o ex-presidente da Câmara, Alessandro Pezão, "que se afastou do cargo após denúncia de que receberia parte dos salários dos funcionários da Casa. Com o afastamento de Pezão, o blogueiro cobrou do sucessor à presidência da Câmara a sua nomeação para chefe de gabinete".
O juiz determinou também a apreensão de documentos, computadores, celulares e câmeras na residência de Rodrigo Barros.
Rodrigo Barros, que está preso e o ex-prefeito Antonio Marcos que se encontra foragido, "foram acusados de envolvimento nos crimes de extorsão, estelionato e falsificação de documentos públicos".
Extorsãoato de obrigar alguém a fazer ou deixar de fazer alguma coisa, por meio de ameaça ou violência, com a intenção de obter vantagem, recompensa, lucro.
Estelionato: fraude praticada em contratos ou convenções, que induz alguém a uma falsa concepção de algo com o intuito de obter vantagem ilícita para si ou para outros (p.ex., a venda de coisa alheia como própria, a hipoteca de bem já hipotecado, a emissão de cheque sem fundos); burla.
Meu Comentário: 
Todo cuidado com jornalistas e blogueiros é pouco. Principalmente com aqueles que se dizem independentes, imparciais e neutros. Esses são os mais perigosos. Sabe-se que alguns recebem mensalinhos de prefeito para se calar sobre os malfeitos de seu governo. Já ouvi de um repórter buziano que ele ganhava mais pelo que não publicava do que pelo que publicava. O que é o mesmo que o blogueiro Rodrigo Barros fazia, segundo o MPRJ. 
Procure se informar sobre o que rola nos bastidores da política de seu município, sobre as fontes de renda desses "jornalistas". O que aconteceu em Casimiro de Abreu pode muito bem estar acontecendo em seu município. OLHO VIVO com o que eles andam publicando por aí.      
Fonte: "tjrj"

quarta-feira, 16 de agosto de 2017

quinta-feira, 3 de agosto de 2017

O "jornalismo" da prensa de dedé e o blog opinativo

O site Prensa de Dedé publicou "entrevista" com o prefeito de Búzios André Granado e o secretário de saúde Fábio Waknin na qual meu blog é citado por Victor Viana (ver a entrevista em "Prensa de Dedé"). O "jornalista" parece ter ficado muito incomodado com o fato de eu ter creditado aos vereadores do G-6 grande parte do mérito pela reabertura do hospital. Também não gostou nem um pouco do fato de eu ter afirmado- não fazendo coro com o governo como ele- que o hospital fora fechado pelo prefeito. Para ele, esse termo é "inexato", já que as internações, a emergência e maternidade "aconteceram". Como "nossa equipe (?) caiu dentro na apuração" da questão hospital fechado/não fechado, o "jornalista" mete o sarrafo neste blogueiro que vos escreve. Diz que o prensa de dedé, que se propõe ser um portal de notícias regional, procura dar um "tom jornalístico" à notícia, enquanto o blog IPBUZIOS apenas emite opiniões subjetivas. E que estou condenado à uma narrativa opinativa pelo resto da vida, já que, segundo ele, essa é a "característica natural" de todos os blogs. Ou seja, blog é coisa menor.   

Para o "jornalista", "cair dentro da apuração" consiste em buscar "o prefeito e o secretário de saúde para através da indagação (?), tentar ir mais fundo em todo o teor que envolve (?) o processo de retorno do setor de urgência para o hospital". Entenderam? Narrativa jornalística mais clara é impossível. Mesmo assim, vamos de indagação em indagação ver se chegamos ao âmago da questão. Depois de oito indagações, tudo estará apurado.

Primeira indagaçãoPrensa de Dedé- Sendo direto: o Hospital estava fechado ou não? Prefeito André Granado- O Hospital nunca fechou. 
Meu comentário: então tá. O Prefeito falou, tá falado.

Segunda indagaçãoPrensa de Dedé- E então a decisão é mesmo técnica? Se é, o  que foi determinante  para o retorno do setor de Urgência para o prédio do Hospital? Prefeito- A decisão foi técnica. 
Meu comentário: o prefeito disse que retornou com a Urgência para o hospital porque os municípios vizinhos conseguiram resolver os problemas deles. Guarde bem esta resposta. Contradições à frente.    

Terceira indagaçãoPrensa de Dedé- E na opinião do senhor, funcionou a estratégia de levar a Urgência para um outro local? Prefeito- Funcionou. 
Meu comentário: segundo o prefeito, quem vinha pra cá, encontrando nosso hospital fechado, passou a procurar solução em seus próprios municípios. Guarde bem esta resposta também. Contradições à frente.

Quarta indagaçãoPrensa de Dedé- Dá pra afirmar que houve economia com esse ato? Prefeito- Muita economia. 
Meu comentário: o vereador Dida, do G-6, da tribuna da Câmara cobrou a apresentação de um estudo impacto financeiro que justificasse o fechamento do hospital. A coisa é muito séria para falar de boca que economizou. E o "jornalista" nem se lembrou de perguntar de quanto foi a economia. Não custa lembrar que a vereadora Gladys, do G-6, cansou de denunciar que, mesmo com o hospital fechado, o preço da alimentação servida por terceirizada continuava o mesmo e que nenhum contrato de prestação de serviço do hospital teve redução do valor pago.   

O secretário espera que "a maior parte das pessoas agora atendidas no hospital sejam da cidade", passando a ideia de que antes a maior parte era de fora. 

Quinta indagaçãoPrensa de Dedé- O Hospital está em condições de receber as pessoas? Prefeito- O essencial está funcionando. Secretário- O elevador, infelizmente é a única coisa que não está funcionando.

Sexta indagaçãoPrensa de Dedé: De verdade a pressão dos vereadores de oposição não influenciou em nenhum momento? Secretário- Não houve pressão, nem politica. Prefeito: Foi técnica, já estava nos planos.
Meu comentário: pergunta singela do "jornalista". Para o secretário "a população absorveu e entendeu bem o que estava acontecendo", mas reconhece que a Câmara chegou a esboçar a ameaça de trancar a pauta. Para o prefeito, diferentemente do que afirmou o secretário, a população não entendeu o que aconteceu, achando que o hospital estava fechado". Sutilezas que o "jornalista" não percebe.  

Sétima indagaçãoPrensa de Dedé- E não houve também pressão do Ministério Público como se pode imaginar? Secretário- O MP arguia as condições de atendimento e por que estava fechado, houve recomendações, mas nenhuma ação para que se reabrisse o Hospital.
Meu comentário: aqui o "jornalista" come mosca e não percebe que o secretário reconhece com todas as letras que o hospital estava fechado. 

Oitava indagação: Prensa de Dedé- Houve acusações de óbitos por negligência. O que realmente aconteceu? Prefeito-  Quando não tínhamos hospital e CTI as pessoas que eram internadas não morriam em Búzios.
Meu comentário: novamente o prefeito vem com a ladainha de sobrecarga na saúde de Búzios provocada por moradores de municípios vizinhos, esquecendo o que afirmara na segunda e terceira indagação. Quando fechou o hospital, as pessoas tiveram que se virar em seus municípios. E só reabriu o hospital, porque os municípios vizinhos haviam resolvido seus problemas na Saúde. Como então justificar a sobrecarga? 

Na resposta, o prefeito aproveita para zombar do povo buziano: a alta taxa de mortalidade hospitalar se deve, ora pois pois, ao fato de termos hospital. E um público maior de idosos que morre mais, ora pois pois. E joga a responsabilidade pelas mortes nas costas dos pacientes, pois as pessoas optam por maus hábitos de saúde. Se é assim, elas se comportam como suicidas, ora pois pois. 

Mas isso o "jornalista" não viu ou não quis ver. 

Algumas observações outras: 
-O apelido do presidente da Câmara é Cacalho e não Cacado. Jornalista deverias saber disso.
-Não foi só o G-5 que foi contra a convocação dos concursados. Os outros quatro vereadores ,que o "jornalista" chama de "membros do governo" (boa sacada jornalística), também não são muito chegados a concursados não. Gostam mesmo é de portarias pra distribuir pra sua turminha. Pelos meus cálculos devem "possuir" uns trinta ou quarenta cargos no governo. Fora outras benesses impublicáveis. E ainda, nepotistas, empregam alguns parentes, como Miguel Pereira (o filho) e Niltinho (o irmão). Disso, o "jornalista" não fala. 

Como dizia o grande Millor Fernandes, jornalismo é oposição. Jornalismo chapa branca é armazém de secos e molhados.

Comentários no Google+:

Joel Silva

3 horas atrás  -  Compartilhada publicamente
 
Luiz, bom dia! Parabens por esse editorial, em toda leitura do pressa de papel notamos as informações tendenciosas em favor de seus colaboradore$.
Minha opinião: O "prensa" Sucumbiu ao proprio desalento.
Grande abraço.

terça-feira, 23 de maio de 2017

"Jornalismo" é isso aí!!!



Tema principal: Cláudio Humberto
Termo de depoimento de Ricardo Saub em vídeo nº 16, prestado em 05.05.2017
Pessoas físicas citadas: Cláudio Humberto (jornalista)

Resumo
Possível chantagem feita pelo jornalista Cláudio Humberto, ao colaborador Ricardo Saub, para que deixasse de fazer publicações relativas a ele. Cita caso de notícia que o associaria como sendo o "homem da mala" da empresa J & F. Teria sido negociado um valor de R$ 18.000,00 para que o jornalista deixasse de falar mal do grupo. O valor estaria sendo pago por dois anos.

Meu comentário
Observem que mais um pedido (assinado por mim e Flávio Machado) de impeachment do Prefeito André foi feito recentemente e apenas o site RC24h deu a notícia (Parabéns Renata). Um pedido de impeachment- que não se faz todo dia- é notícia em qualquer lugar do mundo, porém nenhum site de Búzios deu um pio sobre o assunto. Como vemos, pelo caso acima, deixar de noticiar determinado fato tem sua razão de ser.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

O jornalismo em Búzios, assim como a política, também é pornografia pura

Tito Rosemberg já disse que a política em Búzios é pornográfica. E ele tem razão. Mas não é só a política. Tudo o que está relacionada a ela também o é. E nada mais relacionado à política do que o jornalismo feito no município. E, como tal, também é pornográfico. Lembrei-me recentemente de um fato antigo que confirma o dito. Relato.

Um jornalista- se é que se pode chamar de jornalista uma pessoa que tome uma atitude dessas- convida um político da cidade para bater um papo em sua casa. O político ocupava na ocasião um cargo comissionado na secretaria de um amigo seu. Por sinal, uma das mais importantes secretarias do governo de então. A conversa rola com o anfitrião fazendo uma série de perguntas sobre o prefeito. Sem desconfiar de que a conversa pudesse estar direcionada, acreditando estar participando de um papo privado, entre duas pessoas apenas, o convidado solta a sua alma e fala o que verdadeiramente acha do prefeito como político e pessoa. Até porque se ele devia gratidão a alguém, devia ao secretário e não ao prefeito, pois foi o primeiro que o convidou para o cargo. Por sinal, não se sabia quem mandava na prefeitura de fato, se o secretário ou o prefeito oficial. 

Concluída a conversa, o político retorna ao seu local de trabalho. Imediatamente é chamado à sala do secretário todo-poderoso que exibe para ele a gravação de toda a conversa que havia tido com o "jornalista". Qual não foi seu espanto ao saber que seu prosa fluíra por um celular propositadamente deixado ligado em linha direta com o prefeito, que teve apenas o trabalho de apertar o botão REC de seu gravador.  

Diante do fato, apesar de todo-poderoso, o secretário disse que não pode fazer nada por ele, que a demissão era inevitável. O que foi feito imediatamente pelo prefeito. Meu amigo passou maus bocados por um bom tempo por causa disso.

O "jornalista" ainda está em Búzios. Encontro com ele poucas vezes. O meu amigo demitido, acertadamente, o chama de verme. Como tal, sua presença me provoca nojo.  

terça-feira, 22 de março de 2016

sexta-feira, 31 de maio de 2013

Justiça absolve criminosos e condena blogueiros


Lula Miranda 
Leio no Brasil 247 que o impagável Paulo Henrique Amorim será obrigado a pagar R$100 mil em multas pecuniárias por ter sido condenado por “ofensa a honra e dano moral” em processo movido por ministro do Supremo, quando, em verdade, apenas exercia ad libitum o seu papel de jornalista e blogueiro. A blogosfera seria outra (mais pobre) sem a argúcia, o desassombro e a irreverência de PHA. Certamente por isso desejem calá-lo e à blogosfera progressista. Para esmorecer e intimidar seus principais agentes, e assim arrefecer a força da palavra na internet. Mas não conseguirão. Nossa rede é envolvente; é libertária e libertadora.

Devemos estar de olhos bem abertos e vigilantes, pois os conservadores vivem buscando modos e maneiras para censurar, calar a internet. Vivem tentando emplacar leis nesse sentido no Congresso, utilizando-se de projetos de leis ordinários (as). 

Outro flanco de ataques, mais sub-reptício e solerte,  e pretensamente mais eficaz, como se sabe, é a tentativa de fazer calar os blogueiros por intermédio de incessantes e reiteradas ações na Justiça, aplicando-lhe multas altíssimas, impagáveis para a maioria, para assim lhes tirar suas penas e vozes “incômodas” da blogosfera.

Suponho que os R$100 mil, que para a maioria seria uma “paulada” que levaria ao nocaute ou à insolvência, não façam nem cócegas na conta bancária ou no patrimônio do afamado e irreverente jornalista – patrimônio constituído, diga-se, à custa de seus inquestionáveis méritos e de seu trabalho na grande imprensa durante décadas. E que hoje lhe serve de alicerce e lhe dá a necessária sustentação. Tampouco há pecado em trabalhar na grande imprensa ou fazer fortuna à custa do talento e esforço pessoal. Isso nem vem ao caso.   
O que vem ao ocaso é, e aqui cabe a pergunta: onde foi parar a tal liberdade de imprensa ou de expressão? De cabeça, cito ainda as condenações que sofreram Rodrigo Viana, Azenha, Luis Nassif, Fábio Pannunzio, dentre outros tantos. Nem vem ao caso também se gostamos dos blogueiros citados, ou se concordamos com suas ideias. Devemos, entretanto, defender o direito inalienável deles de expressá-las, como já nos ensinara aquela frase indevidamente atribuída ao filósofo Voltaire, mas que teria sido cunhada pela sua biógrafa, Evelyn Beatrice Hall. Viva a controvérsia.

 Curiosamente, quase todos os processados e condenados são do campo mais “progressista” ou “de esquerda”. Será que também seria leviano e “criminoso” da minha parte, também passível de condenação e pesadas multas, afirmar que para o nosso Judiciário alguns têm mais liberdade de expressão que outros? Perguntar não ofende.

Coincidentemente, escutei hoje no ônibus, voltando do trabalho, uma memorável conversa entre três homens simples do povo. Eles falavam da violência e do clima de intranquilidade em que vivem em São Paulo. E reclamavam que a polícia até prendia os bandidos, muitos até réus confessos e presos em flagrante delito, mas que estes eram em seguida postos em liberdade pela Justiça. Citaram o caso de um homem que matou uma criança numa briga com o pai desta, recentemente.  A culpa é da Justiça! – diziam de modo enfático.
É... a Justiça tem mesmo sua parcela de culpa nesse mundo injusto em que vivemos. Faz-se necessário que reformemos, urgentemente, também a nossa Justiça. Antes que testemunhemos impávidos a sua completa ruína.


É preciso que separemos os frutos podres dos bons, também no Judiciário. Mas não podemos esquecer também dos “putrefatos frutos” no Executivo e do Legislativo. Nos âmbitos federal, estadual e municipal. Antes que apodreçamos todos bem acomodados no mesmo balaio.

 30 de Maio de 2013 às 09:05


domingo, 24 de outubro de 2010

Recordar é viver VI

Fernando Naxcimento
Gil Castelo Branco
Ruy Borba Filho

Folheando jornais antigos encontrei uma "pérola" do jornalismo Buziano. Escrito pelos dois primeiros citados acima e comentado pelo último na coluna Nossa Opinião, o texto recebeu o título "Porque Toninho Branco venceu" e foi publicado no dia 05 de outubro de 2004, no JPH. 

..."Toninho Branco venceu a eleição porque: 

1. Soube demonstrar por atos e palavras para o povo buziano que é homem honesto e trabalhador e chefe de família temente a Deus. E provou que é o político mais capacitado para governar com eficiência e dignidade a nossa cidade;

2. provou que é um democrata e homem de conciliação, e que está convicto da enorme urgência de serem realizadas mudanças econômicas e sociais radicais em nossa cidade; 

4. por seu exemplo, provou ao povo que sua primeira opção , como prefeito, será sempre pelos mais carentes, por aquelas comunidades desamparadas da periferia, sem distinção de raça, credo, ou coloração política; 

5. sendo homem de moral e honestidade inatacáveis, ganhou a confiança do povo buziano. Búzios sabe que, sob sua responsabilidade, o dinheiro público permanecerá sendo o que deve ser: dinheiro público, que será apenas utilizado na criação de oportunidades de crescimento, desenvolvimento e bem-estar da população; 

7. soube demonstrar ao povo buziano que não vai governar apenas para poucos, mas para toda a população...

8. governará com um grupo de pessoas capazes e honestas, voltadas todas para o bem público...

10. Enfim, soube provar para o povo buziano que a iluminação divina o guiará em todos os momentos, para que jamais deixe de lado o interesse público e as coisas do povo de Búzios. E que, como defensor intransigente da Cidade, conta com o apoio da comunidade inteira para realizar todos os seus sonhos cívicos." 

Comentário "Nossa Opinião":

"O Primeira Hora está certo de que governar é encurtar distâncias. E este foi o coração verdadeiro das propostas de Toninho Branco, encurtar as distâncias sociais, encurtar as distâncias geográficas, numa cidade dividida por uma casta, que se apropriou do aparato do poder municipal e das políticas públicas, pouco comprometidas com os interesses comuns".

Que coisa, hein! Sem comentários. O texto diz tudo.

Ver: "Recordar é viver, introdução, I, II, III, e IV"
Ver: "Recordar é viver V"
216