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quinta-feira, 3 de agosto de 2017

O "jornalismo" da prensa de dedé e o blog opinativo

O site Prensa de Dedé publicou "entrevista" com o prefeito de Búzios André Granado e o secretário de saúde Fábio Waknin na qual meu blog é citado por Victor Viana (ver a entrevista em "Prensa de Dedé"). O "jornalista" parece ter ficado muito incomodado com o fato de eu ter creditado aos vereadores do G-6 grande parte do mérito pela reabertura do hospital. Também não gostou nem um pouco do fato de eu ter afirmado- não fazendo coro com o governo como ele- que o hospital fora fechado pelo prefeito. Para ele, esse termo é "inexato", já que as internações, a emergência e maternidade "aconteceram". Como "nossa equipe (?) caiu dentro na apuração" da questão hospital fechado/não fechado, o "jornalista" mete o sarrafo neste blogueiro que vos escreve. Diz que o prensa de dedé, que se propõe ser um portal de notícias regional, procura dar um "tom jornalístico" à notícia, enquanto o blog IPBUZIOS apenas emite opiniões subjetivas. E que estou condenado à uma narrativa opinativa pelo resto da vida, já que, segundo ele, essa é a "característica natural" de todos os blogs. Ou seja, blog é coisa menor.   

Para o "jornalista", "cair dentro da apuração" consiste em buscar "o prefeito e o secretário de saúde para através da indagação (?), tentar ir mais fundo em todo o teor que envolve (?) o processo de retorno do setor de urgência para o hospital". Entenderam? Narrativa jornalística mais clara é impossível. Mesmo assim, vamos de indagação em indagação ver se chegamos ao âmago da questão. Depois de oito indagações, tudo estará apurado.

Primeira indagaçãoPrensa de Dedé- Sendo direto: o Hospital estava fechado ou não? Prefeito André Granado- O Hospital nunca fechou. 
Meu comentário: então tá. O Prefeito falou, tá falado.

Segunda indagaçãoPrensa de Dedé- E então a decisão é mesmo técnica? Se é, o  que foi determinante  para o retorno do setor de Urgência para o prédio do Hospital? Prefeito- A decisão foi técnica. 
Meu comentário: o prefeito disse que retornou com a Urgência para o hospital porque os municípios vizinhos conseguiram resolver os problemas deles. Guarde bem esta resposta. Contradições à frente.    

Terceira indagaçãoPrensa de Dedé- E na opinião do senhor, funcionou a estratégia de levar a Urgência para um outro local? Prefeito- Funcionou. 
Meu comentário: segundo o prefeito, quem vinha pra cá, encontrando nosso hospital fechado, passou a procurar solução em seus próprios municípios. Guarde bem esta resposta também. Contradições à frente.

Quarta indagaçãoPrensa de Dedé- Dá pra afirmar que houve economia com esse ato? Prefeito- Muita economia. 
Meu comentário: o vereador Dida, do G-6, da tribuna da Câmara cobrou a apresentação de um estudo impacto financeiro que justificasse o fechamento do hospital. A coisa é muito séria para falar de boca que economizou. E o "jornalista" nem se lembrou de perguntar de quanto foi a economia. Não custa lembrar que a vereadora Gladys, do G-6, cansou de denunciar que, mesmo com o hospital fechado, o preço da alimentação servida por terceirizada continuava o mesmo e que nenhum contrato de prestação de serviço do hospital teve redução do valor pago.   

O secretário espera que "a maior parte das pessoas agora atendidas no hospital sejam da cidade", passando a ideia de que antes a maior parte era de fora. 

Quinta indagaçãoPrensa de Dedé- O Hospital está em condições de receber as pessoas? Prefeito- O essencial está funcionando. Secretário- O elevador, infelizmente é a única coisa que não está funcionando.

Sexta indagaçãoPrensa de Dedé: De verdade a pressão dos vereadores de oposição não influenciou em nenhum momento? Secretário- Não houve pressão, nem politica. Prefeito: Foi técnica, já estava nos planos.
Meu comentário: pergunta singela do "jornalista". Para o secretário "a população absorveu e entendeu bem o que estava acontecendo", mas reconhece que a Câmara chegou a esboçar a ameaça de trancar a pauta. Para o prefeito, diferentemente do que afirmou o secretário, a população não entendeu o que aconteceu, achando que o hospital estava fechado". Sutilezas que o "jornalista" não percebe.  

Sétima indagaçãoPrensa de Dedé- E não houve também pressão do Ministério Público como se pode imaginar? Secretário- O MP arguia as condições de atendimento e por que estava fechado, houve recomendações, mas nenhuma ação para que se reabrisse o Hospital.
Meu comentário: aqui o "jornalista" come mosca e não percebe que o secretário reconhece com todas as letras que o hospital estava fechado. 

Oitava indagação: Prensa de Dedé- Houve acusações de óbitos por negligência. O que realmente aconteceu? Prefeito-  Quando não tínhamos hospital e CTI as pessoas que eram internadas não morriam em Búzios.
Meu comentário: novamente o prefeito vem com a ladainha de sobrecarga na saúde de Búzios provocada por moradores de municípios vizinhos, esquecendo o que afirmara na segunda e terceira indagação. Quando fechou o hospital, as pessoas tiveram que se virar em seus municípios. E só reabriu o hospital, porque os municípios vizinhos haviam resolvido seus problemas na Saúde. Como então justificar a sobrecarga? 

Na resposta, o prefeito aproveita para zombar do povo buziano: a alta taxa de mortalidade hospitalar se deve, ora pois pois, ao fato de termos hospital. E um público maior de idosos que morre mais, ora pois pois. E joga a responsabilidade pelas mortes nas costas dos pacientes, pois as pessoas optam por maus hábitos de saúde. Se é assim, elas se comportam como suicidas, ora pois pois. 

Mas isso o "jornalista" não viu ou não quis ver. 

Algumas observações outras: 
-O apelido do presidente da Câmara é Cacalho e não Cacado. Jornalista deverias saber disso.
-Não foi só o G-5 que foi contra a convocação dos concursados. Os outros quatro vereadores ,que o "jornalista" chama de "membros do governo" (boa sacada jornalística), também não são muito chegados a concursados não. Gostam mesmo é de portarias pra distribuir pra sua turminha. Pelos meus cálculos devem "possuir" uns trinta ou quarenta cargos no governo. Fora outras benesses impublicáveis. E ainda, nepotistas, empregam alguns parentes, como Miguel Pereira (o filho) e Niltinho (o irmão). Disso, o "jornalista" não fala. 

Como dizia o grande Millor Fernandes, jornalismo é oposição. Jornalismo chapa branca é armazém de secos e molhados.

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Joel Silva

3 horas atrás  -  Compartilhada publicamente
 
Luiz, bom dia! Parabens por esse editorial, em toda leitura do pressa de papel notamos as informações tendenciosas em favor de seus colaboradore$.
Minha opinião: O "prensa" Sucumbiu ao proprio desalento.
Grande abraço.

sábado, 10 de junho de 2017

Recadastramento ou enganação?

Logo do DATASUS


Em menos de 10 anos tivemos três recadastramentos na Saúde de Búzios. O primeiro, realizado durante o governo Toninho, ocorreu entre setembro e novembro de 2006. O segundo, durante o 3º governo Mirinho, no mês de agosto de 2010. E, o terceiro, no 1º governo André, iniciou em 11 de agosto de 2014 e terminou no dia 31 de maio de 2015.

Partindo-se da premissa de que há um inchaço no cadastro de usuários da Saúde do município, porque pessoas egressas de municípios vizinhos estariam usando nossos serviços de saúde, o governo justifica a realização do recadastramento como forma de colocar um freio nesse uso para que apenas os residentes da cidade tenham atendimento ambulatorial e de exames. Como o atendimento de risco (emergência) não pode ser negado a ninguém, morador ou não, ele continua ocorrendo apenas no hospital.

Uma suposta superlotação das unidades de saúde municipais estaria impossibilitando a prestação à população local um atendimento de qualidade. Por esse motivo estariam faltando remédios, o atendimento médico seria deficiente e a realização dos exames demoraria mais tempo do que o necessário.

1º Recadastramento

Para justificar o primeiro recadastramento, o Sr. Oto Vieira, administrador da Policlínica, declarou à repórter do jornal Primeira Hora Maria Fernanda Quintela que foram “contabilizados 24 mil prontuários de família, o que aponta que atendemos cerca de 70 a 80 mil pessoas, quando nosso município possui em média 25 mil habitantes” (JPH, 28/10/2006). Mesmo que, em outra declaração à imprensa, a diretora da Policlínica, Daniela Alvarez, fale em outros números, eles não foram questionados. Em matéria do jornal O Perú Molhado (OPM), a diretora Daniela afirma que “no cadastro disponível, que é do tempo em que o município ainda não havia se emancipado, constariam 15 mil famílias” (OPM, 22/09/2006). Note-se que há uma diferença entre os números apresentados pelo Sr. Oto e a Drª Daniela de 9 mil famílias, com certeza mais de 27 mil pessoas, levando-se em conta, por baixo, que cada família é constituída por três pessoas.

Mesmo aceitando-se os números apresentados pela diretora Daniela de que 15 mil famílias estavam cadastradas no sistema de Saúde de Búzios, chegaríamos ao estratosférico número de 45 mil pessoas cadastradas.

Exibido estes números absurdos, não se sabe tirados de onde, fica fácil jogar nas costas dos outros a responsabilidade pela má gestão da Saúde Pública municipal:

Estamos atendendo famílias inteiras de outros municípios com gastos enormes para nosso orçamento... Não podemos ser responsabilizados pela má gestão de outros municípios, cada um que faça sua parte e não sobrecarregue nossa cidade” (Daniela Alvarez, OPM, 28/07/2006).

2º Recadastramento

No governo seguinte, de Mirinho, menos de quatro anos depois, novo recadastramento é feito. A responsável por ele, Drª Luíza Andrade, garante que há mais de 32.000 pessoas cadastradas na Policlínica, para uma população estimada pelo IBGE de 27 mil moradores. Considerando que nem todos os buzianos foram cadastrados, teríamos mais de cinco mil pessoas de outros municípios usando nossos serviços de saúde.

Aceitando-se como verdadeiros os números apresentados pela diretora Daniela e Drª Luiza, o 1º recadastramento conseguiu reduzir o cadastro de 45 mil para 32 mil pessoas. Mesmo assim ainda continuaríamos com um excesso de pelo menos 5 mil pessoas de fora do município. O que demonstra que a diretora Daniela não comprovou os domicílios declarados no recadastramento como prometera. 

Como a responsável pelo recadastramento anterior, Drª Luiza também exime a gestão municipal pela qualidade da Saúde oferecida à população buziana:

Há muitas pessoas que não são do município, mas vêm utilizando os serviços da saúde municipal, o que provoca superlotação e impede um atendimento a contento da população local”. Segundo a médica, muitos pacientes que não são do município têm conseguido aqui exames de alta complexidade e assistência mais rápido do que nos municípios de origem. Usam endereços falsos”. (Tribuna dos Municípios, 12/08/2010) .

Para Drª Luíza, o recadastramento anterior feito na Policlínica não conseguiu eliminar os não moradores do cadastro da Saúde de Búzios porque “quando damos um determinado local para cadastramento, qualquer pessoa pode ir dando um endereço e na verdade não ser morador de Búzios” (Drª Luíza Andrade, Secretária Adjunta da Secretaria Municipal de Saúde de Búzios, Jornal O Pescador, 27/04/2009).

Justificou assim um novo recadastramento em que profissionais de saúde irão de casa em casa fazer os cadastros, verificando se realmente as pessoas moram no município. “Através de visitas domiciliares que serão realizadas pelos agentes comunitários em todos os bairros da cidade, pelo Programa Saúde de Família -PSF- a secretaria de Saúde pretende cadastrar cada cidadão buziano. Cerca de trinta agentes comunitários de saúde farão as entrevistas e a expectativa é de que em 90 dias todos os buzianos tenham sido ouvidos" (Publicado em 11/08/2010, Comunica Búzios). Segundo a secretária adjunta “essa foi a melhor forma que encontramos para que possamos realmente atender apenas nossos moradores” (idem).

Como até então a cidade não tinha um prontuário único, não se sabe por que, a secretária afirmou que vai aproveitar o recadastramento para unificar o cadastro de todas as unidades de saúde do município.

3º Recadastramento

Se forem verdadeiras as informações do atual secretário de Saúde Drº Waknin, o 2º recadastramento realizado na gestão anterior pela Drª Luíza foi um fracasso total, pois o número de pessoas cadastradas no sistema de saúde de Búzios deu um salto de 32 mil (em 2010) para 42 mil (em 2014).

Em depoimento à Câmara de Vereadores no dia 7 de março de 2017, disse que “de acordo com o último senso (sic) realizado pelo IBGE Búzios tem 32 mil habitantes. Só que temos 42 mil pessoas cadastradas  nos sistema da prefeitura, o que mostra que ainda tem pessoas que não são de Búzios usando irregularmente o sistema de saúde dos buzianos”. (Site prensadebabel).

Com esse números que ninguém sabe de onde vieram, justifica-se um novo recadastramento iniciado em 11 de agosto de 2014. Abandona-se o formato anterior em que se ia de casa em casa cadastrando os moradores e volta-se ao formato antigo com os moradores se deslocando a um local determinado para fazer o recadastramento. Os moradores dos bairros que possuem PSFs (São José, José Gonçalves, Cem Braças, Baía Formosa, Brava, Vila Verde, Capão e Rasa) fizeram o recadastramento nos próprios PSFs. Aqueles residentes em bairros que não possuem PSFs - Manguinhos, Ferradura, Tartaruga, Geribá e Marina- fizeram seu recadastramento na Policlínica. Não se sabe se o prontuário único prometido pela Drª Luíza está sendo aproveitado. Não se sabe nem mesmo se ele ficou pronto. Nada é público.

No atual governo parece que o recadastramento também não surtiu seus efeitos pois, sob o mesmo pretexto de barrar o uso de nosso sistema de saúde por moradores de muncípios vizinhos, o hospital foi fechado em 22/10/2016 para atendimento de urgência. Segundo Drº Waknin “o objetivo da medida era e ainda é frear o número de atendimento de moradores de outras cidades com comprovante de residência fraudado, e ainda ressaltou que atendimentos de risco não tem necessidade de recadastramento por se tratar de atendimento de emergência, que ocorre no hospital, onde não se pode negar atendimento”.

O pronto atendimento (urgência), segundo a Prefeitura, passou a ser feito somente no Posto de Urgência (PU) da Policlínica de Manguinhos.

Conclusão

Curioso como eu só, e desconfiado desses números exibidos pelos sucessivos governos municipais, resolvi dar uma navegada pelo excelente DATASUS, site do Ministério da Saúde. No Sistema de Informação da Atenção Básica (SIAB) estão disponíveis o número de pessoas e de famílias cadastradas no sistema de Saúde de Búzios. Os dados são recolhidos das unidades de saúde de família nos bairros (PSFs).

Em 2006, tínhamos 17.416 pessoas (5.086 famílias) cadastradas nos PSFs dos bairros. Como os bairros de Geribá e Manguinhos- os que contam com o maior contigente populacional do município- não possuem PSFs, deve-se acrescer a estes números mais ou menos 30% correspondentes à sua população: 5.224 moradores (1.525 famílias). Considerando que estas pessoas/famílias estivessem cadastradas na Policlínica teríamos um total de 22.640 pessoas (6.611 famílias). Por sinal, número bem próximo da população estimada pelo IBGE para o ano de 2006: 23.874 moradores.

Não dá para aceitar os números, tirados não se sabe de onde, do Sr. Oto e da Drª Daniela, 24 mil e 15 mil famílias, respectivamente.

Em 2010, segundo dados do SIAB, tínhamos 20.662 pessoas (6.278 famílias) cadastradas nos PSFs. Acrescidos os trinta por cento da população de Manguinhos/Geribá também chegaríamos bem próximo da população estimada pelo IBGE para esse ano: 27.538 moradores.

Em 2015, tínhamos 21.106 pessoas cadastradas nos PSFs. Se o cadastro foi unificado, como garantiu a Drª Luíza, já estaria incluído nele os 30% oriundos de Manguinhos/Geribá.

PELA REABERTURA IMEDIATA DO HOSPITAL

Nada justifica o fechamento do hospital. Nem mesmo os números. Segundo dados extraídos dos PROCEDIMENTOS HOSPITALARES DO SUS, até setembro de 2016, um mês antes do hospital ter sido fechado, não houve, de forma alguma, uso excessivo da urgência do hospital por parte de moradores de municípios vizinhos, que justificasse seu fechamento. Vejam os dados:
Mês -         Ano –      Internações –    Urgência -   Eletivos
Janeiro       2016               84                   68               16
Fevereiro   2016               84                   66               18
Março        2016               73                   54               19
Abril          2016               81                   60               21
Maio          2016               63                   47               16
Junho         2016               65                  44                21
Julho          2016               85                  52                33
Agosto       2016               85                  55                30
Setembro   2016               90                  56                34

Em todo ano de 2016 (9 meses) foram internadas no hospital 710 pessoas (78,8 por mês, em média) com 502 casos de urgência (55,8 por mês, em média) e 208 casos eletivos. No ano anterior, 2015, a média de internações foi de 75,6 por mês, muito próxima da média de 2016. Em 2015, a média das internações por urgência de 58,4 por mês é superior à média de 55,8 pelo mesmo motivo no ano passado. Se fosse o caso de fechar o hospital, ele deveria ter sido fechado no ano de 2014 em que se iniciou o recadastramento, quando se bateu o recorde de internações: 1.081 (90,1/mês): e de internações/urgência: 767 (64,0/mês).

Então porque o hospital foi fechado? Os números que levantei do DATASUS me permite lançar uma hipótese. A taxa de mortalidade hospitalar do Hospital Rodolpho Perissé pode ser calculada dividindo-se o número de internações pelo número de óbitos e multiplicando-se o resultado por 100. Assim, a taxa de mortalidade hospitalar anual de 2016 (9 meses, até setembro) pode ser obtida dividindo-se o número de óbitos de 2016 (50) pelo número de internações (710) e multiplicando-se o resultado por 100, o que dá a taxa de 7,04. Ou seja, de cada 100 pessoas internadas no nosso hospital em 2016, 7 morreram. Essa taxa vem aumentando desde 2012: de 2,64 passou para 3,88 (2013), 3,89 (2014) e 5,73 (2015).

No ano passado (2016) morreram 5 pessoas por mês em média no nosso Hospital. Em 2015, 4. Em 2014 e 2013, 3. Em 2012, 2. E ,em 2011, 3.

Agora, se calcularmos a taxa de mortalidade hospitalar do Hospital Rodolpho Perissé mensalmente no ano de 2016 até o mês de setembro poderemos compreender os motivos que levaram o governo municipal a fechá-lo. Vejamos.
Janeiro: 2,38 (óbitos: 2)
Fevereiro:  10,71 (óbitos: 9) (explica-se pelo carnaval)
Março:  9,59 (óbitos: 7)
Abril: 6,17 (óbitos: 5)
Maio: 7,94 (óbitos: 5)
Junho:  7,69 (óbitos: 5)
Julho:  3,53 (óbitos: 3)
Agosto: 4,71 (óbitos: 4)
Setembro:  11,11 (óbitos: 10)

Reparem que a média do ano (5) dobrou no mês de setembro (10), mês anterior ao fechamento do hospital. Essa taxa de 11 mortos para cada 100 internados é inaceitável em qualquer país civilizado do mundo. Todos os municípios, nossos vizinhos, apresentaram taxas abaixo de 7, próximas às médias estaduais e nacional. Cabo Frio, teve taxa de 4,27. Arraial do Cabo, de 5,45.

A coisa era tão escandalosa que o município parou de enviar seus dados para o DATASUS a partir desse mês de setembro. Não se sabe o que ocorreu a partir de outubro de 2016, mês em que o Hospital Rodolpho Perissé foi fechado. Boa coisa não deve ser.  Arraial do Cabo, Araruama, Cabo Frio e Rio das Ostras continuaram enviando seus dados normalmente até o mês de abril de 2017. 

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Joel Silva

16 horas atrás  -  Compartilhada publicamente

Alarmante!!! Esses dados mostram um grande embrolio com numeros ficticios de todas as secretarias de Saude desde primeiro governo pós emancipação, esse Wakimim e o mas perdido de todos, resultando uma população desassistida e sofrida com esse sistema de Saude debilitado.
* OS NUMEROS MOSTRAM QUE FECHAMENTO DO HOSPITAL NÃO FOI POR MOTIVO ADMINISTRATIVO.
Grande abraço a todos.

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Givago Vargas Cria uma Fan Page Luiz Carlos


Ernesto Medeiros É no mínimo duvidoso, as informações. Mas, quem mais perdeu neste ultimo foi os servidores, que segundo relato, pela primeira vez, tiveram cerceados de acesso à policlínica municipal, segundo sindicato informou em tribuna livre da Câmara, há algum tempo. Inadmissível, ser estes administrados por um médico, numa administração que parece fechar os olhos para o jargão : " Mais vale uma grama de prevenção , do que kg de tratamentos.