domingo, 24 de outubro de 2010

“Tô nem aí”. De novo?

Post 074 do blig
data da publicação: 07/06/2010 16:42

Assim que assumiu o governo, Mirinho abriu um canal de comunicação com a população de Búzios através da seção Teclado do Leitor do Jornal Primeira Hora (é facil verificar, pois o jornal tem todas estas edições no seu site). Não havia reclamação ou crítica ao governo que não fosse respondida pela Coordenação de Comunicação Social. Até mesmo secretários escreviam para o Teclado informando sobre as providências que estavam sendo tomadas em relação aos problemas relatados pelos leitores do jornal. Parecia coisa de primeiro mundo. O governo mostrava uma grande atenção e preocupação com a população.

Foi assim que soubemos das explicações do secretário de turismo e cultura, Isac Tillinger, sobre um possível sumiço seu noticiado na coluna Observatório. Soubemos também que o secretário de saúde, Alexandre Martins, ao responder a uma leitora, jogou nas costas do governo anterior a responsabilidade pelo mau atendimento na Policlínica nos primeiros dias de 2009 e anunciou que um livro de ocorrências já estava à disposição do público; que o secretário de finanças, Jânio Mendes, deu explicações a uma leitora sobre problemas com o seu IPTU; que o secretário de obras, saneamento e habitação, Wilmar Mureb, escreveu a um leitor sobre a Ponte da Marina, informando que já tinham sido “iniciados os procedimentos referentes aos reparos” que serão feitos nela.

O próprio prefeito, Mirinho Braga, respondeu à carta “Argentinos”, em que um argentino diz que, com o recadastramento dos ambulantes da praia de Geribá, os estrangeiros de Búzios estavam sendo privados da liberdade de trabalho, vítimas de discriminação por não serem naturalizados.

Mas depois de junho de 2009 toda comunicação é interrompida. O secretário Wilmar Mureb deixa um leitor (carta de 2 de junho) sem resposta. E o que o coordenador de comunicação social considerava como “regra básica” – “uma informação ou notícia deve ser apurada exaustivamente”- deixa de ser aplicada.

O que aconteceu? As reclamações eram tantas que o governo não conseguia em tempo hábil respondê-las? Não se conseguia mais rebater as críticas – que foram ficando cada vez mais pesadas - à medida que se foi revelando que o governo não passava de um condomínio de interesses de uma minoria? O governo caiu num cinismo geral? Adota a postura do “tô nem aí” do governo anterior, apostando que o baixo nível de consciência da população não permitirá que as críticas repercutam? O povo esquece rápido?   Bastam obras para que o povo aplauda o governo?

 Atualmente críticas contundentes estão sendo feitas na imprensa local e regional. O governo permanece no seu mutismo. Ele só precisa saber que quem cala consente.

Comentários (2):

Lars Eggert Pick Up Artist

i like it ;-)

Luizdopt disse:

Thank you.

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