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quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Entrevista do Prefeito de Búzios concedida a Iva Maria da rádio Estação



 Vejam os links:

1) Entrevista do prefeito de Búzios Dr André a Iva Maria da rádio Sucesso - parte 1

2) Entrevista do prefeito de Búzios Dr André a Iva Maria da rádio Sucesso - parte 2

Entrevista do prefeito de Búzios Dr André a Iva Maria da rádio Sucesso - parte 3

Entrevista do prefeito de Búzios Dr André a Iva Maria da rádio Sucesso - parte 4

Meu comentário:

Nosso prefeito relembra-nos que durante a campanha eleitoral prometeu que não iria dar desculpas. Tipo aquelas que estávamos acostumados a ouvir e ler, responsabilizando a herança maldita deixada pelo governo anterior pela inoperância do seguinte. Estas foram as desculpas de Toninho, dadas em 2005 e as de Mirinho, em 2009, para explicar porque não fizeram nada nesses respectivos anos.

Nosso prefeito, apesar da promessa, também é só desculpas como os prefeitos anteriores. Afirma que a repressão a atuação dos flanelinhas que tomaram conta das ruas do Centro da Cidade não é problema seu, mas da PM. Como se não fosse responsabilidade sua tudo o que acontece no município. Se o Estado ou a União não fazem a sua parte, que o Prefeito faça a sua, reprimindo o achaque feito por esses flanelinhas a moradores e turistas. Não pode presenciar a ilegalidade e nada fazer. E que bote a boca no trombone protestando contra a omissão dos responsáveis por outras instâncias da Federação.

Por esse raciocínio, a questão do esgotamento sanitário não é problemas seu também. A Prolagos pode despejar esgoto in natura à vontade no Rio Una e em nossas praias. Nosso prefeito não teria nada a ver com isso, pois o problema é estadual, já que a empresa é terceirizada pelo governo do Estado. Da mesma forma a questão da segurança, iluminação pública, etc.

Para nosso prefeito, a baderna que os adolescentes fazem na Praça Santos Dumont, resultado de ingestão de bebidas alcoólicas em excesso  e outras drogas, também não é responsabilidade sua, mas  dos pais. O prefeito não teria nada a ver com isso. 

Parece que para seu governo funcionar corretamente as pessoas têm que colaborar de todas as formas. Para nosso prefeito o lixo se acumula nas praias porque as pessoas não colaboram. Até mesmo os ambulantes e os quiosqueiros não colaboram, contribuindo para a sujeira nas praias.

Duro foi ouvir o prefeito dizer que  ter que admitir 1.150 concursados atrapalhou muito o governo. Nas entrelinhas, dá a entender que não queria admitir um concursado sequer. Diz que teve que "botá-los pra dentro" na marra pela justiça. Ele gosta mesmo é do seu curral eleitoral de incompetentes. Por falar nisso nenhum auditor fiscal foi chamado. Por que Prefeito? Medo de auditorias feitas por funcionários concursados independentes por terem estabilidade?

Para nosso prefeito alguns bairros alagaram porque tem muita construção irregular. Como em seu governo não estaria mais sendo liberada licenças irregulares de construção, grande parte da responsabilidade pelas enchentes seria dos governos anteriores de Mirinho e Toninho. Seu governo teria muito pouca responsabilidade pelo fato de muitas casas em alguns bairros terem sido inundadas pela chuva do dia 18 de dezembro. Outro culpado pelas enchentes seria o próprio povo que tem o péssimo hábito de jogar  muito lixo pela cidade toda. As casas de material de construção também teriam responsabilidade, por depositarem areia em qualquer lugar na frente de suas lojas, contribuindo para o assoreamento dos bueiros, o que traz problemas em época de chuva.

Apesar da tentativa de jogar toda culpa sobre os ombros de um fenômeno natural  como a chuva, por sua grande e rara intensidade, os três governantes que tivemos têm grande responsabilidade pelas inundações das casas sim. Nenhum deles gastou um centavo na implantação de um sistema de drenagem. Nem mesmo bueiros e bocas de lobo são limpas rotineiramente, apesar de todos os três governos terem gasto uma fortuna com empresa terceirizada para tal fim. Mirinho ficou famoso por pavimentar dezenas de ruas sem nenhuma drenagem. A coisa era tão absurda - pavimentar sem drenar- que o vereador Felipe Lopes chegou a propor a criação de uma Lei obrigando o prefeito a sempre que fosse pavimentar uma rua providenciasse também a sua drenagem. Sem apoio dos demais vereadores  da base de apoio Mirinho, Felipe Lopes se viu obrigado a retirar seu projeto da pauta. 
    
Revelando que o novo-velho governo André em nada difere dos desgovernos Mirinho e Toninho, o prefeito atual recorre ao mesmo argumento usado pelos prefeitos anteriores contra o Ministério Público Estadual. O órgão estaria sobrecarregando o governo porque "temos que responder por tudo o que foi feito nos últimos anos, além de ter que responder pelos procedimentos que abrem contra nós". Neste caso, os procedimentos abertos contra seu governo não passariam de "artimanhas da oposição". A equipe do Prefeito que tem que produzir, tem que responder, o que, segundo o prefeito André, acabaria engessado o seu governo.

Cita como exemplo o fato do MP ter obrigado, através de um TAC, que a prefeitura construisse uma Casa de Abrigo, "que não é atribuição nossa, mas Estadual". A Casa teria sido construída e uma equipe teria sido designada para cuidar de um único adolescente. "Um absurdo". Para o Prefeito, "desenvolver funções que não são nossas, acaba sobrecarregando a gente". 

Como não podia deixar de ser, uma pessoa que se elege como azarão, um verdadeiro cavalo paraguaio, não podia estar preparado para governar uma cidade como Búzios. Aqui não se engana facilmente as pessoas. Dizer que o governo já dispõe de índices que mostram que a Educação de Búzios melhorou é achar que todos são desinformados. A única avaliação da Educação ocorrida em seu governo- IDEB 2013- se vier a revelar alguma melhora em nosso ensino fundamental, todo mérito por isso deverá ser creditado à gestão anterior, da secretária Carolina. Bons resultados educacionais precisam de tempo de maturação.

Um Prefeito não pode mentir. Em um país sério perde o cargo por faltar com a verdade. Muito menos viver se desdizendo. Na entrevista na rádio Litoral Dr. André mentiu negando que tivesse assinado o projeto de transposição e que por não ter assinado não poderia ser responsabilizado pelo derrame de esgoto no Rio Una. Agora, na rádio Estação, reconhece para Iva Maria que assinou, mas que o projeto não se realizou. Não se realizou porque o povo saiu às ruas contra a criminosa  transposição. Salvo pelo gongo, né Prefeito!

Conclusão: este governo está a cada dia mais parecido com o desgovernos anteriores de Mirinho e Toninho. Pelo grande número de pessoas em cargos de chefia e assessoramento que participaram do governo Toninho Branco podemos dizer, sem medo de errar,  que o governo André é o governo Toninho Branco 2. Isso sem falar da importância do coordenador de campanha eleitoral, obrigado a permanecer oculto por força de Lei.            


quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

O medo de Mirinho: as contas de 2004



Entrevista com o ex-sub-procurador de Armação dos Búzios, Sérgio Luiz, à Iva Maria, na rádio Estação 104 FM, no dia 7 de janeiro de 2013, onde ele revela que Mirinho articulou o nome do vereador Henrique Gomes para presidente da Câmara para não correr o risco de ter suas contas novamente reprovadas pela Casa. A 6ª Câmara Cível do TJ RJ determinou que as contas precisam passar por um novo julgamento do Legislativo Municipal. Dos sete vereadores que seu grupo político elegeu, o Vereador Henrique Gomes seria o mais confiável para tal empreitada.

Meu comentário:

Apesar do procurador Sérgio Luiz negar, para mim ele fala por Mirinho, que tem muita dificuldade de se manifestar após sofrer grandes derrotas políticas. Timidez? Má assimilação do revés? Não sei, mas na fala do amigo percebe-se que ficou um grande ressentimento com o vereador Lorram. Os vereadores Leandro e Felipe Lopes são, na prática, perdoados. Leandro, segundo Sérgio, porque avisara antecipadamente Henrique quando viu a chance de se eleger presidente, seduzido pelos outros dois trânsfugas do grupo político de Mirinho, Felipe e Lorram. Apesar de ter fechado questão em relação ao nome de Henrique logo no início das conversações, Leandro teria, segundo Sérgio, jogado limpo ao avisar Henrique que também disputaria o cargo. Sérgio ressalta a "dignidade" do vereador. Felipe, por seu vez, mereceria perdão porque teria tido um comportamento semelhante ao de um traidor arrependido, por nunca ter sido do grupo de Mirinho. Nas palavras de Sérgio: Felipe "já conhece o caminho de volta". Traiu mas voltou.

O grande ressentimento fica mesmo por conta do vereador Lorram. Até porque o grupo político de Mirinho não precisava de Felipe, muito menos de Leandro. Bastava Lorram para confirmar a vitória de Henrique, já que se dispunha de quatro votos: o do próprio Henrique, mais os de Messias, Joice e Gugu. 

Aquele garoto que Sérgio conhecera em 1998, que teve todos os seus caminhos pavimentados por Mirinho, não seria capaz de tamanha ingratidão! Apesar de ter tido ao longo do processo, segundo Sérgio, um comportamento ambíguo, oscilando de um lado para o outro, ninguém acreditava que Lorram fosse capaz de  uma "guinada tão violenta". O que teria acontecido? Esta é a grande questão deixada no ar por Sérgio Luiz-Mirinho?  

Deixa algumas pistas quando cita uma notinha do jornal Primeira Hora- "Guerra em Geribá- onde, segundo ele, fica claro que as intervenções no processo de eleição do presidente da Câmara não foram só políticas. Teria havido também intervenções externas, econômicas, de grupos econômicos, como a participação direta do empresário Fernando Pires, dono da Imobiliária Península, segundo a referida notinha acima.

Mas o mais importante da entrevista acabou sendo a revelação da razão que levou Mirinho a se empenhar tanto para a eleição de Henrique Gomes: as suas contas de 2004. Recentemente, a justiça determinou que elas passem por um novo julgamento na Câmara de Vereadores de Armação dos Búzios. Para não correr nenhum risco, Mirinho precisava: 

1) eleger um presidente da Casa Legislativa confiável, porque é ele quem dita o ritmo de tramitação da questão na Câmara. A experiência recente com um presidente de oposição como Joãozinho Carrilho lhe trouxe muito desgaste político.

2) ter maioria de 2/3 (6 vereadores) na Câmara para derrubar o parecer contrário do TCE-RJ à aprovação de suas contas. Ou ter maioria simples de 5 vereadores para impedir que as contas sejam colocadas em pauta. Ou, o caso 1, um presidente confiável que nunca coloque as contas em julgamento. 

Conclusão: Mirinho corre grande risco de ficar inelegível. E, pelas derrotas acumuladas, de também nunca mais se eleger para nada!