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quarta-feira, 17 de junho de 2020

A BIROSCA DO DIABO

Do perfil do Facebook de José Carlos Alcântara


Está aberto o balcão de negócios para a compra de almas penadas que vagam pelas ruas de Armação dos Búzios, à procura de uma redenção. Chega ao final esta era desastrosa para a cidade, emoldurada pelo cenário terrível de uma pandemia que destruiu a sua frágil economia, deixando-a pobre e destroçada.

Empresários, comerciantes, prestadores de serviços, trabalhadores formais, ambulantes e profissionais liberais, olham espantados para o fundo do poço e não conseguem distinguir se há um fundo ou se ao menos há onde se agarrar, para retornar à superfície em busca dos raios de sol do próximo verão. Não há como prever quando começa a tal retomada e se será de fato efetiva para a maioria da população.

A única certeza que há pela frente, é que o atual governo termina e que os eleitores que elegeram os agentes desse desastre consumado, terão que escolher entre os escombros outros personagens, que não tenham pelo menos a aparência sinistra de candidatos já manjados.

Se os eleitores aprenderam a lição, só a história poderá julgá-los. Há muitas almas à venda e muitos compradores contando as moedas no fundo dos bolsos maltrapilhos, em busca dos mutantes esfarrapados circulando pelos becos que levam à reuniões onde se encontram portando máscaras, apavorados e temendo menos o contágio do vírus do que a contaminação da peste dos políticos.

Não haverá vencedor no fim desta disputa. O governo está sendo negociado mais uma vez em troca de 30 moedas e, a necessidade de se discutir e apresentar um plano estratégico emergencial para o desenvolvimento social e econômico de Búzios, não é sequer citada pelos abutres que já sobrevoam o lixo que resta, enquanto escolhem o local para fazer seus ninhos e continuar a saquear a pobre cidade.

José Carlos Alcântara


sábado, 2 de maio de 2020

Prefeitura de Búzios não podia ter dispensado licitação para aquisição das cestas básicas

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Quando a Prefeitura de Búzios dispensou licitação para aquisição de cestas básicas, o decreto de calamidade pública que fundamentou a dispensa ainda não havia sido reconhecido pela ALERJ

No dia 06/04/2020, a Senhora GRAZIELLE ALVES RAMALHO, Secretário Municipal de Governo e Fazenda e concomitante ordenadora da Secretaria Municipal de Saúde, assinou TERMO DE RATIFICAÇÃO por meio de dispensa de licitação, em favor da sociedade empresária Suncoast Log Comércio e Distribuição de Alimentos Eireli, inscrita no CNPJ/MF sob o nº 34.705.048/0001-17, referente à aquisição de cestas básicas para atender os munícipes em decorrência da pandemia Corona Vírus (Covid-19), caso se faça necessário, no que tange às medidas de prevenção decorrente da pandemia no valor total de R$ 3.705.000,00 (três milhões, setecentos e cinco reais), conforme artigo 24, inciso IV da Lei Federal nº 8666/93 concomitante ao artigo 4º da Lei Federal nº 13979/2020.

Lei Federal nº 8666/93 é a lei que “regulamenta o art. 37, inciso XXI, da Constituição Federal, institui normas para licitações e contratos da Administração Pública e dá outras providências”. Em seu artigo 24, inciso IV, estabelece que é “dispensável a licitação” nos casos “de emergência ou de calamidade pública”.

Lei nº 13.979, de 6 de fevereiro de 2020, “dispõe sobre as medidas para enfrentamento da emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do coronavírus responsável pelo surto de 2019. Em seu Art. 4º prevê que “é dispensável a licitação para aquisição de bens, serviços, inclusive de engenharia, e insumos destinados ao enfrentamento da emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do coronavírus”.

Acontece que o Decreto nº 1.366 DE 21 DE MARÇO DE 2020 do prefeito André Granado que estabeleceu o Estado de Calamidade no Município de Armação dos Búzios”, publicado no Boletim Oficial nº 1.051 de 21 de março de 2020, só foi homologado pela Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro anteontem (30/04/2020). Isso significa dizer que a compra das cestas básicas não poderia ter sido feita por dispensa de licitação com base no decreto de calamidade pública municipal, pois a Lei de Responsabilidade Fiscal determina que a calamidade municipal precisa ser reconhecida pela Alerj por meio de Decreto Legislativo.

Veja notícia publicada no site da ALERJ no dia 30 de abril de 2020:

COVID-19: ALERJ APROVA RECONHECIMENTO DE CALAMIDADE PÚBLICA EM OUTROS 15 MUNICÍPIOS

Lei de Responsabilidade Fiscal determina que a Alerj homologue decretos municipais; 66 municípios já foram contemplados

A Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) aprovou em discussão única, nesta quinta-feira (30/04), o Projeto de Decreto Legislativo (PDL) 34/2020, que reconhece a calamidade na saúde pública decretada por 15 municípios fluminenses. A medida complementa o Decreto Legislativo 05/2020, aprovado este mês, que reconheceu a calamidade declarada por outras 66 cidades. Ao todo, 81 dos 92 municípios do estado já estão sendo contemplados com a medida. O texto será promulgado pelo presidente da Alerj, deputado André Ceciliano (PT), e publicado no Diário Oficial do Poder Legislativo nos próximos dias.

A inclusão no projeto dependia da decretação da calamidade no município, com o envio desta publicação com suas respectivas justificativas para a Alerj por parte das prefeituras. O projeto, votado nesta quinta, contempla os municípios que enviaram a documentação depois do prazo inicial estabelecido pela Mesa Diretora da Casa. De acordo com a proposta, a calamidade vale até o mês de setembro deste ano e pode ser prorrogada por decreto municipal, com prazo máximo de duração até o dia 31 de dezembro.

Como explicou Ceciliano, o reconhecimento do estado de calamidade permite que as prefeituras agilizem procedimentos sem cumprir, temporariamente, determinações da Lei de Responsabilidade Fiscal, como por exemplo limite de despesas com pessoal - a regra define que o estado de calamidade decretado pelos municípios precisa da homologação do Legislativo Estadual. “Com a implementação do isolamento social, o inevitável aumento dos gastos com saúde e equipamentos de proteção e tratamento ao coronavírus, além da previsão de uma crise financeira de efeitos ainda incertos, a calamidade pública tornou-se a única saída para estes municípios”, completou.

O PDL reconhece a calamidade nos seguintes municípios: Aperibé, Armação dos Búzios, Araruama, Bom Jardim, Cambuci, Campos dos Goytacazes, Carapebus, Quatis, Rio das Ostras, Santo Antonio de Pádua, São Francisco de Itabapoana, São João de Meriti, São José de Ubá, Sumidouro e Varre-Sai.

Fonte: "ALERJ"

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segunda-feira, 13 de abril de 2020

A farra dos aditivos dos contratos terceirizados em Búzios em plena pandemia do coronavírus

Contrato de limpeza e jardinagem 

A maioria das prefeituras dos municípios brasileiros reduziu salários de comissionados e contratos terceirizados. Com a queda das receitas, os gestores providenciaram cortes de despesas. Em geral, os salários estão sendo diminuídos em 20%. O prefeito de Búzios seguindo o mesmo caminho, reduziu seu salário e os salários dos secretários municipais e funcionários comissionados. O que André Granado não faz de modo algum foi mexer nos contratos terceirizados. Nem mesmo licitação não essencial ele está suspendendo. Chegou a demitir 400 professores contratados, alegando necessidade de contenção de gastos mas, contraditoriamente, e na contramão do caminho seguido por outros prefeitos, aumentou alguns contratos com aditivos inexplicáveis. O que demonstra que sua prioridade não é o povo de Búzios, mas os amigos e financiadores de campanha detentores de contratos terceirizados. 

Obras: almoxarifado e lavanderia

O prefeito de Viana (ES) Gilson Daniel em entrevista ao jornal Gazeta do Espirito Santo (ver em "AGAZETA") disse que “estamos fazendo redução de contratos... Estamos devolvendo veículos locados. Todos os contratos terceirizados estão sendo reduzidos ou paralisados. Todos os municípios estão fazendo redução”. Em Búzios, o prefeito aumentou a quantidade de veículos locados e, ainda por cima, aditivou o contrato.

Serviço de jardinagem 

Em Cariacica, o prefeito informou que houve suspensão parcial ou total dos contratos nos quais é possível adotar a medida. Também publicou decreto suspendendo todas as licitações que não se referiam a serviços essenciais. Em Búzios nenhuma licitação foi suspensa devido à crise que vive a cidade. À despeito da pandemia, todas estão sendo realizadas religiosamente no dia marcado.

Locação de veículos

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sábado, 11 de abril de 2020

Tem muito mais caroço nesse angu das 20 mil cestas básicas

Não se sabe o porquê, mas este caminhão da foto não é da Suncoast, a empresa que vendeu 20 mil cestas básicas à Prefeitura de Búzios. É da Horto Marataízes, outra empresa que também fornece gêneros alimentícios 


A contratação da Suncoast para fornecimento de 20 mil cestas básicas guarda mistérios que aos pouco vão sendo revelados. A cada dia se descobre mais caroços nesse angu das cestas básicas.

Primeiro, se descobriu que a Suncoast tinha um capital social de apenas 100 mil reais. Com esse capital, ela nunca poderia participar de uma licitação milionária com valor três mil e setecentas e cinquenta vezes maior. Não tinha cacife pra isso.

Em segundo lugar, suspeita-se que o valor pago por cada cesta básica esteja superfaturado. Mesmo que a cesta básica oferecida pela Prefeitura ao povo de Búzios seja uma cesta básica ampliada em termos de produtos, inclusive contendo material de limpeza, o valor de 185,25 está fora da realidade de mercado, considerando o grande desconto que se conseguiria em uma compra de vulto dessas, como a compra de 20 mil unidades.

Em terceiro lugar, o desencontro em relação ao número de cestas básicas adquiridas pela prefeitura. No dia 7, na súmula do processo administrativo nº 3369/2020 publicado no site oficial da prefeitura constava "aquisição de 20.000 (vinte mil) cestas básicas. No dia seguinte, no extrato do contrato nº 26/2020 publicado no Boletim Oficial nº 1.060, o número de cestas básicas cai para 19.000 (dezenove mil). Onde foram parar as mil cestas básicas?

Depois, após a visita de um pré-candidato a prefeito de Búzios a Saquarema, se descobriu que não há movimentação alguma no galpão da empresa na cidade, onde deveria estar acontecendo um grande frenesi de movimentos, com 20 mil cestas básicas sendo preparadas para serem transportadas para Búzios.

Ficamos sabendo também que a empresa Suncoast, mesmo tendo ganho uma licitação milionária de mais de 3,7 milhões de reais, vai muito mal das pernas, pois está devendo 5 meses de aluguel de um galpão que se encontra completamente vazio. Ficamos sabendo mais ainda: que o aluguel não está no nome da proprietária da empresa, Senhora Vivian Maesse Oliveira (Vivi), mas no nome de seu marido, o Senhor Lincoln Magalhães.

Logo após a contratação da Suncoast, os perfis do casal Lincoln-Vivian sumiram das redes sociais. Mas esqueceram de apagar o perfil do Linkedin, onde o Senhor Lincoln Magalhães aparece como consultor da empresa Comercial Milano (ver informação no Linkedin em "lincoln-magalhaes-76795591").

Mas de nada adiantou ter apagado os perfis, pois o senhor Lincoln é velho conhecido da cidade. Já participou de várias licitações de merenda em Búzios. Hoje, tive acesso a uma ata de uma dessas licitações, a ata do pregão 002/2020, realizado em 21 de fevereiro deste ano. É ele quem assina a ata como representante comercial da Comercial Milano do Brasil (ver ata abaixo).

Ata do pregão presencial nº 002/2020 da merenda, parte 1

Ata do pregão presencial nº 002/2020 da merenda, parte 2

Mistério: foi a Milano que forneceu as cestas básicas à Prefeitura de Búzios? Se foi, por que o contrato foi assinado com a Suncoast? Qual o motivo da triangulação?

Para complicar, hoje descubro que o caminhão na foto (ver acima) com o prefeito André Granado não é da Suncoast, a empresa que vendeu vinte mil cestas básicas à prefeitura de Búzios (Será que a empresa vende essa quantidade de cestas e não tem caminhões para transportá-las? Com um capital social de 100 mil reais muito provavelmente não tem nenhum caminhão). O veículo da foto é de propriedade de uma outra empresa, também fornecedora de gêneros alimentícios, a Horto Marataízes.  

Dados do caminhão que aparece na foto com o prefeito André Granado

Horto Central Maratízes

Conclusão: no fornecimento de 20 mil cestas básicas à prefeitura de Búzios supostamente superfaturadas estão envolvidas três empresas de alimentação: a Suncoast, a Milano e a Horto Marataízes. A primeira só vendeu no papel, a segundo forneceu as cestas e a terceira transportou? Foi isso? Por que?

Nesse angu tem muito caroço!

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Darci Sales Tem mais caroços do que angu!

domingo, 5 de abril de 2020

Prefeitura de Búzios usa situação de calamidade pública para dispensar licitação de serviços gráficos da saúde

Secretário de Saúde de Búzios dispensa licitação de serviços gráficos da saúde.



A prefeitura de Búzios, através do Secretário Municipal de Saúde JORGE DOS SANTOS VICENTE JUNIOR, contratou a empresa Moraes Empreendimentos por R$ 398.543,60 (trezentos e noventa e oito mil reais, quinhentos e quarenta e três mil e sessenta reais) sem licitação para a prestação de serviços gráficos para atender as necessidades quanto às medidas de prevenção e enfrentamento contra o coronavírus.

Fundamentou a dispensa da licitação nos artigos 24, inciso IV da Lei Federal nº 8666/93 (calamidade pública) e artigo 4º da Lei Federal nº 13979/2020 (emergência) .


Dispõe sobre as medidas para enfrentamento da emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do coronavírus responsável pelo surto de 2019.

Art. 4º  É dispensável a licitação para aquisição de bens, serviços, inclusive de engenharia, e insumos destinados ao enfrentamento da emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do coronavírus de que trata esta Lei.


Regulamenta o art. 37, inciso XXI, da Constituição Federal, institui normas para licitações e contratos da Administração Pública e dá outras providências.

Art. 24.  É dispensável a licitação: 

IV - nos casos de emergência ou de calamidade pública, quando caracterizada urgência de atendimento de situação que possa ocasionar prejuízo ou comprometer a segurança de pessoas, obras, serviços, equipamentos e outros bens, públicos ou particulares, e somente para os bens necessários ao atendimento da situação emergencial ou calamitosa e para as parcelas de obras e serviços que possam ser concluídas no prazo máximo de 180 (cento e oitenta) dias consecutivos e ininterruptos, contados da ocorrência da emergência ou calamidade, vedada a prorrogação dos respectivos contratos.

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segunda-feira, 30 de março de 2020

A fome tem pressa, ela não pode esperar

Informe da Coordenação do Cadastro Único de Búzios  

A Prefeitura de Búzios publicou hoje (30) postagem em seu site oficial (ver em  "PREFEITURA DE BÚZIOS") que "estará atualizando, a partir desta segunda-feira (30/03), as informações oficiais emitidas pelo Ministério da Cidadania do Governo Federal sobre o Auxílio Financeiro para Informais, Desempregados e Micro Empreendedores" e que a Coordenação do Cadastro Único "ainda aguarda as orientações e as diretrizes de como o Auxílio Financeiro irá funcionar".

A prefeitura precisa entender que depois de duas semanas de isolamento social- com adesão maciça da população buziana- é preciso tomar medidas urgentes para minorar os efeitos da crise social provocada pelo coronavírus. Que se atualize o cadastro único, mas não dá mais para ficar esperando iniciativas do governo federal. O sétimo município mais rico do estado pode e deve o mais rapidamente possível distribuir cestas básicas nos CRAS e CREAS. A fome tem pressa, não pode esperar. Estamos em uma situação EMERGENCIAL! Afinal o que anda fazendo o Sr. Marcelo Albino de Souza e Silva na Secretaria de Desenvolvimento Social, Trabalho e Renda?

Sem muita burocracia, a Prefeitura de Búzios poderia muito bem se antecipar ao governo federal e conceder imediatamente o auxílio financeiro de 600 reais aos informais, desempregados e micro empreendedores. O fechamento de contas entre o auxílio municipal e o federal se faria a posteriori, pois provavelmente a crise econômica derivada da pandemia do coronavírus deve se estender por, no mínimo, mais três meses.  

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segunda-feira, 31 de julho de 2017

Hospital Municipal Rodolpho Perissé reabre amanhã (1º de agosto)



Nesta terça-feira, primeiro de agosto, o atendimento de urgência voltará a ser feito no Hospital Municipal Rodolfo Périssé, em Buzios. No ano passado, numa decisão considerada técnica pelo prefeito André Granado, o serviço foi transferido para a policlínica.

O prefeito buziano divulgou nota sobre o assunto, cujo teor é o seguinte:

" Prezados cidadãos buzianos.

Em outubro de 2016, tivemos que tomar uma decisão técnica de transferir o atendimento de urgência, do prédio do hospital, para o prédio da policlínica, no intuito de preservar a qualidade do atendimento de urgência/emergência aos moradores e visitantes de Búzios e de garantir o bom funcionamento do hospital, onde nossa população é internada para receber tratamento e onde também é submetida a procedimentos cirúrgicos de várias especialidades, o que vinha sendo prejudicado devido a um número elevado e muita acima de todo planejamento estratégico, o que poderia comprometer a qualidade, assim como aumentar o tempo de espera no atendimento, a exaustão física da equipe e do consumo dos estoques de materiais e medicamentos disponibilizadas para uma cidade com uma população de 30 mil habitantes. Isto ocorreu devido às dificuldades enfrentadas por todos os municípios do Brasil, mas que afetaram mais intensamente a alguns municípios vizinhos, que decidiram inclusive a fechar serviços de emergência, e em outubro de 2016, outras cidades também tomaram a mesma decisão de fecharem seus serviços de emergência, agravando  ainda mais este cenário  e gerando mais demandas para a nossa emergência, que sempre esteve aberta e consequentemente também afetando ao nosso hospital, que passou a ficar ainda mais sobrecarregado, portanto não nos restou outra opção naquele momento. No entanto vínhamos monitorando e acompanhando atentamente as ações de saúde nestes municípios vizinhos e neste momento observamos que eles veem se recuperando e reabrindo .seus serviços de emergência, de internações e melhorando suas capacidades de atender às suas demandas, portanto nos sentimos mais seguros tecnicamente a retornar o serviço de urgência para o prédio do hospital, o que deverá ocorrer no início do mês de agosto.

Agradecemos a colaboração e compreensão de todos.
Muito obrigado."

O atendimento de Urgência Clinica será encerrado no PU de Manguinhos as 00h de 01 de agosto de 2017 e retornará para o Hospital Municipal Rodolpho Perissé a partir do mesmo horário.



segunda-feira, 17 de julho de 2017

Como ser mãe em Búzios?

Bárbara Baez
"Estou grávida. E nem ia compartilhar isso aqui. Passei a viver muito melhor na medida em que adotei a discrição como regra, em relação a tudo que compartilho da minha vida pessoal, tanto em rede social quanto fora dela. Mas tem certas coisas que eu me sinto na obrigação de compartilhar. Como mulher, como mãe, como cidadã e consumidora, me sinto na obrigação moral de expor e denunciar os abusos e as violências que eu e outras mulheres sofremos todos os dias. A ideia é divulgar para que cada vez mais pessoas tenham esse tipo de informação, e comecem a lutar contra o sistema, pois passou da hora da gente reagir. Parar de aceitar certas coisas que são simplesmente inaceitáveis.
Tenho plano de saúde há quase dez anos. Unimed Rio. Assim que descobri a gravidez fui me consultar com meu médico de Cabo Frio. Um cara bacana e bem recomendado. Logo perguntei qual era a perspectiva de eu ter um parto natural e humanizado, sem intervenções desnecessárias, que é o que eu desejo. De cara ele fez aquela expressão de “sinto muito” e adiantou: pelo plano, só cesárea agendada. Todas as quartas-feiras ele abre a mulherada e tira os bebês, com a cobertura do plano. Numa quarta-feira feira dessas poderia ser eu. Obviamente achei aquilo absurdo. Há quem prefira uma cesárea e não vou nem entrar nesse mérito (mulher, o corpo é seu), mas cesárea eletiva é algo que não sintoniza com a minha ideologia de vida, com a formação que tenho e as informações que busquei. Dá pra ter parto normal pelo plano, dr.? Resposta: não. E mais: NÃO EXISTE EMERGÊNCIA OBSTETRÍCIA PARTICULAR NA REGIÃO DOS LAGOS.
Essa foi a informação que mais me chocou. Anos e anos pagando uma mensalidade que não é barata, e se passar mal, precisar de um hospital numa emergência, nem adianta ir ao Santa Izabel (que seria o hospital de emergência do meu plano) porque não vão me atender, vão me encaminhar pro Rodolpho Perissé ou pro Hospital da Mulher, públicos. Parto normal, só pagando por fora. Preço: cinco/seis mil reais, que correspondem aos honorários da equipe (2 obstetras, 1 anestesista, 1 pediatra). Com sorte, a internação o plano cobre. Ou então vai pro SUS. E aí minha gente, considerando as opções da região, é um salve-se quem puder. Uma verdadeira roleta russa. Tem médico que é cesarista por natureza, “olha, vc ta evoluindo pouco, o bebê ta em sofrimento, cordão enrolado blablabla e vai ter que ser cesárea”. A mulher ali, em situação de absoluta vulnerabilidade, muitas vezes nem questiona e aceita. Algumas exigem seus direitos e são tratadas com chacota e desprezo pela equipe médica. Outras, muito poucas, têm a sorte de ter seus direitos respeitados (algo que deveria ser padrão).
O problema não é as intervenções em si (embora muitas delas estejam realmente ultrapassadas), mas sim o seu uso indiscriminado, sem indicação real, o que é disseminado em praticamente todos os hospitais e maternidades do país, trazendo consequências graves que poderiam ser evitadas. 
Os relatos que já ouvi do Hospital da Mulher são horripilantes. Eu mesma já precisei de atendimento lá e a experiência foi péssima. Também acompanhei um parto recentemente no Rodolpho Perissé, e posso falar com conhecimento de causa. Primeiro, “acompanhar” é modo de dizer, fui expulsa da sala de parto (contrariando direito assegurado por lei) assim que ele começou. Mas, repito, estamos tão vulneráveis naquela situação, sob a autoridade da equipe médica, que à vezes nem percebemos que nossos direitos estão sendo infringidos. Presenciei uma episiotomia completamente desnecessária, não só um, mas vários cortes que culminaram em quase dez pontos de sutura. Vc pode imaginar o que é ter sua vagina retalhada por um bisturi, e levar não-sei-quantos pontos ALI? Pode imaginar o sofrimento físico e psicológico decorrentes disso? E essas foram apenas as VO (violências obstétricas) que eu presenciei. Conhecidas já relataram a manobra de kristeller (em que sobem na barriga da parturiente pra empurrar, um troço medieval), exames de toque a toda hora, hormônio artificial pra acelerar o parto (que tbem traz uma série de reações) e a mais comum de todas, que é a violência emocional, com o isolamento da parturiente, as “gracinhas” da equipe médica (“ta doendo? Mas na hora de fazer foi bom, né?”), muito descaso e desrespeito.
E não tem só as violências cometidas durante o parto. As condições do hospital já são uma violência em si. Nosso hospital municipal não tem ar condicionado nos quartos, só um mísero ventilador, sujo e barulhento. Para dar conta do calor (principalmente no verão), as pessoas são obrigadas a deixar as janelas abertas. Mãe e bebê em recuperação são simplesmente devorados pelos mosquitos (que além de muito incômodos transmitem doenças seríssimas). No banheiro (em péssimas condições) a porta não tranca, vc toma banho espiando quem passa no corredor. O pai só entra na horinha da visita e não pode ficar. As enfermeiras da maternidade são um capítulo a parte... a má vontade, a falta de sensibilidade, de preparo, de humanidade de QUASE todas ali, só de lembrar sinto a raiva borbulhar dentro de mim. Ah, e não tem aparelho de ultrassom. Isso mesmo, um hospital maternidade que NÃO TEM UM APARELHO DE ULTRASSOM. É o cúmulo. Se tiver alguma complicação tem que esperar o próximo dia útil, horário comercial, para ser atendida num dos laboratórios particulares conveniados à prefeitura. Agora parem para pensar: quem tá lucrando com isso? Certamente não somos nós.
Todos os dias eu me pergunto, por que tenho que me sujeitar a tudo isso, tendo pago plano de saúde durante quase dez anos? Aliás, por que qualquer mulher, em qualquer situação, precisa se sujeitar a tudo isso? Aí vc assiste ao Renascimento do Parto, entra em grupos de apoio, vê os relatos, o desespero e a revolta vão se instalando quando vc percebe que as únicas opções dignas de consideração estão distantes de vc, e ao final a gente se sente impotente, ludibriada, enganada e violada de todas as formas.
Não era pra ser assim. Tanta pressa em condenar o aborto, queria ver no mínimo a mesma indignação quando se trata da vida e da saúde da gestante! C A D Ê ? ? ? Ou será que viramos alguma espécie de bicho que tá ali apenas pra parir, sem merecer nenhuma consideração? Estamos trazendo uma nova vida ao mundo, era pra ter mais respeito! Mais dignidade! Mas, pensando bem, respeito e dignidade são justamente tudo que NÃO temos nesse país, e na hora do parto não seria diferente.
Vejo amigas que moram fora relatarem outra realidade, que é possível: doula custeada pelo governo, piscina/banheira em todas as salas de parto, permissão para vários acompanhantes, equipe médica respeitosa, licença maternidade realmente digna; e me embrulha o estômago comparar isso com a dura realidade que vivemos aqui e que somos obrigados a engolir, mesmo PAGANDO OS IMPOSTOS MAIS CAROS DO MUNDO!
É isso minha gente. Eu seguirei na luta pelo meu parto humanizado – que devia ser REGRA, mas por aqui tá quase como achar o pote de ouro no fim do arco íris. Deus abençoe todos que tiveram o interesse e a paciência de ler até aqui, e que se solidarizam a causa. Só botando a boca no trombone mesmo, brigando e lutando, é que alguma coisa pode mudar. Nosso (des)governo não está aí pra facilitar em NADA. Tenham isso sempre em mente".


segunda-feira, 20 de março de 2017

Governo André deve reabrir hospital após denúncia anônima ao MPF

A população de Búzios deve tomar ciência da sua força junto ao Ministério Público. Muito provavelmente o governo de Búzios só está falando em reabrir o Hospital Municipal por causa de uma denúncia anônima feita ao MPF. A partir dela, o órgão deve  ter aberto Inquérito Civil (IC) para apurar os fatos.

Portanto, diante de arbitrariedades dos agentes públicos de Búzios, bote a boca no trombone. Denuncie os fatos aos órgãos fiscalizadores e ao MP. Adquira o hábito de denunciar. Quanto mais denúncia melhor. Um Juiz já disse que a Saúde de Búzios só funciona a base de Vara (judicial). 

Denúncia anônima ao MPF

Comentários no Facebook:
Sonia Pimenta Esperamos que a reabertura do hospital venha acompanhada de melhrias no atendimento, e com a troca de toda a aparelhagem tão sucateada.
CurtirResponder2 h
Sonia Pimenta Atualmente o atendimento de urgência não deixa à desejar.

Flávio Machado A denuncia foi de minha autoria
Flávio Machado Ilmo(a) Sr.(a) Flávio Machado Vieira,
Resposta à manifestação nº 20160102014 (24/10/2016).
Agradecemos o contato por este canal de comunicação. 

Sua Manifestação continuará em atendimento no MPF sob o número PRM-SPA-RJ-00005818/2016. A partir de agora, o seu andamento poderá ser consultado no Portal de Transparência do MPF, pelo link:Consultar Documento


Na busca da melhoria dos serviços prestados, pedimos a gentileza de responder o formulário de avaliação do atendimento, acessando o link:

Formulário de Avaliação
Descrição: 
Gostaria de solicitar providências urgentes quanto atitude tomada pelo atual Prefeito do Municipio de Armação dos Búzios em fechar a emergência do único hospital público municipal e negar atendimento a pessoas que não residam no município contrariando lei que rege a aplicação dos recursos do SUS Sistema Único de Saúde 

Solicitação: 
Providências urgentes para que todas as pessoas sejam atendidas pelo SUS 

É missão do Ministério Público Federal promover a realização da justiça, a bem da sociedade e em defesa do Estado Democrático de Direito.


Atenciosamente,
Sala de Atendimento ao Cidadão - Sistema Cidadão
Ministério Público Federal
Obs.: Não responda a este e-mail. Mensagens encaminhadas/respondidas para o endereço eletrônico do remetente serão desconsideradas. Ilmo(a) Sr.(a) Flávio Machado Vieira,
Resposta à manifestação nº 20160102014 (24/10/2016).
Agradecemos o contato por este canal de comunicação. 



Luiz Carlos Gomes Não Flávio. Esta é outra denúncia. Os números são diferentes. A tua denúncia tem o número 5818 e a anônima o nº 5816. Melhor assim. temos duas denúncias. Grande abraço.