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sexta-feira, 2 de novembro de 2018

Campanha da UNESCO chama meios de comunicação a lembrar jornalistas vítimas de violência

Campanha #TruthNeverDies da UNESCO 


Organização pede que imprensa compartilhe conteúdos da campanha #TruthNeverDies, iniciativa para marcar o Dia Internacional pelo Fim da Impunidade dos Crimes contra Jornalistas, 02/11
A cada quatro dias, um jornalista é assassinado, muitas vezes apenas por fazer o seu trabalho.
 Nos últimos 12 anos, mais de mil profissionais de mídia foram mortos porque queriam levar informação para o público. Em nove dos dez casos, os autores dos crimes não foram levados à justiça. Para conscientizar cidadãos de todo o mundo sobre o problema, a UNESCO lança a campanha #TruthNeverDies (A verdade nunca morre, em tradução livre) nesta sexta-feira, 02/11, Dia Internacional pelo Fim da Impunidade dos Crimes contra Jornalistas.
A agência da ONU chama meios de comunicação a utilizar as artes gratuitas da campanha, disponibilizadas para publicação em jornais impressos, veículos online e diferentes canais de mídia e redes sociais. Acesse os conteúdos clicando aqui (em português).

Para obter os arquivos em outras formatações ou resoluções, entre em contato com laetitia.de-camas(at)ddb.frmathieu.bliguet(at)ddb.fr. Acesse o guia completo da agência da ONU para veículos de comunicação que queiram participar da campanha — clique aqui (em português).

O organismo internacional também pede que a imprensa publique matérias de repórteres vítimas de violência ou textos que lembrem a trajetória desses profissionais. A UNESCO convoca a imprensa a utilizar a hashtag #TruthNeverDies, em referência à campanha. 
Fonte: "unesco"


quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Pátria madastra vil

Onde já se viu tanto excesso de falta? Abundância de inexistência. .. Exagero de escassez... Contraditórios? ? Então aí está! O novo nome do nosso país! Não pode haver sinônimo melhor para BRASIL.

Porque o Brasil nada mais é do que o excesso de falta de caráter, a abundância de inexistência de solidariedade, o exagero de escassez de responsabilidade.

O Brasil nada mais é do que uma combinação mal engendrada - e friamente sistematizada - de contradições.

Há quem diga que 'dos filhos deste solo és mãe gentil.', mas eu digo que não é gentil e, muito menos, mãe. Pela definição que eu conheço de MÃE, o Brasil,   está mais para madrasta vil.

A minha mãe não 'tapa o sol com a peneira'. Não me daria, por exemplo, um lugar na universidade sem ter-me dado uma bela formação básica.

E mesmo há 200 anos atrás não me aboliria da escravidão se soubesse que me restaria a liberdade apenas para morrer de fome. Porque a minha mãe não iria querer me enganar, iludir. Ela me daria um verdadeiro Pacote que fosse efetivo na resolução do problema, e que contivesse educação + liberdade + igualdade. Ela sabe que de nada me adianta ter educação pela metade, ou tê-la aprisionada pela falta de oportunidade, pela falta de escolha, acorrentada pela minha voz-nada-ativa. A minha mãe sabe que eu só vou crescer se a minha educação gerar liberdade e esta, por fim, igualdade. Uma segue a outra.... Sem nenhuma contradição!

É disso que o Brasil precisa: mudanças estruturais, revolucionárias, que quebrem esse sistema-esquema social montado; mudanças que não sejam hipócritas, mudanças que transformem!

A mudança que nada muda é só mais uma contradição. Os governantes (às vezes) dão uns peixinhos, mas não ensinam a pescar. E a educação libertadora entra aí. O povo está tão paralisado pela ignorância que não sabe a que tem direito. Não aprendeu o que é ser cidadão.

Porém, ainda nos falta um fator fundamental para o alcance da igualdade: nossa participação efetiva; as mudanças dentro do corpo burocrático do Estado não modificam a estrutura. As classes média e alta - tão confortavelmente situadas na pirâmide social - terão que fazer mais do que reclamar (o que só serve mesmo para aliviar nossa culpa)... Mas estão elas preparadas para isso?

Eu acredito profundamente que só uma revolução estrutural, feita de dentro pra fora e que não exclua nada nem ninguém de seus efeitos, possa acabar com a pobreza e desigualdade no Brasil.

Afinal, de que serve um governo que não administra? De que serve uma mãe que não afaga? E, finalmente, de que serve um Homem que não se posiciona?

Talvez o sentido de nossa própria existência esteja ligado, justamente, a um posicionamento perante o mundo como um todo.. Sem egoísmo. Cada um por todos.

Algumas perguntas, quando auto-indagadas, se tornam elucidativas. Pergunte-se: quero ser pobre no Brasil? Filho de uma mãe gentil ou de uma madrasta vil? Ser tratado como cidadão ou excluído? Como gente... Ou como bicho?

Clarice Zeitel Vianna Silva

Observação

Premiada pela UNESCO, Clarice Zeitel, de 26 anos, estudante que termina faculdade de direito da UFRJ em julho, concorreu com outros 50 mil estudantes universitários.
Ela acaba de voltar de Paris, onde recebeu um prêmio da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) por uma redação sobre 'Como vencer a pobreza e a desigualdade'
A redação de Clarice intitulada `Pátria Madrasta Vil´ foi incluída num livro, com  outros cem textos selecionados no concurso. A publicação está disponível no site da Biblioteca Virtual da UNESCO.